sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

É campeão! Fanning cai, e Medina conquista o histórico título mundial

Fenômeno brasileiro de 20 anos conta com vitória do compatriota Alejo Muniz sobre o australiano para comemorar o primeiro caneco de campeão mundial do surfe nacional


Por
Direto de Oahu, Havaí
 
Após 38 anos de surfe profissional, o Brasil conheceu nesta sexta-feira o seu primeiro campeão mundial da elite do esporte, o WCT. Coube ao jovem Gabriel Medina, de apenas 20 anos, a glória de eternizar-se na história, na cultuada praia de Pipeline, no Havaí. Para assegurar a conquista do caneco mesmo sem estar na água, o paulista de São Sebastião, que havia se classificado às quartas de final com uma vitória emocionante, contou com a ajuda preciosa do argentino naturalizado brasileiro Alejo Muniz, que derrotou Mick Fanning por 6,53 a 2,44 na terceira bateria da quinta fase e foi às quartas de final, acabando com as chances de o australiano dono de três títulos mundiais ultrapassar os 60.000 pontos já garantidos do líder, Medina, na classificação do Circuito Mundial de Surfe, cuja 11ª e última etapa da temporada 2014 vai ser encerrada ainda nesta sexta. Terminar à frente de Mick ou chegar na final era tudo que Medina precisava para conquistar o histórico caneco na meca do surfe. Vale lembrar que Alejo já tinha dado uma grande ajuda ao despachar o mito americano Kelly Slater na terceira fase.

Gabriel Medina, comemoração, surfe Pipeline (Foto: Kirstin Scholtz / ASP)
Gabriel Medina é carregado por amigos na 
comemoração do título mundial (Foto: 
Kirstin Scholtz / ASP)


- É fantástico. Eu não sei exatamente o que dizer. Eu quero agradecer Alejo por me ajudar. Eu amo essa torcida. Eu quero muito celebrar com todas essas pessoas, com meu pai e minha mãe. Eu sonhava com isso e agora virou realidade - afirmou Gabriel, que abandonou a bateria dele de quartas de final contra o compatriota Filipe Toledo para comemorar o título, mas depois voltou para a água quando faltavam pouco mais de dez minutos para o fim e, mesmo assim, o novo campeão acabou levando a melhor por 4,30 a 3,27 e avançou à semifinal em Pipeline.

Contra o australiano Josh Kerr, Medina brilhou mais uma vez e se classificou para a grande final com vitória por 13,60 a 9,43. O adversário é o também "aussie" Julian Wilson.



Ninguém foi mais competente e magistral do que Gabriel nesta temporada. Ele assombrou gigantes e lendas do esporte, ganhou toneladas de experiência, lidou com pressão, superou limites e venceu três importantes etapas (Gold Coast, Fiji e Teahupoo). Ainda aos 20 anos, aquele garoto travesso que apenas queria se divertir em Maresias, no litoral paulista, provou que pode sim ser considerado um fenômeno. Passou pelos últimos obstáculos no Havaí e escreveu o seu nome na história com o título inédito, igualando o recorde de Kelly Slater, que conquistou o primeiro de seus 11 canecos com a mesma idade do brasileiro.

A bateria que poderia dar o título mundial a Gabriel Medina começou com o mar mexido e poucas ondas de alta qualidade. Número 29 do ranking mundial, Alejo Muniz se posicionou ao lado do vice-líder, Mick Fanning, para tentar dar o bote na hora certa e dropar uma boa onda. O tricampeão mundial saiu na frente com uma pequena nota 1,43 e o catarinense respondeu com um 1,03. Depois, nos outros primeiros 15 minutos de bateria, ambos não conseguiram encontrar boas ondas para aumentar os seus somatórios.

Gabriel Medina, comemoração, surfe Pipeline (Foto: Pedro Gomes Photography)
Gabriel Medina vibra na areia de Pipeline, 
cercado de torcedores e amigos 
(Foto: Pedro Gomes Photography)


Na segunda metade de bateria, o marasmo do mar continuava atrapalhando os dois competidores. De um lado, Alejo lutava por ele, já que precisa de um grande resultado para continuar no WCT em 2015, e pela nação brasileira, que ele escolheu para defender. A vontade do argentino criado em Bombinhas (SC) prevaleceu e ele conseguiu surfar uma boa direita para Backdoor para tirar nota 5,50, somar 6,53 pontos e deixar Mick precisando de um 5,27 para virar a bateria e impedir que Medina fosse campeão mundial mesmo fora da água. Os minutos foram passando e nada de onda aparecer. Ótimo para Alejo, ótimo para Medina, ótimo para o Brasil! Acabou o tabu: um brasileiro é campeão mundial de surfe na elite do esporte.


baterias da terceira fase

1.John John Florence (HAV) 16,33 x Adam Melling (AUS) 12,16
2. Owen Wright (AUS) 12,20 x Fred Patacchia (HAV) 11,17
3. Michel Bourez (TAH) 9,67 x Matt Wilkinson (AUS) 7,00
4. Josh Kerr (AUS) 10,50 x Jadson André (BRA) 7,87
5. Miguel Pupo (BRA) 5,17 x Filipe Toledo (BRA) 12,17
6. Gabriel Medina (BRA) 17,66 x Dusty Payne (HAV) 11,84
7. Kolohe Andino (EUA) 1,40 x Julian Wilson (AUS) 9,40
8. Bede Durbidge (AUS) 1,33 x Adrian Buchan (AUS) 11,53
9. Mick Fanning (AUS) 10,84 x Jeremy Flores (FRA) 7,67
10. Joel Parkinson (AUS) 6,76 x Sebastien Zietz (HAV) 8,93
11. Nat Young (EUA) 9,44 x Kai Otton (AUS) 10,67
12. Kelly Slater (EUA) 13,10 x Alejo Muniz (BRA) 15,50


baterias da quarta fase

1. John John Florence (HAV) 6,74 x Owen Wright (AUS) 3,87 x Michel Bourez (TAH) 6,40
2. Josh Kerr (AUS) 4,97 x Filipe Toledo (BRA) 15,23 x Gabriel Medina (BRA)15,67
3. Julian Wilson (AUS) 6,43 x Adrian Buchan (AUS) 6,86 x Mick Fanning (AUS) 6,47
4. Sebastien Zietz (HAV) 4,54 x Kai Otton (AUS) 7,06 x Alejo Muniz (BRA) 6,43


baterias da quinta fase

1. Filipe Toledo (BRA) 14,66 x Owen Wright (AUS) 3,8
2. Michel Bourez (TAH) 7,00 x Josh Kerr (AUS) 14,00
3. Mick Fanning (AUS) 2,44 x Alejo Muniz (BRA) 6,534. Sebastien Zietz (HAV) 10,34 x Julian Wilson (AUS) 17,46


baterias de quartas de final

1. Gabriel Medina (BRA) 4,30 x Filipe Toledo (BRA) 3,27
2. John John Florence (HAV) 4,04 x Josh Kerr (AUS) 6,00
3. Adrian Buchan (AUS) 12,17 x Alejo Muniz (BRA) 3,77
4. Kai Otton (AUS) 2,77 x 17,83 Julian Wilson (AUS)
baterias de semifinal
1. Gabriel Medina (BRA) 13,60 x 9,43 Josh Kerr (AUS)
2. Adrian Buchan (AUS)  x Julian Wilson (AUS)

medina 360°
As três primeiras etapas do ano

medina 360º
A derrota no Rio e a virada em Fiji

medina 360º
Gabriel nas ondas da África do Sul e do Taiti

"Acelerado", Rio derruba Osasco em apenas três sets e lidera Superliga

Com atuações destacadas de Bruna, Gabi e Natalia, time de Bernardinho bate eterno rival com facilidade e assume a ponta da competição, deixando o Sesi-SP para trás


