Treinador avaiano vibra com triunfo sobre arquirrival e saída da zona de rebaixamento
Por GloboEsporte.com
Florianópolis
Mais
que a segunda vitória seguida. Mais que os três pontos na tebela. Mais
que um triunfo fora de casa. Vencer um clássico, é mais que tudo isso. E
tem mais. Além de poder comemorar no estádio do maior adversário, o
resultado no Orlando Scarpelli, no clássico desta quarta-feira, pela 26ª
rodada do Brasileirão, tirou o Avaí da zona de rebaixamento e colocou o
o arquirrival entre os quatro piores da competição.
Para Gilson
Kleina, o jogo desta quarta-feira é um acumulo de tudo citado acima.
Depois de resultados ruins no returno, pressão no retorno à Ressacada
após a derrota para o Atlético-MG em Belo Horizonte, o Leão deu a
virada. Sofrida, como sempre. Saiu perdendo para o Goiás, no domingo,
mas venceu no finalzinho do jogo, diante de um rival direto na luta
contra o rebaixamento. No jogo seguinte, o deste meio de semana, nesta
noite chuvosa de quarta na capital catarinense, um novo triunfo na
chamada competição à parte, como explica o próprio treinador. -
Ganhamos muitas coisas (em um clássico). Foi um clássico bem disputado,
inúmeras chances, principalmente no primeira
tempo. Avai foi mais consistente, conseguiu ter as melhores condições,
demoramos para ter o poder de decisão, mas equipe competiu, para sair
vencedora
precisava ter esse sentimento. A equipe buscou do começo ao fim esse
resultado
positivo. Acredito que a equipe foi premiada, não só consegue os três
pontos importantes. Mas ganha-se um campeonato à parte, todo
clássico tem sua história, estamos de parabéns, os jogadores conseguiram
resgatar
isso. Hoje estou muito feliz, o lado avaiano pode ver uma equipe
aguerrida, que
lutou, quis o resultado positivo - disse, em coletiva após a partida.
Gilson Kleina, no Scarpelli
(Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)
Kleina
falou que o fator psicológico foi muito importante para a vitória no
Scarpelli. Lembrou que no último duelo na casa rival, o Figueirense foi
muito forte, e conseguiu fazer os 2 a 0 necessários para avançar na Copa
do Brasil em pouco tempo de jogo. O treinador citou outros fatores que
influenciaram sobre a postura avaiana nesta quarta-feira e o resultado.
-
Nós oscilamos muito no campeonato, os resultados não vieram, aumentou a
cobrança. Trabalhamos de uma forma para que deixássemos os jogadores
mais
tranquilos. Vinhamos de um campeonato muito próximo
do Figueirense na pontuação, sabíamos que a vitória era muito
importante, sempre
nos preparamos para isso, mas só pontuar aqui seria muito bom, um ponto
fora,
a gente podia levar a decisão para casa novamente. Mas como trabalhamos o
lado emocional muito
forte. Da outra vez perdemos o clássico em 12 minutos, e eles foram
felizes,
competentes, entraram muito forte, foram muito competitivos, tanto que
estão ate agora na Copa do Brasil. A concentração de todos foi uma
parcela importante
para sair vencedor, agora é dar continuidade, trabalhamos bem a pressão,
mas
continua o campeonato, estamos muito felizes, mas sempre com os pés no
chão para conseguir a
terceira vitória.
Confira os principais trechos da coletiva do treinador
Everton Silva entre titulares-
Ele é de muita força, explosão, insinuante. Ele fez um grande
Campeonato Paulista nessa função (ponta) pelo RB Brasil. De origem ele é
lateral, mas com o tempo foi passando para frente e vimos isso nos
treinos. Como o Roberto no último jogo tomou uma pancada no quadril, o
Romulo está com problema no ombro, e o Anderson Lopes não está no seu
ideal, mas são três atacantes agudos, o Everton veio treinando bem,
ficou fora do ultimo
jogo, entrou bem contra Atlético-MG... Se lembrar as
chances que tivemos foi com ele e o Nino Paraíba. Mas a
entrada do Everton podia até parecer defensiva, mas foi de muita
transição. Hoje a estratégia deu certo,
pegamos gramado pesado, também, aliás meu quarto clássico, terceiro sob
chuva.... Fico
feliz, satisfeito, os jogadores puderem premiar a torcida do Avaí, e
eles também são
merecedores. Mas vamos continuar com esse espírito que essa é a receita.
