Com três Olimpíadas no currículo e participação no filme ‘Rock estrela’, ex-jogadora hoje trabalha com comércio enquanto curte os três filhos
-Eu adorava jogar, até treinar, mas não tenho muita nostalgia da quadra. Quando não tive mais condições, coloquei um ponto. (...) Hoje fico muito feliz, contente e orgulhosa pelo Bruno estar conseguindo realizar os sonhos de ser jogador profissional e ter uma carreira bacana. Só posso me alegrar ao falarem que sou “a mãe do Bruninho”.
Vera Mossa com os três filhos no Natal: Luisa, Edinho e Bruninho (Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)
Nas Olimpíadas seguintes, em Los Angeles, foi titular, e, apesar da fraca campanha verde- amarela – sétima colocação novamente -, guardou a edição de 1984 dos Jogos como o momento mais marcante na seleção.
De Cláudia a Vera em “Rock estrela”
Separada do primeiro marido, Vera começou a namorar o hoje técnico da seleção masculina Bernardo Rezende, o Bernardinho. Em 1985, um ano antes do nascimento de Bruno, a jogadora encontrou tempo na agenda de viagens para participar do filme “Rock estrela”, de Lael Rodrigues, também diretor de “Bete Balanço”. Na história, a esportista disputava o amor de Roque, interpretado pelo ator Diogo Vilela, com a argentina Graziela, personagem de Malu Mader. Léo Jaime, Andréa Beltrão e Guilherme Karan também fizeram parte do elenco.
No cartaz de divulgação de 'Rock Estrela', Vera com Malu Mader, Diogo Vilela e Léo Jaime (Divulgação)
- Foi supergostoso participar. Não lembro quem me ligou, mas falou que ele queria fazer um filme sobre vôlei, que era meu fã e queria fazer um filme que eu fosse personagem. Aquilo obviamente não era eu e nem a história da minha vida, mas me diverti pra caramba fazendo. Eu era muito nova, e tudo era válido, uma experiência boa. Depois, meus filhos assistiram e adoraram. O mais velho (Edinho) gastou tanto a fita que não deu mais para assistir. O Lael era apaixonado por rock, por vôlei e foi juntando tudo. Era mais para mostrar as músicas do que para contar uma história.
Com a exposição no cinema, a face “musa” ganhou ainda mais projeção. Solicitada para ensaios fotográficos e entrevistas ao lado das contemporâneas Jaqueline e Isabel, a paulista foi a sua terceira Olimpíada, em Seul-1988, como um dos rostos de uma geração que aliava a qualidade esportiva à beleza para os espectadores. Vera conta que, apesar de atender a todos os pedidos de jornalistas na época, não se sentia confortável. Hoje, porém, vê a importância da “fase artista”.
Vera Mossa durante os Jogos Pan-Americanos de Caracas, na Venezuela (Foto: Divulgação)
A mãe do Bruninho
Bruninho, ainda adolescente, ao lado de Vera
Mossa (Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)
Mossa (Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)
Agora que o levantador é adulto, a relação com Bernardinho é mínima, mas serena. A única coisa que incomoda Vera é quando citam o ex-companheiro como justificativa para a presença do filho no grupo verde e amarelo.
- Fico muito feliz, contente e orgulhosa pelo Bruno estar conseguindo realizar os sonhos de ser jogador profissional e ter uma carreira bacana. Só posso me alegrar ao falarem que sou “a mãe do Bruninho”. A única coisa que me incomoda é quando falam que ele é protegido do pai. Aí eu fico louca. Ele merece muito estar lá, e as pessoas que falam isso não têm noção.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2011/12/lembra-dela-vera-mossa-musa-do-volei-e-do-cinema-vira-mae-do-bruno.html
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