Por
Rio de Janeiro

 

De um lado Thaisa, Adenízia, Camila Brait e Mari. Do outro, Gabi, Natalia, Fofão e Fabi. O maior clássico do voleibol brasileiro colocou novamente frente a frente Rio de Janeiro e Osasco, pela Superliga Feminina de vôlei. No ginásio do Tijuca, porém, o equilíbrio ficou apenas no número de craques dos dois lados da quadra e nas provocações e reclamações com a arbitragem. Pressionando desde o início e com um poderio ofensivo impressionante, o Rio de Janeiro de Bernardinho não tomou conhecimento das paulistas e venceu fácil por 3 sets a 0, parciais de 25/18, 25/16 e 25/21, mantendo sua invencibilidade e subindo para a liderança da competição, deixando o Sesi para trás. Já o Osasco conheceu sua segunda derrota seguida na disputa (havia perdido para o Sesi no meio de semana). Gabi, do Rio, foi a maior pontuadora com 16 acertos. Bruna, também do Rio, recebeu o troféu Viva Vôlei de melhor em quadra.

Na próxima rodada, no domingo, o Osasco joga em casa, contra o São José dos Campos, às 14h, no Ginásio José Liberatti. Já o Rio de Janeiro volta à quadra na segunda-feira, fora de casa, contra o Sesi, às 21h, em São Paulo, na Vila Leopoldina. Os dois jogos terão transmissão ao vivo do SporTV. O assinante do Canal Campeão também pode acompanhar pelo SporTV Play.

Rio de Janeiro entrou jogando com Gabi, Bruna, Juciely, Fofão, Natalia, Carol e Fabi. Já Osasco iniciou o duelo com Thaisa, Adenízia, Mari, Ivna, Diana, Samara, Camila Brait. Titular do time paulista, a levantadora Dani Lins, com dores nas costas, foi poupada. A cubana Carcaces, outro destaque do Osasco, teve uma luxação em um dos dedos da mão esquerda, no aquecimento, e só assistiu ao jogo do banco de reservas.


Rio de Janeiro x Osasco - Superliga feminina de vôlei (Foto: Thierry Gozzer)
Jogando em casa, Rio de Janeiro bateu Osasco 
e assumiu liderança da Superliga feminina 
de vôlei (Foto: Thierry Gozzer)


rio abre 2 a 0 rapidamente

Com a torcida empurrando o Rio de Janeiro, o time da casa abriu 4 a 1 com facilidade, indo bem nos fundamentos do bloqueio e também no saque, com um ace de Gabi. Na bola fora de Diana, o Rio fez 5 a 1 e comandava as ações. Carol, em pancada no viagem, colocou mais dois pontos de frente: 7 a 1. Com 8 a 2, Osasco foi para o tempo técnico com Luizomar de Moura cobrando que Thaisa & cia entrassem no jogo. Com Juciely funcionando muito bem na rede e Fofão distribuindo bem o jogo, Osasco não conseguia se encaixar, e com Natalia o Rio colocou 11 a 3, forçando outra parada de Luizomar.

Sem demonstrar reação, Osasco era presa fácil para o poderio ofensivo do Rio, que seguia quase perfeito: 16 a 6. A para surtiu efeito, e as paulistas conseguiram três pontos seguidos, pelas mãos de Mari, Thaisa e Diana, diminuindo o prejuízo: 16 a 10. Quem parou o jogo minutos depois foi Bernardinho. Com Gabi em quadra e Lara no saque, Osasco acordou e entrou na reta final do set perdendo por apenas 20 a 18. Foi quando Natalia e Bruna voltaram ao jogo, e decidiram o set, fazendo 23 a 18 rapidamente, contando ainda com falhas do Osasco para fechar em 25/18. Ambas anotaram cinco pontos cada no set.


Bernardinho Rio de Janeiro x Osasco - Superliga feminina de vôlei (Foto: Thierry Gozzer)Bernardinho comemora ponto do Rio durante clássico contra o Osasco (Foto: Thierry Gozzer)


O segundo set teve início com domínio do Rio de Janeiro, que abriu 3 a 1 com Gabi no ataque. Mas com Ivna mais ligada, Osasco logo se recuperou e manteve-se bem próximo do placar, que no seu primeiro tempo técnico estava em 8 a 5 para as cariocas. Na bola rápida de meio, no contra-ataque, Carol abriu 12 a 8 para o Rio, que desde o começo do primeiro set ainda não sabia o que era estar atrás do marcador. Na rotação que tinha novamente Carol no saque e Gabi na saída de rede, o Rio ampliou para 16 a 10 no segundo tempo técnico.

No meio de rede, Juciely sempre aparecia tocando as bolas do Osasco, facilitando o trabalho da líbero Fabi. No ataque, as paulistas falhavam, como aconteceu com Mari para o Rio de Janeiro fazer 20 a 13 no set 2. Encontrando dificuldades para conter o poderio ofensivo do Rio de Janeiro, Osasco acabou presa fácil na reta final do set. Com Bruna e Gabi acertando tudo, as cariocas fecharam o set 2 em 22 minutos e 25/16 no placar, abrindo 2 a 0.

Set decisivo tem catimba com arbitragem

O terceiro set começou mais equilibrado. Rio e Osasco trocaram pontos com Bruna, Gabi, Adenízia e Mari. A ponta era das cariocas, com 5 a 3. No bloqueio de Natalia, o Rio abriu o dobro de pontos: 6 a 3. E Carol, aproveitando falha do Osasco, fez Luizomar de Moura parar o jogo antes mesmo do tempo técnico. Após bola fora de Diana, o Rio colocou 8 a 3, para nova parada no duelo. Tentando uma recuperação, Diana parou Juciely no bloqueio, e diminuiu para 9 a 5. Testando todas as formações possíveis, inclusive com Thaisa no banco, Luizomar tentava colocar Osasco no jogo.

Do outro lado, Bernardinho mantinha a equipe quase sem rotação. Com 12 minutos de set, as paulistas trouxeram o revés para 12 a 10, em lance polêmico em que Thaisa atacou bem próximo da linha e Fabi viu bola fora, o que a arbitragem não concordou. No bate-boca, o Rio tomou um cartão e a vantagem caiu para apenas um ponto: 12 a 11. Diana, na saída de rede, empatou o jogo. No 15 a 13 quem reclamou do árbitro central foi o Osasco, em duas jogadas seguidas com pontuação para o Rio de Janeiro.

Desta vez o cartão veio para o lado paulista, e o time da casa abriu 17 a 13. No bloqueio de Adenízia e depois no ataque da própria, que provocou a arbitragem, Osasco perdia por 20 a 17. Entrando "na onda" da torcida, as paulistas se perderam e também viram o jogo sair de controle. Na bola de Gabi, o Rio fez 24 a 20, e depois, aos gritos de "o campeão voltou" o time fechou em 25/21.


