segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Atlético-PR confirma a contratação de meia revelado no Barcelona


Fran Mérida, de 22 anos, pertencia ao Atlético de Madrid e estava no Hércules. O jogador assina contrato com o Furacão até junho de 2016

Por Gabriel Hamilko Curitiba

Fran Mérida, do Atlético de Madrid, está próximo de fechar com o Atlético-PR (Foto: Divulgação / Site oficial de Hércules de Alicant CF)Fran Mérida está próximo do Atlético-PR (Foto: Divulgação / Site oficial de Hércules de Alicant CF)

Minutos após a notícia da contratação do espanhol Fran Mérida ter vazado na imprensa espanhola, o Atlético-PR confirmou o reforço proveniente do Velho Continente.

Atráves do site oficial, o Furacão informou que o atleta de 22 anos acertou com o time paranaense. A contratação de Mérida é mais um fruto da viagem do Atlético-PR para a Espanha, que rendeu mais do que apenas a preparação do grupo para a temporada 2013.

Mérida pertencia ao Atlético de Madrid, mas estava emprestado para o Hércules. Revelado nas categorias de base do Barcelona, o meia foi intitulado como uma promessa do futebol mundial. O Arsenal comprou o direito econômico do atleta, que não rendeu o esperado e retornou para o país natal.

A informação do acerto com o Atlético-PR já tinha sido divulgado pelo diário espanhol Sport, que trouxe uma declaração do novo atleta atleticano.

- Quero agradecer a todas as pessoas do clube (Hércules). De certo modo estou triste, pois vinha para ficar quatro anos, mas também estou contente pelo acordo e vou tentar seguir desfrutando do futebol no novo clube - disse para o site Sport.es.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/atletico-pr/noticia/2013/02/atletico-pr-pode-acertar-com-fran-merida-segundo-imprensa-espanhola.html

UFC anuncia 2ª luta feminina de sua história: Miesha Tate x Cat Zingano


Americanas se enfrentam pela divisão peso-galo do Ultimate no 'TUF 17 Finale', evento que está marcado para o dia 13 de abril, em Las Vegas

Por SporTV.com Rio de Janeiro

Depois de Ronda Rousey x Liz Carmouche, que vai ocorrer no UFC 157, dia 23 de fevereiro, o Ultimate anunciou a segunda luta de MMA feminina de sua história: as americanas Miesha Tate e Cat Zingano vão se enfrentar pela divisão peso-galo no "TUF 17 Finale", marcado para 13 de abril, em Las Vegas. O Twitter oficial da organização divulgou a informação na tarde desta segunda-feira.

Montagem MMA Miesha Tate x Cat Zingano (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)Miesha Tate (E) e Cat Zingano vão duelar no Ultimate (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)

Miesha, de 26 anos, tem 13 vitórias e três derrotas na carreira. Ela é ex-campeã do Strikeforce, e perdeu o cinturão para a atual campeã Ronda Rousey, que teve o título transferido para o UFC.

Já Zingano, de 30 anos, tem sete vitórias em sete duelos no cartel. Ela fez sua última luta no Invicta, evento só de MMA entre mulheres, e já derrotou (por nocaute técnico) a brasileira Carina Damm.

banner ufc combate (Foto: GLOBOESPORTE.COM)

Campeão da Copa Africana, técnico pede demissão da seleção da Nigéria


'Não tem como forçar alguém a gostar de você', diz Stephen Keshi

Por Agências de notícias Direto de Joanesburgo, África do Sul

O técnico Stephen Keshi, que no último domingo levou a Nigéria ao tricampeonato na Copa Africana de Nações, pediu demissão do cargo logo depois da vitória por 1 a 0 sobre Burkina Faso na decisão, em Joanesburgo, e por isso não deve comandar a equipe na Copa das Confederações no Brasil.

- Entreguei a minha carta de renúncia à Federação Nigeriana de Futebol depois da final, mas não tive notícias desde então - disse informou Keshi, nesta segunda-feira, à rádio sul-africana SABC.

O treinador confirmou que "havia tensões' entre jogadores no elenco da Nigéria e explicou que planeja deixar o cargo porque não se sentia apoiado:

- Se uma vez de volta ao país as pessoas não gostam do seu trabalho, não tem jeito. Não tem como forçar alguém a gostar de você.

Antes de semifinal contra o Mali, Keshi já tinha avisado que deixaria o cargo se sentisse que sua presença não é mais desejada.

Stephen Keshi é o segundo técnico a ter vencido a CAN tanto como jogador quanto treinador, após o egípcio Mahmoud Al-Gohary. Ele já havia levantado o troféu em 1994, quando atuava na posição de zagueiro da Nigéria.

Stephen Keshi, Nigéria x Burkina Faso (Foto: Getty Images)Keshi tem títulos da Copa Africana como jogador e técnico da Nigéria  (Foto: Getty Images)

FONTE:

À vontade, Guerrero vê com bons olhos possível dupla com Pato


Atacante peruano jogou alguns minutos ao lado do reforço corintiano e se sentiu bem. Tite mantém principal aposta de 2013 entre os reservas

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo

Paolo Guerrero se destacou pelos gols no Mundial e pelo penteado  (Foto: AP)Guerrero tem nove gols nos últimos dez jogos (Foto: AP)

Em determinado momento, no empate por 2 a 2 com o São Caetano, sábado, pela sétima rodada do Campeonato Paulista, Paolo Guerrero teve a companhia de Pato no ataque do Corinthians. Depois da experiência ao lado do principal reforço do Timão para 2013, o peruano concluiu que eles podem atuar juntos.

- Eu me senti bem ao lado dele. O Pato é um bom jogador, tem muita qualidade. Se eu faço essa função de centroavante, ele também faz. Podemos ir trocando – avaliou o herói da conquista do Mundial de Clubes do ano passado.

Por enquanto, Alexandre Pato ainda está no banco de reservas do Corinthians quando Tite decide utilizar força total. Mas a tendência é que com o decorrer das partidas ele consiga uma vaga na equipe principal. O técnico ainda não decidiu quem seria sacado, mas Guerrero, com nove gols em dez jogos, está com moral.

- Não me sinto garantido no time por conta disso. Qualquer um pode jogar na equipe titular, porque agora tem muita concorrência. O Corinthians tem um grupo muito forte. Esse é nosso diferencial – completou Guerrero.

De folga no domingo e na segunda, o Corinthians volta às atividades nesta terça-feira, às 16h30, no CT Joaquim Grava. No domingo, o desafio é contra o Palmeiras, pelo Paulistão, às 17h, no Pacaembu. Depois, no dia 20, tem a estreia na Libertadores da América, contra o San José, na Bolívia.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2013/02/vontade-guerrero-ve-com-bons-olhos-possivel-dupla-com-pato.html

Após 'fim da novela', Tardelli quer corresponder aos anseios da torcida


Negociação com os árabes deixou os atleticanos ansiosos pela volta do atacante, que reestreia nesta quarta-feira contra o ex-clube, o São Paulo

Por Léo Simonini Belo Horizonte


Diego Tardelli espera recompensar torcedor do Galo (Foto: Maíra Lemos / TV Globo Minas)Tardelli: consciente da responsabilidade que tem (Foto: Maíra Lemos / TV Globo Minas)

As condições físicas ainda não são as ideais.  O entrosamento também deixa a desejar, mas nem esses empecilhos vão tirar Diego Tardelli da partida contra o São Paulo, quarta-feira, às 22h (de Brasília), no Independência. Confirmado como reforço do clube há pouco mais de uma semana, o atacante sabe da grande responsabilidade que terá, por tudo que ocorreu até que a negociação com o Al-Gharafa, do Catar, tivesse um final feliz.

- Responsabilidade muito grande, principalmente por toda a expectativa que está em cima de mim durante este mês. Então, sei da responsabilidade que vai ser, mas estou tentando ficar tranquilo, tentando descansar bem e não pensar tanto até na hora do jogo. Sei que é difícil dormir, vai passando aquele filminho, mas estou tentando ficar mais tranquilo agora.

E a reestreia será contra o clube que deu projeção nacional e até mundial a Diego Tardelli, justamente o São Paulo. Mas, longe do Brasil nos últimos anos, ele até pediu um DVD para Cuca para se inteirar sobre o jeito de o rival jogar.

