A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
Um passe decisivo, para Hernane marcar, e um gol. Há algum tempo Elias,
o melhor jogador do Flamengo na temporada, não tinha uma participação
tão importante. Foi um grande presente para a torcida rubro-negra na
vitória por 2 a 1 sobre o Goiás (repetindo o placar da partida de ida),
conduzindo o time novamente à final da Copa do Brasil depois de sete
anos, mas também uma chance de comemorar no Maracanã um alívio pessoal,
com a recuperação do seu filho Davi de um problema de saúde. O
adversário na decisão será o Atlético-PR, que empatou por 0 a 0 com o
Grêmio em Porto Alegre depois de vencer por 1 a 0 o primeiro jogo.
Após o apito final, os jogadores deitaram e rolaram no gramado do Maracanã, em resposta à provocação do atacante Walter antes do primeiro jogo, que usou a expressão para falar de sua possível participação na partida. O atacante acabou ficando fora dos dois confrontos por causa de uma lesão muscular. O Rubro-Negro chega à sexta final de Copa do Brasil, depois de ser campeão em 1990 (contra o próprio Goiás) e 2006 (sobre o Vasco). O time foi derrotado em 1997 (Grêmio), 2003 (Cruzeiro) e 2004 (Santo André). Esta será a primeira final do Atlético-PR. Os jogos serão nos dias 20, em Curitiba, e 27 de novembro, no Rio.
Elias conduziu a festa, em comunhão total com os rubro-negros. Antes do apito inicial, ouviu da arquibancada os gritos de 'Davi', seu filho de um ano e oito meses que enfim voltou para casa depois de ficar internado em razão de um pneumonia, problema que o próprio jogador admitiu estar afetando seu rendimento. Quase foi às lágrimas. Pouco depois, energizado pelo apoio, deu passe para um gol, marcou o outro, homenageou o herdeiro na comemoração e recebeu mais uma vez o carinho dos torcedores.
- Foi muito (emocionante). Não chorei porque tive que segurar para não perder a concentração. Esperava a homenagem da torcida, que é maravilhosa, me apoiou nesse momento difícil, me incentivou, então nada mais justo que eu me entregar em campo e consegui esse gol - disse, ainda no intervalo.
Flamengo e Goiás voltam a se enfrentar no próximo sábado, às 21h (de Brasília), novamente no Maracanã, desta vez pelo Campeonato Brasileiro.
Elias marca e faz homenagem ao filho
Elias viveu fortes emoções antes do jogo e também quando a bola rolou. Nos primeiros minutos, no entanto, o Rubro-Negro levou um susto. O Goiás entrou com uma formação diferente para tentar surpreender o Flamengo devido à ausência de Walter. Enderson Moreira lançou o volante Thiago Mendes no lugar do atacante e adiantou Eduardo Sasha para se aproximar de Roni no ataque. O resultado foi rápido: no primeiro lance de perigo esmeraldino, David cobrou falta, e Sasha cabeceou para vencer Paulo Victor. A vantagem silenciou o Maracanã, mas apenas por alguns minutos. Logo em seguida, a torcida voltou a empurrar o Flamengo, que mesmo com a derrota ainda se classificaria com aquele placar, em razão dos dois gols marcados em Goiânia.
Sem se desesperar, o Rubro-Negro construiu sua recuperação no jogo. Ocupou o campo adversário, girou a bola em busca de espaço e o encontrou aos 13 minutos, em rápida tabela entre Elias e Hernane. O volante tentou a finalização, errou, mas ainda ficou com a bola e encontrou o companheiro na área. O camisa 9 mostrou frieza de artilheiro e tocou por cima de Renan para empatar a partida. Foi o 15º gol do Brocador em 14 partidas no novo Maracanã, artilheiro absoluto do estádio e também da Copa do Brasil, com sete.
Nesse momento, o Flamengo era bem superior ao adversário, que sentia muito, não só a falta de Walter, como também do meia Hugo. Com índice de 90% de passes certos, não dava chances ao Goiás de ficar com a bola perto de sua área. O Esmeraldino só se aproximava em bolas paradas ou em tentativas de longa distância. Mais uma vez com a bola no chão, apesar da intensa chuva, o Rubro-Negro chegou, e foi a vez de Elias brilhar como protagonista. Ele recebeu de Amaral e finalizou de forma rápida, forte e certeira, um golaço no canto esquerdo de Renan: 2 a 1. Na comemoração, a mão no rosto simulando uma máscara hospitalar, em alusão à internação do filho Davi. O camisa 8 conseguia retribuir o carinho da torcida, que mais uma vez gritou o nome do garoto nas arquibancadas
.
Gol de Hernane mal anulado
Com a necessidade de fazer dois gols para conquistar a classificação, Enderson Moreira voltou ao esquema mais tradicional, com um atacante mais característico, ao promover a entrada de Welinton Junior no lugar de Roni. Mas foi o Flamengo que chegou ao gol, embora a arbitragem comandada por Leandro Vuaden tenha errado ao marcar impedimento de Hernane e anulado o lance. O Goiás lançou Junior Viçosa e ensaiou uma pressão. Renan Oliveira e Welinton Junior perderam chances claras, deixando ainda mais evidente a falta que Walter faz ao time. O Flamengo sentiu, e Jayme de Almeida colocou Diego Silva no lugar de Carlos Eduardo, que saiu sob misto de vaias e aplausos. A torcida, percebendo a importância do momento, passou a empurrar com mais intensidade.
A partir dos 20 minutos, o Esmeraldino teve mais posse de bola e aumentou seu volume de jogo. O Rubro-Negro tentou compactar a marcação para matar o jogo no contra-ataque. Os erros no último passe, no entanto, impediam o sucesso da estratégia. E, quando a bola enfim chegou, Paulinho jogou quase na arquibancada, mesmo depois de receber sozinho na área o cruzamento de Hernane, de frente para Renan. A torcida, no entanto, parecia não se importar naquele momento. A vantagem era confortável, ambiente perfeito para os gritos começarem a ecoar com mais intensidade. A classificação estava garantida, e a festa no Maracanã também. Com direito a deitar e rolar no gramado.
Após o apito final, os jogadores deitaram e rolaram no gramado do Maracanã, em resposta à provocação do atacante Walter antes do primeiro jogo, que usou a expressão para falar de sua possível participação na partida. O atacante acabou ficando fora dos dois confrontos por causa de uma lesão muscular. O Rubro-Negro chega à sexta final de Copa do Brasil, depois de ser campeão em 1990 (contra o próprio Goiás) e 2006 (sobre o Vasco). O time foi derrotado em 1997 (Grêmio), 2003 (Cruzeiro) e 2004 (Santo André). Esta será a primeira final do Atlético-PR. Os jogos serão nos dias 20, em Curitiba, e 27 de novembro, no Rio.
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A torcida do Flamengo encheu o Maracanã (56.224 presentes, sendo 49.421
pagantes, com renda de R$ 3.375.410), com exceção dos mais de dez mil
lugares destinados aos poucos goianos que foram ao jogo. A expectativa
dos rubro-negros é de que o esquema de divisão das arquibancadas seja
revisto para a decisão, uma possibilidade cogitada pelo consórcio que administra o estádio e também pelo Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe).Elias conduziu a festa, em comunhão total com os rubro-negros. Antes do apito inicial, ouviu da arquibancada os gritos de 'Davi', seu filho de um ano e oito meses que enfim voltou para casa depois de ficar internado em razão de um pneumonia, problema que o próprio jogador admitiu estar afetando seu rendimento. Quase foi às lágrimas. Pouco depois, energizado pelo apoio, deu passe para um gol, marcou o outro, homenageou o herdeiro na comemoração e recebeu mais uma vez o carinho dos torcedores.
- Foi muito (emocionante). Não chorei porque tive que segurar para não perder a concentração. Esperava a homenagem da torcida, que é maravilhosa, me apoiou nesse momento difícil, me incentivou, então nada mais justo que eu me entregar em campo e consegui esse gol - disse, ainda no intervalo.