Rio de Janeiro x Osasco - Superliga feminina de vôlei (Foto: Marcio Rodrigues / MPIX)
O Osasco da ponteira Mari sofreu a segunda 
derrota seguida na Superliga feminina 
(Foto: Marcio Rodrigues / MPIX)


FONTE:

Amizade fora de quadra fortalece o desempenho das ponteiras do Rio

Principais armas ofensivas do atual bicampeão, Gabi e Natália estão entre as cinco maiores pontuadoras da Superliga. A primeira ainda é a mais eficiente da competição


Por
Rio de Janeiro

 
Dez jogos, dez vitórias. Perfeita nos números, a campanha do Rio de Janeiro na Superliga feminina está longe de encher os olhos do sempre perfeccionista Bernardinho e de suas comandadas. Até mesmo daquelas que têm feito a diferença neste início de temporada e concordam que ainda há muito que melhorar. As ponteiras Natália e Gabi são as duas principais armas ofensivas do atual bicampeão da competição, que encara o Osasco, nesta sexta-feira, às 21h30, no ginásio do Tijuca. A dupla tem chamado tanto a atenção que, dos dez triunfos até agora, em apenas um deles pelo menos uma delas não deixou a quadra como maior pontuadora ou melhor da partida.

Natália e Gabi, Vôlei (Foto: Marcello Pires)
Principais armas do Rio, Natália e Gabi estão 
entre as cinco maiores pontuadoras da 
Superliga (Foto: Marcello Pires)


O bom momento se reflete também nas estatísticas da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Enquanto Gabi lidera a relação das jogadoras mais eficientes da Superliga e aparece como terceira maior pontuadora, com 139 acertos, Natália segue na cola de sua fã e amiga, em quinto, com apenas nove acertos a menos.

E a cumplicidade da dupla não se restringe ao vôlei. Entrosadas em quadra, Natália e Gabi são unha e carne fora dela também. Brincalhonas e donas de características parecidas, elas estão sempre juntas e fazem a alegria das companheiras quando a bola não está em jogo. 

- Um dos pontos positivos do meu crescimento é jogar com a Nat (Natália). Ela sempre foi um espelho e uma referência para mim como atleta. Nós conversamos muito, e ela tem me ajudado demais. Acho que o fundamental para nossa parceria estar dando certo é que estamos conseguindo dividir a responsabilidade nos jogos sem nenhum tipo de vaidade pessoal. Somos muito amigas fora de quadra e estamos sempre juntas, isso também ajuda muito no nosso entrosamento nos treinos e nos jogos - afirmou Gabi, cinco anos mais nova que a companheira.


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"Veterana" aos 25 anos, Natália já viveu de tudo no vôlei. Ou quase tudo. Apontada como maior promessa da modalidade no país, quando despontou com a camisa do Osasco pelas mãos do técnico Luizomar de Moura, a ponteira viu sua carreira correr o risco de ser abreviada prematuramente ao descobrir um tumor na canela. Depois de ficar um ano e três meses longe das quadras, Natália teve que reaprender a jogar vôlei novamente e reconhece que pela primeira vez depois de tanto tempo voltou a acreditar que pode ser a velha Natália que surgiu como um furacão com apenas 17 anos.

- Estava esperando o momento de me reerguer desde que cheguei aqui. O ambiente é maravilhoso, e nosso grupo é como uma família. Há muito tempo não sentia essa sensação de estar fazendo a diferença, de ser a protagonista. Depois de tudo que passei, tinha perdido até a vontade de jogar. Vivo um momento especial e estou superfeliz de sentir aquele fogo aceso que tinha se apagado novamente. É bom saber que aquela "velha" Natália ainda existe - disse a ponteira, que não se arrepende de ter trocado o Rio de Janeiro pelo Campinas na temporada passada.

- São escolhas que fazemos na vida. Naquele momento achei que era a decisão mais acertada. Mas não fiz uma boa Superliga com o Campinas e preferi voltar. Aqui me sinto em casa.

Gabi, vôlei, Rio de Janeiro x Rio do Sul (Foto: Marcelo Régua/MPIX)Gabi: trunfo no ataque do Rio de Janeiro
(Foto: Marcelo Régua/MPIX)


Gabi não poupa elogios à camisa 12 do Rio de Janeiro e é a primeira a apostar no ressurgimento da antiga Natália. Agradecida pelos conselhos e ensinamentos da amiga,  comemora a boa fase, mas acha que o time como um todo ainda tem muito o que evoluir. Se quando desembarcou no Rio de Janeiro em 2011 Gabi era apenas uma promessa, atualmente, mesmo com apenas 20 anos, a terceira principal pontuadora da Superliga é uma das referências do atual bicampeão nacional. Mais madura e consciente de sua responsabilidade na equipe, a jogadora divide os méritos do seu sucesso com o técnico Bernardinho.

- A oportunidade de trabalhar com o Bernardo foi um salto muito grande na minha carreira. Ele conversa muito comigo e me mostrou a importância de assumir minha responsabilidade. Tem a Fabi e a Fofão que me ajudam muito também depois de tantos anos de seleção e estou criando essa responsabilidade dentro de mim. Hoje me sinto muito mais confiante em quadra, mas sei que ainda tenho muito o que crescer tecnicamente - disse a camisa 1 do Rio de Janeiro.

O SporTV transmite Rio de Janeiro x Osasco ao vivo - os assinantes do canal também podem assistir ao clássico pelo SporTV Play. O GloboEsporte.com cobre a partida em Tempo Real.


FONTE:

Murilo enfrenta cartolas em luta por futuro do vôlei: "Escolhi o lado certo"

Líder dos atletas, ponteiro critica gestão de patrocínio da CBV, "aguarda resposta" da entidade e vê perseguição da FIVB, presidida por Ary Graça: "Parece que joga contra"


Por
São Paulo



Em fase final de recuperação de um problema no ombro direito, Murilo acreditava que o seu fim de ano seria tomado apenas por sessões de fisioterapia, treinamentos e cuidados com o seu pequeno filho, Arthur. Porém, a rotina do ponteiro de 33 anos mudou bastante há exatamente uma semana, quando a Controladoria Geral da União (CGU) apontou uso indevido da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) de dinheiro público proveniente do milionário patrocínio do Banco do Brasil. Foi o estopim para que um dos mais vitoriosos esportes do país entrasse em uma grande crise, aumentada pela suspensão temporária do apoio do banco estatal. Indignado e sentindo traído por ter ajudado a CBV a construir uma imagem limpa, Murilo, titular da seleção brasileira, não conseguiu se calar diante da situação e assumiu a função de líder dos jogadores, encabeçando protestos - como o uso de narizes de palhaço na rodada do último fim de semana - e assumindo de vez a condição de importante voz do desporto nacional.  


Murilo vôlei Sesi-SP (Foto: David Abramvezt)Murilo concede entrevista na sede do Sesi-SP (Foto: David Abramvezt)


Bem articulado e com posicionamentos firmes, o ganhador de dois títulos mundiais (2006 e 2010), duas medalhas de prata olímpicas (Pequim 2008 e Londres 2012) e seis canecos da Liga Mundial vem se transformando em um ícone também fora das quadras. Ciente do seu papel, ele espera que a onda de protestos não sirva de alerta apenas para o esporte.

- Não é um protesto só dos jogadores e técnicos. É um apelo do público em geral e do nosso país. O Brasil está precisando mudar essa imagem de país da impunidade. As pessoas que cometem erros precisam pagar por seus erros - disse Murilo, após treino na sede do Sesi-SP, na Vila Leopoldina, em São Paulo.

Com ainda mais visibilidade, o marido da ponteira bicampeã olímpica Jaqueline diz que espera ter uma participação cada vez mais importante na vida política do vôlei nacional. Depois de anos apenas elogiando a estrutura do esporte, fazendo coro às conquistas dos dirigentes, Murilo conta que chegou a hora de mudar de lado.