- Estava conversando com o Cuca e pedi um DVD para ver, porque já faz um bom tempo que não vejo o São Paulo jogar. Mas eles, jogando a Libertadores, tive o privilégio de jogar lá e ser campeão, por isso sei como jogam. O São Paulo gosta desse tipo de competição, por isso temos que estar bem preparados e focados, porque não é um jogo simples ou fácil.

Por fim, o reforço falou da variação de jogar pela direita ou esquerda do ataque, funções que vem desempenhando e revezando com Bernard.
- Hoje (segunda) treinei pela direita e estamos testando a melhor forma, estou tentando me adaptar o mais rápido possível numa nova função e também não estou tão bem fisicamente para fazer aquela função que o Bernard vinha fazendo. Mas estou me adaptando aos poucos e não vai ter erro. Independentemente do lado que ele (Cuca) me colocar, vou tentar desempenhar meu papel.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2013/02/apos-fim-da-novela-tardelli-quer-corresponder-aos-anseios-da-torcida.html

Interesse do Santos agrada a Moreno: 'Com Neymar, tudo é fácil'


Atacante elogia astro santista, Muricy e clube alvinegro, mas prioriza permanência no Grêmio. Palmeiras também não está descartado

Por Marcelo Hazan Santos, SP

Marcelo Moreno grêmio treino (Foto: Wesley Santos / Press Digital)Marcelo Moreno cita Neymar, mas prefere ficar no Grêmio (Foto: Wesley Santos / Press Digital)

Neymar é hoje o maior chamariz para atrair jogadores ao Santos. No caso do atacante Marcelo Moreno, do Grêmio, não é diferente. Ciente do desejo da equipe paulista pelo seu futebol, o centroavante de 25 anos elogia o craque, o técnico Muricy Ramalho e o próprio clube, mas garante que sua prioridade é continuar no Tricolor gaúcho. Apesar disso, ele admite que "tudo pode acontecer" e não descarta nem eventual transferência para o Palmeiras, em troca de Barcos, que já está treinando no Grêmio.

- Tudo fica mais fácil jogando ao lado do Neymar (risos). Qualquer atacante gostaria. O Santos é um grande time, com um grande treinador e tem excelentes jogadores. O Neymar é um dos melhores do mundo e isso motiva qualquer atleta. Mas, por enquanto, meu pensamento é no Grêmio, a não ser que algo diferente aconteça.

Moreno explica que sua prioridade é disputar e vencer a Taça Libertadores. Por isso, deseja permanecer no Sul. Caso se transfira para o Verdão, ele não poderia jogar a competição, pois atuou contra a LDU, do Equador, na primeira fase da competição.

- Quero ganhar títulos no Grêmio e desejo muito essa Libertadores. Meu objetivo é ser o artilheiro. Se eu sair, não poderia jogar, então tenho de esperar para ver o que vai acontecer. Não descarto nada. São dois times grandes (Santos e Palmeiras), é importante esse reconhecimento do meu trabalho.

Moreno soube do interesse do Peixe há três dias, por meio de seu empresário, Fabiano Farah, quando surgiu a notícia da sua possível saída. Até agora, o atleta diz que a diretoria do Tricolor gaúcho e o técnico Vanderlei Luxemburgo não conversaram com ele sobre seu futuro.

- Estou esperando alguém se comunicar comigo, mas acho que a diretoria e o Vanderlei têm interesse no meu futebol. Tenho um ótimo relacionamento com o treinador e quero repetir o desempenho do último ano, quando fui o artilheiro da temporada com 22 gols.

Com contrato até 2015 no Grêmio, o atleta diz não temer a forte concorrência no ataque da equipe com Barcos, Vargas, Kleber e Welliton. No Santos, ele teria de brigar pela camisa 9 com André e Miralles.

Nesta segunda-feira de carnaval, o boliviano treinou normalmente com o restante do elenco na Arena do Grêmio, visando ao confronto diante do Huachipato, do Chile, na próxima quinta-feira, pela Taça Libertadores.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2013/02/interesse-do-santos-agrada-moreno-com-neymar-tudo-e-facil.html

Gabriel faz exame depois do carnaval e conta os dias para voltar


Volante até cogita participar do jogo contra o Flamengo no domingo, mas o tempo é curto. Ele se sente bem

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Gabriel coletiva Botafogo (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)Gabriel até cogita enfrentar o Flamengo, mas ainda deve esperar (Foto: Gustavo Rotstein)

Tão logo termine o carnaval, o volante Gabriel, do Botafogo, terá a resposta final sobre a cura de sua lesão muscular na coxa direita. O jogador, no último estágio de sua recuperação física, fará um exame de ressonância magnética. É um procedimento quase burocrático - para ter a garantia de que o problema ficou enterrado no passado.

O jogador se sente confiante. E se diz ansioso para retornar logo.

- Senti um incômodo na volta da pré-temporada, na mesma lesão que tive no final do ano passado. Mas estou tratando junto com o Botafogo. No final do ano passado, foi em uma clínica, aí não é igual. Aqui os caras estão mais perto, fortalecendo. Estou me sentindo bem, confiante, fazendo tratamento intensivo em três períodos por dia. Estou louco para ajudar o Botafogo - disse o jogador em entrevista para a Rádio Brasil.

Gabriel é otimista. Cogita até já ficar à disposição de Oswaldo de Oliveira para o clássico contra o Flamengo, domingo. Mas é improvável. O tempo é curto.

- É uma situação dificil para eu falar. Na primeira lesão, eu voltei e senti de novo na pré-temporada. O departamento médico está se contendo, para eu voltar na certeza. A cada dia, vou vendo como meu corpo vai respondendo. Se a ressonância mostrar que está cicatrizado e eu estiver confiante, vou ser o primeiro a falar, aí creio que já posso estar em campo domingo - comentou o jogador.

A definição sobre ele ser aproveitado ou não no domingo pode depender também de Marcelo Mattos. O jogador se recupera de lesão no tornozelo direito e tem presença incerta contra o Flamengo. Sem ele, Gabriel pode ser convocado.

- O Marcelo teve um ano passado muito complicado em termos de lesão. Agora aconteceu outra, mas acho que mais tranquila. A gente fica triste, mas sabe que ele é um guerreiro, uma pessoa maravilhosa, que vai retornar para ajudar o Botafogo. Se eu voltar, será com a mesma disposição de sempre. Estou aqui para isso.

A segunda-feira é de folga para o elenco botafoguense. O retorno aos trabalhos é nesta terça.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2013/02/gabriel-faz-exame-depois-do-carnaval-e-conta-os-dias-para-voltar.html

Lembra Dele? Ex-jogador do Porto, Esquerdinha vira 'rei da várzea' na PB


Com passagem no Flu e Vitória, ex-lateral, que marcou Figo na Champions, foi auxiliar do Santa Cruz-PB. Agora, se dedica ao futebol amador

Por João Neto -João Pessoa

Esquerdinha, ex-jogador do Porto (Foto: João Neto)Esquerdinha não quer saber de virar treinador
(Foto: João Neto)

“É ali mesmo”, apontou Esquerdinha, com o dedo mirando o meio-fio da calçada do Centro Comunitário do Geisel, em João Pessoa, onde ele bate ponto todas as quartas e sextas para ver o seu filho Matheus, de apenas 13 anos, treinar em uma escolinha do bairro. Com passagem pelo Porto, de Portugal, e por grandes clubes brasileiros, entre eles o Fluminense e o Vitória, Marcelo Januário da Silva agora é o rei da várzea na capital paraibana. É figura carimbada nos jogos amadores da cidade, onde faz questão de reviver o passado.

Recentemente, Esquerdinha atuou como auxiliar técnico do Botafogo-PB e do Santa Cruz de Santa Rita. Não por livre e espontânea vontade, mas por pressão do amigo e treinador Neto Maradona, que foi demitido do Bota na véspera da estreia da equipe na Copa Paraíba Sub-21.

- Estou com Neto, principalmente pela amizade que nós temos. Por isso, saí junto com ele do Botafogo. Não tenho a intenção de seguir carreira de treinador ou algo do tipo. Ele pede ajuda algumas vezes, e eu não tenho como recusar. É um grande amigo. Além do mais, não consigo ficar longe dos gramados. Nunca me afastei do futebol desde que resolvi encerrar a carreira - disse o ex-jogador, que chegou a ocupar a função de técnico, depois de Neto Maradona ter pedido para deixar o Santa Cruz-PB nas rodadas finais da segunda divisão do Paraibano.