Flamengo e Goiás voltam a se enfrentar no próximo sábado, às 21h (de Brasília), novamente no Maracanã, desta vez pelo Campeonato Brasileiro.
Elias comemora o segundo gol do Flamengo com os
companheiros (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Elias viveu fortes emoções antes do jogo e também quando a bola rolou. Nos primeiros minutos, no entanto, o Rubro-Negro levou um susto. O Goiás entrou com uma formação diferente para tentar surpreender o Flamengo devido à ausência de Walter. Enderson Moreira lançou o volante Thiago Mendes no lugar do atacante e adiantou Eduardo Sasha para se aproximar de Roni no ataque. O resultado foi rápido: no primeiro lance de perigo esmeraldino, David cobrou falta, e Sasha cabeceou para vencer Paulo Victor. A vantagem silenciou o Maracanã, mas apenas por alguns minutos. Logo em seguida, a torcida voltou a empurrar o Flamengo, que mesmo com a derrota ainda se classificaria com aquele placar, em razão dos dois gols marcados em Goiânia.
Sem se desesperar, o Rubro-Negro construiu sua recuperação no jogo. Ocupou o campo adversário, girou a bola em busca de espaço e o encontrou aos 13 minutos, em rápida tabela entre Elias e Hernane. O volante tentou a finalização, errou, mas ainda ficou com a bola e encontrou o companheiro na área. O camisa 9 mostrou frieza de artilheiro e tocou por cima de Renan para empatar a partida. Foi o 15º gol do Brocador em 14 partidas no novo Maracanã, artilheiro absoluto do estádio e também da Copa do Brasil, com sete.
Nesse momento, o Flamengo era bem superior ao adversário, que sentia muito, não só a falta de Walter, como também do meia Hugo. Com índice de 90% de passes certos, não dava chances ao Goiás de ficar com a bola perto de sua área. O Esmeraldino só se aproximava em bolas paradas ou em tentativas de longa distância. Mais uma vez com a bola no chão, apesar da intensa chuva, o Rubro-Negro chegou, e foi a vez de Elias brilhar como protagonista. Ele recebeu de Amaral e finalizou de forma rápida, forte e certeira, um golaço no canto esquerdo de Renan: 2 a 1. Na comemoração, a mão no rosto simulando uma máscara hospitalar, em alusão à internação do filho Davi. O camisa 8 conseguia retribuir o carinho da torcida, que mais uma vez gritou o nome do garoto nas arquibancadas
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Hernane fez o gol de empate diante do Goiás no
Maracanã (Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo)
Com a necessidade de fazer dois gols para conquistar a classificação, Enderson Moreira voltou ao esquema mais tradicional, com um atacante mais característico, ao promover a entrada de Welinton Junior no lugar de Roni. Mas foi o Flamengo que chegou ao gol, embora a arbitragem comandada por Leandro Vuaden tenha errado ao marcar impedimento de Hernane e anulado o lance. O Goiás lançou Junior Viçosa e ensaiou uma pressão. Renan Oliveira e Welinton Junior perderam chances claras, deixando ainda mais evidente a falta que Walter faz ao time. O Flamengo sentiu, e Jayme de Almeida colocou Diego Silva no lugar de Carlos Eduardo, que saiu sob misto de vaias e aplausos. A torcida, percebendo a importância do momento, passou a empurrar com mais intensidade.
A partir dos 20 minutos, o Esmeraldino teve mais posse de bola e aumentou seu volume de jogo. O Rubro-Negro tentou compactar a marcação para matar o jogo no contra-ataque. Os erros no último passe, no entanto, impediam o sucesso da estratégia. E, quando a bola enfim chegou, Paulinho jogou quase na arquibancada, mesmo depois de receber sozinho na área o cruzamento de Hernane, de frente para Renan. A torcida, no entanto, parecia não se importar naquele momento. A vantagem era confortável, ambiente perfeito para os gritos começarem a ecoar com mais intensidade. A classificação estava garantida, e a festa no Maracanã também. Com direito a deitar e rolar no gramado.
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