- Para ser sincero, eu não penso no que eu vou deixar em relação a tudo isso. Eu penso que em decorrência de todos esses títulos que eu conquistei e pela importância que eu tenho para o vôlei nacional, eu tenho que me pronunciar. E acho que eu escolhi o lado certo: o lado dos atletas.

A denúncia do CGU de problemas ocorridos na gestão de Ary Graça como presidente da CBV causou, de acordo com Murilo, um efeito colateral imediato. Como o cartola, que deixou a entidade nacional no início deste ano, também é presidente da Federação Internacional de Vôlei, o ponteiro acredita que a pesada punição dada pela FIVB na semana passada é uma retaliação comandada por Ary. Por conta de uma confusão durante um jogo contra a Polônia e ausência em duas entrevistas coletivas do Mundial da Polônia, em setembro, Bernardinho foi suspenso por 10 partidas e recebeu uma multa de US$ 2.000 (cerca de R$ 5.400); o líbero Mário Junior foi suspenso por seis jogos; o próprio Murilo pegou uma partida; e Bruninho recebeu multa de US$ 1.000 (R$ 2.700). Após a pena ser anunciada, a CBV decidiu abrir mão de sediar as finais da Liga Mundial, em julho de 2015. Para o camisa 8 da seleção brasileira, a tendência é que a FIVB passe a pegar ainda mais pesado com a equipe nacional, prejudicando o caminho verde-amarelo nas grandes competições entre nações.

- A gente achava que tendo um presidente brasileiro na FIVB, não que facilitaria nossa vida, mas que não teríamos problemas. Mas infelizmente é o contrário, parece que joga contra o seu país.

Murilo vôlei Brasil x Polônia (Foto: FIVB)
Murilo ataca bola para cima de bloqueio duplo 
polonês no Mundial da Polônia, neste ano 
(Foto: FIVB)


Após a informação de que a CBV estaria desviando dinheiro pago pelo Banco do Brasil, Murilo começou a puxar pela memória situações em que a entidade alegava não ter condições financeiras de bancar melhorias para as seleções brasileiras. Um dos exemplo foi o pedido negado de troca de colchões e troca de equipamentos de musculação no CT de Saquarema.

- O CT já está completando dez anos e a gente tem brigado por algumas mudanças. Mas às vezes, a gente precisa escutar que não tem dinheiro, por exemplo, para trocar os colchões. A gente precisa de colchão novo, porque eles já estão há dez anos lá, mas eles falam que precisa ir devagar porque não tem dinheiro. A academia já tem dez anos, tem maresia e tal e a academia já está bem velha, mas eles dizem que não tem verba, e trocaram só alguns aparelhos. Aí você vai pensando e vai começando a ver que são coisas pequenas perto do que estamos falando. Imagina se estivessem investindo todo esse dinheiro desviado. A gente teria um centro de primeiro mundo.

Em entrevista ao GloboEsporte.com, Murilo também falou bastante sobre a possibilidade anteriormente revelada de cogitar não defender mais a seleção por conta da crise na CBV, a organização dos jogadores neste momento, a realização de novos protestos, bem como a previsão de futuro para o vôlei brasileiro. Leia a íntegra:


GLOBOESPORTE.COM: Desde a divulgação do caso, você virou um líder dos jogadores. Como tem sido os seus últimos dias depois de você ter se manifestado?
MURILO: Tem sido bastante corrido. O caso tomou uma proporção grande, como dever ser. Os protestos atingiram bastante gente e conseguimos fazer com que as pessoas soubessem o que está acontecendo dentro da CBV. Tínhamos que pressionar para que as irregularidades fossem encaminhadas para o Ministério Público ou para a Polícia Federal, quem tem que investigar. Aí, eles vão decidir se vai existir pena e se o dinheiro vai ser ressarcido.


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Você e os outros jogadores estão encontrando bastante apoio nesta luta?
Eu gostaria de agradecer, porque não preciso nem pedir o apoio, seja através de redes sociais, que hoje é o meio mais fácil de se comunicar, ou por outros meios. Eu quero agradecer o apoio de todos. Quando fizemos o protesto com o nariz, todo mundo ficou de pé no ginásio e aplaudiu, então não é um protesto só dos jogadores e técnicos, é um apelo do público em geral e do nosso país. O Brasil está precisando mudar essa imagem de país da impunidade. As pessoas que cometem erros precisam pagar por seus erros. O futuro do vôlei brasileiro está em jogo.


Algum dirigente da CBV te procurou nesses últimos dias para falar sobre a crise ou a respeito dos protestos dos jogadores?
Não fomos procurados por ninguém de dentro da CBV. As nossas reclamações e protestos são legítimos. Não estamos fazendo nada demais, não estamos fazendo acusações diretas. Estamos cobrando que os hoje líderes da CBV corram atrás e que os responsáveis sejam punidos ou devolvam esse dinheiro. Eu gostaria de ter uma resposta do que está sendo feito pela CBV. A gente sabe de bastidores que a CBV tem uma data para apresentar soluções ao Banco do Brasil para a retomada do patrocínio. Pensando como jogador da seleção, isso precisa ser feito o mais rapidamente possível, porque a gente não pode deixar descontente um patrocinador com mais de 20 anos de patrocínio, porque nós estamos a menos de dois anos das Olimpíadas e não podemos nos dar ao luxo de para correr atrás agora de patrocínio.


Você esperava neste fim de ano ter que se preocupar com algo além do seu tratamento no ombro para voltar a jogar?
Eu tenho tentado ao máximo conciliar, antes ou depois do treino para tentar atender todo mundo. Aumentou bastante a procura. Eu acho importante, apesar do cansaço e da disposição, que os atletas se pronunciem e continuem cobrando. Não podemos deixar que isso tudo caia no esquecimento de novo.


Vocês pensaram em novos protestos após o uso de narizes de palhaço na rodada do fim de semana da Superliga?
Estamos agora aguardando uma resposta. Não adianta a gente fazer isso toda rodada, porque acaba atrapalhando também o campeonato. As pessoas precisam de um tempo para se organizar. Se quiserem conversar, nós estamos disponíveis. Mas não vamos deixar cair no esquecimento. Agora a gente vai entrar no período de festas, de Ano Novo. Seria excelente se a gente tivesse uma resposta antes de tudo isso, porque a Superliga também vai dar uma paradinha. Mas, em janeiro, nós vamos voltar a falar sobre isso.


vôlei, jogadores Cruzeiro e Sesi, nariz de palhaço (Foto: David Abramvezt)
Jogadores de Sesi-SP e Cruzeiro usam narizes 
de palhaço antes do jogo do último sábado 
(Foto: David Abramvezt)


Se você encerrasse a sua carreira hoje já teria deixado um legado fora de quadra, pelos títulos mundiais e medalhas olímpicas que você conquistou. Você acha que essa sua participação fora de quadra vai engrandecer ainda mais a sua carreira?
Para ser sincero, eu não penso no que eu vou deixar em relação a tudo isso. Eu penso que em decorrência de todos esses títulos que eu conquistei e pela importância que eu tenho para o vôlei nacional, eu tenho que me pronunciar. E acho que eu escolhi o lado certo: o lado dos atletas. A maioria não tem a oportunidade de falar diante das câmeras ou talvez não seja acha tão importante. Mas eu acredito que todos são importantes e devem opinar. A gente sempre vai respeitar a opinião de todos e a maioria sempre vai acabar decidindo. Não adianta eu querer decidir pelo vôlei brasileiro. Todos estão participando. As decisões dos protestos todos os jogadores aceitaram e estão envolvidos nisso.