Nunca me afastei do futebol desde que resolvi encerrar a carreira"
Esquerdinha

Com os mesmos cabelos longos que o fizeram conhecido, agora um pouco mais grisalhos, é verdade, o ex-jogador dispensa uma sala com ar-condicionado para contar sua história em uma conversa de 55 minutos. Prefere o meio-fio. Nada de óculos escuros ou correntes grossas. Ele não sabe o que é luxo. Está sempre com sandálias e roupas simples. Com simplicidade, de Caiçara, interior da Paraíba, rumou para o mundo. Seu roteiro de vida foi bem dirigido. Não lhe faltaram percalços, antagonistas, grandes conquistas e até mesmo algumas decepções.

- Saí de CaIçara e fui para o Botafogo-PB, aos 12 anos. Meu pai não queria. Dizia que bola não era profissão. A pressão foi grande. Minha profissionalização foi no Santos-PB, em 1989. Na base, ganhei quase tudo que joguei. Passei um tempo lá e aí voltei para o Botafogo, em 1992. Quando fui assinar meu contrato, me ofereceram muito pouco. Então, decidi parar de jogar. Arrumei um emprego e fui ser carregador de mercadoria e verdura.

Naquele momento, Esquerdinha achava que estava pendurando as chuteiras. Enganou-se. A vontade de ser jogador de futebol era maior do que qualquer decepção. E, na primeira oportunidade que apareceu, o coração falou mais alto. Abandonou o emprego e voltou aos gramados em 1993. Novamente no Botafogo. Seu destino e sonho eram outros. Embora ele quase tenha desistido outra vez.

Botafogo-PB 1994 (Foto: Acervo Raimundo Nóbrega)Da esquerda para a direita, Esquerdinha é o último uniformizado em pé (Foto: Acervo Raimundo Nóbrega)

O divisor de águas da carreira do atleta surgiu no ano seguinte. Sob o comando do ator Nuno Leal Maia, que na época se aventurava como treinador de futebol, o Botafogo-PB precisava de um lateral-esquerdo. Coube ao diretor Raimundo Nóbrega perguntar a Esquerdinha se ele queria atuar na posição. Por uns instantes, a dúvida. Por outro, a certeza de que ali poderia se firmar e ser titular pela primeira vez como profissional. Foi o que aconteceu.

- Eu só entrava nos 10 minutos finais do coletivo. Toda vez era isso. Deu logo vontade de largar de novo. Até que Raimundo, certo dia, pela dificuldade em contratar um lateral, perguntou se eu tinha interesse em atuar na posição. Fiquei em dúvida na hora. Só tinha jogado como lateral em pelada. Mas pensei rápido. "Se eu errar, é porque não conheço a posição. Se eu acertar, é mérito meu." Resolvi encarar o desafio. Acabou dando certo, já que virei titular, fiz minha estreia como profissional e me firmei.

Copa do Nordeste 1994: cobiça de clubes

Esquerdinha, ex-jogador do Porto (Foto: João Neto)Esquerdinha mantém a forma em jogos na várzea (Foto: João Neto)

Em 1994, Esquerdinha foi com o Botafogo-PB para a disputa da Copa do Nordeste. Lá, ele se destacou. Chamou a atenção de empresários, inclusive do treinador Joel Santana, que estava no Bahia na época. Teve uma possível transferência para o Fluminense cogitada. Mas foi parar no Paraguaçuense, da Série A2 do Campeonato Paulista.

O paraibano diz que caiu no conto do vigário. Assinou documento sem saber do que se tratava. Era um contrato que o prendia a um empresário. Um desleixo que poderia ter custado caro. E acabou fazendo com que fosse ignorado por Joel - o técnico havia mandado um recado pelo massagista que queria levá-lo para o Tricolor das Laranjeiras.

Assinei (um papel) e descobri, enquanto estava indo ao hotel para conversar com o Joel, que estava vinculado ao Corinthians Alagoano"
Esquerdinha, sobre ter sido 'enganado' por empresário

- Eu fui muito bem naquela competição. Depois da estreia, contra o Bahia, o empresário foi ao hotel em que nós estávamos e pediu alguns atletas. Eu não estava no meio. Fiquei chateado. Só que, logo depois, arrebentei contra o CSA (venceu por 1 a 0). Desta vez, ele veio atrás de mim. E eu não quis. Resolvi ignorá-lo.  Apesar disso, segui focado e fiz outra grande partida diante do Náutico.

Foi aí que o empresário resolveu procurá-lo

- Um pouco antes disso, o massagista do nosso time (Zominha) me falou que o Joel Santana tinha mandado um recado de que queria falar comigo. Pediu para eu não acertar com ninguém. Mas o empresário me deu um papel para assinar sem dizer o que era. E descobri, enquanto estava indo ao hotel para conversar com Joel, que aquela assinatura me vinculou a ele. Fiquei indignado e vim parar em casa, extremamente desiludido.

Em seguida, Esquerdinha explicou como foi parar em São Paulo.
- Não faço a menor ideia como ele descobriu onde eu morava. Mas sei que ele me disse que havia conseguido este time para eu ir (o Paraguaçuense), e se eu fizesse oito gols na 2ª divisão do Campeonato Paulista, ganharia uma casa e um carro. Fui embora. Fiz 12 gols na competição. Não ganhei o que ele havia garantido, mas recebi a promessa de que só jogaria em clube grande.

Bahia, Galo e Flu até idolatria no Vitória

A promessa foi cumprida. Imediatamente. E Esquerdinha acertou sua transferência para o Bahia, em 1995. Logo depois, ainda na mesma temporada, foi se aventurar no Atlético-MG. Por questões contratuais e algumas complicações impostas pelo seu empresário, passou pouco tempo nas duas equipes. Seu próximo destino era o Fluminense.
Ao chegar nas Laranjeiras, um choque de realidade. Olhava para um lado e via um ídolo. Olhava para o outro, via um campeão mundial pela seleção brasileira em 2002. O que antes parecia surreal agora nada mais era do que um capítulo da vida real. E Esquerdinha garante que se emocionou. Sentiu-se realizado. Mas não amedrontado.
Olhava para Renato Gaúcho, Vampeta, e passava aquele filme na cabeça. Só tinha visto aqueles caras na televisão. Lembrava logo da minha comunidade"
Esquerdinha

- Quando eu me apresentei ao Fluminense, confesso que fiquei espantado. Olhava para Renato Gaúcho, Vampeta, e passava aquele filme na cabeça. Só tinha visto aqueles caras na televisão. Lembrava logo da minha comunidade. Apesar disso, sempre tive comigo que se eu estava ali é porque tinha condições. Nunca deixei de acreditar no meu potencial. Infelizmente, o Flu estava naquela fase ruim, de ser rebaixado, e, como eles queriam me comprar, o João Feijó (empresário) achou que não era o ideal.

O empresário do atleta acertou. Esquerdinha foi para o Vitória. Lá, foi tricampeão baiano, levou o Rubro-Negro a uma competição sul-americana pela primeira vez  e ainda se sagrou bicampeão da Copa do Nordeste. Uma passagem que, para ele, vai ficar guardada na memória (assista no vídeo acima a um gol de Esquerdinha no clube baiano).

Esquerdinha, ex-jogador do Porto (Foto: João Neto)Aos 40 anos, Esquerdinha elege passagem pelo Vitória como mais marcante no Brasil (Foto: João Neto)

- Foi minha passagem mais marcante no Brasil. Sem dúvida. O presidente havia me visto jogar pelo Bahia uma vez. Ele mesmo me comprou. Nosso grupo era muito bom. Tinha Bebeto, Petkovic, Russo, Chiquinho e outros excelentes atletas. Foram três temporadas de muito sucesso. Pena que não conseguimos aquela classificação para a fase final do Campeonato Brasileiro de 1997 (o time empatou com o Atlético-MG na última rodada, no Mineirão, e terminou na nona colocação, um ponto atrás do Juventude).
Porto: história de amor

Esquerdinha, ex-jogador do Porto (Foto: Divulgação / Porto FC)Esquerdinha chegou ao Porto após fazer sucesso no Vitória (Foto: Divulgação / Porto FC)

O sucesso com a camisa do Vitória rendeu o interesse de vários times. Até do futebol europeu. Venezia, da Itália, e Porto brigaram pelo atleta, que preferiu ir para o futebol português. Começava ali uma história de amor que durou quatro temporadas. E o ápice da carreira de Esquerdinha, que não esquece suas grandes atuações pelos Dragões. Tampouco as estrelas do futebol mundial que encarou. De Pepe Guardiola a Oliver Kahn. Ele lembra de cada detalhe. E fala de um episódio engraçado, quando teve que superar um dos maiores dilemas da sua vida: marcar o astro português Luís Figo – Porto e Barcelona se enfrentaram pela Liga dos Campeões, em 2000, no Camp Nou, e os espanhóis venceram por 4 a 2.

