terça-feira, 9 de novembro de 2010

Conheça as 14 jogadoras que estão defendendo o Brasil no Mundial de vôlei 20120

Campeã olímpica, seleção de Zé Roberto tenta conquistar o título inédito

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Quatorze jogadoras desembarcaram no Japão em busca de um sonho. A seleção tenta conquistar o título mundial, inédito em sua história. E, pela primeira vez, as comandadas de José Roberto Guimarães chegam com a responsabilidade de serem as atuais campeãs olímpicas. Confira as convocadas pelo técnico para a disputa da medalha de ouro:
vôlei - perfil jogadoras seleção brasileira adenizia
ADENÍZIA
Posição: meio de rede
Peso e altura: 66 kg - 1,87 m
Data de Nascimento: 18/12/1986
Time atual: Osasco
Campeã do Grand Prix e do Sul-Americano em 2009, Adenízia também já soma três títulos da Superliga. Ao lado de Thaísa, Fabiana e Carol Gattaz, forma a muralha do bloqueio brasileiro.

vôlei - perfil jogadoras seleção brasileira camila brait
CAMILA BRAIT
Posição: líbero
Peso e altura: 66 kg - 1,68 m
Data de Nascimento: 28/10/1988
Time atual: Osasco
Novata na seleção, Camila Brait faz sua estreia em Mundiais. A líbero mineiro chega como grande revelação do cenário nacional, já com o título da Superliga 2009/2010 no currículo.

vôlei - perfil jogadoras seleção brasileira carol gattaz
CAROL GATTAZ
Posição: meio de rede
Peso e altura: 79 kg - 1,92 m
Data de Nascimento: 27/07/1981
Time atual: Rio de Janeiro
Uma das mais experientes do grupo, Carol Gattaz já soma cinco títulos do Grand Prix e segue para a disputa de seu segundo Mundial. A meio-de-rede esteve presente no vice-campeonato de 2006.

vôlei - perfil jogadoras seleção brasileira fabiana
DANI LINS
Posição: levantadora
Peso e altura: 71 kg - 1,82 m
Data de Nascimento: 05/01/1985
Time atual: Rio de Janeiro
A pernambucana tem uma missão difícil no Mundial: substituir Fofão. Há um ano na seleção, a levantadora participou da campanha dourada do Grand Prix 2009 e também tem quatro títulos de Superliga.

vôlei - perfil jogadoras seleção brasileira fabi
FABI
Posição: líbero
Peso e altura: 58 kg - 1,67 m
Data de Nascimento: 07/03/1980
Time atual: Rio de Janeiro
Medalhista de ouro com a seleção nos Jogos Olímpicos de Pequim, Fabi foi eleita a melhor líbero do Grand Prix em 2009. Mais experiente do grupo, a jogadora tem função de líder dentro da quadra.


vôlei - perfil jogadoras seleção brasileira fabiana
FABIANA
Posição: meio de rede
Peso e altura: 75 kg - 1,93 m
Data de Nascimento: 24/01/1985
Time atual: Vôlei Futuro
Melhor bloqueadora do Grand Prix 2009, Fabiana quer repetir a atuação no Mundial. Vice em 2006, a meio de rede quer aumentar a coleção de ouros neste ano e guardar a medalha junto com a olímpica.

vôlei - perfil jogadoras seleção brasileira fernanda
FERNANDA GARAY
Posição: ponta
Peso e altura: 75 kg - 1,83 m
Data de Nascimento: 10/05/1986
Time atual: NEC (Japão)
Última convocada para o Mundial, Fernanda Garay chega para tentar suprir as ausências de Mari e Paula Pequeno na seleção. A ponteira, contratada pelo NEC (Japão), fará sua estreia na competição.

vôlei - perfil jogadoras seleção brasileira jaqueline
JAQUELINE
Posição: ponta
Peso e altura: 73 kg - 1,84 m
Data de Nascimento: 31/12/1983
Time atual: Osasco
Eleita melhor atacante do Grand Prix, Jaqueline chega cheia de moral ao Mundial. A ponteira, que teve um ano sabático da seleção para cuidar de assuntos pessoais, é um dos destaques do time.