Como está sendo organizado esse grupo de jogadores?
Tentamos fazer com que tenha pelo menos um representante de cada equipe (14 da Superliga).  Se a gente fosse reunir todos os jogadores em grupo de aplicativo no celular, iria ficar complicado se organizar. Essa manifestação que a gente fez foi tudo muito rápido. Não podíamos deixar passar em branco, então a gente casou os jogos. Era Sesi-SP contra o Cruzeiro, estão conversamos com o William, Wallace e Éder. No jogo entre Canoas e Taubaté, o Lipe e o Dante conversaram com o Gustavo e o Minuzzi. Então foi bem rápido. A gente teve que tomar uma decisão e fazer isso rapidamente. A gente tinha ícones da seleção brasileira e com jogos bons, o nosso contra o Cruzeiro foi a reedição da última final da Superliga. Então teria um apelo e a gente poderia aproveitar o momento para protestar.


As denúncias do CGU apontam que não foi repassado aos jogadores bônus de premiação por resultados obtidos em competições da seleção. A CBV deve premiações para vocês?
É delicado tocar nesse assunto. A gente não tinha noção do contrato do banco. A gente não sabia que o banco dava premiação para a CBV. Na nossa ideia, a CBV tinha um contrato de patrocínio com o banco e a gente negociava com a CBV prêmios para Mundial, Olimpíadas, Sul-Americano, Pan. Algumas vezes os prêmios eram atendidos e em outros não. O Pan do Rio 2007 teve premiação, mas o Pan de Guadalajara 2011 já não teve. Pelo que a gente viu agora, o banco dava premiação para todas as competições, inclusive competições sub-21, juvenil e infanto-juvenil, que era uma coisa que a gente nem imaginava. Todos os prêmios que nós negociamos com a CBV foram pagos. A gente ainda tem o prêmio do Mundial para receber e não foi pago, mas ele vai ser pago com certeza no fim do ano. Não sabemos se eles usavam o nosso nome, o nome dos jogadores para negociar premiação com o banco. Nós nunca negociamos direto com o banco, sempre com a CBV. Precisamos entender como se chegava aos valores pagos de premiação pela CBV.


Vôlei Canoas x Funvic (Foto: Divulgação)
Atletas do Canoas também usaram narizes de 
palhaço no embate contra o Taubaté, pela 
Superliga (Foto: Divulgação)


Vocês querem conhecer as bases do contrato para ver se vocês têm dinheiro a receber?
Não sei se a gente tem esse direito, para ser sincero. Não sei quem negocia pelo banco também e se dizia se aquele prêmio era para ser dado aos atletas. Mas nós sempre tentamos negociar os prêmios dentro da realidade da CBV e muitas vezes ouvimos que não tinha dinheiro e que não dava para pagar, mas aquele sentimento de traição que eu falei tem um pouco disso também, porque dinheiro tinha.


Vocês estão tendo algum apoio jurídico?
Não conseguimos formalizar a associação de jogadores. Nós ficamos muito próximo no ano passado e contratamos um advogado para fazer contrato social, mas não conseguimos encontrar um presidente, alguém que estivesse disposto a correr a trás e comparecer em reuniões. Existe uma série de responsabilidades também e a gente acabou adiando isso. Talvez a gente volte a falar, porque se tivesse uma associação nós seríamos mais organizados e teríamos mais força.


Em relação à punição da FIVB, você acredita em retaliação do Ary Graça, presidente da entidade, pelas denúncias na CBV envolverem a gestão dele?
A punição saiu de forma muito rápida. Eu tinha conhecimento que a gente estava sendo julgado, porque o Bernardo (técnico Bernardinho) entrou em contato comigo e pediu para eu assinar um termo, porque ele ia entrar com recurso. Mas não deu nem tempo, porque eles anunciaram a punição no dia seguinte da divulgação dos contratos. A gente sabia que ia dar problema aquela discussão, não foi nem briga, foi uma questão pontual do lance não ter passado no telão e do delegado do jogo ter interferido. Ele ter saído um dia depois de todas as denúncias, eu acho que tem a ver e com certeza tem dedo. Para falar que o cara não está envolvido não tem como, ele mandou dar a punição mesmo.


vôlei ary graça congresso fivb (Foto: Divulgação / FIVB)
Ex-mandatário da CBV, Ary Graça é o atual 
presidente da Federação Internacional de 
Vôlei (Foto: Divulgação / FIVB)


Essa suposta rixa pode prejudicar a seleção brasileira nas futuras competições?
Essa rixa já atrapalhou a seleção brasileira até mesmo no Mundial, porque as outras denúncias aconteceram antes. Nós tivemos uma série de problemas na Liga Mundial, nos jogos no Irã, e depois na Polônia também. A gente achava que tendo um presidente brasileiro na FIVB não que facilitaria nossa vida, mas que não teríamos problemas. Mas infelizmente é o contrário, parece que joga contra o seu país. O fato de terem mudado o regulamento durante o Mundial é um absurdo. Até hoje, eu me arrependo de a gente ter entrado em quadra. Estava escrito no regulamento que não poderia ficar dois segundos colocados no mesmo grupo e que o primeiro do nosso grupo não mudaria de cidade. Mas a gente, sempre com aquele discurso que é "contra tudo e contra todos e tem que ser", a gente acabou jogando. Ganhar ou perder faz parte. Mas a gente aceitar essas coisas... Talvez, eu esteja chegando em uma idade que não consigo mais. É muita falta de respeito.


Vale a pena vocês batalharem para que as finais da Liga Mundial aconteçam no Brasil? Ou isso vale como protesto?
Eu fiquei assustado com as punições, caso a CBV não organize as finais da Liga Mundial. Pode ser quase um ano de punição, de ficar fora das competições internacionais de 2015. Isso é preocupante. A gente está se preparando para as Olimpíadas. Não podemos ficar só treinando, sem jogar. Não sei se essa decisão já foi tomada e não tem volta ou se está sendo negociada. Quem tomou a decisão em função das punições contra a gente, o gesto foi muito nobre, mas é preciso pensar nisso como um todo.


Isso tudo te tira a vontade de continuar jogando pela seleção brasileira?
A gente precisa que esse caso seja resolvido. Não sou eu quem vou julgar, vai ser o Ministério (Público), vai ser a Polícia Federal. A nossa pressão é que esse caso vá para lá e eles julguem se precisa devolver, se vai prender ou se vão perder o cargo. Não é meu papel decidir isso. Meu papel é que os caras que estão no poder agora da CBV que façam o papel deles. Se esse dinheiro é da CBV ou do vôlei, ele precisa ser devolvido.


Se não resolver isso até o fim do ano, você pode não jogar mais pela seleção?
Eu posso pensar se realmente vale a pena. Lógico que pelo meu país vale a pena, vale todo e qualquer sacrifício, mas tendo essas pessoas no poder talvez não valha a pena. Se aqui no Brasil acontecia isso, imagino o que pode ser feito no mundo. Pelos dirigentes, não vale, porque querendo ou não eles continuam fazendo tudo errado, nas devidas proporções. Se aqui no Brasil acontecia isso, imagina no mundo.


