domingo, 10 de novembro de 2013

Cajá brilha no retorno ao Majestoso e revela desejo de voltar à Ponte Preta

Com um gol e passes precisos, meia comanda triunfo do Vitória sobre a Macaca, mas se declara: ‘A Ponte está no meu coração, é o time que torço'

Por Campinas, SP




O destino fez de um ídolo o algoz da Ponte Preta na tarde deste domingo. Renato Cajá retornou ao Majestoso em grande estilo e liderou o triunfo do Vitória por 3 a 0. Com um gol e passes precisos, ele brilhou e cumpriu com seu dever profissional. Mas o fez com aperto no coração. Em entrevistas antes e no intervalo do jogo, o meia se declarou à  e revelou o desejo de um dia voltar à Ponte.

- A Ponte está no meu coração, torço para a Ponte. É o clube que eu amo. Quero voltar um dia para cá. Mas sou profissional e agora visto a camisa do Vitória e preciso trabalhar firme para colocar o time na Libertadores – afirmou o camisa 10 do Leão baiano, que pela primeira vez atuou no estádio como adversário da Ponte.

O respeito pela Macaca não ficou apenas nas palavras. Cajá evitou comemorar seu gol. De barriga, ele abriu o placar aos 17 minutos do primeiro tempo, ameaçou uma corrida, mas rapidamente levantou as mãos, como se pedisse ‘desculpas’ à Ponte.

- Não poderia comemorar aquele gol. Tenho um carinho e uma gratidão muito fortes pela Ponte – explicou o jogador, que passou pela Ponte em 2008 e depois entre 2011 e 2012.

Na primeira passagem, liderou a campanha do vice-campeonato paulista. Depois, foi peça importante na conquista do acesso à elite nacional. Em ambas as oportunidades, porém, saiu pela porta dos fundos, devido a questões financeiras, e manchou um pouco à imagem junto a torcida, que se dividiu na recepção ao jogador. Uma parte vaiou. Outra, aplaudiu. Resta saber qual será a reação dos pontepretanos se Cajá um dia vestir novamente a camisa alvinegra.

Renato Cajá comemora gol do vitoria contra a Ponte Preta (Foto: Rodrigo Villalba / Agência estado) 
Renato Cajá fez uma tímida comemoração no gol 
contra a Ponte(Foto: Rodrigo Villalba / Agência estado)
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Elenco da Ponte Preta acusa cansaço e minimiza efeitos da derrota em casa

Jogadores citam desgaste físico devido à maratona de jogos, mas garantem que revés para o Vitória não vai abalar reação da Macaca contra a degola

Por Campinas, SP

A Ponte Preta vai precisar trabalhar o corpo e a mente para superar a derrota por 3 a 0 para o Vitória, na tarde deste domingo, no Estádio Moisés Lucarelli (assista aos melhores momentos no vídeo ao lado). As recuperações física e emocional são os principais desafios até o duelo contra o Goiás, quarta-feira, às 19h30, no Serra Dourada, pela 34ª rodada do Brasileirão.

Devido à maratona de jogos, o elenco alvinegro acusou o cansaço, mas se dividiu entre apontar o fator como determinante para o resultado negativo e evitar tal ‘desculpa’. A Macaca entrou em campo menos de 72 horas depois de bater o Vélez Sarsfield, na Argentina. A maioria do grupo que atuou neste domingo voltou de viagem apenas na noite de sexta e teve pouco tempo para descansar, já que treinou sábado.

- O cansaço bateu. Todo mundo viu. Agora precisamos descansar – avaliou Chiquinho.
O zagueiro César preferiu não colocar o revés na conta do desgaste físico.

- Não podemos usar isso como desculpa. É claro que tudo isso cansa, mas nós temos de entrar em campo e sempre dar o melhor, independentemente de o jogo ser em Dubai ou no Japão - disparou o defensor.

O Vitória construiu o placar no primeiro tempo, quando marcou com Renato Cajá, Ayrton e Dinei. O meia Adrianinho considera que a Ponte errou demais até o intervalo e facilitou a vida para os baianos, mas pede para que o time esqueça a derrota em casa para não se abalar na sequência da complicada luta contra o rebaixamento.

- Tomamos gols bobos. Vacilamos em alguns momentos e pagamos caro, mas essa derrota não vai atrapalhar nossa reação. É se reunir, apontar os erros e tentar melhorar já na próxima rodada. Vamos acreditar até o fim. Com a Ponte, sempre é mais difícil.

O goleiro Roberto reforça o discurso do camisa 10 alvinegro.
- Foram três gols de contra-ataque que quebraram nosso esquema, quebrara tudo. Mas precisamos esquecer. Foi uma pancada grande, mas temos de assimilar. O Goiás já está aí. Não podemos abaixar a cabeça – pediu o jogador.

Uendel Ponte Preta e Vitoria  (Foto: Rodrigo Villalba / Agência estado) 
Uendel lamenta derrota da Ponte Preta para o Vitória 
(Foto: Rodrigo Villalba / Agência estado)
 
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Vitória mata jogo no 1º tempo, cola no G-4 e freia recuperação da Ponte

Com três gols no primeiro tempo, baianos ganham força na luta pela Libertadores e complicam situação da Macaca contra o rebaixamento

A CRÔNICA 
 
por GLOBOESPORTE.COM
 
A empolgação da Ponte Preta com a classificação histórica às semifinais da Sul-Americana sobre o Vélez Sarsfield sofreu um duro golpe na tarde deste domingo. Com um primeiro tempo irreparável, o Vitória fez 3 a 0 no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, ganhou força na briga pela Libertadores e freou a recuperação alvinegra na luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Renato Cajá, Ayrton e Dinei, todos antes do intervalo, fizeram os baianos colar no G-4 e deixaram a Macaca ainda mais ameaçada pela degola, para a decepção dos 15.665 pagantes que proporcionaram o recorde de público do clube na Série A e uma renda de R$ 43.752,00.

Foi uma rodada perfeita para o Vitória. Único a vencer entre Goiás (empatou com Flamengo), Botafogo (perdeu para Internacional) e Grêmio (perdeu para Cruzeiro), o Leão passou para sexto – passou o Atlético-MG – e ficou a apenas dois pontos do G-4: tem 51 contra 53 do Botafogo. Foi a quarta vitória em seis jogos consecutivos sem derrota, comprovando a ascensão no momento decisivo da competição.

Para a Ponte, o saldo negativo poderia ter sido ainda pior. A derrota do Fluminense para o Corinthians (1 a 0) e o empate do Vasco com o Santos (2 a 2) minimizaram o prejuízo. A distância para o primeiro fora do Z-4, que agora é o Vasco, aumentou apenas um ponto: 37 contra 34. O único resultado dos concorrentes que não ajudou foi a vitória do Criciúma sobre o Náutico (1 a 0). O Tigre empurrou a Macaca para a vice-lanterna. Mas dos males o menor. Ao menos, ninguém desgarrou na parte de baixo da tabela.

Ponte e Vitória voltam a campo na quarta-feira. Com um novo postulante à Libertadores pela frente, a Macaca busca a reabilitação contra o Goiás, às 19h30, no Serra Dourada. No Barradão, o Vitória recebe o Cruzeiro, às 21h50, no jogo que pode garantir o título à Raposa.

Renato Cajá comemora gol do vitoria contra a Ponte Preta (Foto: Rodrigo Villalba / Agência estado) 
Renato Cajá, ídolo da Macaca, abriu o caminho para a 
vitória baiana (Foto: Rodrigo Villalba / Agência estado)
 
Vitória passeia no primeiro tempo
O calor em Campinas, com os termômetros marcando 32ºC, e a presença em massa do público transformou o Majestoso em um verdadeiro caldeirão. Caldeirão que empolgou a Ponte no início do primeiro tempo, mas não intimidou o Vitória. Depois de suportar bem o ímpeto alvinegro, os visitantes deram as cartas no restante da etapa.

