ATLÉTICO-PR
Com nove derrotas seguidas fora de casa, Furacão cede virada no Barradão. Técnico rasga elogios ao atacante Marinho, do Vitória: "É um jogador desequilibrante"
Autuori critica pensamento negativo e pede
continuidade para equipe do Atlético-PR
(Foto: Reprodução/Premiere)
O
cenário era favorável para o Atlético-PR quebrar um tabu. No Barradão,
pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Furacão começou o jogo
atrás, mas conseguiu a virada com dois gols de Pablo. O Rubro-Negro não
manteve o ritmo e cedeu a virada para o Vitória, em um 3 a 2 com dois
gols e uma assistência do atacante Marinho.
O
técnico Paulo Autuori justificou o resultado com a velocidade que o dono
da casa impôs, principalmente no segundo tempo. O treinador fez questão
de elogiar o homem do jogo e pediu mais jogadores "desequilibrantes" no
futebol brasileiro.
– Não conseguimos controlar o
jogo no momento em que deveríamos e demos a transição para o adversário.
O adversário queria isso: é um time que joga em transição. Eles têm
saída rápida para o ataque e não entendemos isso em campo. Os três gols
deles foram assim. A bola conosco, no último terço, com condições claras
de poder fazer alguma coisa melhor... Tomamos a decisão errada e
sofremos um gol de um jogador que é desequilibrante. O futebol precisa
de jogadores desequilibrantes assim. Parabéns ao Marinho – disse
Autuori.
A sequência de nove derrotas fora de casa
não assusta o Rubro-Negro. Para Autuori, é preciso analisar a partir do
lado favorável: que, no caso, é o desempenho do Atlético-PR em casa. Das
quatro partidas restantes do Brasileiro, o Furacão joga duas na Arena
da Baixada e duas como visitante.
– São nove
derrotas consecutivas, mas 16 partidas que ganhamos. Vamos ver até o
final do campeonato. Infelizmente, na nossa vida, a gente só costuma ver
o lado negativo. Eu costumo substituir as coisas ruins pelas coisas
boas. Para a mente, é fundamental pensar positivo. É um dado, um fato.
Demonstra que a equipe não está pronta para isso e está fazendo o
campeonato que é possível. Não temos mostrado, fora de casa, que a gente
tem força para fazer o que se propõe. O que precisamos? Continuidade e
entendimento. Não há nada a fazer, a não ser ir e jogar – afirmou.
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– O Otávio saiu porque ficou sem perna. O Sidcley foi porque o Nicolas sentiu posterior, não tinha nada o que fazer. O Lucas Fernandes também sentiu um pouco e teve que sair. As substituições eu fiz por necessidade. Não são aquelas que eu faria em situação tática normal.
A derrota balança as chances de o Furacão permanecer no G-6 do Campeonato Brasileiro. Com 51 pontos, o time pode terminar a rodada fora do grupo seleto, caso o Grêmio vença. Para o treinador, as brigas pelas vagas na competição continental e para escapar do rebaixamento vão durar até o fim da temporada.
– É uma competição difícil em todos os aspectos, com exceção de quem luta pelo título. Em relação à Libertadores, as vagas que caíram no colo de todos nós, e lá embaixo, a luta vai ser até o final. A análise que temos que fazer dos jogos é de que, realmente, em nenhuma dessas frentes, com exceção do Palmeiras, uma equipe apareceu melhor do que as outras. A oscilação é muito grande. Não está nivelado do meio para cima, está nivelado do meio para baixo – criticou o treinador.
O próximo desafio do Atlético-PR é, justamente, fora de casa. O Furacão abre a próxima rodada contra o Fluminense, em 15 de novembro. As equipes se enfrentam no Maracanã, às 17h (horário de Brasília).
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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/pr/futebol/times/atletico-pr/noticia/2016/11/autuori-justifica-derrota-do-atletico-pr-com-contra-ataques-e-pede-otimismo.html