- Eu sempre fui fã de Roberto Carlos (que na época jogava no Real Madrid) e, para mim, ele era o melhor da posição. Mas via que nem ele conseguia marcar Figo direito. Fiquei com aquilo na cabeça. Queria enfrentar Figo de todo jeito para ver como era. Aconteceu na Champions League. Pior que antes da partida todo mundo ficava dizendo que eu ia sair todo torto de campo. No vestiário, um dos meus companheiros, o lateral-direito Secretário, olhou para mim e falou: "Vamos sair daqui direto para uma oficina. Você com Figo e eu com Rivaldo." Levei minha família para ver. Foi tudo muito engraçado, até porque no primeiro lance ele deu um baita drible em mim. Só que depois ganhei uma bola, em uma dividida, e moral. Apesar da derrota, fiz um excelente jogo. Fui aplaudido pelos colegas e por boa parte da torcida.
Esquerdinha, ex-jogador do Porto (Foto: Direitos reservados / Jornal de Notícias)Esquerdinha disse que adaptação foi tranquila no Porto (Foto: Direitos reservados/Jornal de Notícias)

Os primeiros meses em Portugal foram complicados. Não por questão de adaptação ao clima, da mudança radical de continente. A maior dificuldade, segundo o camisa 30 do Porto, foi em relação ao esquema tático do então treinador Fernando Santos, que o impedia de apoiar como nos tempos de Vitória.

- Quando cheguei a Portugal, diziam que eu era africano, pelo estilo agressivo de atuar. No Brasil, eu não me preocupava muito em marcar. Atuávamos com dois volantes de contenção. Em Portugal, não. O técnico usava o 4-3-3, com dois pontas e apenas um cabeça de área, que ficava fixo no meio. Ou seja: tive que fazer um trabalho especial para poder me acostumar com esta nova necessidade e assim poder me firmar. Após todos os treinos, durante um mês, ficava com o preparador físico Roger Spry. Ele tinha feito algo semelhante com o Roberto Carlos. E valeu a pena. Com 15 dias, eu estava voando – disse Esquerdinha.

Depois de sair do Porto devido à mudança de técnico, o ex-lateral teve passagens não muito marcantes por Zaragoza-ESP e Acadêmica-POR. Encerrou a carreira em 2007, no Botafogo-PB. Agora, é o rei da várzea paraibana.

Esquerdinha, ex-jogador do Porto (Foto: Divulgação / Porto FC)Esquerdinha deixou o Porto após mudança de técnico e foi para Zaragoza (ESP) (Foto: http://globoesporte.globo.com/pb/noticia/2013/02/lembra-dele-ex-jogador-do-porto-esquerdinha-vira-rei-da-varzea-na-pb.html / Porto FC)

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Mourinho sobre Real x United: 'O jogo que o mundo está esperando'


Técnico luso mostra empolgação com jogo da Liga dos Campeões, elogia Sir Alex Ferguson e celebra mais um reencontro: 'Me sinto privilegiado'

Por GLOBOESPORTE.COM Madri

"O jogo que o mundo todo está esperando". Foram essas palavras que o técnico José Mourinho, do Real Madrid, usou para definir o confronto do time merengue com o Manchester United, na quarta-feira, pela Liga dos Campeões. O treinador esteve em Manchester para assistir à vitória dos Red Devils sobre o Everton, por 2 a 0, no Old Trafford, que aumentou a vantagem do time na liderança da Premier League para 12 pontos. Ele demonstrou empolgação com o confronto das oitavas da Champions.

- É o jogo que o mundo todo está esperando. O mundo não está esperando por outras partidas na Liga dos Campeões, então eu torço para que possa dar isso a todos - comentou, em entrevista à Sky Sports.

Além disso, o luso fez questão de elogiar Sir Alex Ferguson, técnico rival. Ele se mostrou agraciado por reencontrar a lenda britânica dentro nas quatro linhas.

- Eu me sinto privilegiado porque ele é uma pessoa tão importante no mundo do futebol e, o mais importante, ele é uma ótima pessoa. Sempre tive ótima relação com ele e estou honrado disso. Tivemos várias partidas na época do Porto, algumas no Chelsea e no Inter, agora no Real. Em todos meus clubes, encarei o Manchester e o Sir Alex - relatou, completando que quer ganhar, mas que o derrotado ficará um pouco feliz pelo outro por conta da amizade.

José Mourinho Alex Ferguson (Foto: Getty Images)José Mourinho se reencontra com Alex Ferguson (Foto: Getty Images)

Sobre a escalação, Mourinho preferiu não revelar, mas disse que vai com força máxima.

- Tive alguns jogadores jogando 90 minutos na quarta passada pelas seleções e poderia dá-los folga, mas é uma partida muito grande, muito importante, e todo mundo quer jogar. Ninguém está cansado - garantiu.
O GLOBOESPORTE.COM transmitirá o jogaço entre Real Madrid e Manchester United ao vivo. As duas equipes duelarão na próxima quarta-feira, às 17h45m (de Brasília), no Santiago Bernabéu, em partida de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões. A volta está marcada para o dia 5 de março.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/liga-dos-campeoes/noticia/2013/02/mourinho-sobre-real-x-united-o-jogo-que-o-mundo-esta-esperando.html

Barcos aposta em força caseira para Grêmio ir longe na Libertadores


Novo reforço, centroavante acredita que Grêmio passará de fase se somar de 10 a 12 pontos no Grupo 8

Por Hector Werlang Porto Alegre

Ele tem uma edição disputada, mas, por ser argentino, está acostumado desde pequeno a acompanhar a Libertadores. Tem conhecimento da dificuldade assim como sabe qual o melhor caminho para o título: a força caseira. É esta experiência que Barcos pretende levar aos novos companheiros de Grêmio a começar contra o Huachipato, quinta-feira, na estreia da fase de grupos.

No trajeto do aeroporto ao Olímpico, Barcos passou pela Arena do Grêmio (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)No trajeto do aeroporto ao Olímpico, Barcos observa a Arena do Grêmio (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

Ganhar em casa e buscar pontos fora sempre que possível, portanto, compõe a receita do Pirata. Para ele, o fundamental é passar de fase com boa pontuação – o melhor dos primeiros de cada grupo na classificação geral enfrenta o segundo pior nas oitavas.

- Libertadores é muito difícil e, ao mesmo tempo, um torneio fantástico de ser disputado. O segredo está na primeira fase: ganhar como local e tratar de tirar pontos como visitante. Acho que com dez ou 12 se garante a vaga. Na parte eliminatória, tem de ganhar em casa e somar ponto fora – ensinou o centroavante.


Barcos foi recebido por torcedores do Grêmio no aeroporto (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)Barcos exibe a bandeira do Grêmio no aeroporto (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

A passagem pela LDU – de 2010 a 2011 – ajudou a formar este pensamento. Afinal, o time equatoriano foi campeão da América, em 2008, com esta fórmula: não perdeu nenhum dos sete jogos disputados no Casablanca. Na Arena, estádio com capacidade de 60 mil pessoas, a pressão aos rivais poderá ser repetida.

- É uma responsabilidade muito grande. Sempre falo que gosto de desafios como este. Agradeço o esforço do meu empresário e à direção do Grêmio por tudo que fizeram. Agora é tratar de ajudar – completou o atleta.
Além do Huachipato, o Grupo 8 tem Fluminense e Caracas. Os dois primeiros passam de fase.

Paulo Autuori vê futebol brasileiro parado e sonha comandar a CBF


De volta do Qatar, treinador quer voltar a trabalhar num clube brasileiro. Depois pretende mudar o futebol fora do campo

Por Alexandre Lozetti Rio de Janeiro


Depois de seis anos quase ininterruptos no Qatar, mais de oito propostas e inúmeras tentativas de deixar o país, Paulo Autuori está de volta. Um fato raro para quem, neste século, trabalhou por somente pouco mais de um ano no futebol brasileiro, somadas as passagens por Botafogo, Cruzeiro, Grêmio e São Paulo, essa a mais vitoriosa, com títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes, em 2005.

Com seu tom de voz peculiar, estilo tranquilo, mas firme, o técnico bateu um longo papo com O GLOBOESPORTE.COM na última semana, no Rio de Janeiro, onde descansa, cuida da mãe de 92 anos, mata a saudade de casa, e se prepara para os próximos desafios. Autuori pretende voltar a trabalhar no Brasil. No momento, tem propostas de clubes árabes, mas já descartou. Em seu planejamento de carreira, a vida à beira do gramado vai durar aproximadamente mais cinco anos. Depois, quer se tornar manager. Por fim, uma ambição ainda maior, e inesperada: presidente da CBF.

Mosaico - Paulo Autuori, técnico de futebol (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
Sem críticas à administração atual, o treinador coleciona ideias colhidas em suas passagens pelo exterior para tentar implantar no futebol brasileiro. A entrevista revelou certa desilusão também com o lado de dentro do campo. Campeão brasileiro pelo Botafogo e bi da Libertadores - ganhou também pelo Cruzeiro, Paulo Autuori vê o futebol brasileiro descaracterizado.

- Não temos mais meias, não temos laterais que atacam e defendem, como sempre tivemos, uma quantidade de faltas absurda porque há preguiça de recompor. Desde que saí do país, dentro de campo, não vi muitas mudanças.

O treinador começou falando da dificuldade que encontrou para se livrar dos compromissos no Qatar, falou da Copa do Mundo de 2022 naquele país, cercada de suspeitas, do seu ceticismo em relação ao Mundial do ano que vem, no Brasil, mas transformou a conversa numa verdadeira aula de futebol. Com os dedos sobre a mesa de uma cafeteria num shopping center, desenhou sistemas de jogo, variações, e mostrou como as linhas defensiva e ofensiva têm de atuar próximas umas das outras.

- No próximo time que eu assumir, vou levar um diretor de harmonia de escola de samba para dar uma palestra e ensinar o movimento sincronizado (risos).

A seguir, os principais lances do bate-papo com Autuori.
GLOBOESPORTE.COM - Como foi a saída do Qatar? Sempre ouvimos falar que é complicado sair de lá.

PAULO AUTUORI - Tento sair há algum tempo. Minha mãe está com 92 anos, preciso dar suporte. E não acredito no futebol do Qatar. Falei isso ao presidente da Federação. Trabalhei num clube (Al-Rayyan) que, pela primeira vez na história, ganhou um jogo internacional só com jogadores locais, e média de 20 anos. Por isso me chamaram para a seleção olímpica. Era uma geração perdida, um dos filhos do Emir, o que manda no esporte e com quem tive problemas, disse para eu subir um ou dois. Não perdemos nenhum jogo, mas quando assumi, me deram a relação de atletas que eu poderia escalar, e um estava suspenso. O advogado comeu mosca. Não perdemos, e ficamos fora.

Fale mais desse trabalho com jogadores locais. É raro por lá, não?

Os garotos não jogam porque os treinadores não acreditam na base. E, do meio para frente, sempre usam estrangeiros. Então, havia uma carência na seleção. Tem de mudar muita coisa. Não há público nos estádios, e futebol para mim tem dois protagonistas: jogadores e torcedores. Quando técnicos, dirigentes e árbitros querem ganhar protagonismo, estragam o espetáculo. Não há cultura de futebol. Deveriam limitar o número de estrangeiros, forçar os clubes a escalarem os jovens.


Você disse que teve problemas com o filho do Emir, que cuidava dos esportes. Que tipo de problemas?

Outra coisa que bati de frente: criaram dois times, o Lekhwiya, que é o time da polícia, e o Al-Jaish, do exército. Os dois têm orçamento direto dos Ministérios do Interior e da Defesa. O Lekhwiya subiu, ganhou fácil, e começaram a dar passaportes para os estrangeiros atuarem como locais. Eu não podia ficar calado, falei de forma dura, mas educada. Dois dias depois, me ligaram dizendo que minhas declarações não haviam sido bem recebidas. Por tudo isso eu nem imaginava ser chamado para a seleção.

E como foi quando assumiu a seleção principal?

Cara, faltava um jogo, contra o Irã, fora de casa. O empate nos garantia a classificação para a fase seguinte das Eliminatórias, e mesmo se perdêssemos, o Bahrein precisava ganhar de dez da Indonésia. E ganhou! 10 a 0! A Indonésia foi sem goleiro reserva, o titular foi expulso com três minutos de jogo, não sei quantos gols de pênalti, uma vergonha. Empatamos no fim do jogo. Parecia título. Depois, estávamos numa situação boa, com sete pontos, embolados com Uzbequistão, Coreia do Sul e Omã, aí veio a Copa do Golfo, que ninguém dá valor. Só quem ganha. Pedi ao presidente para usar jogadores novos, prepará-los, ele topou, mas veio uma ordem de cima. Pedi para ir embora, marcaram reunião na casa do rei, não deixaram. Fomos com o time titular, jogamos muito abaixo do que podíamos. E depois falei que queria ir embora.


Como era a casa do rei?

Fui ao palácio, ele é um cara simples, humilde, gosto muito dele. Mas, sinceramente, eu ficava constrangido. O futebol era um negocinho para quem comanda um país com papel fundamental na região. Eles construíram uma cidade, fizeram doações para países africanos, entram com amparo, grana. A relação foi ótima, mas não tinha torcida. Esses clubes novos, então... Agora estão sorteando dois carros por jogo. Se você for, a chance de ganhar é grande, ninguém vai (risos). Eles dão excelentes condições, mas não tem matéria-prima, que é jogador, e produto final, que é torcida.


Paulo Autuori no treino do São Paulo (2005) (Foto: Agência O Globo)Paulo Autuori no São Paulo: Libertadores e Mundial (Foto: Agência O Globo)

E que sentido terá uma Copa do Mundo num país sem cultura do futebol?

É um país atrás de visibilidade. O futebol não acompanha o país, que cresce de forma sustentável. Eles priorizam educação, pesquisa, saúde, há uma cidade educacional que não tenho palavras para descrever, construções em ritmo frenético. É espetacular! Mas eles acham que vão comprar o futebol no supermercado da esquina. É como no mundo todo, futebol é imediatismo.
Mas o povo festejou a Copa, teve importância para eles?

Foi um título de Copa do Mundo, parou a cidade, foram para as ruas. Eu acho que eles vão dar show. Não querem abrir mão do verão porque têm certeza que vão proporcionar boas condições a todos, estão construindo pontes para ligar aos países ali perto. A organização tem apoio de gente forte, europeus. A questão é o calor e o choque cultural. Quero ver quando os ingleses tomarem todas e botarem a bunda de fora.

Essa denúncia de compra de votos, e as suspeitas em torno da escolha, não podem atrapalhar?

Não acredito. Tem muita gente envolvida nisso, e nem estou falando deles, não.


E sobre a Copa de 2014, no Brasil, o que pensa?

Tenho muitas dúvidas. Que imagem vamos deixar em relação à segurança, aeroportos, que são uma vergonha? Uma reportagem no “The Times” comparava o Aeroporto Tom Jobim (o Galeão, no Rio de Janeiro) a uma rodoviária de terceiro mundo. É um momento extraordinário para passarmos uma imagem boa, e o Brasil voltar a ser um polo turístico, mas e depois? Há quanto tempo não vemos times de Manaus e do Mato Grosso na Série A? Vão diminuir os estádios? Gostaria que tudo corresse maravilhosamente bem, mas já dizem que na hora H o brasileiro dá um jeitinho. Esse é nosso grande problema. Se nesse momento de estabilidade, não tivermos capacidade de planejar, respeitar cronogramas... Já se fala em quase duplicar os valores de alguns estádios, vamos fechar os olhos porque é futebol? Em relação a algumas coisas sou cético.

Estava com saudade do Brasil?

Sim. Quando me propus a sair, tinha como objetivo crescer profissional e pessoalmente. Ter contato com culturas diferentes de maneira mais profunda, ganhar mais tolerância, entender melhor as diversidades. E, profissionalmente, se eu for capaz de conseguir performance e resultados em realidades distintas, é sinal de que tenho flexibilidade, não tenho receita pronta. Ter de se ajustar às realidades te faz crescer. Hoje, me sinto muito mais seguro. Tem aquela coisa de estar muito tempo longe do futebol brasileiro... Futebol é futebol em qualquer lugar do mundo. O conceito é igual, você tem de adaptar.