É bem verdade que, apesar de tomar a iniciativa, a Ponte não pressionou Wilson. Os primeiros lances de perigo foram do Vitória, em dois chutes de longe de Ayrton. Aos sete minutos, acertou o travessão em cobrança de falta. Na sequência, soltou a bomba e deu trabalho para Roberto defender em dois tempos.

A atuação segura do Vitória foi diminuindo a empolgação da torcida da Ponte. Coube a um ex-atleta da Macaca jogar o balde de água fria. Aos 18 minutos, Renato Cajá apareceu sozinho na pequena área e completou, de barriga, cruzamento de Tarracha. O gol abalou a confiança da Ponte e abriu espaços para os baianos aumentarem a vantagem.

Ponte Preta e Vitória (Foto: Rodrigo Villalba / Futura Press) 
Fellipe Bastos é cercado por defensores do Vitória
(Foto: Rodrigo Villalba / Futura Press)
Depois de assustar duas vezes, Ayrton, enfim, encontrou o caminho das redes. Em uma jogada que começou na esquerda e terminou na direita, com o Vitória envolvendo a defesa alvinegra com toques rápidos, o lateral-direito concluiu com perfeição, por cobertura. Jorginho ainda tentou mudar o cenário com Elias no lugar de Chiquinho, mas não adiantou.

Uma mudança tática de Ney Franco complicou ainda mais a vida da Macaca. Com Marcelo amarelado, o técnico tirou o volante, mas, em vez de colocar um outro jogador de marcação, mandou a campo o atacante William Henrique, aumentando ainda mais a velocidade do ataque rubro-negro.

Com William Henrique e Marquinhos, os contra-ataques ficaram ainda mais perigosos. Em um deles, o time encaminhou ainda mais o resultado. Marquinhos avançou desde o centro do gramado, partiu para cima de César e bateu cruzado. Roberto ainda se esticou todo e conseguiu espalmar, mas a bola sobrou para Dinei empurrar para as redes, aos 42 minutos.

Tudo na mesma
A missão praticamente impossível obrigou a Ponte a ir para o tudo ou nada no começo do segundo tempo. Um chute de William cara a cara com Wilson, aos sete minutos, foi o último fio de esperança alvinegra, mas o goleiro evitou esboço de reação. A marcação adiantada do Vitória também atrapalhava a criação das jogadas ofensivas da Ponte.

Com a bola nos pés, o Vitória não diminuiu o ritmo e mostrava a mesma consciência do primeiro tempo. Renato Cajá continuava um maestro e colocava Marquinhos e William Henrique para correr sempre que tinha um contra-ataque à disposição. O Vitória poderia até ter terminado com um placar mais elástico, porém, não mostrou a eficiência da etapa inicial.

O tempo foi passando, e a torcida da Ponte entregou os pontos. A 10 minutos do fim, muita gente já deixava as arquibancadas. No campo, os jogadores ainda tentavam ao menos descontar, mas encontrava dificuldade para passar pela marcação rubro-negra. O resultado já estava definido desde o intervalo. O placar também ficou na mesma.

 
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Soares/Peya toma virada dos irmãos

Melhores do mundo, americanos vencem semifinal decidida nos detalhes, apesar da torcida de David Luiz e de Thiago Alves no box do mineiro

Por Direto de Londres

Bruno Soares esteve muito perto da final do Torneio dos Campeões da ATP. Neste domingo, o brasileiro fez mais um grande jogo ao lado do austríaco Alexander Peya. Só que do outro lado da rede estavam os gêmeos americanos Bob e Mike Bryan. A semifinal em Londres fez jus ao embate entre as duas melhores duplas do ano. Em 1h24m, os tenistas deram shows de smashes e grandes defesas. Nos detalhes, os irmãos americanos arrancaram a virada - 2 a 1, com parciais 4/6, 6/4 e 10/8.

Nem mesmo a torcida do zagueiro David Luiz, da Seleção e do Chelsea, e  do tenista Thiago Alves, ajudou Bruno Soares. Ele e Marcelo Melo, que estiveram perto de uma histórica final verde-amarela, ficarão no máximo na arquibancada da Arena de North Greenwich, nesta segunda-feira, às 16h (de Brasília) - a decisão terá transmissão ao vivo do SporTV2. Os irmãos Bryan tentarão coroar mais um ano brilhante nas duplas diante dos espanhóis David Marrero e Fernando Verdasco, algozes de Melo e do croata Ivan Dodig nas semis.

Bruno Soares e Peya duplas tênis ATP Finals (Foto: EFE) 
Bruno Soares e Peya vencem primeiro set, mas tomam 
virada dos irmãos Bryan (Foto: EFE)
 
O JOGO
Soares e Peya tiveram que salvar dois break points logo no começo da partida, mas também tiveram duas chances de quebra no quarto game. Era complicado, porém, superar a melhor dupla do mundo. E na defesa o brasileiro e o croata também tinham sucesso. Valia até o esforço de Peya para contra-atacar um smash de Mike com outro similar e também o de Soares para buscar uma difícil bola em lado oposto da quadra.


O equilibrado set não precisou de tie-break. Os irmãos Bryan foram quebrados quando não podiam. Primeiro Bob cometeu uma dupla falta e deu um duplo set point. No ponto decisivo, Soares exigiu um mergulho do americano, que na sequência viu Mike jogar a bola na rede. Era o ponto de vitória do brasileiro e do croata no primeiro set (6/4).

Por causa da defesa no ataque de Soares, Bob sofreu um leve ferimento no braço esquerdo. Ele recebeu atendimento médico em quadra, mas a pequena ferida não afetou seu desempenho. Pelo contrário. Tanto Bob quanto Mike cresceram. Com boas defesas e ataques precisos, eles conseguiram quebrar o serviço de Peya no terceiro game para liderar um set pela primeira vez no duelo.

David Luiz ATP Finals Tênis (Foto: Agência AP ) 
David Luiz acompanhou a derrota de Bruno Soares
na Arena de North Greenwich (Foto: Agência AP )
 
O equilíbrio voltou a reinar com direito a um festival de smashes dos lados. E novamente a parcial foi decidida no detalhe de uma quebra. Os americanos confirmaram todos os seus saques para devolver o placar do primeiro set (6/4) e levar a semifinal para o super tie-break.

No set decisivo, os Bryan deram sinais de instabilidade, com uma dupla falta e uma bola fora que deixaram Soares e Peya em boa situação. Só que os americanos não são os melhores do mundo à toa. Eles compensaram os erros com uma defesa compacta, que neutralizou os golpes potentes dos adversários. Bruno Soares tinha de fazer uma sequência de smashes para chegar ao ponto e acertar uma bolada em um juiz de linha. Bob e Mike conseguiram a virada e não vacilaram na reta final para fechar em 10/8. Os americanos vão tentar o quarto título do Torneio dos Campeões.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/torneio-dos-campeoes-da-atp/noticia/2013/11/soares-e-peya-tomam-virada-dos-irmaos-bryan-e-dao-adeus-em-londres.html

Dana White rasga elogios a Vitor Belfort: 'Ele hoje é uma máquina'

Presidente do UFC diz sonhar com revanche entre Anderson Silva e atleta carioca, e cogita que luta aconteça em um estádio de futebol no Brasil

Por Goiânia

A vitória de Vitor Belfort por nocaute sobre Dan Henderson no último sábado, em Goiânia, definitivamente fez Dana White voltar a colocar o "Fenômeno" no mais alto patamar dos lutadores do UFC. O dirigente fez rasgados elogios ao lutador após o evento e disse que o atleta carioca parece imparável.

- Vitor Belfort jamais foi tão bom quanto é hoje. Talvez a maior diferença entre o Vitor de antigamente e o atual é a sua mente. Ele teve problemas emocionais no passado, mas hoje isso não existe mais. Ele está consciente, fisicamente está em uma forma espetacular, aplica chutes fortíssimos. Vitor hoje é uma máquina. Ele parece imparável. A equipe em que ele está hoje realmente o ajudou. Os treinadores e companheiros de treino que ele possui ao seu lado o tornaram um artista marcial inacreditável - afirmou White, em bate-papo com os jornalistas.

