Neste sábado, as finalistas olímpicas Mari e Danielle Scott se reencontram na temporada que marca a volta de uma de cirurgia e, da outra, de uma gravidez
Mari diz que detalhes vão conta muito nos playoffs
(Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo)
(Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo)
A primeira partida da melhor de três será disputada neste sábado, às 11h30m, na cidade do ABC paulista, com transmissão do SporTV. Na outra série, o Pinheiros enfrentará o Minas, às 15h. As quartas de final seguem no domingo com Osasco x Praia Clube e Vôlei Futuro x Macaé.
Não importa se os dois encontros anteriores foram marcados por derrotas pelo placar de 3 a 0 ou se a campanha foi a oitava melhor (oito triunfos em 22 jogos).São os únicos dois reveses sofridos pelo time de Mari que fazem a central de 38 anos acreditar na possibilidade de vencer as hexacampeãs.
- Nós fizemos um bom Paulista (ficaram em terceiro lugar) e agora é a hora certa para voltamos a subir. Temos a chance de jogar melhor. É sempre muito gostoso enfrentar um time grande, porque nosso objetivo é ganhar dele. Temos que ir passo a passo, mas temos também que sonhar com isso. Elas já têm uma derrota para o Macaé e para o Vôlei Futuro. Quem sabe? Precisamos ser mais consistentes, ir com tudo e ver no que dá. Sei que vão jogar bem, mas espero que a gente ganhe - ri Danielle.
Se o São Bernardo busca consistência, o adversário quer constância para evitar tropeços e caminhar sem sustos até a decisão. Embora não neguem o favoritismo, as jogadoras sabem que o apetite dos outros seis times classificados sempre fica maior na fase decisiva. Jogam para tentar mudar a escrita de seis finais consecutivas com os mesmos protagonistas: Rio de Janeiro e Osasco.
- Não há mais time bobo. Obviamente que favoritismo é nosso, mas não tem essa de entrar em quadra achando que está ganho porque há os franco-atiradores. Agora é que a coisa esquenta. Todo mundo quer ganhar da nossa equipe. Fizemos uma fase regular muito boa, mas em alguns momentos o time teve inconstâncias. Muitas vezes ganhamos jogos, mas perdemos sets por isso. Temos que buscar equilibrio. Temos que pensar que toda bola pode ser decisiva. Se já vimos um vídeo 50 vezes, temos que ver mais uma. O detalhe e a concentração vão fazer a diferença - disse Mari.
Dani Scott (à esquerda) sonha derrotar o poderoso
adversário (Foto: Divulgação/SM Press)
adversário (Foto: Divulgação/SM Press)
A rivalidade das disputas internacionais que poderia apimentar ainda mais o confronto parece, ao menos na Superliga, não ter espaço. Danielle é querida e respeitada por suas rivais. Mari a chama de querida e não consegue alimentar nem um pouquinho de raiva ou qualquer coisa parecida quando a vê. Gosta tanto da central, que exalta o esforço feito para voltar a jogar, só que brinca ao constatar que a americana teve, ao contrário dela, um bom motivo para ficar parada por uma temporada e hoje conta com "uma coisa linda do lado".
A mãe está no Brasil para ajudar a tomar conta da pequena Julianne. Por força do ofício, Dani Scott tem viajado muito, mas sempre que pode arruma tempo para exercer sua função de mãe. Logo depois da Superliga e de sua sétima temporada defendendo um clube daqui, ela volta para os Estados Unidos já de olho em sua quinta participação olímpica. E tem em uma brasileira um espelho.
- Quero fazer igual a Fofão: ela foi para a quinta Olimpíada e ganhou o ouro - diverte-se. - É sempre bom reencontrar as meninas daquela final de Pequim. A gente brinca, mas na quadra é diferente. Olho para elas e prefiro lembrar dos momentos bons. Foi um jogo difícil, mas saímos de lá com um medalha de prata. Sou muito abençoada porque estou tendo uma carreira mais longa do que poderia imaginar. Não tenho lesões e estou bem. Enquanto estiver me divertindo fazendo o que faço, vou seguir jogando. Além disso, adoro jogar no Brasil. Já passei pela Itália e pelo Japão, mas sempre voltei. É muito gostoso estar aqui.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2011/03/rio-abre-os-playoffs-da-superliga-em-clima-de-nao-ha-mais-time-bobo.html