vôlei - perfil jogadoras seleção brasileira fabiola
FABÍOLA
Posição: levantadora
Peso e altura: 73 kg - 1,84 m
Data de Nascimento: 03/02/1983
Time atual: Pinheiros
Após a fase final do Grand Prix, Fabíola entrou na disputa por uma vaga como titular da seleção. A levantadora mostrou versatilidade em quadra e arredondou as bolas para as atacantes brasileiras.

vôlei - perfil jogadoras seleção brasileira joycinha
JOYCINHA
Posição: oposto
Peso e altura: 68 kg - 1,90 m
Data de Nascimento: 13/06/1984
Time atual: Vôlei Futuro
Cortada da seleção às vésperas das Olimpíadas, Joycinha terá a primeira grande chance em uma competição importante. A oposto brasileira evoluiu em quadra e quer garantir vaga de titular na equipe.

vôlei - perfil jogadoras seleção brasileira natalia
NATÁLIA
Posição: ponta
Peso e altura: 76 kg - 1,84 m
Data de Nascimento: 24/04/1989
Time atual: Osasco
Maior revelação dos últimos tempos no cenário nacional, Natália tem apenas 21 anos, mas já conquistou a confiança de Zé Roberto. Oposta de origem, a jogadora atuará como ponteira no Mundial.

vôlei - perfil jogadoras seleção brasileira sheila
SHEILLA
Posição: oposto
Peso e altura: 67 kg - 1,85 m
Data de Nascimento: 01/07/1983
Time atual: Rio de Janeiro
MVP do Grand Prix 2009, Sheilla é uma das jogadoras mais experientes do grupo. Campeã olímpica em Pequim, também estava no grupo que foi vice no Mundial de 2006.

vôlei - perfil jogadoras seleção brasileira thaisa
THAISA
Posição: meio de rede
Peso e altura: 78 kg - 1,96 m
Data de Nascimento: 15/05/1987
Time atual: Osasco
Força brasileira no bloqueio, Thaisa também esteve presente na conquista do ouro em Pequim. No entanto, a central fará sua estreia em Mundiais e quer confirmar a vaga de titular.

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vôlei - perfil jogadoras seleção brasileira sassa
SASSÁ
Posição: ponta
Peso e altura: 82 kg - 1,80 m
Data de Nascimento: 09/09/1982
Time atual: Osasco
Jogadora que mais vezes vestiu o uniforme verde e amarelo desse grupo, Sassá está na seleção há oito anos. Seu currículo traz o ouro olímpico, cinco títulos do Grand Prix e mais de 180 jogos pela seleção.
 

Seleção não comemora vaga: 'Nosso objetivo é muito maior que esse

Zé Roberto fica satisfeito, mas diz que time deu apenas o segundo passo do planejamento para o campeonato

Por Mariana Kneipp Direto de Nagoya, Japão

Sheilla e Thaisa no bloqueio contra Maren Brinker, da AlemanhaSheilla e Thaisa no bloqueio contra Maren Brinker,
da Alemanha (Foto: Divulgação / FIVB)
A classificação para as semifinais do Mundial está garantida. Mas, ao saírem de quadra após a vitória sobre a Alemanha, as jogadoras pareciam mostrar que a ficha não havia caído. Não houve grandes comemorações ou empolgação depois de um triunfo morno em Nagoya. A consciência de que a vaga na próxima fase foi apenas mais uma etapa cumprida foi a justificativa para o comportamento.

- Estamos felizes, mas o nosso objetivo é muito maior que esse. Comemoramos, claro, mas é que estamos mais preocupadas com o que vem pela frente – contou Sheilla.

Ao ser questionado sobre a falta de comemoração do time, José Roberto Guimarães deu um sorriso tímido. O técnico concordou com a postura da equipe de manter os pés no chão.