Vitor Belfort e Dana White coletiva UFC Goiânia (Foto: Rodrigo Malinverni) 
Vitor Belfort e Dana White posam juntos para foto: 
admiração recuperada (Foto: Rodrigo Malinverni)
 
Perguntado sobre uma possível revanche contra Anderson Silva, o dirigente foi cauteloso, mas deixou escapar que essa é uma luta que não sai do seu pensamento.

- Uma revanche entre Anderson Silva depende de alguns fatores. Vitor precisava vencer Dan Henderson, e ele venceu. Anderson Silva precisa vencer Chris Weidman dia 28 de dezembro. Se ele vencer e voltar a ser o campeão, uma nova luta entre os dois definitivamente não será uma má ideia. Eu sempre penso nessa luta. Se você pensar na expectativa criada pela primeira luta, e pelo que aconteceu nela, com uma vitória vindo com um chute na cabeça... Todos ficaram chocados com aquela luta. Por outro lado, eu nunca estive tão animado para uma luta quanto para a revanche entre Anderson Silva e Chris Weidman.

Combate.com: confira as últimas notícias do MMA e do UFC

Para Dana White, um evento como a revanche entre dois dos maiores lutadores da história do MMA brasileiro e mundial poderia acontecer em um palco especial: um estádio de futebol brasileiro.

- Tudo é possível. O Brasil é o mercado em maior ascensão do UFC no mundo hoje. Eu estava no meu camarim e havia um pacote de salgadinhos com a marca do UFC na embalagem. Como isso é possível? É incrível! Somando a isso o fato de que temos neste país fãs que amam e conhecem o esporte, e que sabem apreciar o MMA, acredito que uma luta entre os dois no Brasil, provavelmente em um estádio de futebol, não é uma possibilidade que possa ser descartada.

Banner Combate (Foto: Combate)
 

Djokovic bate Gasquet e vai invicto às semifinais do Torneio dos Campeões

Com 20 vitórias seguidas, sérvio, que já havia garantido a primeira posição do Grupo B, confirma favoritismo e vence francês, que já estava eliminado

Por Londres

O sérvio Novak Djokovic venceu o francês Richard Gasquet, por 2 sets a 1, com parciais de 7/6(5), 4/6 e 6/3, neste sábado, pela terceira e última rodada do Grupo B do Torneio dos Campeões da ATP, disputado em Londres. Esta foi a 20ª vitória seguida do sérvio, que não perde desde a final do US Open, quando caiu para Rafael Nadal. As semifinais do torneio já estavam definidas antes do jogo: Nadal x Federer e Djokovic x Wawrinka. O SporTV 2 transmite as semifinais de duplas e de simples, a partir das 10h deste sábado. (Confira os pontos finais do jogo no vídeo acima)

Tênis Djokovic contra Richard Gasquet (Foto: Agência AFP) 
Djokovic se esforça para devolver a bola na vitória sobre 
Richard Gasquet (Foto: Agência AFP)
 
Djokovic dominou o começo do primeiro set e deu as cartas até liderar por 5/3, com uma quebra de vantagem. A partir daí, Gasquet reagiu, devolveu a quebra de saque e levou a definição da parcial para o tie-break. No game desempate, Djokovic saiu na frente, manteve a vantagem, desperdiçou um set point, mas no ponto seguinte fechou o tie-break por 7/5.

No segundo set, Gasquet aproveitou a única chance que teve e quebrou o serviço do sérvio, no início da parcial. Djokovic não conseguiu ameaçar o serviço do adversário, apesar do baixo aproveitamento de primeiro saque do francês (40%), que fechou em 6/4.

No set decisivo, o número 2 do mundo conseguiu uma quebra no início, abriu 3 a 0 e conseguiu manter a vantagem até o fim, não tendo seu saque ameaçado e fechando em 6/3.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/torneio-dos-campeoes-da-atp/noticia/2013/11/djokovic-bate-gasquet-e-vai-invicto-semifinais-do-torneio-dos-campeoes.html

Invasão suíça: apoio em massa para Federer e Wawrinka nas semifinais

Contra Nadal e Djokovic, hexacampeão e estreante em semis contam com torcida que tem transformado a arena em Londres em 'caldeirão vermelho'

Por Direto de Londres

Uma onda vermelha destoa no cenário completamente azul da Arena de North Greenwich. Perucas, bandeiras, cartazes - a torcida suíça rouba a cena em Londres e faz os compatriotas Roger Federer e Stanislas Wawrinka se sentirem em casa no Torneio dos Campeões da ATP. Não à toa os dois passaram por adversários mais bem ranqueados como David Ferrer e Juan Martin del Potro para chegar às semifinais deste domingo, que terão transmissão ao vivo do SporTV2. O "caldeirão vermelho" terá de entrar em ação novamente para empurrar Federer diante do atual número 1 do mundo, o espanhol Rafael Nadal, e para ajudar Wawrinka a superar o sérvio Novak Djokovic, vice-líder do ranking.

MOSAICO tênis atp finals torcida da suiça (Foto: Editoria de arte) 
Torcida suíça invade Londres e mostra grande apoio a 
Federer e Wawrinka (Foto: Editoria de arte)
 
Quando a bola está viva, como manda o protocolo do tênis, a torcida suíça se contém, torce calada até um dos tenistas pontuar. Ela, então, solta os gritos. A cantoria dos suíços vai desde o "vamos, Roger" até o "Stan, você é o cara". Os incentivos fazem sim a diferença, e foi exaltada por Federer depois da suada vitória de virada em cima de Del Potro na última rodada da fase de grupos.

- É verdade que, quando você ganha mais apoio do público, é como se você estivesse jogando em casa. Tendo essa "vantagem", você sente que quer ir para cima e correr os riscos. É isso que tem acontecido comigo. Tenho ido em busca de arriscar, ainda que o número de erros não forçados esteja aumentando. Eu espero que o público esteja inflamado e apoie bastante os tenistas.
Sempre disse que, quando a torcida está do meu lado, eu agradeço - disse Federer.

tênis rafael nadal roger federer (Foto: Getty Images) 
Hexacampeão do Torneio dos Campeões, Federer 
ainda não derrotou Nadal em 2013 (Foto: Getty Images)
 
Rafael Nadal x Roger Federer
Recordista de títulos do Torneio dos Campeões, Federer busca a sétima taça para fechar bem uma temporada para se esquecer. Durante boa parte do ano, o ex-número 1 do mundo sofreu com dores nas costas e amargou derrotas para tenistas fora do Top 100. Ele ainda não está na melhor forma, mas provou que está forte e que será um adversário duro para o favorito Nadal, às 12h (de Brasília).

- Eu vejo uma luz no fim do túnel. Há mais duas partidas (possíveis) e acabou. Eu acabei de jogar uma partida dura contra Del Potro. Só preciso ter a mentalidade certa para dar uma última cartada. Preciso entrar mais como um azarão por causa das circunstâncias, por causa do meu ano e do ano dele. Talvez seja dessa ousadia que eu preciso um pouco mais - comentou Federer.
Nadal, por sua vez, está em grande fase. Com dez títulos no ano e participação em 13 finais de 16 torneios disputados, o espanhol está perto de conquistar a única taça importante que ainda lhe falta: a do Torneio dos Campeões. O máximo que ele conseguiu foi um vice-campeonato em 2010, quando perdeu a decisão justamente para Federer. Invicto tanto na competição quanto contra o suíço neste ano, o Touro Miúra adota um discurso de respeito pelo rival.