Brasil x China Mundial de vôlei Murilo (Foto: Divulgação/FIVB)
Murilo coloca em dúvida a sua continuidade 
como jogador da seleção brasileira 
(Foto: Divulgação/FIVB)


Você defendeu muitos anos a seleção e achava que era uma administração excelente. Você começa a duvidar de outras coisas feitas para a construção dessa imagem positiva que a CBV sempre teve?
A gente sempre defendeu. Nosso CT é fundamental para os nossos resultados, isso eu não tenho dúvida. A gente tem tudo lá dentro, tem uma ótima alimentação. Lógico que o CT já está completando dez anos e a gente tem brigado por algumas mudanças e às vezes a gente precisa escutar que não tem dinheiro, por exemplo, para trocar os colchões. A gente precisa de colchão novo, porque eles já estão há dez anos lá, mas eles falam que precisa ir devagar porque não tem dinheiro. A academia já tem dez anos, tem maresia e tal e a academia já está bem velha, mas eles dizem que não tem verba, e trocaram só alguns aparelhos. Aí você vai pensando e vai começando a ver que são coisas pequenas perto do que estamos falando. Imagina se estivessem investindo todo esse dinheiro desviado, a gente teria um centro de primeiro mundo.


Nos últimos dias, vocês jogadores estão juntando esses pontos? Acreditam que esse dinheiro supostamente desviado deveria ter ido para que outros lugares?
É dinheiro que nunca chegou nos clubes. O apoio que a CBV dá para os clubes nunca aconteceu, isso independentemente de desvio e irregulares. Quem paga os nossos salários são os clubes. São eles que formam os atletas para a seleção brasileira. Tem muito clube pequeno que sofre para ficar aberto. Se tivesse a ajuda da CBV com certeza a estrutura do vôlei brasileiro seria melhor.


A base não tem conquistado os mesmos resultados do passado, quando essa atual geração estava começando. Isso tem alguma ligação com a crise na CBV? É preocupante imaginar que após o fim da sua geração, o nível do vôlei brasileiro vai cair?
Nós temos poucos clubes que investem na base. O Sesi-SP, o Minas, o Cruzeiro e o Campinas têm várias categorias. Mas nós estamos bem restritos ao Sudeste. Nós precisamos de clubes no Nordeste, no Sul. O Brasil é muito grande e perdemos muitos jogadores por falta de estrutura, por não ter onde treinar, por não ter bola, rede ou uma quadra coberta. Tudo isso precisa ser repensado. A CBV diz que faz as peneiras, mas você vai tirar um jogador de cada estado e olhe lá. Nós precisamos pensar mais alto. Isso tudo recai tudo sobre os clubes que no final das contas não recebem ajuda.


CT da seleção brasileira de vôeli - saquarema (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
CT de Saquarema (RJ) é o local de treinamentos 
das seleções brasileiras (Foto: Alexandre 
Arruda/CBV)


Se por acaso você encontrasse o Ary Graça esses dias, andando na rua ou em algum evento, como seria esse encontro? Vocês estão com raiva dele?
A gente sempre defendeu ele, isso é difícil. Eu não sei qual seria a minha reação, se eu não iria conseguir olhar na cara, se iria conseguir cumprimenta-lo e pedir explicações. E não sei como seria a reação dele. A gente tinha uma relação, querendo ou não, de mais de oito anos de seleção brasileira, a gente sempre fez questão quando voltava com títulos de elogiar a gestão, de elogiar o CT de Saquarema e a estrutura. Mas agora praticamente tudo que a gente fez por ele e pela CBV meio que desmoronou.  Então, é chato. Seria uma situação bem desagradável. E a gente vai encontrar com ele, porque ele é presidente da FIVB. Jogando Liga Mundial, Copa do Mundo e Olimpíadas nós vamos encontrá-lo e não sei como vai ser.


FONTE:
http://glo.bo/1GTsCO5

Jaqueline grava vídeo e comemora aniversário de um ano do filho

Arthur, que já consegue andar e se manter de pé, completa 12 meses de idade nesta sexta-feira: "Há um ano, Deus nos presenteou com esse filho lindo que é você"


Por
Rio de Janeiro

 
Neste dia 19 de dezembro, o filho do casal Jaqueline e Murilo, Arthur, comemora um ano de idade. E para festejar a data, a ponteira do Minas gravou um vídeo cantando "Parabéns pra você" para o pequeno, que já consegue andar e se manter de pé.
- Parabéns, meu FILHO AMADO! Mamãe e papai te amam muito e agradecem a Deus todos os dias a sua vida em nossas vidas! Há um ano atrás, Deus nos presenteou com esse filho lindo que é você! Te amamos! #MiniMu#FilhoAmado #Deusteabençoe #Teamamos #parabénsTutu #FelizAniversario #gatão #lindo - postou a jogadora.


Clique aqui e veja o vídeo feito por Jaque


Ao longo dos 12 meses de idade, Arthur já foi bastante paparicado pelos pais. Nos primeiros dias de vida, Jaque e Murilo fizeram uma foto do bebê com as medalhas olímpicas do casal em um ensaio. Quando foi treinar com a seleção brasileira, em maio, a ponteira não ficou longe do filho e o levou junto a Saquarema. Porém, quando acertou com o Minas, ela precisou conviver com a ponte aérea entre Belo Horizonte e São Paulo, já que Arthur permaneceu na capital paulista sob os cuidados de Murilo, que defende o Sesi-SP.

Filho Jaqueline (Foto: Reprodução / Instagram)
Arthur é filmado enquanto Jaqueline canta 
para o filho (Foto: Reprodução / Instagram)


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Cruzeiro se recupera na Superliga, vence São José e mantém liderança

Time celeste supera primeira derrota na competição, vence sem grandes dificuldades o vice-lanterna e se mantém absoluto na ponta


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Belo Horizonte


A derrota para o Sesi-SP na última partida do turno foi apenas um acidente de percurso. É o que provou o Cruzeiro, na noite desta quarta-feira, ao vencer o São José por 3 sets a 0, parciais de 25/18, 25/21 e 25/19. O resultado manteve a Raposa na liderança isolada da Superliga Masculina de Vôlei, com 11 vitórias em 12 jogos e 33 pontos. O São José, com apenas duas vitórias e oito pontos, é o vice-lanterna.

Cruzeiro derrotou o São José pela Superliga Masculina (Foto: Renato Araújo - Divulgação Sada Cruzeiro)
Cruzeiro derrotou o São José pela Superliga 
Masculina e continua na ponta (Foto: Renato 
Araújo - Divulgação Sada Cruzeiro)


Na próxima rodada, a segunda do returno, o Cruzeiro vai a Montes Claros, enfrentar os donos da casa, domingo, às 19h30m (de Brasília). O São José só volta à quadra ano que vem. O adversário também será o Montes Claros, em partida válida pela terceira rodada. O jogo será em São José dos Campos.


Vitória tranquila

O Cruzeiro não teve problemas para vencer o primeiro set. Com o saque funcionando em toda plenitude, principalmente com Isac, os mineiros abriram distância no placar desde os primeiros pontos, tanto que chegaram à primeira parada técnica com 8 a 3. Beirando a perfeição em todos os fundamentos, o Cruzeiro fez 25/18 no São José no primeiro set, com boas atuações de Wallace e Filipe.

O panorama do segundo set não foi diferente, apesar da ligeira melhora do São José.  Willian distribuiu bem as bolas de ataque, o que minou qualquer possibilidade de reação do time paulista. Com mais uma boa sequência de Isac no saque, o Cruzeiro fechou o set em 25/21.

O começo do terceiro set foi o melhor momento do São José no jogo. Os paulistas chegaram ao primeiro tempo técnico com 8/6 a seu favor. O Cruzeiro, entretanto, não demorou a tomar as rédeas do jogo novamente, virando o placar e confirmando a vitória na partida por 3 sets a 0.