E o que pretende fazer agora?

Preciso descansar um pouco, vendo futebol, é lógico. Dar um apoio à minha família, principalmente à minha mãe, e já começar ali na frente. Tenho propostas de fora, mas não quero. Fechei a possibilidade neste momento. Na vida não podemos dizer amanhã ou depois, mas quero voltar a trabalhar aqui no Brasil, estar próximo da minha família.


Estar perto da Copa do Mundo, de novas ideias, também te atrai?

Eu já havia colocado na minha cabeça que se houvesse uma coisa extraordinária de classificar no Qatar, eu não permaneceria. Não tenho essa vaidade de disputar uma Copa do Mundo. Pelo Qatar, que nunca disputou, com as dificuldades que conheço, só pra tomar porrada, dizer que disputei? Era um mundo em que eu não via futuro para mim. Eu quero fazer mais algum trabalho como técnico, e virar manager. Isso eu quero.


Como seria essa função de manager?

Quero trabalhar mais uns cinco aninhos como técnico para que essa função se solidifique no Brasil. Por isso, torço tanto para pessoas nessa função irem bem, ou para ex-jogadores que assumem posição de dirigente, como o Roberto Dinamite. As pessoas ligadas ao futebol precisam se preparar. Eu não quero trabalhar com grana, contratação, mas com filosofia de futebol do clube. No Grêmio, fizemos um trabalho em que eu estava envolvido com o sub-20, dando e participando de palestras. No Sporting Cristal, no Peru, eu dei treino para o time sub-15. Era só uma maneira de trabalho.

Mas o manager tem de fazer contratações, busca de jogadores, não tem?

Um trabalho de observação sim. Mas, definir valores, vai ter um cara da área para sentar e conversar. Não quero me envolver. Esse trabalho quero fazer no Brasil. Daqui a cinco anos terei 61, mais velhinho, vou impor mais respeito (risos).


E além disso, há alguma outra ideia no futebol?

No futuro, quero ser presidente da CBF.


É mesmo? É uma ideia consolidada?

Tenho minha plataforma (risos). Gostaria de trabalhar para o futebol do Brasil, fortalecer os clubes, as ligas, padronizar estádios, gramados, habilitar os profissionais com cursos, congressos. Por que não estabelecer uma meta para daqui a dez anos, e anualmente fazer um simpósio com todos os segmentos? Jogadores, técnicos, dirigentes, árbitros e imprensa. O público é o resultado final. Se dois desses setores estiverem brigados, não tem espetáculo. Se todos jogarem a favor, a cada ano temos uma nova perspectiva.


Hoje em dia, o 4-2-3-1 parece ter virado moda, todos usam esse esquema. O que acha dele?

No meu conceito, o melhor sistema é o 4-4-2, que permite variações. Podem ser quatro em linha no meio, que se usa muito na Europa. Pode ser o diamante, que são três no meio com um mais adiantado, que o Vanderlei (Luxemburgo) gosta de jogar. O que não entendo no 4-2-3-1 é que os dois caras por fora têm de ter capacidade física muito grande de ir e vir, leitura de jogo e orientação para quando a bola estiver de um lado, o cara do outro extremo fechar. E eles têm de ser atacantes porque quando o meia busca a bola atrás para organizar o jogo, eles têm de se enfiar para não isolar o centroavante. Senão perde efetividade. É interessante, já usei fora do Brasil, e bem, mas tinha jogadores com essas características.

O que te chama atenção no futebol atual?

As palavras do Guardiola, que foram muito verdadeiras quando falou que estava apenas fazendo no Barcelona o que via o Brasil fazer: capacidade de posse de bola. A gente descaracterizou o futebol brasileiro. Não há mais meias nem laterais que atacam e defendem. E o 3-5-2 é um dos responsáveis por isso. Os meias buscavam a bola porque os volantes não tinham capacidade de jogar. Com isso, ficavam longe da área e havia um desgaste muito grande. Aí, tem dois caras que não são nem carne nem peixe, que são os alas. Dois volantes e dois atacantes. Fica um cara só para criar. Se marcar bem esse cara, acabou.


Mas isso é responsabilidade dos técnicos, não?

Quer um exemplo? O Cristian (hoje no Fenerbahçe, da Turquia), aqui no Flamengo, era um terceiro zagueiro. Foi execrado, chamado de brucutu. Foi para o Corinthians, começou a jogar, sair, foi vendido. A culpa era dele? Outra coisa é a quantidade absurda de faltas porque há preguiça de recompor, e pelo desastre do calendário, que não permite treinar e ter recuperação física. É um absurdo parar a jogada de qualquer maneira, sinto vergonha de pedir isso a um jogador porque estou falhando no meu trabalho.


Mas também não há muitas faltas porque os árbitros brasileiros apitam demais?

É uma série de fatores, estou falando da minha área, tática e técnica. Não vou jogar a responsabilidade. Para ter um time que ataca toda hora, é preciso ter dois zagueiros que falem: “vai que aqui eu garanto”. Houve um período em que jogador tinha preguiça de sair para cobrir. Hoje o Dedé é um exemplo. Ele faz poucas faltas, se garante, tem responsabilidade.

O que acha do Neymar? Quando você saiu do país, ele estava começando a surgir.

Ele tem habilidade, capacidade técnica, de improviso, alegria de jogo. Mesmo jogando toda hora, não reclama. Parece bem assessorado pela família e outras pessoas. Mas vai sofrer mais quando for para a Europa porque aqui os times estão jogando com as linhas completamente separadas. Ele pega a bola, tem capacidade de driblar um, dois, três, o raio de ação dele é enorme. Na Europa as linhas jogam juntas, quando ele driblar um, vai ter outro chegando.


Então você joga no time dos que acham que ele precisa sair do Brasil?

Um ex-jogador já me disse que só foi jogar futebol na Europa. No Brasil, ele jogava bola. Taticamente haverá um crescimento, sem dúvida alguma. Ele terá de jogar com e sem a bola para carregar a marcação, e ter posse de bola, porque as linhas são muito compactas. Aqui no Brasil está se trabalhando a posse de bola por modismo. O Barcelona faz, então vamos fazer. Mas o negócio não é ter a bola, e sim ser efetivo com ela. Senão tem a bola pra nada.


Treinador Paulo Autuori em 1997 (Foto: Agência Gazeta Press)Paulo Autuori em 1997, quando comandou o  Cruzeiro (Foto: Agência Gazeta Press)

Há os times que ganham jogos sem posse de bola, no contra-ataque...

Contra-ataque e bola parada. Hoje eu vejo contratar jogador porque é muito bom na bola parada. Espera aí, tem alguma coisa errada! Tem de contratar porque o cara joga pra c......, e, além disso, é bom na bola parada. Deixaram de falar do jogo em si. Vejo o atacante lá na frente, a defesa lá atrás, como vai falar em compactação? No próximo time que eu assumir, vou levar um diretor de harmonia de escola de samba para dar uma palestra e ensinar o movimento sincronizado (risos).
Algo no atual futebol brasileiro te chama atenção?

Não vi muita mudança, não. Acho que há uma tendência de gestão mais responsável, de não se gastar mais do que pode, pagar salários em dia, dar infraestrutura. E um passo importante será os clubes terem uma visão mais forte da base, trabalhar mais porque não vejo o futuro do futebol sem passar pelas categorias de base.


Você é bicampeão da Libertadores. Acha que em 2013 o campeão será um time brasileiro?

Estamos com muitos bons times, num nível muito homogêneo e diferente em relação aos argentinos. Nem Boca nem River estão tão fortes, hoje falamos de Tigre, Arsenal, Godoy Cruz... O nível dos brasileiros é muito bom: Fluminense, Corinthians, São Paulo, Grêmio, Atlético-MG, e o Palmeiras um pouco abaixo. Acho difícil que um deles não seja campeão. Ainda é proibido dois times brasileiros fazerem a final? Isso é um absurdo! É meritocracia, o cara chegou porque mereceu, independentemente do país. É ridículo. Pelo menos o cartão amarelo volta a suspender. Multa e suspensão, perfeito. Ótimo.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2013/02/paulo-autuori-ve-futebol-brasileiro-parado-e-sonha-comandar-cbf.html

Teve isso! Torcida no telhado, pé-frio de beldades e gols de craques


Curiosidades do fim de semana no futebol têm ainda sósia de Messi no carnaval do Rio, 'sutileza' de Muricy Ramalho e cicatriz de Emerson Sheik

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

A grande maioria dos Campeonatos Estaduais não teve jogos neste fim de semana, mas não faltaram curiosidades no futebol brasileiro para brindar o torcedor nos primeiros dias de carnaval. Perdeu alguma coisa? Fique por dentro.