- Demos um segundo passo agora. Eu defino dessa forma: o primeiro foi a classificação para a segunda fase. O segundo, este, para as semifinais. Ainda temos que garantir a vaga na decisão e conquistar o título. Ou seja, temos que ficar felizes, mas a cabeça precisa estar lá na frente. Vai ser difícil até o fim – concluiu.

Capitã da seleção, Fabiana também não comemorou muito ao deixar a quadra. A central revelou que a confirmação da classificação às semifinais ainda não alivia a sua tensão no campeonato.

- Não fico tranquila com isso. É um alívio entre aspas. Ainda temos mais deveres para cumprir. Aqui, é pesado. Não dá para relaxar – afirmou ela.


Para presidente da FIVB, tri mundial do Brasil é ruim para o vôlei

MUNDIAL FEMININO DE VOLEI 2010

Assim como já havia feito no Mundial Masculino de Vôlei, quando ironizou a participação ruim do seu país no torneio, o chinês Jizhong Wei, presidente da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), voltou a causar polêmica em entrevista concedida ao Terra e a outro veículo de comunicação do Brasil durante sua visita a Nagoya, onde acompanha o Mundial Feminino.
Questionado sobre o que achava da Seleção Brasileira, comandada pelo técnico Bernardinho, ter ganhado os últimos três títulos mundiais, em uma hegemonia dentro do vôlei masculino, Wei declarou que acha ruim para o esporte.
"Se vocês me perguntarem vou dizer que não é bom. Mas, infelizmente, eu não posso fazer nada. Não sou eu que jogo", afirmou o chinês. O presidente diz que a disputa que está sendo vista dentro do vôlei feminino é muito mais atrativa para a modalidade. "Tem cinco, seis times no mesmo nível".
Elogiando o desempenho do time do técnico José Roberto Guimarães, o chinês disse que a equipe verde e amarela, invicta até o momento na competição, está fazendo o que dela se esperava. Wei comentou ainda sobre o desempenho de outras seleções, criticando novamente o desempenho da China, dessa vez no feminino.
"O Brasil está na média dele sempre, disputando entre as favoritas...A China está muito ruim, Cuba também está muito mal. A Itália não está muito boa. Estados Unidos, sim. Estava muito mal ano passado e este ano está jogando muito bem. Japão também".
O dirigente fugiu da resposta ao ser questionado sobre o fato dos dois últimos mundiais femininos terem sido realizados em solo japonês. "O masculino este ano foi na Itália. Os próximos dois (masculino e feminino) serão na Europa. Mas não sou eu quem decide onde vai ser o Mundial. São os vários membros da FIVB", afirmou o chinês.

Seleção atropela no início, tem pequeno "apagão", mas vai à semi

MUNDIAL FEMININO DE VOLEI 2010

Brasil passa pelas alemãs e confirma vaga nas semifinais do Mundial

Seleção força o saque e vence as adversárias por 3 sets a 0 para garantir a classificação antecipada e passagem para Tóquio

Por Mariana Kneipp Direto de Nagoya, Japão
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Sheilla vibra contra a AlemanhaSheilla vibra com mais um ponto contra a
Alemanha (Foto: Divulgação / FIVB)
Em 9 de novembro de 1989, os alemães comemoravam a abertura do caminho entre os lados oriental e ocidental da nação. A queda do Muro de Berlim completa 21 anos nesta terça-feira. Protagonistas de um dos fatos mais marcantes da história, as germânicas fizeram um papel de apenas coadjuvantes em mais um movimento de passagem e avanço de etapas para um país. Em busca do título inédito do Mundial de Vôlei, o Brasil aproveitou o fraco desempenho da Alemanha em quadra e carimbou sua passagem de Nagoya para Tóquio. A vitória por 3 sets a 0, parciais de 25/16, 25/13 e 25/21, confirmou a classificação para as semifinais e deixou a seleção a dois passos do alto do pódio da capital japonesa no próximo domingo.

Antes de ir para Tóquio, porém, a equipe de José Roberto Guimarães precisa “cumprir tabela” contra um dos principais adversários do Mundial. Nesta quarta-feira, às 3h (de Brasília), o Brasil enfrentará os Estados Unidos para definir quem deixa o ginásio Nippon Gaishi Hall como o primeiro colocado do Grupo F.

