Daniel Romeu
Publicada em 14/05/2011 às 15:48
São Paulo (SP)
O ano do Palmeiras começou mais turbulento do que os torcedores do Verdão poderiam imaginar. A promessa de títulos e a calmaria esperada com o retorno de ídolos da importância de Valdivia, Kleber e o técnico Luiz Felipe Scolari logo se transformaram em dores de cabeça com as diversas polêmicas que "incendiaram" o clube no primeiro semestre.
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Os três maiores reforços, inclusive, já trocaram acusações públicas e afastaram de vez a tranquilidade pelos lados do Palestra Itália. Na última delas, neste domingo, o presidente Arnaldo Tirone, em entrevista ao Jornal da Tarde, chegou a afirmar que a compra de Valdivia teria sido um mau negócio, e que aceitaria até uma troca pelo atacante Dagoberto, do São Paulo.
Durante o Paulistão, até mesmo a nutricionista do clube foi motivo de um desentendimento entre Felipão e nova diretoria, que assumiu no início do ano. Entre os ex-companheiros de Luiz Gonzaga Belluzzo, a animosidade existente entre o ex-diretor Wlademir Pescarmona e Valdivia já não era segredo para ninguém.
Além disso, armar o time não tem sido a única preocupação de Felipão, que já tem o trabalho questionado após as eliminações sofridas no Paulistão e na Copa do Brasil. Este último mau resultado, em especial a derrota por 6 a 0 para o Coritiba, fez até o goleiro Marcos despejar críticas ao time que, para ele, não se empenhou no jogo disputado no Couto Pereira.
Confira um levantamento feito pelo
LANCENET! e relembre os recentes contratempos que tumultuam a vida do Verdão no primeiro semestre:
Valdivia x Tirone
Em
entrevista ao "Jornal da Tarde", o mandatário palmeirense considerou a contratação do camisa 10 pela antiga diretoria, no meio do ano passado, como um mau negócio. Como argumento, usou o excesso de lesões e declarou que tem faltado comprometimento ao chileno. Além disso, o presidente disse nem ter vontade de saldar a dívida de R$ 14,9 milhões com o Banco Banif pela contratação do Mago.
A situação do meia Lincoln, que ainda cobra dívida de R$ 1 milhão da diretoria por sua contratação, também foi lamentada por Tirone, que critica as inúmeros lesões sofridas por ele desde que chegou ao Verdão.
Tirone x WTorre
Pressionado pelos conselheiros ligados ao ex-presidente Mustafá Contursi, Arnaldo Tirone foi obrigado a rever todo o acordo selado pela antiga diretoria com a WTorre, construtora responsável pela construção da nova Arena Palestra Itália.
A questão do seguro de performance, que cobre 38% da obra, foi motivo da maior polêmica e chegou a paralisar a obra por dois dias. Mesmo contra a norma do mercado, o
Palmeiras queria mais garantias. E teve: Walter Torre colocou bens pessoais para assegurar que a construtora irá entregar o novo estádio, no início de 2013. Tirone também queria reduzir o tempo de exploração da empresa sobre a Arena, de 30 anos pelo contrato assinado. Mas não conseguiu.
Kleber x Felipão
Flagrado curtindo o carnaval paulistano no início do ano, o atacante Kleber foi motivo de irritação ao técnico Luiz Felipe Scolari. Após a noitada do Gladiador, cortado da partida contra o Noroeste, em março, ele teve seu profissionalismo questionado pelo treinador. Pelo twitter, o jogador garantiu "nem ligar" para a opinião de Felipão, mas acabou respondendo e atacando seu comandante.
S
egundo Kleber, o técnico faz uso da imprensa para expor os problemas com os atletas, sem nunca defendê-los das críticas recebidas. Alguns dias depois, Felipão tratou de colocar "panos quentes" e dar fima à polêmica. Ele defendeu o direito de expressão dos atletas e garantiu que a relação com o Gladiador não foi abalada, mas ressaltou que existe uma hierarquia no clube e ela deve ser respeitada. Kleber também veio a público pedir desculpas pelo ocorrido, e reafirmou o respeito que tem pelo técnico.
Nutricionista fora da concentração
Com o intuito de diminuir os gastos, a diretoria alviverde decidiu "cortar" a nutricionista Alessandra Favano da concentração com o restante do elenco antes da partida contra o Santo André, pelo Paulista. Quando soube da novidade,
o treinador não ficou nada feliz e nem foi para a concentração com o grupo, por considerar a presença da profissional mais importante. Só chegou no hotel à noite. A diretoria logo se pronunciou, diminuindo a importância do caso e garantindo que tudo não passou de um mal entendido. O treinador preferiu não se manifestar sobre o assunto.
Pescarmona x Valdivia
O ex-diretor de futebol na gestão Belluzzo era desafeto público do meia chileno. Por diversas vezes,
Pescarmona cutucou Valdivia pelo excesso de lesões, dando a entender que faltava motivação ao Mago em sua segunda passagem pelo Palmeiras. Uma carta de recomendações entregue ao atleta pela comissão técnica e diretoria antes da férias no início o ano foram a gota d'água para Valdivia que, incomodado, disparou contra a antiga gestão.
Antes da reapresentação do elenco, Pescarmona disse que não pretendia conversar com o Mago, e que desaprovava a insatisfação do jogador. Após a eleição de uma nova diretoria, Valdivia chegou a declarar "agora o Pescarmona foi embora, não é?" para comentar a nova fase do clube, que vinha bem no Estadual.
Reclamações do goleiro Marcos
Após humilhante derrota por 6 a 0 para o Coritiba, no Couto Pereira, na partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil, o goleiro Marcos, que voltava ao gol da equipe naquela ocasião, fez duras críticas à equipe.
O camisa 1 declarou que a equipe não demonstrou empenho em campo e que se sentia constrangido pelo que acontecera em campo, Na partida de volta, o Verdão venceria por 2 a 0, placar insuficiente para classificá-lo às semifinais.
FONTE:
http://www.lancenet.com.br/palmeiras/Polemicas-incendeiam-Verdao-inicio-turbulento_0_480552017.html