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Bernardinho revela que retirou tumor maligno do rim direito após o Mundial

Técnico da seleção brasileira masculina e do Rio de Janeiro revela problema médico em entrevista à revista "Veja": "Extirpei o tumor e estou aparentemente bem"


Por
Rio de Janeiro

Bernardinho Rio de Janeiro, vôlei (Foto: Glaucon Fernandes / Ag. Estado)Bernardinho revelou tumor em entrevista à "Veja" (Foto: Glaucon Fernandes / Ag. Estado)


Dono de seis medalhas olímpicas, treinador da seleção brasileira e do Rio de Janeiro na Superliga feminina de vôlei, Bernardinho revelou em entrevista à revista "Veja" que passou por um momento delicado após o Mundial da Polônia, entre agosto e setembro deste ano. Ele descobriu e retirou um tumor maligno no rim direito depois de um exame de rotina.

- Cheguei do Mundial na Polônia e num exame de rotina descobri um tumor no rim direito. Nele havia células malignas. Extirpei o tumor e estou aparentemente bem. A cirurgia completou três meses. Fico ruminando essa história, porque há um ano e dez meses não tinha problema de saúde. Mas a irresponsabilidade vai te maltratando e maltratando. O médico do Hospital Sírio-Libanês que me atendeu disse assim: "O que tirei do seu corpo é uma metáfora do que deve ser ex­traído do país". 


A sensação que tenho hoje é essa mesmo: tudo o que está acontecendo com o vôlei é uma pequena célula doente de um organismo. Pode haver mais - comentou o técnico, fazendo uma alusão ao momento que vive o voleibol nacional.

Um relatório divulgado pela Controladoria-Geral da União (CGU) revelou o desvio de, ao menos, R$ 30 milhões do dinheiro de patrocínio durante a gestão do presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça, entre 2010 e 2013. No comando da entidade desde 1997, ele renunciou ao cargo quando os primeiros fatos foram revelados. Após o escândalo vir à tona, o Banco do Brasil cancelou o contrato de patrocínio, renovado sem interrupções desde 1991. Os jogadores reagiram com protestos. Alguns deles entraram em quadra com nariz vermelho de palhaço e faixa de luto nos braços durante a Superliga. Outros se manifestaram pelas redes sociais.

- O vôlei é um esporte lindo. Dediquei boa parte da minha vida a uma causa e, com base em todas essas evidências de corrupção, posso dizer que algumas pessoas se beneficiaram de um trabalho honesto. É um grupo, não foi apenas o Ary Graça. Mas em 2012, quando soube que ele estava pleiteando a candidatura à presidência da Federação Internacional, fui ao seu gabinete pela primeira vez e disse: "Doutor Ary, o senhor hoje dirige a maior confederação esportiva do país fora o futebol. Quebre esse sistema de poder, profissionalize esse sistema". Ele dirigia uma "empresa" com 100 milhões de reais anuais de faturamento e tinha muito que fazer ainda no esporte brasileiro. Ele não me deu ouvidos - disse à Bernardinho à publicação, complementando que apenas em outubro de 2013 soube de um problema ocorrido em Volta Redonda, quando a equipe da cidade havia sido impedida de disputar a Superliga por conta de uma norma que previa que, caso um time estivesse inadimplente, não poderia participar da competição.


Bernardinho vôlei Brasil x Polônia (Foto: Reuters)
Bernardinho esteve no Mundial de vôlei e, 
quando voltou, descobriu tumor em exame 
de rotina (Foto: Reuters)


- Ao que consta, houve uma chantagem por parte dos dirigentes do Volta Redonda. Se fosse vetada a participação deles na competição, tornariam público uma operação irregular realizada junto com os dirigentes da CBV. Pensei: "Não é possível que vão ceder a uma chantagem dessa natureza". Voltei a Saquarema, a sede da confederação, e comuniquei a minha insatisfação: "Eu sei disto aqui e, se vocês não consertarem, amanhã sou demissionário e vou dizer por que estou saindo". Aquilo me fez muito mal, apesar de garantirem que estavam cancelando os contratos sob suspeita. Não sabia se iria ao Japão para disputar a Copa dos Campeões. Acabei viajando, mas visivelmente triste, incomodado. Não queria representar aquelas pessoas - lamentou.

Bernardinho pensa ainda que Ary Graça não deve seguir ocupando o posto de presidente da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) caso as denúncias sejam comprovadas. Ele nega estar surpreso com o escândalo da CBV. O técnico lamentou que o vôlei tenha virado "um balcão de negócios" e disse que já teve vontade de abandonar tudo, mas seguiu adiante pelos atletas.
O comandante ainda falou que a possibilidade de chefiar o Ministério do Esporte caso o candidato Aécio Neves tivesse vencido as eleições presidenciais contra Dilma Rousseff foi, de fato, cogitada. Ele disse apenas que "participar de uma equipe" em prol do esporte e da educação é algo que o atrai.

Apesar do momento sofrido fora das quadras, Bernardinho acredita que, mesmo em um ano como esse, os vice-campeonatos da Liga e do Mundial no masculino e o bronze no Mundial feminino foram importantes, porque o "trabalho feito dentro de quadra é forte". O receio do técnico é de que os fatores externos prejudiquem a preparação dos atletas para as Olimpíadas de 2016.

- Esse é meu maior medo. Fizemos uma reunião no Comitê Olímpico Brasileiro (COB) com muitos treinadores, de diversas equipes, sobre como blindar nossos atletas de questões externas. É uma perda de foco. Nós temos uma missão extremamente difícil, que é conquistar a medalha olímpica dentro de casa. Pelo equilíbrio de forças que existe no âmbito mundial, já seria difícil. Com elementos que possibilitam ansiedade, a tarefa se torna hercúlea - concluiu.



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CBV expõe "confisco" de verba que quitaria prêmios de atletas; FIVB nega

Pagamento de US$ 700 mil a atletas e comissões técnica seria feito em dezembro


Por
Rio deJaneiro

 
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Atletas e comissões técnicas das seleções masculina e feminina deixarão de receber um total de US$ 700 mil (mais de R$ 1,8 milhão) neste final de ano. Pelo menos é o que a afirma a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). De acordo com o superintendente-geral da entidade, Neuri Barbieri, a quantia faz parte de um montante de US$ 1 milhão (R$ 2,64 milhões) retido pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) como garantia financeira para a realização das finais da Liga Mundial 2015 no Brasil – competição que a CBV abriu mão de organizar na última semana, em mais um capítulo da crise política entre as duas entidades.

Segundo a CBV, é de praxe que as premiações referentes à Liga Mundial e ao Grand Prix sejam pagas às seleções em dezembro de cada ano. Neuri afirma que a CBV teria em torno de US$ 1,2 milhão em créditos com a FIVB, mas que, quando solicitou a quantia, em novembro, a federação internacional bloqueou US$ 1 milhão alegando que o valor serviria como pagamento pelo direito do Brasil organizar as finais da Liga.

- Essa retenção era a título de taxa para fazermos a Liga. Essa retenção é um dos motivos para essa crise. Nós não concordamos com essa atitude e também com as punições (a Bernardinho e outros três jogadores). A FIVB queria o pagamento deste valor, mas nunca concordei e conversei algumas vezes com o presidente. Se realmente tivéssemos que pagar, que fosse na hora do evento, não antes. Não concordamos com a forma que eles fizeram esse confisco – disse o superintendente, por telefone.