- Eu cumpri minha meta que era ser finalista sem perder jogos, mas estou encarando os melhores do mundo. O Federer sabe muito bem como me bater, especialmente neste piso duro. O único jeito de ganhar o duelo da semifinal é jogando minha melhor partida, jogando um tênis fantástico. É o que tentarei - prometeu Nadal.

tenis djokovic wawrinka us open (Foto: Reuters) 
Wawrinka quase levou a melhor sobre Djokovic no Aberto da Austrália e no US Open (Foto: Reuters)
 
Novak Djokovic x Stanislas Wawrinka
Federer pode ter ganho a eleição do queridinho da torcida, mas Wawrinka também recebe apoio do "caldeirão vermelho" na Arena de North Greenwich. O suíço, que participa pela primeira vez do Torneio dos Campeões, chega à semifinal como azarão, mas já mostrou que pode fazer frente a Novak Djokovic em duas batalhas de cinco sets no Aberto da Austrália e no US Open.

Wawrinka foi facilmente derrotado pelo sérvio na última semana no Masters 1.000 de paris, mas aposta no incentivo da arquibancada para surpreender mais na semifinal das 18h (de Brasília).
- É sempre bom jogar na frente de tanta gente legal. Havia muita gente da Suíça. Para mim, foi bastante bacana. É incrível estar nas semifinais. Já é uma excelente semana para mim. Vamos ver como vai ser contra o Djokovic. Ele não teve problemas para me vencer na semana passada. Ele jogou muito bem - disse Wawrinka.

Só que o sérvio é o atual dono da taça do Torneio dos Campeões da ATP e cresceu na reta final da temporada. Número 2 do mundo, Djokovic não perde uma partida desde a primeira semana de setembro, quando caiu diante de Nadal no US Open. São 20 vitórias e três títulos nos três torneios que disputou: ATP 500 de Pequim, Masters 1.000 de Xangai e Masters 1.000 de Paris.

- Só preciso jogar meu jogo. Sei o que devo fazer. Jogamos duas partidas longas e ele é capaz de atuar em alto nível. Mas fiz a melhor partida contra ele em Paris. Só tenho que fazer igual fiz lá - afirmou Djokovic.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/torneio-dos-campeoes-da-atp/noticia/2013/11/invasao-suica-nadal-e-djoko-encaram-apoio-massivo-federer-e-wawrinka.html

Melo e Dodig são parados por dupla espanhola na semifinal em Londres

Brasileiro e croata estavam invictos na competição; Marrero e Verdasco aguardam o vencedor do jogo entre Soares/Peya e irmãos Bryan

Por Londres

A um passo da final do Torneio dos Campeões da ATP veio o freio. Única dupla a entrar nas semifinais da competição de forma invicta, Marcelo Melo e Ivan Dodig não resistiram aos espanhóis David Marrero e Fernando Verdasco. Neste domingo, em Londres, o croata e o brasileiro foram derrotados por  2 sets a 0, parciais de 7/6 (12-10) e 7/5.

Marcelo Melo e Ivan Dodig duplas tênis ATP Finals (Foto: AP) 
Marcelo Melo e Ivan Dodig ficam fora da briga pelo 
título em Londres (Foto: AP)
Agora a chance de o Brasil contar com um representante na decisão está nas mãos de Bruno Soares. Para isso, ele e seu parceiro austríaco Alexander Peya terão de passar pelos gêmeos americanos Bob Bryan e Mike Bryan, que formam a melhor dupla da atualidade. O confronto será disputado neste domingo, às 16h (de Brasília), com transmissão do SporTV.

O jogo
O começo de partida não foi aquele dos sonhos para Melo e Dodig. Já tomando uma quebra no primeiro game, a dupla de melhor desempenho até então em Londres lutava  para entrar no jogo. Qualquer artifício valia para buscar a recuperação, até mesmo quando baixou o jogador de vôlei em Melo e ele tentou uma espécie de bloqueio junto à rede em cima de Verdasco.

O brasileiro e o croata melhoraram o saque com o passar do tempo, mas ainda faltava devolver a quebra. E ela veio justo quando os espanhóis lideravam por 5/4. Depois de capricharem na devolução, Melo e Dodig chegaram ao triplo break point e empataram após uma dupla falta de Verdasco. O jogo foi para o tie-break, e as duplas tiveram set points no longo game de desempate. Até que Verdasco acertou uma bola na passada, conquistou a mini-quebra e Marrero enfim fechou o tie-break em 12-10 com uma pancada  no saque.

Na parcial seguinte, os espanhóis seguiam mostrando força. Sacavam bem, faziam um bom trabalho no fundo da quadra e davam poucas chances de quebra aos adversários.  Melo/Dodig não se entregava e mantinha o placar igual (5/5). Marrero foi para o saque e não teve dificuldade para colocar sua dupla em vantagem: 6/5. Era a vez de Dodig manter a sua parceria viva no jogo. Não conseguiu. O sonho da semifinal terminava ali.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/torneio-dos-campeoes-da-atp/noticia/2013/11/melo-e-dodig-sao-parados-por-dupla-espanhola-na-semifinal-em-londres.html

Nadal não crê que seja melhor tenista da história: 'É Federer ou Rod Laver'

A quatro títulos de Grand Slam do suíço, espanhol lembra de ex-jogador e defende que os quatro maiores torneios do circuito não são tudo no tênis

Por Direto de Londres

Rafael Nadal e Roger Federer tênis ATP Finals (Foto: Getty Images) 
Nadal está a quatro títulos de Grand Slam de
igualar o recorde de Federer (Foto: Getty Images)
 
O ano sensacional que Rafael Nadal vem fazendo, com 10 títulos após uma lesão no joelho que o tirou do circuito por sete meses, levantou uma discussão. Após a vitória deste domingo sobre Roger Federer, pelas semifinais do Torneio dos Campeões da ATP, o espanhol foi questionado se as pessoas não deveriam começar a falar que ele seria o melhor tenista da história, e não o suíço, que possui um recorde de 17 títulos de Grand Slam.

Apesar dos feitos neste ano e de ter 13 troféus dentre os quatro torneios mais importantes do circuito (Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open), o Touro Miúra adotou um discurso modesto e não se vê como o melhor jogador da história do tênis. Para ele, o posto atualmente é mesmo de Federer, mas também fez questão de lembrar das conquistas do ex-tenista australiano Rod Laver.

- Eu sou o primeiro que falo (que é Federer). Será muito difícil para qualquer tenista superar seus números. Também não é justo analisar a história de qualquer jogador somente pelos Grand Slams. Com certeza Federer é quem ganhou mais Grand Slams. Porém, nunca vi Rod Laver jogar, mas sei de sua história. Ele foi capaz de ganhar os quatro Grand Slams antes (da Era Aberta, em 1968) e os quatro depois. Então hoje a dúvida não é sobre mim ou Federer, mas mais se é Federer ou Rod Laver. E falando sobre minha carreira, eu tenho 27 anos. Fiz mais do que sonhei. Espero continuar tendo chances para seguir ganhando. E quando terminar minha carreira, vamos ver onde eu estarei na história do tênis.

Um dos maiores jogadores das décadas de 1960 e 1970, Rod Laver teve 20 títulos de Grand Slam na carreira, sendo 11 de simples e nove de duplas. No individual, o australiano conquistou três Abertos da Austrália (1960, 62 e 69), dois Roland Garros (62 e 69), quatro Wimbledon (61, 62, 68 e 69) e dois US Open (62 e 69). O também tenista canhoto deixou o circuito em 1979, com 52 títulos de simples e 28 de duplas.

montagem tênis Roger Federer e Rod Laver (Foto: Editoria de Arte) 
Rod Laver teve 11 títulos de Grand Slam nas simples, 
e Federer atualmente possui 17 (Foto: Editoria de Arte)
 
FONTE:

Nadal domina apressado Federer e vai à final por título que ainda não tem

Suíço leva a pior em primeiro set equilibrado e é derrotado após perder intensidade no segundo. Espanhol busca seu primeiro título do ATP Finals

Por Direto de Londres

Roger Federer se esforçou, entrou com uma mentalidade de se livrar logo das pancadas de Rafael Nadal e até chegou a estar em vantagem contra o rival no primeiro set, mas o ex-número 1 do mundo não foi páreo para o atual líder do ranking neste domingo. Assim como nos três confrontos que haviam feito neste ano (quartas dos Masters 1.000 de Indian Wells e de Cincinnati e final do Masters 1.000 de Roma), o Touro Miúra foi superior nas semifinais do Torneio dos Campeões da ATP. O espanhol venceu a partida em sets diretos (7/5 e 6/3) e se classificou para a final, em que vai lutar pelo seu primeiro título da competição.

Rafael Nadal tênis contra Roger Federer ATP Finals (Foto: AFP) 
Nadal tentará conquistar o Torneio dos Campeões 
pela primeira vez, nesta segunda (Foto: AFP)
 
- Estou feliz por tudo. É a forma perfeita para terminar a temporada. Estar na final aqui, no torneio que ainda não consegui vencer, é ótimo. Federer teve um pouco de falta de sorte, porque jogou uma partida dura com Del Potro, então acho que levei um pouco de vantagem aí - disse Nadal, vice-campeão da competição em 2010.

O título do Torneio dos Campeões é o único de grande expressão que ainda falta ao espanhol, dono de um ouro olímpico em Pequim 2008 e de 13 troféus de Grand Slam - Aberto da Austrália (1), Roland Garros (8), Wimbledon (2) e US Open (2).

O adversário de Nadal na decisão será ou Novak Djokovic ou Stanislas Wawrinka. O sérvio e o suíço se enfrentam pelas semifinais ainda neste domingo, às 18h (de Brasília) - o SporTV2 transmite o confronto ao vivo. A final do Torneio dos Campeões da ATP será realizada nesta segunda-feira, às 18h (de Brasília), também com transmissão ao vivo do SporTV2.

O jogo
Federer no saque. Primeiro ponto: ace. No seguinte: saque e voleio. Com o serviço em mãos, o suíço tentava definir os pontos o mais rápido possível. Evitava ao máximo os ralis contra com o homem que tem uma das esquerdas mais poderosas do circuito. Por isso, Federer não tinha medo de arriscar e era premiado pela ousadia. Nadal também era soberano no saque, mas não conseguia a quebra por causa da estratégia do ex-número 1.

Rafael Nadal tênis contra Roger Federer ATP Finals (Foto: Getty Images) 
Federer caiu de produção no segundo set, após ter feito 
Nadal suar na primeira parcial (Foto: Getty Images)
 
Por três vezes, Federer teve a chance de quebrar o saque de Nadal, no quinto game. O espanhol se salvou em todos os pontos. Quatro games depois, o Miúra foi perfeito. Pegou o rival na passada e soltou bolas vencedoras para, com a quebra, fazer 5/4. Federer não se deu por vencido e buscou energia para conquistar um duplo break point após um rali de 30 trocas de bola e em seguida devolver a quebra no erro não forçado do adversário. Apesar do empate, Nadal respondeu prontamente. Defendeu-se bem e esperou os deslizes do oponente aparecerem. Com uma nova quebra, o espanhol depois confirmou de zero o game de saque e fechou a disputada parcial.

Federer perdeu fôlego no segundo set e não conseguiu imprimir o mesmo ritmo do anterior. Num quinto game de muitos erros do ex-número 1 - o suíço perdeu o serviço com uma direita no meio da rede - Nadal tomou a frente. Federer também pecou quando o espanhol vencia por 5/3.

Sacando, o suíço pareceu demonstrar cansaço e mandou duas bolas na rede que deram o match point para Nadal. Em seguida, com um ataque para fora de Federer, o Miúra garantiu, dessa vez de forma mais tranquila, também o segundo set e a vaga na decisão

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/torneio-dos-campeoes-da-atp/noticia/2013/11/federer-joga-com-garra-no-1-set-mas-nadal-vence-e-lutara-pelo-titulo-inedito.html

Cielo vê atraso nas piscinas, mas acha que 'jeitinho' fará Jogos funcionarem

Maior nome da natação brasileira confia na superação dos atletas da casa e espera que problemas sejam resolvidos a tempo do evento: 'Que sejam Olimpíadas bonitas'

Por São Paulo

Header_1000-dias_Rio-2016_690px (Foto: arte esporte)

 
Foram poucas idas ao Rio de Janeiro. Em meio a treinos e competições, Cesar Cielo encarou a ponte aérea apenas para eventos de patrocinadores. Mas, no trânsito, o tricampeão mundial aproveitou para observar o local que organizará o maior evento esportivo do mundo em exatos 999 dias, contados deste domingo. Cielo, que admite não entender tão bem do planejamento estrutural, se viu em meio a uma cidade em mudança. E se assustou. A menos de três anos para os Jogos Olímpicos, o maior nome da natação brasileira teme que os atrasos em algumas das obras atrapalhem a realização do evento.
- Acho que assusta a todo mundo, não só a mim. Mas, no final das contas, vamos precisar dar um jeito. Espero que o jeitinho brasileiro funcione bem e que as Olimpíadas sejam um bom evento para o Brasil. (...) Eu fui para o Rio apenas por conta de alguns eventos de patrocinadores. Visualmente, eu posso dar uma opinião. Eu realmente não sei falar mais a fundo, estou como qualquer cidadão brasileiro. Espero que tudo fique pronto a tempo, que sejam Olimpíadas bonitas. Nós vemos muita coisa em construção, não sei quanto tempo demora. Eu, como cidadão, torço para que sejam Olimpíadas bonitas.
Cesar Cielo projeto crianças (Foto: João Gabriel Rodrigues) 
Cesar Cielo admite tensão quanto aos atrasos rumo a 
2016 (Foto: João Gabriel Rodrigues)

O medo também se estende à natação. Cielo não fala apenas por si. Elogia as condições de treinamento, mas lamenta a falta de uma boa piscina de prova. Para o nadador, o local para a competição é o maior problema do esporte rumo a 2016.

- Eu acho que, para a natação em geral, estamos defasados em termos de piscina. Hoje, temos alguns lugares para treinamentos que são muito bons. Piscinas rápidas, de competição, perdemos o Maria Lenk, quase perdemos o Júlio Delamare. Basicamente, temos apenas uma piscina de competição. Precisamos de mais piscinas espalhadas pelo Brasil, com a tecnologia nova, que já é possível ter. Claro, uma ou outra coisa também pode melhorar, mas é difícil falar. Mas acho que temos muito a melhorar, sim – disse o nadador, que também pede mais competições internacionais no calendário.

- Na parte prática, precisamos de mais competições, viajar mais. Em alguns esportes, alguns vão dizer investimento em dinheiro. No nosso caso, seria um investimento mais relacionado. Mas tudo o que eu sei, vejo na imprensa. Espero que os governantes tomem as atitudes corretas.

Revezamento entre Brasil e EUA
Cielo é apontado quase como certeza de medalha nos Jogos. A data, porém, não leva nenhuma mudança à preparação do nadador. Cesão prefere pensar seu treinamento temporada a temporada. Afirma, no entanto, que a marca simbólica serve de alerta até os jogos de 2016.
- Sinceramente, a marca de 1.000 dias, como treinamento, não tem muito significado, não. É mais um lembrete de que está chegando. Cada vez mais, estamos mais perto das Olimpíadas. Passa voando. Serve para nos mantermos alertas, que está chegando a hora. E, se Deus quiser, vamos fazer grandes provas para conquistar as medalhas. Nós fazemos temporada a temporada, cada uma pensando na atual. Mas, lógico, experimentando algo diferente no treinamento para chegar nas Olimpíadas e fazer só o que dá certo. Para chegarmos na temporada olímpica e fazer apenas algo perto da perfeição para mim - disse o nadador, indicado ao prêmio de melhor do ano pela Federação Internacional de Natação (Fina).

Uma mudança para os Estados Unidos chegou a ser divulgada na imprensa. Cielo, porém, diz que não é bem assim. O nadador afirma que manterá seu planejamento até 2016, revezando temporadas em solo brasileiro com outras em terras americanas, onde mora seu treinador, Scott Goodrich.

cesar cielo natação ouro natação barcelona (Foto: AFP) 
Cielo acredita em um bom desempenho dos brasileiros 
(Foto: AFP)

- Vou fazer mais ou menos como fiz esse ano. Vou passar alguns meses lá, outros aqui. Mais pelas competições. Se tiver alguma competição interessante no nosso calendário, fico um mês lá e volto. A ideia é fazer assim até 2016, nessa de ir e voltar. Até onde der certo, vamos fazer. Quando não der, vamos ver.
 
Cielo afirma que, para um atleta olímpico, o momento é ideal para focar no treinamento. Com os holofotes voltados para o futebol, os outros esportes ganham liberdade para se preparar. Mas diz que a pressão se tornará gigante em 2016.

- Com a Copa do Mundo, não vai ter tanto barulho (para um atleta olímpico). É um momento bom para o esporte olímpico, ter essa tranquilidade para treinar. Agora, o futebol vive um grande momento. Mas tenho certeza que, em 2015, vai ser a vez de o esporte olímpico ter uma ascensão grande. Vamos ter de lidar com pressão, imprensa, tudo. É o momento de a gente dar uma descansada e aguentar tudo o que vier pela frente.

No fim, Cielo se guia pelo otimismo. Não finge não ver os problemas, mas prefere ressaltar a luta de um atleta no Brasil. O maior nome da natação brasileira acredita em uma nova superação.
- Várias ações foram feitas, para vários esportes. Outras poderiam ter sido feitas, outras foram feitas muito tarde. Faltam mil dias para os Jogos. Mas espero que tenhamos a melhor campanha da história. Espero que seja para dar continuidade para 2020, 2024. Como na questão da infraestrutura, estou torcendo. Eu acho que o brasileiro é um batalhador. Temos grandes atletas, vários  com grandes chances de medalha. Mas não quer dizer necessariamente que estamos com o esporte melhor. São grandes atletas mesmo. Espero que a massificação dos esportes seja diferente depois de 2016.  Não quero um baque. Espero que sirva para alavancar ainda mais e que seja a nossa melhor campanha.
 
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2013/11/cielo-ve-atraso-nas-piscinas-mas-acha-que-jeitinho-fara-jogos-funcionarem.html

Triste por não ir ao Maracanã, Edmundo lembra queda: 'Tive medo'

Ex-atacante e atual comentarista, ídolo do Vasco conta como foi o ano em que encerrou a carreira com o rebaixamento para a Série B e manda recado para Juninho

Por Rio de Janeiro

Edmundo já sofreu. Ainda sofre. Hoje com menos intensidade do que em 2008, mas mesmo assim dói, incomoda. Como comentarista de TV, não pode explodir com a situação do Vasco como na época de jogador. O destino parecia não muito parceiro do então atacante quando, na sua última temporada como atleta (aos 37 anos), justamente com a camisa do seu time de coração, pregou nele uma peça. O rebaixamento há cinco anos feriu o Animal, mas o tempo lhe deu tranquilidade para entender que certas coisas precisam acontecer.

Neste domingo, às 19h30m (horário de Brasília), ele não poderá estar no Maracanã para torcer para o Vasco contra o Santos. A nova profissão fará com que trabalhe pela TV Bandeirantes no jogo Inter x Botafogo. O seu time de coração tenta vencer e sair da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro - é o 17º, com 36 pontos. A diretoria espera mais de 60 mil pessoas. Edmundo não poderá ir, o que não quer dizer que não deixará de fazer parte da corrente contra uma possível queda.

- Essa é uma atitude bacana demais que a torcida está tendo, de lotar, empurrar o time. Na verdade, quem sofre é o torcedor. Os jogadores, quando há o rebaixamento, saem e vão para outros clubes, as pessoas não lembram, e quem fica sofrendo é o torcedor. Mas torcedor não entra em campo. A única maneira que ele consegue ajudar é lotando o estádio e incentivando. Queria muito estar no Maracanã e poder ver a festa dos torcedores.

Um dos 11 jogadores que iniciarão a partida e podem ajudar a não repetir o sofrimento de 2008 é Juninho Pernambucano. O Reizinho é ídolo também. E pode encerrar a carreira no fim da temporada, aos 38 anos. Ele ainda não sabe se vai pendurar as chuteiras de fato. Edmundo contou um pouco da sua história e da experiência que teve. O sofrimento, os problemas de comprometimento de companheiros, e a lição que ficou.

- Tive muito medo. Mas talvez eu precisasse passar por isso para saber qual era de verdade o tamanho do carinho e amor que os torcedores do Vasco tinham por mim.
 
Edmundo vasco x barcelona (Foto: Alexandre Cassiano/Globo) 
Edmundo torce para Vasco permanecer na Série A do 
Campeonato  Brasileiro (Foto: Alexandre Cassiano/Globo)
 
GLOBOESPORTE.COM: Qual é o papel da torcida, que vai encher o estádio neste domingo?

O torcedor geralmente é o termômetro do time. Se o time está bem, o torcedor vai. Geralmente precisa ser o contrário. Essa é uma atitude bacana demais que a torcida está tendo, de lotar, empurrar o time. Na verdade, quem sofre é o torcedor. Os jogadores, quando há o rebaixamento, eles saem e vão para outros clubes, as pessoas não lembram, e quem fica sofrendo é o torcedor. Mas torcedor não entra em campo. A única maneira que ele consegue ajudar é lotando o estádio e incentivando. Acho fantástica essa iniciativa. Claro que a diretoria facilitou colocando o ingresso mais barato, mas acho sensacional. Queria muito estar no Maracanã domingo e poder ver a festa que os torcedores vão fazer.

Para o jogador identificado com a torcida é pior viver uma fase como esta? 

No meu caso, sofri duas vezes porque sou torcedor e atleta. Você sofre dobrado. E aí tem jogador que sente, outros que não estão nem aí. Isso é muito individual, de acordo com a identificação que ele tem com o clube e até mesmo com a profissão. Mas faz parte, nem todo mundo é Vasco. As pessoas têm direito de torcer para outro time. No meu caso é que sou Vasco incondicionalmente, então acabei sofrendo muito. Tentei fazer de tudo, mas infelizmente não gozava mais de força física para poder ajudar como em outras épocas.

O Juninho pretende encerrar a carreira e também pode cair com o Vasco, situação parecida com a sua.
Nesse caso, tem gente que compra a briga com vocês, sabendo que é um ídolo que pode encerrar a carreira em um ano marcado com o rebaixamento?

Tem. Não digo ajudar individualmente. Tem muita gente que entende que vai ser uma mancha na carreira, que é uma porta que se fecha. Tem muita gente que fica preocupada, e esse é o espírito mesmo. Independentemente de qualquer coisa, você tem que jogar por você, pela família, pelo clube que paga. Motivação não falta. Não deveria faltar. Deveria ter 100% de motivação, mas tem horas, até pela idade, por ser jovem, por estar preocupado com outras coisas, em que acaba não se preocupando muito. Mas é muito individual, e sem estar lá no clube participando é difícil ficar falando de fora e identificar quem é quem.

 
Eu quis me esconder do mundo, principalmente do torcedor do Vasco, mas quando voltei percebi que não era necessário e vi que tem muito mais carinho que imaginava. Isso foi sensacional 
 
Sobre o rebaixamento
Teve algum erro naquele ano que você usaria como alerta para o Vasco não cometer de novo?

Aquele ano foi muito atípico, com mudança de diretoria, presidente... Com a mudança do presidente veio uma mudança radical na estrutura do clube, os técnicos também. É difícil achar um culpado. Nós nos desestabilizamos emocionalmente. Tivemos também alguns tropeços em casa, para adversários diretos, que estavam na briga com a gente. Sempre achamos que, quando jogamos em casa, temos vantagem. Mas não dá para acusar, pois seria leviano apontar alguém ou alguma coisa. Mas são coisas para ficar esperto.

Essa troca constante de treinador atrapalha?

Atrapalha. Cria uma instabilidade geral. Quando está com um treinador o time é um, o preparador, e quando muda é outro. Tudo isso atrapalha muito. Tem aí exemplos claros que os times mais vencedores são com técnicos que estão no cargo há muito tempo.

A instabilidade política mexe também? Isso chega ao campo?

Chega, mas quando os resultados estão bons o jogador não se importa. Mas também o time não chega a cair por isso ou se salvar por isso ou aquilo. Às vezes joga bem, muito bem treinado e não dá liga. É uma soma de fatores para não deixar o time chegar numa situação como essa. O Fluminense foi campeão brasileiro, praticamente não mudou nada, e está aí sofrendo. O próprio Corinthians. É um dia após o outro, o que passou, passou. O Corinthians está com o mesmo time, mesmo treinador, está perto da zona de rebaixamento... Não tem uma ciência exata. Só no dia a dia para viver mais intensamente e ter uma explicação.

Em 2008 você chegou a cobrar muito dos jogadores. Acha que exagerou?

Sempre tive meu jeito mais exagerado mesmo. Pelo carinho e amor que tenho pelo Vasco, a gente acaba exagerando. Mas é individual, alguns entendem, outros não entendem, outros reagem bem, outros reagem mal. Com mais experiência hoje, eu percebo que tem que ser meio individualizado, mesmo se for uma cobrança. Um entende de um jeito, outro de outro. Um se abate, outro se motiva. Hoje, olhando de fora, não dá para dizer que tem uma receita de bolo.
Técnico Alfredo Sampaio no Vasco (Foto: VIPCOMM)Edmundo diz que pensou em parar por causa de clima ruim com Alfredo Sampaio (Foto: Vipcomm)
 
Você teria mudado alguma coisa que fez naquela época? 
Eu sempre fui muito intenso. Sempre fiz com muito amor, carinho, dedicação, mas, como falei antes, eu não gozava mais de tanta força física. E a força física, se você não tem, não consegue aplicar a técnica. Eu não me arrependo, não. Fiz o máximo, dormi mais cedo, me concentrei, me dediquei, me alimentei, fiz o máximo. Mas às vezes o máximo não basta. Eu não me arrependo. E nem me arrependo de ter estado lá, de ter caído. Se eu soubesse que isso iria acontecer, claro que não teria ido. Minha intenção foi fazer um belo campeonato e ser campeão, mas tem coisas que são mais fortes do que a gente. Aconteceu, ficou marcado de forma negativa, mas o mais legal é que, se não tivesse acontecido, eu não teria o termômetro de que o torcedor gosta de mim incondicionalmente.

Foi um dos dias mais tristes para você? 

Não diria o dia mais triste porque, quando chegou (o último jogo), já meio que sabíamos que, mesmo ganhando do Vitória, cairíamos. Foram dias tristes, mas vivi outros problemas. A vida não é só de coisa boa, tem coisas ruins, mas faz parte, serve de aprendizado. Não posso reclamar, não. Tenho saúde, meus filhos também, tive uma carreira bacana. Foi um acidente de percurso que o ser humano tem que ter mesmo.

Passou pela sua cabeça desistir naquele ano? 

Algumas vezes. Principalmente quando perdi o pênalti para o Sport (na Copa do Brasil de 2008), que raspei a cabeça. Minha cabeça não estava muito boa. Antes, quando era o Alfredo (Sampaio, técnico), com quem eu não tinha uma boa relação, também pensei em largar. Mas, depois que entrou na zona de rebaixamento, não. Aí foi o contrário, que mais me enchi de força porque, como torcedor, eu podia contribuir com alguma coisa. Seria covarde não continuar. Mas durante o Carioca eu pensei em abandonar, depois daquele pênalti também. Os jogadores até levaram faixa para o campo pedindo para eu continuar. Mas na reta final foi o contrário. Eu me concentrei para poder ajudar ao máximo e tirar o Vasco daquela situação. 
Acredito que o melhor vai acontecer. O Vasco está em ascensão, e tem outros times em queda. Talvez seja fundamental nessa reta final, pois falta pouco 
Sobre a reta final do Brasileiro

O que te segurou no Vasco? 
Foi o doutor Eurico (Miranda, ex-presidente), que sempre conversou comigo. Mostrava o carinho, a admiração que a torcida tinha por mim, os funcionários, o Vasco num modo geral. Era com quem tinha mais contato e diálogo. Ele e o Euriquinho (filho de Eurico) que me convenceram. Amigos meus falavam que eu nunca desistia, que sempre fui guerreiro. As pessoas mais próximas me convenceram a continuar. Essas coisas são de momento, tem hora que você pensa em chutar o balde e largar tudo. Depois, que coloca a cabeça no travesseiro, é que você vê que não é o melhor a ser feito.

Teria excluído aquele capítulo do rebaixamento da sua história? 

Hoje, não. Tive muito medo. Acabou o campeonato e viajei, me ausentei do Brasil, viajei com meus filhos, coisa que nunca tinha feito. Fiquei longe, com medo da reação do público em geral. E, ao voltar, porque a vida continua, percebi que o carinho e o respeito continuavam os mesmos. Estavam tristes, mas não em particular comigo. Em nenhum momento, nunca - juro pelos meus filhos - escutei a torcida do Vasco dizer que eu fui o culpado, ou que deixei o time deles cair. Aí você se revigora, tem força para seguir em frente. Eu quis me esconder do mundo, principalmente do torcedor do Vasco, mas quando voltei percebi que não era necessário e vi que tem muito mais carinho que imaginava. Isso foi sensacional. Foi uma das melhores coisas da minha vida, por isso não excluo isso da minha vida. Talvez eu precisasse passar por isso para saber qual era de verdade o tamanho do carinho e amor que os torcedores tinham por mim.

O que você falaria para o Juninho e para esse time do Vasco? 

Tem que ter perseverança, acreditar, perseverar e se dedicar ao máximo. O Vasco é um clube maravilhoso, dos maiores do mundo. Se tiverem essa consciência, vão se doar e fazer. Não estou dizendo que não estão fazendo, mas acho que esse é o segredo e o caminho. E tenho visto uma evolução boa no Vasco. Acredito que o melhor vai acontecer. O Vasco está em ascensão, e tem outros times em queda. Talvez seja fundamental nessa reta final, pois falta pouco. Todos os times oscilaram muito, foram bem e mal. Esse é o momento bom do Vasco, com o apoio da torcida. 

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2013/11/triste-por-nao-ir-ao-maracana-edmundo-lembra-queda-tive-medo.html

Mundo Afora: de volta à elite italiana, Hellas Verona vive sonho no calcio

Em seu retorno à Serie A, equipe, que conta com seis brasileiros, vira sensação do torneio, briga na parte de cima da tabela, mas não pensa em repetir scudetto de 1985

Por Rio de Janeiro

Foram 11 longos anos de espera. Quatro deles no inferno da Série C. Sete deles no purgatório da Série B. Somente em 2013, o Hellas Verona pôde retornar ao paraíso, à elite da Itália. E, pelo menos neste início de temporada, a equipe dá sinais de que não pretende deixar o Olimpo do calcio tão cedo: é a surpresa do campeonato nacional, com 22 pontos que a deixam na quinta posição, o que lhe garantiria até mesmo uma vaga na próxima Liga Europa. Muito longe do perigo e da ameaça de voltar aos confins do futebol local.

Esta não é a primeira vez que o Verona surpreende. Na temporada 1984/1985, o feito foi ainda maior: a presença da equipe gialloblù na parte de cima da tabela durou até a última rodada e culminou no scudetto, o único da história do clube. O futebol atual é outro, mas, se uma coisa não muda, é a empolgação dos torcedores quando sua equipe vai bem. O sonho de reviver antigas glórias retorna a cada "tifoso". E, no Hellas, isso não é exceção.
 
- Agora que a gente está fazendo uma campanha incrível, o assunto é só esse. A torcida é uma das mais fanáticas da Itália, tem muito amor pelo clube. Todos falam que esta é a melhor campanha do Verona, só perde para a de 1985. Mas é complicado. O futebol é estranho, nunca se sabe o que pode acontecer. Não tem que pensar lá na frente. A gente sempre acreditou que podia fazer bem, mas fazer tão bem assim ninguém esperava. Estamos vivendo cada jogo como se fosse um sonho – disse o volante brasileiro Jorginho, destaque da equipe na competição. 

Mosaico Hellas Verona 690 (Foto: Editoria de Arte) 
No sentido horário: Jorginho, Rafael, Rafael Marques, 
Luca Toni e torcedores do Verona (Foto: Editoria de Arte)


Repetir o feito de quase três décadas atrás é complicado, principalmente com Roma, Napoli e Juventus já tendo disparado na competição. Uma vaga na Liga Europa parece ser o “título” mais acessível do Verona na temporada. Além disso, para o jornalista italiano Tommaso Pelizzari, do jornal “Corriere dela Sera”, há pouco em comum entre o atual elenco e aquele campeão em 1985.
- Não há similaridade entre as duas equipes. Naquela época, o Verona estava sempre na parte de cima da tabela (o time foi quarto lugar em 1983 e sexto em 1984). Nos dois anos, chegou à final da Copa da Itália). A curiosidade é que o atual técnico da equipe, Andrea Mandorlini, é um aprendiz de Giovanni Trapattoni, que é da mesma escola de Osvaldo Bagnoli, campeão com o Verona em 1985. Ambos foram, inclusive, companheiros de equipe no Milan na década de 1960 – contou Pelizzari.
 
Outra coincidência pode ser encontrada na estrela da equipe. Na campanha do scudetto, o astro foi Preben Elkjaer, atacante dinamarquês. No atual elenco, o principal jogador também é estrangeiro: Jorginho, que, entretanto, já admitiu a possibilidade de defender a seleção italiana e entrou na mira de grandes clubeus europeus.
 
Hellas Verona 1985 (Foto: Reprodução / Site Oficial Hellas Verona) 
Hellas Verona 1985 (Foto: Reprodução / Site Oficial Hellas 
Verona)

PERÍODO DE VACAS MAGRAS

Jorginho e Romulo Hellas Verona (Foto: Getty Images)Jorginho comemora com o compatriota Rômulo: legião brasileira no Verona (Foto: Getty Images)
 
O jogador, de 21 anos, acompanhou de perto a ascensão do Verona. Ele chegou ao clube em 2010, quando o time iniciou a campanha que culminaria na subida à Série B. Na segunda divisão, foi o destaque de uma equipe pressionada a voltar à elite por conta do passado vitorioso.
 
- Quando eu cheguei, o clube estava quebrado. A Série B foi muito difícil, porque a gente já começou como favorito. A segunda divisão é muito competitiva. É um torneio comprido, e a gente conseguiu a subida na última rodada. Teve muita cobrança, porque o time foi montado para ser campeão – lembrou.


Antes do alívio pelo retorno à elite, porém, o Verona sofreu. Após ser campeão nacional em 1985, o time fez boa campanha na temporada seguinte, ficando em quarto lugar, mas, depois, iniciou uma longa derrocada, que culminou no rebaixamento em 1990. No próximo ano, o clube faliu e deu origem a outra entidade, o Verona Football Club. Entre idas e vindas, o nome atual, Hellas Verona Football Club, foi assumido em 1995. Mas a peregrinação pelas diversas divisões do calcio continuou, assim como os problemas financeiros.
 
- A crise do Verona foi igual à de muitos outros clubes: a incapacidade ou impossibilidade de lidar com os gastos da Série A depois do aumento do dinheiro referente às cotas de televisão, que fez com que os custos de salários e todo o resto aumentassem também – analisou Pellizzari.
 
A RECONSTRUÇÃO

Martineli Hellas Verona  (Foto: Reprodução / Site Oficial Hellas Verona)Ex-presidente do Verona, Martinelli reergueu o clube (Foto: Reprodução / Site Oficial Verona)
 
A reestruturação do Verona só teve início de fato em 2009, quando Giovanni Martinelli assumiu a presidência do clube. O dirigente, que morreu em outubro, é visto como o grande responsável pela boa fase do time. Nascido na cidade, ele superou problemas de saúde e se equilibrou entre o Verona e seus negócios pessoais para tocar o projeto gialloblù.
 
- Quando eu cheguei, o clube estava quebrado. Então entrou nosso ex-presidente. Ele era uma grande pessoa e mudou muita coisa. Era daqui da cidade, e todo mundo o apoiou. Ele fez um trabalho bacana, apesar de ser limitado profissionalmente, pois tinha pouca disponibilidade. Ele tinha algumas empresas, assumiu o Verona porque viu que o clube estava quebrado. O Verona era a paixão dele, e ele quis reerguer o time – explicou Jorginho.
 
Nesta recuperação do Verona, os brasileiros têm sido protagonistas desde o início. Atualmente, existem seis atletas no elenco atual. O mais antigo é o goleiro Rafael, ídolo da torcida, que está no clube há cinco temporadas e chegou quando time estava ainda na terceira divisão. Além dele e de Jorginho, há ainda o arqueiro Nicolas, o zagueiro Rafael Marques, o lateral Rômulo e o volante Raphael Martinho.
 
- Acredito que isso ajuda a gente. Todos brincam muito. Tem também outros sul-americanos. São três argentinos, um uruguaio... O grupo é bem unido, está fluindo tudo para o mesmo lado, correndo todo mundo junto – disse Jorginho.
 
Torcida Hellas Verona (Foto: Getty Images) 
Torcida do Verona exibe faixa em homenagem a Martinelli 
após morte do ex-presidente (Foto: Getty Images)
 
E, entre a legião brasileira, há também a experiência italiana, personificada no artilheiro Luca Toni. Aos 36 anos, o centroavante, campeão mundial em 2006, assumiu o papel de líder do elenco. Ele é o goleador do Verona na temporada, com seis gols, um a mais que Jorginho.
 
- Essa mistura de experiência com juventude foi muito falada aqui. A vontade de crescer e humildade do grupo é um fator muito importante. O Luca Toni, com 36 anos, depois de ganhar tudo, se sacrifica, dá conselho. É o primeiro a chegar ao treino. Todos acabam aprendendo – contou o meia brasileiro. 

PÉS NO CHÃO PARA VIVER O SONHO

Apesar da boa fase e dos resultados surpreendentes, a principal preocupação do Verona ainda é garantir a permanência na Serie A e pôr fim aos anos de sofrimento longe da elite. Afinal, mesmo com o início em alto nível, apenas 11 rodadas foram disputadas até o momento.
 
- Nosso objetivo, desde o começo, é salvar o ano, não cair. Estamos indo bem, mas a estrada é muito longa. Tem muito ponto para disputar. Temos que chegar aos 40, nosso objetivo é esse. Ainda é muito cedo para pensar em algo a mais – afirmou Jorginho.
 
Luca Toni Hellas Verona (Foto: Agência EFE) 
Luca Toni comemora com a torcida do Verona: veterano 
é um dos destaques do time (Foto: Agência EFE)
 
- Acredito que a expectativa para o Verona ainda é a mesma: chegar o mais rápido possível aos 40 pontos e permanecer na Série A. O resto virá depois e será merecido. É possível que o time consiga a classificação para a Liga Europa, mas é difícil – apontou o jornalista Pellizzari.
A ordem, portanto, é aproveitar os 38 jogos no paraíso. Conseguir realizar a árdua tarefa de sonhar, mas manter os pés no chão. O próximo desafio é contra o Genoa, neste domingo, fora de casa.
 
- Para muitos jogadores do elenco, é o primeiro ano na Série A. Conseguir um feito com o Verona seria histórico. Para a gente, não é só mais um jogo. É um sonho jogar na Série A, contra jogadores importantes – finalizou Jorginho.  

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-italiano/noticia/2013/11/mundo-afora-de-volta-elite-italiana-hellas-verona-vive-sonho-no-calcio.html