Gilson Kleina, no clássico do Scarpelli
(Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)
Renan Oliveira-
A gente sempre conversa. O Renan é introvertido, mas cada um vê e
interpreta de uma maneira diferente. Eu vejo ele como um menino com
muita qualidade e com técnica apurada. Precisa amadurecer, tem contrato
com um clube grande, com Atlético-MG, a gente tem que resgatar um
jogador deste quilate. Conversa que tivemos é que mantenha a confiança.
Mas também entendo que tanto ele quanto o Marquinhos são
características diferentes. Ele veio como meia, mas na base do Atlético
ele era segundo atacante, então ele jogou praticamente como segundo
atacante, mas marcar o Sueliton também não é fácil. Fico feliz pela
vitória, mas também que passou pelos pés dele. Ele sofreu com a pressão,
espero que possa ter continuidade, e a gente ganha mais um jogador. Que
a torcida o apoie, ele é um diferencial. Vejo ele como atacante, vindo
por trás, de costas ele tem dificuldade.
Confrontos diretos- O resultado que escapou da gente foi contra o Coritiba, as vezes lamentamos
um ponto só. Aquele ponto faria diferença. Depois conversamos, deixamos escapar a decisão direta com
o Coxa, criamos para isso, mas não fomos competentes, não vencemos e, pior,
perdemos. Tínhamos que resgatar (os pontos), mas tivemos consciência, fora de casa, contra
o maior rival, e subimos na tabela. Hoje estamos felizes, respiramos, mas temos
que pontuar de novo. Vamos que trabalhar amanhã, vamos enfrentar mais uma equipe de qualidade (o São Paulo), mas se
jogarmos com esse espirito podemos novamente sair vencedor.
Da pressão à vitória -
Isso tudo é trabalho né. A gente nunca desistiu, deixou de acreditar e
sempre acreditou no elenco. A gente oscilou com a perda de grande
jogadores, e a
reposição as vezes demora, a situação de jogadores, perdemos o Anderson
Lopes, o Romulo, o Roberto... o resultado
não vem e gera desconfiança. Sempre tive apoio da diretoria e
presidente. Na hora da pressão maior, eu como comandante, isso é de cada
um, mas eu blindei e chamei a
pressão para mim. O grupo é forte, os reforços estão chegando, os
próprios jogadores do elenco. Vê o Anderson Lopes, resgatar o Rudnei,
colocando ele em forma, mostrando que pode ser titular, administrando o
Marquinhos, o André Lima, o Roberto, o Romulo, daqui a pouco tem o
Eltinho, o Camacho de volta... A gente acredita no elenco, mas sabe como
é o futebol, se o resultado não vem a cobrança é em cima, mas tenho que
parabenizar a diretoria, que foram sensatos. Virama a dificuldade, o
torcedor quer ver o time ganhar, mas não vê a situação, com motivos
técnicos, físicos, e tudo atrapalha. Espero que tenhamos passar por essa
turbulência, que a gente possa conviver com resultados positivos, que
faça a pontuação, mas competindo, nunca deixamos. Estamos muito feliz,
mas também não é tudo. Não está tudo certo, temos que conversar, mas
fico feliz que todo mundo dentro do Avaí fica mais tranquilo e a gente
pode, nesse dias que antecede o jogo com o São Paulo, trabalhar da
melhor maneira possível.
(OBS DO BLOG:
Para assistir ao VIDEO, clic no LINK da FONTE abaixo).
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/avai/noticia/2015/09/para-kleina-vitoria-em-campeonato-parte-tem-mais-valor-que-tres-pontos.html