Mari ficou à beira da quadra, mas não entrou na
partida (Foto: Alexandre Arruda / CBV) Do cantinho da quadra, Mari acompanhava a atuação das companheiras. Um olho no jogo, o outro em Bernardinho. Já havia sido saudada pela arquibancada do Maracanãzinho a cada cortada durante o aquecimento, mas ainda faltava uma coisa para "o grande dia" – como definiu na véspera – terminar como tal. Só que o "vem" que a ponteira tanto queria ouvir do técnico Bernardinho ficou para o próximo jogo. Nesta quinta-feira, ela teve de se contentar em ver sua equipe, o Rio de Janeiro, derrotar o Minas por 3 sets a 0 (25/14, 25/18 e 25/21), pela Superliga feminina.
- Eu estava achando que no fim do primeiro set ele ia me colocar. No segundo, o time também estava indo bem, e também pensei. No terceiro, quando vi que estava equilibrado, já sabia que não ia entrar mais (risos). Não tem tristeza. Não era nem para estar aqui, porque minha recuperação era para durar seis meses. Estou feliz. É uma emoção muito grande ouvir as pessoas gritando no aquecimento. Foi um alívio, é sinal de que minha vida está voltando ao normal - disse Mari.
Apesar da ansiedade, a rotina de Mari não mudou ao longo da quinta-feira.
- Dormi bem à tarde, não mudei nada minha rotina. A diferença foi no fim do dia. Com essa participação, mesmo tendo ficado no banco, deu para relaxar. Se eu tivesse entrado, pela emoção, poderia ter feito um monte de besteira. Já estou menos ansiosa para o próximo jogo - avisou.
O Rio de Janeiro de Sheilla superou o Minas nesta quinta-feira (Foto: Alexandre Arruda / CBV) Mais de cinco meses após a cirurgia no joelho direito, que a tirou do Mundial do Japão, a ponteira vivia a expectativa de retornar nesta quinta. Relacionada pelo treinador, viu o Minas se empenhando para tentar estragar a festa. Liderado pela cubana Herrera, o time equilibrava as ações no primeiro set. Até que Valeskinha e Regiane apareceram, o bloqueio subiu e a vantagem começou a crescer. Chegou na casa dos sete pontos (19/12) e já não foi mais preciso olhar para trás. A equipe mineira não se encontrava e via o Rio de Janeiro fazer 25/14.
No fundo da quadra, uma conversa tentava recolocar o Minas nos trilhos. Herrera continuava sendo a melhor opção e bufava a cada bola fora marcada pelo árbitro. Mais ainda quando a líbero Fabi fazia uma sequência de defesas que impediam o adversário de escapar no marcador (12/12). A torcida começava a gritar pelo nome de Mari. A equipe continuava lutando para fazer 2 a 0. Abriu 21/17 e tinha o jogo sob controle: 25/18.
O Minas ainda tinha esperança de mudar o rumo da partida. Mostrava empenho e vibrava a cada vez que conseguia comandar o placar. Mais ainda quando Herrera passava pelo bloqueio triplo e fazia o time respirar (8/6). Mari aquecia, ouvia as orientações de Bernardinho durante o tempo técnico e esperava a sua vez. Mas era Suelle que seguia em quadra, tentando ajudar o Rio de Janeiro a retomar as rédeas da partida (12/9). Sheilla também fazia a sua parte e a virada veio: 14/13. O Minas não esmorecia, tirava proveito de uma defesa que já não funcionava como antes e respondia na mesma moeda (18/17). No entanto, foi traído por erros seguidos que encurtaram o caminho das donas da casa até a vitória.
Resultados desta quinta-feira na Superliga Feminina:
Osasco 3 x 0 São Caetano (25/18, 25/8 e 25/18)
Rio de Janeiro 3 x 0 Minas (25/14, 25/18 e 25/21)
Macaé 3 x 0 Mackenzie (25/23, 25/22 e 25/18)
Praia Clube 3 x 0 São José-SC (27/25, 25/17 e 25/11)
Vôlei Futuro 3 x 0 Brusque (25/20, 25/18 e 25/14)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2011/02/do-banco-mari-ve-o-rio-de-janeiro-bater-o-minas-na-superliga-feminina.html