'Torcida Organizada Unidos do Telhado'


"Torcida" São Vicente x América-SP (Foto: Lincoln Chaves)Torcida do São Vicente em telhado para ver jogo do Paulista da Série A3 (Foto: Lincoln Chaves)

Desde a primeira rodada do Campeonato Paulista da Série A3, o São Vicente vem atuando sem público nos jogos em que é mandante na competição, já que o estádio Mansueto Pierotti tem recebido as partidas com portões fechados, por determinação do Corpo de Bombeiros. O que não significa que os torcedores do Calungão - ou pelo menos alguns deles - estejam sem conferir as partidas. Se não podem entrar no estádio, a saída tem sido se amontoar em um telhado do entorno do Mansueto, no bairro Parque Bitaru. Foi o que cerca de dez vicentinos fizeram na manhã de sábado, no empate por 1 a 1 com o América-SP, pela quarta rodada do torneio.

"Torcida" São Vicente x América-SP (Foto: Lincoln Chaves)Torcedores comemoram no telhado o gol de empate do São Vicente (Foto: Lincoln Chaves)

Beldades vão ao Pacaembu, mas não dão sorte
Antes dos badalados espaços da Sapucaí, foi o camarote do Pacaembu que atraiu as atenções neste fim de semana, com um pequeno desfile de beldades. No sábado, a namorada de Alexandre Pato, Barbara Berlusconi, foi ao estádio para ver o craque em ação.

Barbara Belusconi namorada de Alexandre pato no Pacaembu (Foto: Fernando Dantas / Gazeta Press)Barbara Belusconi, namorada de Alexandre Pato, no Pacaembu (Foto: Fernando Dantas / Gazeta Press)

Quando entrou, aos 21 minutos do segundo tempo, no lugar de Fábio Santos, Pato atuou bem, buscou o jogo, mas passou em branco mais uma vez. O atacante do Corinthians não conseguiu o gol que tiraria o time do empate de 2 a 2 com o São Caetano.

No dia seguinte, domingo, foi a vez de a atriz Bruna Marquezine, a Lurdinha de "Salve Jorge", prestigiar o Santos do amigo Neymar, também no Pacaembu. Os dois já negaram várias vezes que estejam namorando.

Bruna, porém, mostrou ser pé-frio - o Peixe acabou perdendo para o Paulista por 3 a 1, sua primeira derrota no ano.

A 'sutileza' de Muricy Ramalho
Ainda na derrota do Santos, o técnico Muricy Ramalho se mostou bastante irritado. Sobrou bronca até para uma repórter da Rádio CBN. Questionado sobre as substituições que realizou durante a partida, o treinador ironizou a repórter.

- Futebol é assim. Mas eu sei que você entende muito de futebol, né!? Fiz essa mudança para o time ir à frente - disse.

A cicatriz do Sheik

Emerson Sheik Corinthians (Foto: reprodução)Emerson levou três pontos após se chocar  contrao assistente (Foto: Reprodução)

O atacante Emerson, do Corinthians, sofreu um ferimento no rosto ao se chocar com um árbitro auxiliar durante o empate por 2 a 2 com o São Caetano. Na pressão do Timão para desempatar a partida no Pacaembu, aos 44 minutos do segundo tempo, o jogador alvinegro vinha embalado na tentativa de completar um cruzamento de Danilo e ultrapassou a linha de fundo. E acabou se chocando com o auxiliar Marcelo Rogério. O assistente ainda tentou desviar, mas não conseguiu evitar o choque no joelho, que rendeu ao atacante um corte debaixo do olho direito.

Com sangramento no rosto, Emerson precisou receber atendimento médico, mas conseguiu retornar à partida. Ele levou três pontos. Depois do jogo, Sheik postou, numa rede social, a imagem dos pontos abaixo do seu olho direito.

Rivaldo, sempre Rivaldo

Dono de uma das carreiras mais brilhantes do futebol, Rivaldo mostrou no sábado que, mesmo aos 40 anos, é capaz de atrair todos os holofotes. Na estreia com a camisa do São Caetano, um dos craques do penta pela Seleção em 2002 deixou a sua marca, de cabeça, no empate por 2 a 2 contra o Corinthians, no Pacaembu.

Ele já havia ficado no banco contra o Guarani (derrota por 3 a 1), sem entrar em campo. Em seu primeiro jogo, teve participação discreta na etapa inicial, mas deixou sua marca logo no começo do segundo tempo. Depois, sem fôlego, foi substituído. Outro estreante pelo Azulão foi o goleiro Fábio Costa, que não jogava desde setembro de 2010, quando ainda defendia o Atlético Mineiro.

O primeiro gol de Alex no retorno ao Coxa

O meia Alex voltou a balançar as redes pelo Coritiba após quase 16 anos. No empate com o Arapongas por 1 a 1, pelo Campeonato Paranaense, o camisa 10 matou a saudade da torcida alviverde, que estava ansiosa pelo primeiro gol.

A festa de Alex só não foi completa por causa do empate, que custou a liderança ao Coritiba. O próprio jogador admitiu que precisa melhorar o seu desempenho, já que ainda está se readaptando ao futebol brasileiro.
- Feliz pelo gol e chateado pelo resultado. Mas aos poucos as coisas vão se encaixando. Voltar a fazer gol é sempre importante. Falta muita coisa - disse.

Messi no Rio?
Um sósia do craque Lionel Messi fez sucesso sábado, ao vestir a camisa do Barcelona e sair no bloco ‘Céu na Terra’, em Santa Teresa, região central do Rio de Janeiro.

sósia lionel messi carnaval rio de janeiro (Foto: Agência AP)Sósia de Messi sai em bloco do carnaval do Rio de Janeiro (Foto: Agência AP)

 
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2013/02/teve-isso-torcida-no-telhado-pe-frio-de-beldades-e-gols-de-craques.html

Feijão faz cara de assassino serial, dispara 21 aces e avança no quali


Número 4 do Brasil imita técnico e faz careta para credencial em São Paulo

Por Alexandre Cossenza São Paulo

João Souza Feijão tênis Brasil Open credencial (Foto: Alexandre Cossenza)Feijão e a careta para a credencial do Aberto do Brasil (Foto: Alexandre Cossenza)

Na credencial, a piada em forma de careta, classificada por ele mesmo como a face de "serial killer bobão". Dentro de quadra, porém, João Souza, o Feijão, soube manter a concentração nos momentos difíceis. O número 4 do Brasil e 139 do mundo disparou 21 aces, fez 7/6(5), 3/6 e 6/3 no italiano Gianluca Naso (200 do mundo) e avançou à última rodada do qualifying do Aberto do Brasil, em São Paulo.

Depois da partida, o jovem de 24 anos, que ainda precisa derrotar o espanhol Javier Martí (185) para chegar à chave principal do torneio, disse que a careta que fez para a foto de sua identificação no torneio é herança de um velho hábito de seu técnico, Ricardo Acioly, o Pardal.

- Eu tenho várias credenciais assim. O Pardal guarda muitas do tempo em que ele jogava e viajava. Nos últimos anos da carreira, ele começou a fazer caretas: bravo, feliz, de óculos, de chapéu... De dois anos para cá, comecei a fazer também. Faço o que vem na cabeça na hora. Mostro a língua, olho para cima... É mais uma descontração, eu gosto. Surgiu pelo Pardal e comecei a puxar o saco dele. Esta aqui não é das melhores. Estou serial killer bobão, meio mongolzão. Acho que isso define.

Com a vitória deste domingo, Feijão se junta ao também brasileiro Guilherme Clezar na última rodada do qualifying na capital paulista. O gaúcho, atual número 231 do mundo, superou o colombiano Alejandro González (210) por 6/4, 5/7 e 6/4. O próximo adversário de Clezar será o equatoriano Julio Cesar Campozano (216).
Alves e Rogerinho dão adeus

O paulista Thiago Alves (135) não conseguiu dar sequência às boas atuações que conseguiu na Copa Davis, em que fez boas partidas na quadra dura de Jacksonville, contra os Estados Unidos. No saibro indoor de São Paulo, o tenista de 30 anos deu adeus na segunda rodada do quali, superado pelo Jorge Aguilar (188), que fez 6/2, 6/7(2) e 6/4. Rogério Dutra Silva (114), o Rogerinho, também tombou neste domingo. O paulista, número 2 do Brasil, foi eliminado pelo espanhol Javier Martí por 7/5 e 7/6(6).