Ricardo Simonsen – Diretor Técnico FGV e Neuri Barbieri – Superintendente Geral da CBV (Foto: Alexandre Arruda/CBV)Neuri Barbieri alega que FIVB retém dinheiro da CBV: US$ 1,2 milhão (Foto: Alexandre Arruda/CBV)


Através de nota oficial, a FIVB negou as informações divulgadas pela CBV, alegando ter documentos que comprovem que a confederação brasileira estava ciente e concordava com as estas medidas.

- Não iremos conduzir este debate por meio da mídia, mas temos todas as provas necessárias para atestar que a FIVB não está retendo o dinheiro do prêmio e que as ações foram tomadas a pedido e com a aprovação da CBV. Estes documentos serão apresentados quando oficialmente solicitados. A FIVB espera sinceramente que não seja necessário chegar a esse ponto e que a CBV se retrate desta acusação totalmente infundada – diz o comunicado.

Na última sexta-feira, dia 12, um dia após a Controladoria-Geral da União divulgar um relatório sobre a existência de irregularidades em 13 contratos da CBV, a FIVB anunciou sanções ao técnico Bernardinho e aos jogadores Murilo, Bruninho e Mário Junior sob alegação de indisciplina em partida contra a Polônia no campeonato Mundial, em setembro. A FIVB alega que a demora de três meses na divulgação das penas se deveu unicamente ao tempo de duração do processo no painel disciplinar.

A CBV, no entanto, viu a punição como uma represália e anunciou que não receberia mais as finais da Liga Mundial 2015. Horas depois, a federação internacional afirmou por meio de nota que a confederação poderia sofrer três tipos de consequências: multa de aproximadamente R$ 114 mil a R$ 285 mil, suspensão do Brasil por até um ano das competições internacionais e proibição de organizar competições internacionais por até quatro anos.

Antiga Stephane e Bernardinho, Brasil X Polônia - Mundial de vôlei (Foto: Divulgação / FIVB)
Antiga Stephane, técnico da Polônia, e 
Bernardinho, em duelo válido pelo 
Mundial de 2014 (Foto: 
Divulgação / FIVB)


Neuri garante, no entanto, que a CBV não assinou qualquer contrato com a FIVB para que o Brasil recebesse as finais da Liga Mundial e que as duas entidades estavam ainda em fase de negociação sobre o evento, que serviria como teste para as instalações do vôlei para os Jogos Olímpicos de 2016.

- A decisão da CBV está mantida, e não aceitamos sanção nenhuma, até porque não houve nenhuma assinatura de contrato com a FIVB. Independentemente do problema entre técnico e jogadores, já estávamos numa negociação difícil em termos financeiros. Quando a CBV se dispôs a sediar a competição, não havia valores estabelecidos. (...) Não vemos nenhuma chance da FIVB, de maneira legal, nos punir. Não acataremos nenhuma forma de punição.

A cúpula da CBV está reunida em Saquarema, cidade onde fica a sede do Centro de Desenvolvimento de Voleibol, para deliberar questões relativas à crise enfrentada pela entidade. Na última quinta-feira, após a divulgação da auditoria da CGU, o Banco do Brasil suspendeu os pagamentos de patrocínios. A parceria já dura 23 anos e era responsável, de acordo com o atual contrato, por repassar R$ 60 milhões anuais à CBV.



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http://glo.bo/1wLfObe

Praia Clube encerra jejum, reabilita-se na Superliga e afunda mais o S. José

Equipe mineira volta a vencer na noite desta sexta após quatro derrotas consecutivas. Joseenses amargam o oitavo revés seguido e seguem na lanterna da competição


Por
São José dos Campos, SP

 
Após quatro derrotas consecutivas na Superliga Feminina, o Praia Clube conseguiu a reabilitação na noite desta sexta-feira. Em duelo no ginásio do Clube dos Empregados da Petrobras, em São José dos Campos, interior de São Paulo, as mineiras venceram as donas da casa por 3 sets a 0 (14/25, 17/25 e 14/25).

Com este resultado, o Praia Clube soma 21 pontos e fica na quarta colocação da Superliga. Já o São José segue na lanterna do campeonato, com quatro pontos. Esta foi a oitava derrota seguida do time. Em 11 jogos disputados, são dez derrotas e uma vitória.

Os times voltam a jogar neste domingo, 21. Às 14h, o São José visita o Osasco, no ginásio José Liberatti, em jogo com transmissão ao vivo pelo SporTV. Às 17h, o Praia Clube encara Maranhão no ginásio Abaeté.


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http://glo.bo/1APp3X0

Apesar de derrota, técnico do Rio do Sul destaca garra e quer recuperação

Time de vôlei feminino perde por 3 sets a 1 para o São Cristóvão pela Superliga


Por
Rio do Sul, SC


Apesar da derrota por 3 sets a 1 para o São Cristóvão, pela na Superliga Feminina, a equipe feminina do Rio do Sul destacou o empenho na partida que ocorreu na quinta-feira. A partida foi equilibrada e cada set foi vencido por pequena diferença. As parciais foram de 23/25, 26/24, 24/26 e 23/25.

Rio do Sul vôlei feminino (Foto: Clóvis Eduardo Cuco/Rio do Sul)
Técnico Spencer Lee destacou a garra do time 
feminino de vôlei na derrota (Foto: Clóvis 
Eduardo Cuco/Rio do Sul)


- Derrota é sempre ruim e não nos garante pontuação no campeonato. Mas ficamos felizes pela luta e pela garra, principalmente no quarto set, depois de estar tão distantes no placar. Fica a lição para os próximos jogos - comentou o técnico Spencer Lee, ressaltando que pela atuação, o jogo foi uma vitória. O treinador comentou que diante do Brasília no início da semana, o time ficou abatido.

Os dois primeiros sets foram equilibrados. Enquanto as donas da casa arriscavam mais o saque, São Caetano tinha a vantagem de melhor aproveitar os contra-ataques. Natiele e Mimi Sosa pelo lado de Rio do Sul foram distribuindo seus pontos, enquanto pelo time paulista, Paula, Mara e Thaisinha vinham com grande pegada.

Rio do Sul vôlei feminino (Foto: Clóvis Eduardo Cuco/Rio do Sul)Rio do Sul perdeu por 3 sets a 1 para o São Cristóvão pela Superliga (Foto: Clóvis Eduardo Cuco/Rio do Sul)


No terceiro set, permaneceu o equilíbrio entre as duas equipes. Rio do Sul teve chances de fechar o set, mas acabou sucumbindo para o adversário que desempatou a partida. Só que a parcial foi um banho de água fria para as catarinenses, que passaram a errar ainda mais no duelo e não conseguiram manter se junto ao adversário no placar. A troca de Elis durante a parcial ajudou o time a empatar o placar e voltar a dar um contorno dramático ao jogo depois de estar sete pontos atrás do rival. Mas o resultado final foi do time paulista.

Rio do Sul joga na próxima segunda-feira, às 19h30, contra o Pinheiros. A partida será na capital paulista, no ginásio Henrique Villaboim. E o time ainda encerra o ano contra o Sesi-SP, também em São Paulo, no dia 29 de dezembro, em partida adiada da 4ª rodada do turno, por causa da disputa dos Jogos Abertos de Santa Catarina no mês de novembro.

O primeiro jogo em casa do time Rio do Sul/Equibrasil no ano de 2015 será no dia 12 de janeiro, um dia antes do que o previsto. A mudança se deve à transmissão do jogo pelo canal Sportv. A partida será no ginásio Artenir Werner às 20h.




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