Blatter em dois atos: pressão e apoio para Copa no
Brasil (Foto: Reprodução / Site Oficial da FIFA) Soam os sinos da Copa de 2014. Nesta sexta-feira, em Abu Dhabi, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, colocou pressão na organização brasileira para o próximo Mundial. Ele pede agilidade especialmente na construção de uma infraestrutura sólida para a chegada das 32 seleções e de torcedores de todos os cantos do mundo. Mais do que com as reformas nos estádios, a preocupação é com hotéis, estradas e aeroportos.
A mesma preocupação reside nos pensamentos de Jérôme Valcke, secretário geral da Fifa. Eles pedem agilidade ao Brasil nas melhorias.
- Talvez tenhamos que tocar o sino no Brasil para dizer que a Copa é em três anos e meio. Com os estádios, eles farão um bom trabalho, mas não estou tão certo quanto à infraestrutura – disse Blatter.
O dirigente máximo da Fifa age em dois lados: enquanto pressiona, dá apoio. Ele se mostra convicto de que o Brasil resolverá seus problemas até 2014.
- Tivemos as mesmas perguntas sobre a África do Sul. O que vai acontecer se não forem bons estádios? E se os hotéis não estiverem prontos? Talvez tenhamos um plano B em um bolso e um plano C no outro. O plano B se chama Brasil. O plano C é Brasil. Confiamos que o Brasil vai conseguir. Não podemos acreditar que não vão fazer todos os esforços. Eu realmente não posso acreditar nisso. São 200 milhões de pessoas no Brasil, a economia é forte. Não tenho problemas: tenho confiança de que farão. Claro, com um pouco de pressão aqui e ali, mas os planos B e C são o Brasil – afirmou Blatter.
Datas da Copa
Jérôme Valcke aproveitou a entrevista coletiva, da qual também participou, para fazer um esclarecimento. Segundo ele, há dois períodos pré-definidos para a Copa do Mundo: ou de 6 de junho a 6 de julho, ou de 13 de junho a 13 de julho. Está descartada a ideia de o Mundial no Brasil ficar restrito apenas ao mês de junho.
Estádio da abertura
A Fifa também não foi definitiva sobre o estádio de abertura da Copa do Mundo de 2014. Jérôme Valcke teve encontro nesta quinta-feira, em Abu Dhabi, com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Novas reuniões ocorrerão nos próximos dias. A ideia é organizar as sedes de modo que seleções e torcedores não precisem se deslocar de uma ponta a outra do país.
- Estamos trabalhando para que haja um pequeno movimento dos clubes e dos torcedores na primeira fase. Por enquanto, não decidimos onde vai ser disputado (o primeiro jogo), e também não definimos as datas – afirmou Valcke.