O Brasil já tem Thomaz Bellucci e Ricardo Mello - convidado do torneio - garantidos na chave principal do Aberto do Brasil. O SporTV exibe o torneio ao vivo.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/aberto-de-tenis-do-brasil/noticia/2013/02/feijao-faz-cara-de-assassino-serial-dispara-21-aces-e-avanca-no-quali.html

Azarenka segue líder do ranking, e Wozniacki volta ao Top 10 da WTA


Dinamarquesa ultrapassa francesa Marion Bartoli por apenas cinco pontos

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

tênis Caroline Wozniacki wta de moscou (Foto: Agência Reuters)Caroline Wozniacki retonar ao Top 10 feminino (Foto: Agência Reuters)

Assim, como no masculino, a ausência de torneios expressivos gerou poucas mudanças no ranking feminino de tênis. Na lista das melhores da WTA, a única alteração de posições no Top 10 foi a entrada de Caroline Wozniacki justamente no décimo lugar, antes ocupado por Marion Bartoli. A dinamarquesa soma atualmente 3545 pontos contra 3540 da atleta francesa.
Campeã do Aberto da Austrália, Victoria Azarenka segue na liderança do ranking com 10.325 pontos, seguida de perto pela americana Serena Williams e pela russa Maria Sharapova. Agnieszka Radwanska, Na Li, Angelique Kerber, Sara Errani, Petra Kvitova e Samatha Stosur completam as primeiras posições.

Confira a pontuação do Top 10 feminino
1) Victoria Azarenka – 10.325
2) Serena Williams – 9970
3) Maria Sharapova – 9545
4) Agnieszka Radwanska – 7750
5) Na Li – 6255
6) Angelique Kerber – 5400
7) Sara Errani – 4795
8) Petra Kvitova – 4285
9) Samantha Stosur – 4230
10) Caroline Wozniacki - 3545


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2013/02/azarenka-segue-lider-do-ranking-e-wozniacki-volta-ao-top-10-da-wta.html

Djokovic segue líder, e algoz de Nadal no Chile sobe 30 posições no ranking


Campeão em Viña del Mar, argentino Horário Zeballos dá salto na lista

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

tênis Horacio Zeballos atp viña del mar (Foto: Agência AFP)Zeballos, campeão em Viña del Mar (Foto: AFP)

Em uma semana de folga para boa parte dos tops, o ranking da Associação dos Tenistas Profissionais não sofreu alterações nas primeiras colocações. O sérvio Novak Djokovic segue na ponta, à frente do suíço Roger Federer, do britânico Andy Murray e dos espanhóis David Ferrer e Rafael Nadal. Este último, derrotado na final em Viña del Mar, viu seu carrasco subir 30 postos e pular para a 43ª posição na lista. Nesta semana, Nadal disputará o Aberto do Brasil, em São Paulo.

Entre os brasileiros, Thomaz Bellucci permanece na 35ª colocação. O segundo melhor do país é Rogério Dutra Silva (114ª). Thiago Alves é o 134º e João Souza, o Feijão, caiu um posto: 140º.
 
 
Top 10 do ranking:
1 Novak Djokovic (SER) 12.960
2 Roger Federer (SUI) 10.265
3 Andy Murray (GBR) 8.480
4 David Ferrer (ESP) 6.865
5 Rafael Nadal (ESP) 5.550
6 Tomas Berdych (CZE) 4.575
7 Juan Martín del Potro (ARG) 4.210
8 Tsonga, Jo-Wilfried (FRA) 3.515
9 Janko Tipsarevic (SRB) 3.125
10 Richard Gasquet (FRA) 2.925


Melhores brasileiros:
35 Thomaz Bellucci (BRA) 1.077
114 Rogério Dutra Silva 474
134 Thiago Alves 397
140 João Souza, o Feijão 381


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2013/02/djokovic-segue-lider-e-algoz-de-nadal-no-chile-sobe-30-posicoes-no-ranking.html

Parceiro de Soares, austríaco chega a SP com fome de título e de... sushi


Bem humorado, Alexander Peya planeja 'enlouquecer' em rodízios da cidade

Por Alexandre Cossenza São Paulo

Alexander Peya já conquistou três títulos de duplas ao lado do mineiro Bruno Soares, mas ainda é um relativo desconhecido no Brasil. O austríaco nascido em Viena tem 32 anos e só agora, com 15 anos de circuito mundial, disputa seu primeiro torneio de nível ATP na América do Sul. O experiente tenista, cabeça de chave 2 ao lado de Soares no Aberto do Brasil, chega a São Paulo animado com suas chances no torneio, mas também já se mostra animado para aproveitar os rodízios de comida japonesa.

Bruno Soares tênis Alexander peya Tóquio final troféu (Foto: Getty Images)Soares e Peya (à direita) em Tóquio: muito sushi e troféu de campeões (Foto: Getty Images)

O apetite do austríaco impressiona o mineiro desde que os dois jogaram o ATP 500 de Tóquio, em outubro do ano passado. Em uma das folgas, os dois foram a um restaurante típico, e o "desempenho" de Peya durante a refeição deixou o brasileiro assustado. "Ele é um touro. Comeu 40, 50 peças. É um animal", conta Bruno, rindo. Peya, indagado, sorri e faz piada ao explicar que sua fome é uma questão cultural.

- Não é sempre assim. Tem um lugar em Tóquio onde sempre vamos. É um bufê do tipo "coma o quanto puder". Você pode comer à vontade. E é uma coisa cultural na Áustria e na Alemanha: se você está pagando, tem que aproveitar. Então comemos até que não consigamos comer mais - explica.
Em São Paulo, os dois já foram a um rodízio de comida japonesa, e Bruno conta que Peya outra vez teve grande "atuação". O austríaco, que ainda não teve tempo de conhecer outras atrações da cidade, disse que só saiu para comer e que, até agora, "a comida é inacreditável". Ao saber que também há ótimos rodízios de carne, Peya mostrou-se animado.
- Se for "coma o quanto puder", eu vou. Com certeza. Normalmente, não como tanto, mas se for "coma o quanto puder" e a comida for boa, eu fico louco.

Soares e Peya estrearão no Aberto do Brasil contra os espanhóis Tommy Robredo e Rubén Ramírez Hidalgo - o jogo ainda não tem data marcada. O brasileiro é o atual campeão (jogou com Eric Butorac em 2012), e seu parceiro mostra-se animado. Indagado sobre os motivos do sucesso da dupla, Peya diz que não há segredo. "Somos dois bons duplistas. Nos damos bem em quadra e temos o mesmo modo de ver o jogo". O veterano, contudo, lembra que a dupla engrenou depois de fazer um pequeno ajuste tático.

- Jogamos decentemente (os três primeiros torneios), ganhamos nossos jogos, mas não senti que estávamos bem. Um dos motivos foi mudar nossos lados de retorno de saque. Antes da parceria, nós dois jogávamos do lado esquerdo da quadra e, no começo, eu não queria mudar porque tinha lembranças muito ruins de quando atuei na direita. Depois do US Open, estávamos jogando bem, mas ainda faltava algo. Conversamos sobre mudar porque o melhor do jogo do Bruno é sua devolução. É incrível sua consistência. Perdemos isso quando ele passou a jogar do lado direito. Ele fez uns jogos bons e outros não tão bons, e eu não estava devolvendo tão bem quanto poderia. Eu tinha a pressão de jogar bem ali (na esquerda) porque tinha feito ele trocar de lado e precisava justificar a mudança. Então fizemos essa troca e melhoramos.

Após a mudança, Soares e Peya venceram oito partidas consecutivas e conquistaram os títulos do ATP 250 de Kuala Lumpur e do ATP 500 de Tóquio. Menos de um mês depois, levantaram o troféu do ATP 500 de Valência. Este ano, por causa de uma lesão do austríaco, os dois só fizeram um torneio juntos. No Australian Open, venceram a primeira rodada, mas foram surpreendidos por Thomaz Bellucci e Benoit Paire na segunda rodada. O SporTV exibe o

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/aberto-de-tenis-do-brasil/noticia/2013/02/parceiro-de-soares-austriaco-chega-sp-com-fome-de-titulo-e-de-sushi.html