Com 20 acertos, Natália foi a maior pontuadora do jogo. Pela Alemanha, Ssuschke somou oito.

Brasil joga com tática do ‘inimigo’

Antes do jogo, Zé Roberto avisou que a Alemanha tinha um dos melhores saques do Mundial. Porém, o que se viu no início da partida foi o Brasil dominando o fundamento. Fabiana e Thaisa quebraram a recepção alemã e facilitaram o trabalho da equipe, que pontuou com Natália e Sheilla. Depois de um belo rali, a oposta deu show na rede, saindo do bloqueio e marcando 3 a 2 para a seleção.

A defesa verde e amarela também esteve bem posicionada. Fabi e Fabíola resgataram bolas a milímetros do chão. No placar, a vantagem já era de cinco pontos. As alemãs se desconcentraram e erraram ataques, sozinhas. Do outro lado, no entanto, a seleção continuava a mandar saques muito bem colocados. Fabíola abriu o caminho para belas jogadas de Jaqueline e Sheilla, que levaram o marcador a 20 a 12.

Zé Roberto resolveu, então, fazer uma substituição tripla. Sassá, Dani Lins e Joycinha entraram em quadra. As duas últimas permaneceram apenas por dois pontos. Já a ponteira continuou para ajudar na recepção, que deu início ao contra-ataque finalizado por Thaisa, após um levantamento com somente uma das mãos de Fabíola. Mais uma defesa quase impossível da levantadora e da central, e Sheilla fechou o primeiro set, no bloqueio, com 25/16.

Saque da Fabíola abre caminho para seis pontos

Estrela do time alemão, Kozuch passou a primeira parcial zerada. A ponteira só conseguiu pontuar quando o placar já estava 6/5 para o Brasil no segundo set, que começou equilibrado. Porém, o Brasil tinha Sheilla e Natália, que foram beneficiadas pela boa distribuição de bolas de Fabíola.
Sheilla e Thaisa no bloqueio contra Maren Brinker, da AlemanhaSheilla e Thaisa no bloqueio contra a alemã Maren Brinker (Foto: Divulgação / FIVB)
Jaqueline foi para o saque e forçou o braço. Depois de três pontos de contra-ataque, sendo um deles por um erro bizarro de levantamento de Brinker, o técnico Giovanni Guidetti parou o jogo. O italiano deu um show a parte de nervosismo ao lado da quadra. Com uma prancheta na mão, que não tinha nada escrito, ele mordia os dedos, gritava e batia os pés no chão. Nada que ajudasse sua equipe.

Pelas mãos de Natália, o placar ia mudando mais rápido que o técnico pudesse perceber. Até a central Radzuweit, de 1,96m, foi parada no bloqueio pela “baixinha” Fabíola, de 1,84m, para marcar 16/9. A levantadora, aliás, foi o destaque do segundo set. Com uma seqüência de seis saques, deixou a seleção com 11 pontos de vantagem. No bloqueio triplo brasileiro, a parcial foi encerrada em 25/14.

Natália para reação alemã

O Brasil começou errando muito no terceiro set. Do outro lado, o ataque alemão explorou o bloqueio e conseguiu abrir vantagem no placar, com ace de Radzuweit e Beier (8/5). No tempo técnico, Zé Roberto gritou:
- Elas estão virando tudo. Vamos jogar.
A seleção voltou melhor para a quadra. Natália e Fabiana diminuíram a diferença para apenas um ponto. Weiss tentou mandar de segunda, mas a número 12 brasileira devolveu com forte ataque para empatar em 17 a 17 e, em seguida, virou o marcador para a seleção.

Depois que levou a virada, a Alemanha não ofereceu mais resistência. Natália continuou voando na rede, e Thaisa acertou a mão no saque para abrir quatro pontos de vantagem. Mais um ponto da ponteira, e a festa da classificação antecipada para as semifinais começou na quadra em Nagoya