A CRÔNICA
por
Diego Ribeiro
Cada vez mais acostumado à nova casa, o Corinthians joga em sua Arena
com a maior naturalidade. Nem mesmo o maior rival causa temor à
consciente equipe treinada por Mano Menezes. No primeiro clássico da
história do estádio alvinegro, o Timão venceu o Palmeiras por 2 a 0,
neste domingo, retomou a vice-liderança do Campeonato Brasileiro e
prejudicou um pouco mais o rival na tabela, que esta em 12º. Guerrero e
Petros, ambos no segundo tempo, foram os responsáveis pelos gols.
Foi a terceira vitória seguida no Corinthians em sua Arena, onde está 100% depois da Copa do Mundo. Com mais recursos técnicos do que o Palmeiras, o time de Mano tomou as rédeas do jogo, superou um primeiro tempo truncado e deslanchou no segundo graças a Elias, autor das duas assistências que originaram os gols corintianos. Com 23 pontos, o Timão está a cinco do líder Cruzeiro.
O Palmeiras de Ricardo Gareca é organizado taticamente, mas seus jogadores têm deficiências. Quando levou o primeiro gol, o time não soube reagir. Do banco, Gareca propôs soluções, abriu seus atacantes, mas as chances não apareceram. O time alviverde continua com 13 pontos na tabela, mais longe dos primeiros colocados, mais perto dos últimos.
Duro de ver
O clássico que prometia ser quente acabou proporcionando, provavelmente, os 45 minutos mais chatos na breve história da Arena Corinthians. O Dérbi teve paz antes do jogo, com chegadas tranquilas dos torcedores do Palmeiras - maior preocupação do dia. Em campo, porém, os times não corresponderam às expectativas. O Timão tocou, tocou, tocou e não conseguiu achar brechas na defesa do Verdão, que se limitou a explorar os contra-ataques.
A escalação proposta por Ricardo Gareca indicava um Palmeiras mais ofensivo, mas Felipe Menezes, Mendieta, Mouche e Henrique viraram mais quatro defensores, que voltavam para dobrar a marcação nos principais corintianos – Renato Augusto, Romero e Guerrero tiveram pouquíssimo espaço. As laterais ficaram abertas, mas Fagner e Fábio Santos erraram muito. Do outro lado, Cássio era mero espectador. O Palmeiras teve apenas uma finalização no primeiro tempo.
O Corinthians tentou propor o jogo e trocou mais passes. Chances, mesmo, só criou no fim. Um chute de Renato Augusto, outro de Guerrero e uma cabeçada de Gil assustaram o goleiro Fábio. O árbitro Sandro Meira Ricci colaborou para amarrar a partida: foram 25 faltas marcadas, grande parte delas em lances leves. O jogo travado irritou os dois lados. A torcida, também ressabiada, não reclamou do fim da primeira etapa.
Elias, o garçom
O Corinthians entendeu que precisava de mais peças no ataque e fez isso sem precisar realizar substituições. Bastava acionar Elias, que ainda retoma seu ritmo depois de seis meses sem atuar. Na primeira chegada mais forte ao ataque, ele expôs as deficiências da zaga palmeirense e incendiou a Arena. Um drible de corpo foi suficiente para Elias tirar Tobio da jogada e dar a bola nos pés de Guerrero. O peruano fez 1 a 0 para o time da casa.
A Arena explodiu, e o Palmeiras sentiu o gol. Se a bola já parecia pesada, ficou mais ainda quando o Verdão tentou atacar com ligações diretas entre defesa e ataque. Mendieta foi substituído por Leandro, deixando o meio-campo ainda mais deserto. Cássio, mais uma vez, teve pouco trabalho na meta do Corinthians. Apenas Mouche, voluntarioso, tentou fazer tudo sozinho pelo lado direito. Em vão. Aos 46, Elias, mais uma vez, entrou pelo meio e tocou para Petros, que bateu cruzado, da direita. A bola bateu na trave, nas costas de Fábio e entrou.
O clássico serviu para mostrar a atual diferença técnica entre as duas equipes, igualmente bem organizadas por Mano Menezes e Ricardo Gareca. Mano tem talentos à sua disposição e resolveu o jogo a seu favor numa jogada individual de sua peça-chave: Elias. Gareca tem bem menos material para trabalhar. Vai precisar tirar o máximo de seus jogadores para fazer o Verdão subir na tabela do Brasileiro.
saiba mais
Foi a terceira vitória seguida no Corinthians em sua Arena, onde está 100% depois da Copa do Mundo. Com mais recursos técnicos do que o Palmeiras, o time de Mano tomou as rédeas do jogo, superou um primeiro tempo truncado e deslanchou no segundo graças a Elias, autor das duas assistências que originaram os gols corintianos. Com 23 pontos, o Timão está a cinco do líder Cruzeiro.
O Palmeiras de Ricardo Gareca é organizado taticamente, mas seus jogadores têm deficiências. Quando levou o primeiro gol, o time não soube reagir. Do banco, Gareca propôs soluções, abriu seus atacantes, mas as chances não apareceram. O time alviverde continua com 13 pontos na tabela, mais longe dos primeiros colocados, mais perto dos últimos.
Petros festeja o segundo gol corintiano
no Dérbi (Foto: Marcos Ribolli)
O clássico que prometia ser quente acabou proporcionando, provavelmente, os 45 minutos mais chatos na breve história da Arena Corinthians. O Dérbi teve paz antes do jogo, com chegadas tranquilas dos torcedores do Palmeiras - maior preocupação do dia. Em campo, porém, os times não corresponderam às expectativas. O Timão tocou, tocou, tocou e não conseguiu achar brechas na defesa do Verdão, que se limitou a explorar os contra-ataques.
A escalação proposta por Ricardo Gareca indicava um Palmeiras mais ofensivo, mas Felipe Menezes, Mendieta, Mouche e Henrique viraram mais quatro defensores, que voltavam para dobrar a marcação nos principais corintianos – Renato Augusto, Romero e Guerrero tiveram pouquíssimo espaço. As laterais ficaram abertas, mas Fagner e Fábio Santos erraram muito. Do outro lado, Cássio era mero espectador. O Palmeiras teve apenas uma finalização no primeiro tempo.
O Corinthians tentou propor o jogo e trocou mais passes. Chances, mesmo, só criou no fim. Um chute de Renato Augusto, outro de Guerrero e uma cabeçada de Gil assustaram o goleiro Fábio. O árbitro Sandro Meira Ricci colaborou para amarrar a partida: foram 25 faltas marcadas, grande parte delas em lances leves. O jogo travado irritou os dois lados. A torcida, também ressabiada, não reclamou do fim da primeira etapa.
Palmeirenses tentam parar Romero.
Verdão não foi bem (Foto: Marcos
Ribolli / Globoesporte.com)
Elias, o garçom
O Corinthians entendeu que precisava de mais peças no ataque e fez isso sem precisar realizar substituições. Bastava acionar Elias, que ainda retoma seu ritmo depois de seis meses sem atuar. Na primeira chegada mais forte ao ataque, ele expôs as deficiências da zaga palmeirense e incendiou a Arena. Um drible de corpo foi suficiente para Elias tirar Tobio da jogada e dar a bola nos pés de Guerrero. O peruano fez 1 a 0 para o time da casa.
A Arena explodiu, e o Palmeiras sentiu o gol. Se a bola já parecia pesada, ficou mais ainda quando o Verdão tentou atacar com ligações diretas entre defesa e ataque. Mendieta foi substituído por Leandro, deixando o meio-campo ainda mais deserto. Cássio, mais uma vez, teve pouco trabalho na meta do Corinthians. Apenas Mouche, voluntarioso, tentou fazer tudo sozinho pelo lado direito. Em vão. Aos 46, Elias, mais uma vez, entrou pelo meio e tocou para Petros, que bateu cruzado, da direita. A bola bateu na trave, nas costas de Fábio e entrou.
O clássico serviu para mostrar a atual diferença técnica entre as duas equipes, igualmente bem organizadas por Mano Menezes e Ricardo Gareca. Mano tem talentos à sua disposição e resolveu o jogo a seu favor numa jogada individual de sua peça-chave: Elias. Gareca tem bem menos material para trabalhar. Vai precisar tirar o máximo de seus jogadores para fazer o Verdão subir na tabela do Brasileiro.