O técnico Tite não costuma individualizar a análise dos
jogos do Corinthians. Nem nas derrotas, muito menos nas vitórias. Após o
valioso 1 a 0 sobre o Palmeiras, neste domingo, na arena do rival, pela terceira rodada do Paulistão, o comandante
elogiou a entrega da equipe - principalmente após a expulsão do goleiro Cássio,
no início do segundo tempo. Nem mesmo o autor do gol, Danilo, destaque da partida, fez Tite mudar sua posição.
Convidado a analisar com mais detalhes a atuação do meia, o treinador brincou:
saiba mais
- Não retiro a observação da importância de Danilo, mas a
ação que determinou a vitória foi a marcação pressão alta e o gesto agressivo
do Petros. Depois ficou mais fácil para ele (Danilo). Merece todos os elogios, mas
ganhou um docinho naquela ali - afirmou o técnico.
Além do resultado, o que deixou Tite mais satisfeito foi o
padrão tático mantido pelo Corinthians, mesmo sem seis jogadores titulares -
Fagner, Felipe, Elias, Renato Augusto e Emerson Sheik foram poupados, enquanto
Jadson ficou apenas no banco de reservas.
- O maior orgulho que tenho hoje é saber que os atletas
entraram e produziram o que normalmente produzem num treinamento, mesmo não tendo
o ritmo de uma sequência de jogos. Quando você tem ritmo forte no treinamento,
transpõe isso para o jogo. Tivemos oportunidades para ter a consistência da
vitória. Poderia ter tomado um gol? Poderia. Mas poderia ter feito mais pelas
oportunidades que surgiram - analisou Tite.
O técnico
comentou a expulsão de Cássio e
outros aspectos do jogo. O foco, agora, é na partida de quarta-feira
contra o
Once Caldas, pela primeira fase da Taça Libertadores - o Corinthians
venceu o
jogo de ida por 4 a 0 e pode perder até por três na volta (ou mesmo por
quatro, desde que marque). O elenco viaja para Manizales, na Colômbia,
na madrugada
desta segunda-feira.
Confira abaixo os principais trechos da coletiva de Tite:
Análise do jogo
- Jogo elétrico, pois o Palmeiras tem uma característica de
velocidade. O maior orgulho que tenho hoje é saber que os atletas entraram e
produziram o que normalmente produzem num treinamento, mesmo não tendo o ritmo
de uma sequência de jogos. Quando você tem ritmo forte no treinamento, transpõe
isso para o jogo. Tivemos oportunidades para ter a consistência da vitória.
Poderia ter tomado um gol? Poderia. Mas poderia ter feito mais pelas
oportunidades que surgiram.
Possíveis saídas de jogadores
- A grande virtude que o Corinthians tem é a estrutura
diretiva.
Há todo um departamento que busca todas as possibilidades de atletas para o
Corinthians. Por vezes, essa roda anda independentemente do técnico. Quero dois
jogadores de bom nível em cada função. Só assim a equipe mantém desempenho e
briga por títulos.
Relação com Petros
- O Petros já tinha se manifestado, tínhamos conversado. No
jogo contra o Bayer Leverkusen, todos entraram. Sabe quem não entrou? Jadson.
Sabe o que ele fez? Treinou. E depois? Pediu para treinar mais. Falei a Petros:
compete de forma leal e busca seu espaço jogando.
Chegada de Vagner Love
- Lá dentro do campo é que vai mostrar, queremos dois bons
jogadores por posição. O Guerrero tem uma série de jogos pela seleção. Tem de
ter reposição. Temos de trazer jogadores importantes para essas funções.
Entrosamento do time
- Em todos os trabalhos táticos, desde o primeiro dia, o jogador
trabalha na função que pode exercer no jogo. Tu treinas tomada de decisão. Isso
é cabeça. O timing de fazer perguntas, comentários, é a mesma coisa do atleta.
A hora de encurtar, marcar, dar o bote, o lançamento. Isso apressou o processo
de entrosamento, não só dos atletas, mas também daquela equipe que pode ser
chamada para jogar.
Expulsão de Cássio
- O vestiário ferve, a cabeça fica a milhão. Conversei com o
Cássio, ele olhou e disse: “Eu não vi a bola. Dou minha palavra”. Independentemente
disso, quando toma cartão você apressa mais os movimentos para não dar a
interpretação de que está desafiando o árbitro. O Cássio não viu a bola.
FONTE: