quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Juninho volta à Ilha, ouve vaias, mas brilha em vitória do Vasco

Capitão marca de falta o primeiro gol no triunfo por 2 a 0 sobre o Sport. Equipe cruz-maltina chega à liderança do Brasileirão


 A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM

Quando voltou a jogar na Ilha do Retiro após 13 anos, Juninho viveu a expectativa de receber o carinho da torcida do Sport, clube pelo qual foi revelado. Mas a decepção de ser xingado em casa transformou-se na alegria de, mais uma vez, brilhar numa partida defendendo o clube do qual é ídolo. Com um gol de falta aos 22 minutos do segundo tempo, o Reizinho, como é chamado em São Januário, foi o nome da vitória do Vasco por 2 a 0 sobre o Rubro-Negro pernambucano, nesta quarta-feira, em partida válida pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O resultado deixou o Vasco provisoriamente na liderança isolada da competição, com 34 pontos dois a mais do que o Atlético-MG, que, entretanto, tem dois jogos a menos. O Galo entra em campo nesta quinta-feira, no Independência, para enfrentar o Coritiba.

Na próxima rodada o Vasco fará um duelo direto pela liderança do Campeonato Brasileiro enfrentando o Atlético-MG, domingo, em Belo Horizonte. A equipe cruz-maltina chegou à nona partida de invecibilidade e à sétima rodada seguida sem sofrer gols. No sábado, o Sport volta a atuar na Ilha do Retiro recebendo o Figueirense. A equipe, que se manteve com 15 pontos, pode entrar na zona de rebaixamento ao fim da 15ª rodada.

O Sport era o adversário do Vasco, e o Vasco era o adversário do Sport. Mas as duas equipes tinham o gramado da Ilha do Retiro como um rival em comum. Encharcado por causa das fortes chuvas que caíram no Recife antes da partida, o campo prejudicou a construção de jogadas dos dois lados e proporcionou uma partida de baixo nível técnico. Foram muitos os erros de passe e ficou difícil para os jogadores conseguirem dominar a bola.

Dessa forma, foi o Vasco, mais técnico, quem levou a pior no primeiro tempo. Ficou impossível para os laterais e para Eder Luis conduzirem a bola em velocidade. A equipe ainda tentou impor seu domínio valorizando a posse de bola com a troca de passes. Mas as poças no gramado geraram erros e a dificuldade na condução da bola.

O Sport mostrou-se mais adaptado à condição do piso e arriscou os chutes de fora da área. No entanto, a bola passava sempre longe da baliza de Fernando Prass, que iniciou a partida com seis rodadas sem sofrer gols. O Rubro-Negro pernambucano aparecia mais efetivo no ataque, embora também prejudicado pelo campo encharcado.

O técnico Cristóvão Borges decidiu priorizar a força em relação à velocidade. Assim, substituiu Eder Luis por Tenorio no intervalo. Como no jogo contra o Corinthians, no último domingo, o equatoriano aumentou o poder de ataque do Vasco, que tinha mais espaços para avançar.

Tudo por causa da postura mais ofensiva do Sport, que foi ainda mais perigoso do que na primeira etapa. Em pouco tempo, o time da casa teve duas ótimas oportunidades de abrir o placar. Na principal delas, aos dez minutos, o lateral Moacir cabeceou a bola no travessão após cruzamento de Marquinhos Gabriel. Em seguida, Rithelly recebeu na grande área e chutou para uma grande defesa de Fernando Prass.

Mesmo sendo conhecedor do gramado da Ilha da Retiro, onde começou sua carreira profissional, Juninho encontrava dificuldades para construir seu jogo por causa do campo pesado. Mas ele voltou a brilhar em sua casa lançando mão da sua especialidade. Aos 22 minutos o capitão cobrou falta com perfeição no ângulo esquerdo do goleiro Magrão. Apesar de sempre enaltecer o carinho e o respeito pelo Sport, Juninho comemorou muito o gol, em consideração ao Vasco, clube do qual é um dos maiores ídolos, numa atitude que também serviu como resposta à torcida rubro-negra que o vaiava desde o início da partida.

Enquanto a torcida do Sport transferia as vaias de Juninho para a sua equipe, o Vasco reforçava a marcação com entrada de Fellipe Bastos no lugar de Carlos Alberto e apostava nos contra-ataques aproveitando o desespero do time da casa em busca do empate. Assim, os cariocas tiveram uma grande chance de ampliar a vantagem aos 29 minutos, quando Juninho deu belo passe para Tenorio. O equatoriano entrou na área, driblou Magrão e concluiu, mas Diego Ivo tirou a bola quase em cima da linha.

Mas aquele que foi herói tornou-se vilão pouco depois. Um minuto após o técnico Vagner Mancini fazer a terceira substituição do Sport, Diego Ivo cometeu falta e levou o segundo cartão amarelo, sendo expulso aos 32 minutos. Era o que o Vasco precisava para ter mais tranquilidade e segurar a vantagem.

No entanto, o Vasco aproveitou sua superioridade para marcar o segundo gol aos 39 minutos. Após falha da defesa do Sport, Tenorio ficou com a bola e fez um golaço depois de driblar dois adversários. Foi o primeiro gol do atacante após a ruptura total do tendão de Aquiles do pé direito, há cinco meses.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/brasileirao2012/08-08-2012/sport-vasco.html

Brasil bate Argentina no vôlei e abre o dia dos clássicos com autoridade


Seleção de Bernardinho vence por 3 a 0, vai às semifinais em Londres e fica a dois passos de voltar ao topo nas Olimpíadas; duelo no basquete será às 16h

Por Rodrigo Alves Direto de Londres

Se a quarta-feira reserva dois clássicos decisivos entre Brasil e Argentina nas Olimpíadas de Londres, o primeiro teve jeitão de aquecimento. A começar pela Arena de Vôlei, que tinha muito mais bandeiras verde-amarelas e pequenos focos de azul e branco aqui e ali. Sentindo-se em casa, a seleção de Bernardinho não tomou conhecimento. Sem o peso de uma partida de quartas de final, o time jogou solto, manteve a concentração em dia e, quando os hermanos piscaram, já estavam liberados para a viagem de volta. Com boas atuações de Murilo e Sidão, o Brasil venceu tranquilo por 3 a 0 (25/19, 25/17, 25/20) e avançou às semifinais em Londres. Agora faltam dois passos para retornar ao topo do mundo olímpico.


Murilo na partida de vôlei do Brasil contra Argentina (Foto: Reuters)Murilo desce o braço contra os hermanos: ele foi o melhor atacante do Brasil em quadra (Foto: Reuters)

- Quando o time joga bem, acaba ficando mais fácil. Sacamos muito bem, e a atenção de todo mundo estava num nível muito alto. Nosso objetivo sempre é colocar o erro em zero, e hoje jogamos com muita consistência. A expectativa pelo basquete é muito grande, tomara que eles consigam a vitória, porque lutaram muito para estar aqui. Queríamos ir ao jogo à noite, mas acho que não vamos conseguir ingresso - afirmou Murilo, destaque do Brasil no jogo.


Com a vitória sobre os rivais argentinos, o vôlei masculino do Brasil se classificou para sua sexta semifinal olímpica. Nas cinco vezes anteriores em que ficou entre as quatro melhores do Jogos, a seleção levou a melhor em quatro: 3 a 1 na Itália (Los Angeles 1984); 3 a 1 EUA (Barcelona 1992); 3 a 0 EUA (Atenas 2004) e 3 a 1 Itália (Pequim 2008). A única derrota aconteceu nas Olimpíadas de Seul, em 1988, na derrota por 3 a 0 para os Estados Unidos.

Campeão em Atenas 2004, o Brasil terá pela frente nas semifinais a Itália, que despachou os Estados Unidos em três sets. O duelo está marcado para sexta-feira, ainda sem horário definido. O SporTV transmite ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha os lances em Tempo Real. Na outra chave, as quartas de final são Rússia x Polônia (15h30m) e Bulgária x Alemanha (17h30m).

O basquete masculino completa a quarta de clássicos enfrentando a Argentina às 16h desta quarta e tentando voltar à semifinal olímpica após 44 anos de ausência.


Com Bruninho variando bem as jogadas e acionando atacantes em todos os cantos da quadra, o Brasil começou tranquilo na Arena de Vôlei. Cozinhou os primeiros minutos e, na parada técnica, vencia por 8/7. Na volta, deslanchou. Abriu 11/7, obrigou o treinador Javier Weber a parar o jogo, e nem isso adiantou. Com Murilo puxando o ataque, a vantagem subiu para oito pontos. No 20/13, o susto: Leandro Vissotto caiu e levou a mão à virilha direita. Saiu mancando, sob aplausos, e passou o restante da partida no banco, com aplicação de gelo na perna. Dentro da quadra, não fez falta. Pouco depois, Dante sentiu o joelho, mas logo se recuperou e voltou à quadra. O Brasil fechou o set em 25/19, graças a mais uma pancada de Murilo.
A segunda parcial foi mais equilibrada, mas só até a metade. Coube aos hermanos abrir vantagem no início e segurar os 8/7 na primeira parada. Aos poucos, o Brasil foi se encontrando. Quando os rivais piscaram, já perdiam por 16/12. E dali para frente, só deu Brasil. Com Sidão participando mais do jogo, as coisas ficaram mais fáceis. Foi num saque monstruoso dele que o set chegou ao fim: 25/17.

O roteiro foi parecido no terceiro set, com a Argentina ameaçando no início pelas mãos de Conte, mas o Brasil controlando sem perder a cabeça. Ao fazer 8/7 na parada técnica, Lucão caprichou no saque e abriu dois pontos, mas desta vez os adversários demoraram mais para largar o osso. Com apertados 16/15 na segunda parada, foi preciso enfiar o pé no acelerador para evitar surpresas. Feito. Perdendo por 20/17, Weber parou o jogo outra vez. Mas não adiantou, e teve até cortada de Dante na cabeça de Castellani. Àquela altura, já não havia mais clássico algum. De um lado, eram argentinos perdidos em busca do último suspiro. Do outro, um Brasil que fechou a parcial em 25/20 e, com o pé na porta, abriu seu caminho até a semifinal.


vôlei brasil argentina londres 2012 (Foto: Agência Reuters)Festa brasileira na quadra: vitória tranquila põe o Brasil nas semis em Londres (Foto: Agência Reuters)

FONTE:

Rainhas da praia, Walsh e May conquistam tri olímpico em Londres


Invictas, americanas vencem Kessy e Ross, outra dupla dos EUA, por 2
a 0, e encerram campanha impecável em Londres com chave de ouro

Por GLOBOESPORTE.COM Londres

Campeãs em Atenas-2004 e Pequim-2008, Walsh e May conseguiram o que nenhuma outra dupla de vôlei de praia fez na história das Olimpíadas. Em um duelo de "irmãs", as americanas desbancaram as compatriotas April e Ross por 2 sets a 0 (21/16 e 21/16), nesta quarta-feira, em Londres, e conquistaram o ouro olímpico pela terceira vez seguida. Na preliminar, as brasileiras Juliana e Larissa venceram as chinesas Zhang e Xue por 2 sets a 1 (11/21, 21/19 e 15/12) e ficaram com o terceiro lugar no pódio.

Misty May-Treanor e Kerri Walsh, Vôlei (Foto: Agência AFP)Emocionadas, Misty May-Treanor e Kerri Walsh são só alegria em mais um pódio (Foto: Agência AFP)

Walsh e May encerraram em grande estilo uma campanha impecável na capital britânica. No caminho até o ouro, a dupla perdeu apenas um único set em sete partidas, contra as irmãs Doris e Stefanie Schwaiger, da Áustria, ainda pela primeira fase da competição.

As americanas se separaram em 2009, quando Walsh resolveu se dedicar à família e deu uma pausa em sua carreira. Ela teve dois filhos, e May sofreu uma séria lesão no tendão de Aquiles. A princípio, as duas não iriam retomar a parceria, mas sonho do terceiro ouro olímpico falou mais alto e elas voltaram a jogar juntas em março do ano passado.

Walsh e May, Vôlei de praia (Foto: Agência Reuters)Com os filhos de Walsh, a dupla vibra com a
vitória nos Jogos (Foto: Agência Reuters)

Os Estados Unidos são os maiores vencedores da modalidade e já subiram cinco vezes ao lugar mais alto do pódio nos Jogos, em oito possíveis, sem contar com uma prata e um bronze.
O primeiro set começou equilibrado, com as duas equipes trocando vantagens até a metade da parcial. No talento de May, as tricampeãs passaram à frente com uma largadinha bem colocada no fundo da quadra: 15 a 13. Walsh voltou a acertar o tempo do bloqueio, e a companheira estava em um dia inspirado, virando todas as bolas das formas mais variadas. Quando conseguiram abrir quatro pontos de diferença (18 a 14), elas deslancharam, e, com muita eficiência e categoria, fecharam a parcial em 21 a 16.

May, Vôlei de praia (Foto: Agência Reuters)Festa: Walsh pula, e May abre os braços após a conquista do terceiro ouro olímpico (Foto: Agência Reuters)

Kessy e Ross saíram na frente no segundo set, mas foram logo alcançadas pelas adversárias. Forçando os saques, as rainhas do vôlei de praia atrapalhavam os contra-ataques das compatriotas, que não se entregavam. O empate prevaleceu até 8 a 8, mas a renomada parceria fez valer sua experiência e retomou o controle do jogo. Walsh e May aliavam bons ataques a defesas seguras, e as rivais foram completamente dominadas. Sem dificuldades, elas fizeram 21 a 16 e carimbaram a vitória.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/rainhas-da-praia-walsh-e-may-sao-tricampeas-olimpicas-e-fazem-historia.html

Na porta da elite, Brasil é barrado de novo pela Argentina e volta para casa


Seleção masculina de basquete cai diante dos carrascos nas quartas de final em Londres e não consegue quebrar jejum de 44 anos sem semifinal olímpica

Por Rodrigo Alves Direto de Londres

Pegar o elevador com os melhores já era missão cumprida. Com jogos de igual para igual, vitórias emblemáticas e feitos impensáveis até pouco tempo atrás, as coisas caminhavam bem, obrigado, para o basquete brasileiro. O problema é que, na entrada da sala VIP, onde só os gigantes circulam, sempre tem um segurança chato e catimbeiro, que insiste em sorrir com o canto da boca, coçar as costeletas e decretar em sotaque portenho: "¡No pasarán!". Nesta quarta-feira, o Brasil foi barrado ali outra vez. Com uma derrota doída por 82 a 77 para a carrasca Argentina, a seleção de Rubén Magnano se despede das Olimpíadas de Londres. E continua procurando uma maneira de se esgueirar pela porta que leva à elite da bola laranja.

- Jogamos bem a principio e conseguimos uma vantagem muito importante que chegou a ser de 15 pontos. O Brasil teve uma investida, mas conseguimos aguentar – afirmou Luis Scola em entrevista ao SporTV.

Banco de reservas da seleção de basquete, Brasil x Argentina (Foto: Agência Reuters)Jogadores da seleção brasileira não escondem a decepção no banco de reservas (Foto: Agência Reuters)

Pela primeira vez jogando na Arena North Greenwich, que passa a receber o torneio na fase decisiva, o basquete masculino do Brasil perseguia sua primeira semifinal olímpica desde 1968, quando ficou em quarto lugar. Não deu. Ok, o jejum de 16 anos sem participações nos Jogos foi quebrado, a evolução na quadra foi evidente, mas o tal segurança marrento estava lá de novo, e por trás dele vinham Scola, Ginóbili, Nocioni, Delfino, Prigioni, gente acostumada a castigar quem veste verde e amarelo.

Comemoração, Brasil x Argentina, Basquete (Foto: Agência Reuters)Argentinos comemoram, enquanto os brasileiros
observam ao fundo (Foto: Agência Reuters)

Como não há disputa de quinto a oitavo em Londres, resta aos brasileiros tomar o avião de volta. Assim como fez após cruzar com os hermanos no Pré-Olímpico de Las Vegas em 2007, no Mundial da Turquia em 2010 e na final do Pré de Mar del Plata no ano passado. A Argentina avança para enfrentar os Estados Unidos, a não ser que a zebra australiana apronte no confronto das 18h15m (de Brasília). Na outra semi, Espanha e Rússia medem forças. O SporTV transmite ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha mais este drama em Tempo Real.

Na gigantesca North Greenwich, ocupar os 20 mil lugares é tarefa árdua para qualquer multidão de basqueteiros. Sobravam lugares azuis vazios nas arquibancadas, mas a parte de cima, mais barata, estava cheia. Foi lá que os argentinos se empoleiraram para cantar o tempo todo, como de hábito. Lá de longe, viram Splitter ganhar o primeiro duelo com Scola, no tapinha inicial. No fim, o argentino triunfaria, mais uma vez como cestinha da equipe, com 17 pontos, seguido pelos 16 de Delfino e Ginóbili. Huertas e Leandrinho comandaram o Brasil com 22 cada.

Manu Ginobili, Tiago Splitter e Juan Gutierrez, Brasil x Argentina (Foto: Agência Reuters)No fim das contas, para variar, quem ficou com a bola foi a Argentina de Ginóbili (Foto: Agência Reuters)

Foi Huertas que tratou de fazer a primeira cesta com pressa, numa prévia do que estava por vir no período inicial. Scola logo deu o troco com um arremesso por cima de Tiago. Terminou o período com seis pontos, sem errar um chute sequer, mas com duas faltas. Leandrinho também fez suas duas e pouco depois foi para o banco. Mas não fez falta como cestinha, porque Huertas colocou o ataque nas costas. Com 13 pontos, o armador manteve o Brasil à frente quase o tempo todo. Quando Delfino acertou duas seguidas de três, ele respondeu na mesma moeda. E o quarto só não terminou de forma espetacular porque o arremesso de Larry Taylor do meio da rua, no estouro do relógio, carimbou o aro. Para o Brasil, estava bonito: 26 a 23.

O técnico Rubén Magnano faz cara feia no Brasil x Argentina no basquete (Foto: Getty Images)O técnico Rubén Magnano faz cara feia durante a
derrota brasileira (Foto: Getty Images)

Com a mão certeira de Delfino, que pulou para 11 pontos, a Argentina abriu cinco no início do segundo período. E a torcida cantava, cantava, cantava, ignorando a trilha sonora pop a cada bola parada. Nenê enfim se soltou com uma cravada a dois minutos do fim, mas na defesa não conseguia impedir os arremessos de Scola e Juan Gutiérrez. Huertas ainda brilhava no ataque, com 17 pontos antes do intervalo, mas o resto do time não conseguia acompanhá-lo. Leandrinho, figura quase nula, errou dois lances livres a dez segundos do fim do primeiro tempo. E a atuação verde-amarela despencou de nível. Com 14 de Delfino e dez de Scola, os hermanos foram para o descanso vencendo por 46 a 40.

O placar até que não tinha fugido do controle, mas ficou a impressão de que o Brasil esqueceu de voltar para o terceiro quarto. Ligada, a Argentina jogou a vantagem para oito com uma cesta de Nocioni e para dez com uma bandeja de Ginóbili. Chegou a 12, enquanto do outro lado Alex errava bandeja, Leandrinho entortava os arremessos. Magnano ainda tentou mudar lançando Marcelinho Machado, mas não adiantou. O que era uma diferença ameaçou se transformar em abismo quando chegou a 15. Para evitar o pior, a seleção ainda cortou para oito, mas nada além disso. A última bola, de Leo Gutiérrez, ainda ficou encravada entre o aro e a tabela. Igualzinho ao basquete que o Brasil jogava naquele momento. Na virada para o último período, Argentina 64 a 54.

Veio então uma sequência emblemática. Com a chance de cortar para cinco pontos, Machado soltou um arremesso de três em que a bola se estatelou na tabela, sem sequer rapar no aro. Do outro lado da quadra, Scola soltou uma bola suave de chuá e abriu dez de novo.

Ainda assim, a diferença foi caindo. Para quatro com uma cesta de Nenê, na marra. Podia ter ido a dois se Leandrinho não tivesse errado uma bandeja absolutamente livre, mas Alex consertou a lambança em seguida: 70 a 68, faltando quatro minutos. O problema é que, na sequência, o próprio Alex fez uma falta de ataque e chutou torta uma bola de três. Magnano chamou o time para conversar com 2m27s no relógio, meia dúzia de pontos atrás.
Leandrinho calibrou a mão e acertou de três. O jogo ficou tenso, com os dois ataques pensando duas, três, quatro vezes antes de definir. Tanto que já no minuto final, Huertas teve de forçar um tiro de três, que mal bateu no aro. Manu, com a calma dos seus 35 anos, guardou dois lances livres para abrir cinco. Scola fez o mesmo para abrir sete, depois nove. Estava selado o destino brasileiro em Londres. E o cenário não era muito diferente do que vinha acontecendo nos últimos anos: campanha digna que esbarra no incômodo sotaque castelhano.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/na-porta-da-elite-brasil-e-barrado-de-novo-pela-argentina-e-volta-para-casa.html

Brasil cai mais duas posições no ranking e chega à sua pior colocação


Seleção ocupa agora o 13º lugar na lista da Fifa. Espanha segue na liderança e Inglaterra ultrapassa Uruguai e sobe para terceiro

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Mano Menezes no jogo Brasil x Nova Zelândia (Foto: Mowa Press)Mal no ranking da Fifa, Mano pode levar Brasil à
medalha de ouro olímpica (Foto: Mowa Press)

A seleçao brasileira caiu mais duas posições no ranking da Fifa, divulgado nesta quarta-feira pela entidade máxima do futebol mundial. Agora em 13º lugar, com 991 pontos, o Brasil ocupa a pior colocação desde quando a lista foi adotada, em agosto de 1993. A liderança segue com a atual campeã mundial e europeia Espanha, 1605.

Rússia e Grécia superaram a equpe comandada por Mano Menezes, que desde 4 de julho deixou de fazer parte do seleto grupo dos dez melhores posicionados.


O destaque para a nova lista é a Inglaterrra. O English Team subiu para o terceiro posto (1294), ultrapassando o Uruguai (1236). Na vice-liderança está a Alemanha (1474), enquanto Portugal (1213) fecha o chamado Top 5.

A pior posição do Brasil até o 11º de julho era o oitavo lugar na primeira lista feita, em agosto de 1993. Porém, logo no mês seguinte a equipe de Carlos Alberto Parreira assumiu a liderança. Até junho de 1994, a Seleção oscilou entre o primeiro e o quarto lugar, mas após a conquista do tetra manteve a ponta de julho de 1994 a janeiro de 2001. Depois do penta, o Brasil retomou a hegemonia entre julho de 2002 e janeiro de 2007. Desde então, o time canarinho voltou poucas vezes à liderança do ranking da Fifa: apenas de julho a outubro de 2009 e entre abril e maio de 2010.

Apesar da má situação na lista mundial, o técnico Mano Menezes pode fazer história no próximo sábado: o Brasil enfrenta o México, às 11h, na disputa do inédito ouro olímpico. O jogo em Wembley terá transmissão ao vivo do SporTV e acompanhamento em Tempo Real no GLOBOESPORTE.COM.

Confira os 20 melhores do ranking:

1º Espanha - 1605
2º Alemanha - 1747
3º Inglaterra - 1294
4º Uruguai - 1236
5º Portugal - 1213
6º Itália - 1192
7º Argentina - 1098
8º Holanda - 1053
9º Croácia - 1050
10º Dinamarca - 1017
11º Rússia - 1016
12º Grécia - 1003
13º Brasil - 991
14º França - 980
15º Chile - 953
16º Costa do Marfim - 939
17º Suécia - 909
18º México - 862
19º República Tcheca - 854
20º Equador - 836


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2012/08/brasil-cai-mais-duas-posicoes-no-ranking-e-supera-sua-pior-colocacao.html

Lesionados, suspensos e pendurados para a rodada #15 do Brasileirão 2012


Com as baixas de Deco, Marcos Junior e Wellington Nem, o Fluminense soma sete desfalques. Figueirense terá dez problemas ao todo contra o Flamengo

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Foto Deco (Foto: Photocamera)Lesionado, Deco desfalca o Flu (Foto: Photocamera)
O Campeonato Brasileiro chega à 15ª rodada nesta quarta-feira, a partir das 19h30, com Internacional x Náutico e Sport x Vasco. No mesmo dia, outros cinco jogos terão bola rolando, com mais três na quinta-feira. Portanto, não perca tempo e escale seu time no Cartola FC antes que o mercado feche, às 17h30, duas horas antes de a bola rolar. Fique de olho para não deixar sua equipe desfalcada e confira a lista de lesionados, suspensos e pendurados antes de ir às compras.

No primeiro confronto do dia, o Vasco irá à Ilha do Retiro com o retorno de Dedé, após cumprir suspensão. Por outro lado, o time carioca perdeu Felipe, que sentiu lesão muscular e está fora da partida. No Sport, são três problemas: Edcarlos e Willians receberam o terceiro cartão amarelo diante do São Paulo e não jogam. Já o zagueiro Bruno Aguiar, com fratura no nariz, continua sem estar à disposição do técnico Vágner Mancini.

Botafogo e Palmeiras se enfrentam no Engenhão e somam 10 problemas de lesões. O Alvinegro teve a baixa de Lucas confirmada e, com isso, o lateral-direito fará companhia a Marcelo Mattos, Lucas Zen, Rodrigo Dantas e Willian entre os lesionados. No time comandado por Felipão, a boa notícia é a volta de Daniel Carvalho. Enquanto isso, Márcio Araújo, com dores na coxa esquerda junta-se a Román, Luan, Maikon Leite, Valdivia e Wesley entre os indisponíveis. Soma-se a eles o volante João Vitor, suspenso pelo terceiro amarelo.

Volante Fernando, do Grêmio (Foto: Lucas Uebel/Divulgação, Grêmio)Fernando recebeu o terceiro amarelo e desfalca o Grêmio na rodada (Foto: Lucas Uebel / Divulgação Grêmio)

Com oito lesionados, o Figueirense terá problemas contra o Flam
engo. Almir, Botti, Niell, Héber, Ricardo, Tiago Volpi, Toró e Túlio lotam o departamento médico do time catarinense. Além deles, Aloísio e Guilherme Santos estão suspensos. A boa notícia é o retorno do goleiro Wilson, recuperado de lesão. Por outro lado, o técnico Dorival Junior tem a maior parte do elenco à disposição, já que não há jogadores fora por suspensão, e apenas Airton, Deivid e Maldonado estão entre os lesionados.

O Coritiba é outro que sofre com o alto número de lesões. Anderson Aquino, Cleiton, Eltinho, Jackson, Keirrison, Marcel, Rafinha, Sérgio Manoel e Willian estão fora da partida contra o Atlético-MG. Juntam-se a eles, Ayrton e Chico, ambos suspensos. Já o Galo não poderá contar com Danilinho e Pierre, já que receberam o terceiro amarelo na última partida.

Na quinta-feira, o Fluminense terá um confronto ainda mais difícil diante do São Paulo em São Januário. Isso porque, além da boa fase dos paulistas, o time de Abel Braga não poderá contar com Deco e Wellington Nem, ambos com estiramento. Outro que se lesionou foi Marcos Júnior, no treinamento desta terça-feira. Além deles, Bruno Vieira, Anderson, Diguinho e Valencia se mantém sem condições de jogo.

Alguns times precisam ficar de olho no alto número de jogadores pendurados. O recordista é o Grêmio, com cinco titulares com dois cartões amarelos: Marcelo Grohe, Marcelo Moreno, Pará, Werley e Zé Roberto. Além deles, Rondinelly também ficará fora da próxima rodada caso receba mais um cartão.

Confira a lista completa de lesionados, suspensos e pendurados para a 15ª rodada:
INFO - Suspenso e pendurados - 08/08 (Foto: Editoria de arte / Globoesporte.com)

Técnico chinês acusa 'roubo' e pede investigação sobre ouro de Zanetti


Huang Yubin afirma que juízes diminuíram as notas dos outros competidores na final das argolas para que brasileiro fosse campeão

Por GLOBOESPORTE.COM Londres

Yibing Chen após a prova de argolas Londres (Foto: AP)Yibing Chen atleta de Yubin foi medalhista de
prata nos Jogos de Londres (Foto: AP)

Na última segunda-feira, Arthur Zanetti conquistou o ouro nas argolas da ginástica dos Jogos de Londres. Dois dias depois, Huang Yubin, técnico do chinês Yibing Chen, medalhista de prata na prova, que anunciou sua aposentadoria após a competição, acusou os juízes de manipularem as notas para que o brasileiro fosse campeão olímpico. O treinador asiático enviou um comunicado à imprensa local, acusando o que chamou de “roubo”.

- Eu só posso dizer que essa medalha de ouro não foi conquistada com honra pelo Brasil. Dia 6 de agosto de 2012 foi uma noite obscura para a história da ginástica. Quando eu vi que a nota de Yibing Chen era apenas 15.8, eu tive um mau pressentimento, porque foi muito abaixo do que ele deveria ter recebido por sua rotina. Em seguida, as notas de todos foram diminuídas, só para dar a oportunidade do competidor brasileiro superá-las. Parecia que, se ele não caísse, o ouro seria dele. Eu não esperava por isso. Roubaram o ouro de Yibing Chen - afirmou Yubin.
O técnico chinês acusou os juízes de não punirem Zanetti pelos erros cometidos na apresentação na final.

- O competidor brasileiro usou recursos com pouca variação. O passo dado na aterrissagem, especialmente, foi uma falha clara. Mas os juízes consertaram suas falhas nos bastidores. Os juízes disseram tudo, e nossos atletas saíram de protagonistas a coadjuvantes – disse.

Por fim, Yubin solicitou que o Comitê Olímpico Internacional e a Federação Internacional de Ginástica investigassem o caso e até mesmo revisassem o resultado no quadro de medalhas.
- Os Jogos Olímpicos de Londres são realizados em um país civilizado. Quando argumentos e contestações vem à tona, em todas as competições, todos os competidores, técnicos e juízes deveriam fazer um julgamento. Quando competidores erram, eles são penalizados, e os resultados são alterados. Agora, quando a ginástica tem um resultado tão injusto, não deveriam o COI, FIG e as organizações associadas também abrirem uma investigação sobre os juízes e os resultados da competição? – concluiu.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/tecnico-chines-acusa-roubo-e-pede-investigacao-sobre-ouro-de-zanetti.html

Juliana e Larissa superam início ruim e conquistam a medalha de bronze


Brasileiras começam mal a partida, mas reagem e derrotam as chinesas Zhang e Xue por 2 sets a 1, garantindo um lugar no pódio em Londres

Por GLOBOESPORTE.COM Londres

O esperado ouro não veio, mas Juliana e Larissa mostraram poder de reação no momento decisivo e conquistaram nesta quarta-feira a medalha de bronze no torneio olímpico de vôlei de praia. Depois de um péssimo começo de jogo, as brasileiras venceram as chinesas Zhang e Xue por 2 sets a 1 (11/21, 21/19 e 15/12) na disputa pelo terceiro lugar em Londres.

Abatidas pela derrota de virada para as americanas Kerry e Ross na semifinal, terça-feira, Juliana e Larissa jogaram muito mal o primeiro set, mas reagiram e garantiram o primeiro pódio olímpico da dupla, que atua junta desde 2004, e o 10º da delegação brasileira nas Olimpíadas de Londres (dois ouros, uma prata e sete bronzes). Há quatro anos, Juliana se machucou pouco antes dos Jogos de Pequim, e Larissa atuou ao lado de Ana Paula. Na ocasião, elas foram eliminadas nas quartas de final. Já Zhang e Xue tentavam a segunda medalha seguida, já que ganharam o bronze em Pequim.

Juliana e Larissa vôlei de praia Olimpíadas 2012 (Foto: Getty Images)Juliana e Larissa se abraçam durante a disputa do bronze (Foto: Getty Images)

A dupla brasileira não se encontrou em momento algum do primeiro set na partida desta quarta, que contou com a presença do príncipe Harry na tribuna. As chinesas abriram 4 a 2 no placar e, com poucos erros, não olharam mais para trás. Tensas, Juliana e Larissa tinham dificuldades no ataque. Quando perdiam por 11 a 6, as brasileiras pediram tempo, mas não adiantou. Absolutas, as chinesas contaram com o ótimo aproveitamento da canhota Zhang para fechar a parcial em 21 a 11.

No início do segundo set, as brasileiras finalmente conseguiram um ponto em seu próprio saque: Larissa defendeu a cortada de Zhang e completou com tranquilidade no ataque, fazendo 2 a 1 no placar. Com mais vibração, as brasileiras abriram dois pontos de vantagem pela primeira vez na partida depois de uma largada de Juliana: 9 a 7. Quando tinham 12 a 9 no placar, as brasileiras vacilaram e levaram quatro pontos seguidos, sofrendo a virada por 13 a 12.  Pouco depois, um ace de Xue deixou as chinesas com dois pontos à frente: 16 a 14. Larissa devolveu na mesma moeda e fez dois pontos seguidos de saque, empatando o jogo em 19 a 19. Na sequência, Juliana brilhou com um bloqueio e uma largada, fechando a parcial em 21 a 19.

Embaladas pela virada no fim do segundo set e pelos gritos da torcida na Arena de Vôlei de Praia, as brasileiras começaram bem a terceira parcial e não demoraram para abrir vantagem de 6 a 2. Com grande atuação de Larissa na defesa, a dupla cabeça de chave número 1 do torneio olímpico conseguiu manter a tranquilidade e fechar a parcial em 15 a 12, garantindo o bronze.

É a 10ª  medalha brasileira em cinco participações do vôlei de praia em Olimpíadas. São dois ouros, cinco pratas e três bronzes. Na quinta-feira, Alison e Emanuel vão ganhar a 11ª, na final contra os alemães Brink e Reckermann, às 17h (de Brasília). Resta saber se será de ouro ou prata.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/juliana-e-larissa-superam-inicio-ruim-e-conquistam-medalha-de-bronze.html

São Paulo confirma venda de Lucas para PSG: mais de R$ 108 milhões



São Paulo confirma venda de Lucas para PSG: mais de R$ 108 milhões

Atleta só irá para Paris em janeiro. Valor foi pago à vista pelos franceses e meia-atacante torna-se o jogador mais caro da história do futebol brasileiro

Por Marcelo Prado São Paulo

No início da tarde desta quarta-feira, o São Paulo confirmou a negociação do meia-atacante Lucas com o Paris Saint-Germain pela quantia de € 43 milhões (R$ 108,34 milhões). O valor foi pago à vista pelos franceses, que passarão a contar com o camisa 7 da Seleção olímpica em janeiro de 2013.

Site do Paris Saint-Germain anuncia a contratação de Lucas (Foto: Reprodução)Site do Paris Saint-Germaianuncia a contratação de Lucas: chegada em janeiro (Foto: Reprodução)

O acordo inicial entre clube paulista e jogador previa que o Tricolor teria 70% dos direitos econômicos e o atleta, 30%. No entanto, após uma rodada de negociações, ficou definido que o São Paulo receberá 75% do valor, o que corresponde a € 32,2 milhões (R$ 81 milhões). O atacante e seus representantes ficarão com 25%, o que dá € 10,8 milhões (R$ 27 milhões). 

- Estamos aqui para informar que concretizamos há minutos a negociação do Lucas com o PSG. A negociação foi de R$ 108 milhões, o site publicará uma nota oficial com detalhes e quero dizer que mais uma vez respeitamos a vontade do jogador, que manifestou o interesse de sair para o clube que ele escolheu – afirmou o vice-presidente de futebol, João Paulo de Jesus Lopes.

Mas o torcedor do São Paulo ainda vai ver Lucas em ação com a camisa tricolor. Integrante da Seleção Brasileira que está perto de conquistar a inédita medalha de ouro em um torneio olímpico, o jogador só irá se apresentar ao novo clube em janeiro, na janela de inverno. 


Adalberto Baptista, diretor de futebol, e João paulo de Jesus Lopes, vice de futebol, confirmam venda de Lucas (Foto: Sergio Gandolphi / Globoesporte.com)João Paulo de Jesus Lopes (dir) anuncia venda de
Lucas (Foto: Sergio Gandolphi / Globoesporte.com)

A transferência de Lucas passa a ser a maior da história do futebol brasileiro. Até então, a marca pertencia ao meia Oscar, que no início das Olimpíadas foi negociado pelo Internacional com o Chelsea por 25 milhões de libras (cerca de R$ 79 milhões).

O negócio já havia sido fechado no último domingo, faltava apenas colocar tudo no papel. Na semana passada, o empresário do atleta, Wagner Ribeiro, esteve em Paris, onde, além de assistir ao amistoso entre PSG e Barcelona, reuniu-se com o diretor esportivo da equipe francesa, o ex-jogador Leonardo. Depois, o dirigente conversou por telefone com o jogador e com o presidente do Tricolor, Juvenal Juvêncio. Wagner, na sequência, deixou Paris e foi para Manchester (ING), onde conversou com Lucas por telefone. Na última terça-feira, ele viu a vitória da Seleção olímpica por 3 a 0 sobre a Coreia do Sul.

FONTR:
http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2012/08/sao-paulo-confirma-venda-de-lucas-para-psg-mais-de-r-108-milhoes.html

Após drama, Marcelo Mattos renova esperanças: 'Sairei dessa mais forte'


Operado há oito dias, volante revela que estudou caso antes da decisão e ouve 'cobranças' da família para sair logo de casa: 'Nem eu me aguento'

Por André Casado Rio de Janeiro

Para um jogador como Marcelo Mattos, que poderia ter a palavra competitivo no sobrenome, ficar fora de ação é um momento ruim. Ter uma lesão que se alonga bem mais do que o esperado e que o leva à mesa de cirurgia, então, já pode ser considerado um drama. Desde o dia 9 de maio, o volante não defende o Botafogo. Primeiro, era um edema na coxa direita, que, de certa forma, se alastrou para o púbis. A dor não passou, o venceu em três tentativas de treinar com bola e se transformou em um caso de difícil solução para o departamento médico alvinegro. Tanto que, preocupado com o rumo de sua temporada, ele estudou o problema e se "consultou" até com outros companheiros.

- Li muito na internet, procurei saber detalhes do caso do Kleber Gladiador, liguei para o Wellington Paulista... todos tiveram a mesma lesão e operaram. Deu certo, resolveu. Até o Seedorf ajudou, se interessou, ofereceu amigos para eu falar. Formei minha opinião junto ao pessoal do Botafogo e chegamos à conclusão de que o tratamento poderia não resolver. Era a última opção, mas preferi e foi melhor operar mesmo - conta Marcelo Mattos, em entrevista concedida em sua casa três dias após a cirurgia - hoje, o procedimento completa oito dias.

Marcelo Mattos do Botafogo com a família (Foto: André Casado / Globoesporte.com)Marcelo Mattos se apoia na família para superar dificuldades (Foto: André Casado / Globoesporte.com)

- Ia de 10% de dor até 90%, às vezes, o que me preocupava. Até para pôr uma calça era difícil. Só tinha sofrido com uma fascite plantar (sola do pé) e com as duas panturrilhas, que precisei fazer uma pequena operação - lembra o jogador, de 28 anos, que ficou um tempo parado no clube carioca quando, preso ao Panathinaikos, demorou mais de um mês para acertar a renovação de contrato, no meio do ano passado. O vínculo atual vai até o fim de 2016.

O curioso é que o envolvimento do agora camisa 30 do Glorioso - na numeração definitiva, a 5 foi para Jadson - com traumas e analgésicos vai muito além de sua carreira. Segundo ele, ao terminar o ensino médio, no interior de São Paulo, houve um pacto com os amigos para cursar fisioterapia, caso o futebol não decolasse. Alguns seguiram. Mattos, não. A compreensão científica dos termos, no entanto, ficou para sempre e impressiona
.
Há alguns dias caiu o salário na conta, e eu não estou no dia a dia para ajudar. Queria trabalhar, me incomoda. Dá vontade de pedir para receber só quando puder jogar, retribuir ao Botafogo"
Marcelo Mattos

- Meu adutor está inutilizado. Foi cortado, o que se chama tetonomia, e separado dos tendões do púbis. Se alguém quiser, está sem serventia (risos)... Não precisei de raspagem. É um procedimento como se faz com um contrafilé. Gosto do assunto, até trouxe cama fisioterápica da Grécia e outras coisas, mas só para guardar. Não pretendo me especializar depois, não, vão ficar só as pequenas lesões que o futebol deixa - afirmou, no costumeiro tom sereno.
Humor varia e 'perturba' família

O lado positivo dessa dificuldade seria a nova rotina: estar com os filhos, com a esposa. Neste cenário, não. Como se cobra em demasia, Marcelo Mattos não tem sido tão bem quisto em casa em tempo integral. Há um coro para que ele volte aos campos o mais rapidamente possível por um conjunto de razões. A previsão atual é de cerca de 45 dias.

- Peço pelo amor de Deus para ele voltar logo, porque o Marcelo se cobra demais. Adoro ele em casa comigo, com os filhos. Mas vindo do treino, cansado, fica mais bem-humorado. Assim, não é fácil. Ele vai dar um jeitinho para resolver isso logo - diverte-se Maria Leide, mãe de Maria Laura - enteada do marido -, de 12 anos, e Marcelo Antônio, de cinco.
Marcelo Mattos do Botafogo com a família (Foto: André Casado / Globoesporte.com)Mattos vê novos horizontes nos próximos meses
(Foto: André Casado / Globoesporte.com)

- Nem eu me aguento, meu humor varia muito. Um dia você está bem, no outro chega estressado porque já dói de novo. Há alguns dias caiu o salário na conta, e eu não estou no dia a dia para ajudar. Queria trabalhar, me incomoda. Dá vontade de receber só quando puder jogar, retribuir ao Botafogo. Márcio Azevedo fica me cobrando na brincadeira, eu já não aguentava mais: "E aí, vai jogar sábado, Marcelo?". Cara chato (risos) - conta.

O filho caçula faz o papel de fisioterapeuta no confortável apartamento na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Quando não está com as mãos no controle do videogame, faz questão de esticar e dobrar a perna esquerda do pai, ainda sensível, em meio às risadas e à agitação.

O volante acredita que a condição dos gramados brasileiros é a maior vilã para lesões deste tipo, ligadas ao impacto, mas não crê que esse obstáculo o impedirá de se superar. Se não bastassem as dores físicas, a mãe de Mattos faleceu em junho.

LEIA: Discreto, Mattos muda de 'hábitos' e defende eficiência do pragmatismo
- Agora é só pensar em coisa nova. Foi tudo junto, mas não podia parar, tenho uma família para cuidar. Meu pai, meu guerrerinho que ficou... É um período de luta, mas agora vai vir a vitória. Estou saindo dessa bem mais forte. Vou fazer meu trabalhinho até meus 35, 36 anos. Tinha um treinador, que eu nem falo o nome, que não queria me botar num início de temporada na Grécia. Eu dizia para mim: "ah, eu vou jogar". Não deu outra. No primeiro jogo da Champions League, estava enfrentando o Inter de Milão. Sempre com dignidade - ensinou.

Marcelo Mattos do Botafogo com a família (Foto: André Casado / Globoesporte.com)Pequeno Marcelo Antônio ajuda no alongamento do pai (Foto: André Casado / Globoesporte.com)


FONTE:

Seedorf não planeja comemoração especial, mas avisa: 'Time é criativo'


À espera do jogo com o Palmeiras, holandês diz que festeja um gol dele com a mesma paixão que o de um companheiro ou com a vitória do Botafogo

Por Thales Soares Rio de Janeiro

Em dez anos de Milan, Seedorf se acostumou a ter companheiros brasileiros no grupo. Com isso, vivenciou a criatividade nas comemorações dos gols nesse período. No Botafogo, o holandês marcou o seu primeiro na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-GO, sábado, quando apenas explodiu, correndo em direção aos torcedores e recebendo o abraço dos companheiros.

Por enquanto, Seedorf não faz planos para uma comemoração especial nem é de seu feitio que seja assim. No entanto, cada vez mais ambientado ao grupo, destacou a capacidade dos companheiros de inventar novidades para o simples gesto de festejar um gol.
- É sempre intuitivo, nada muito planejado. Mas esse time é muito criativo - disse Seedorf.

Seedorf, treino do botafogo (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)Seedorf é marcado por Márcio Azevedo e Fábio Ferreira no treino (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)

Este ano, Vítor Júnior e Maicosuel já protagonizaram dancinhas em homenagem a grupos de pagode. Andrezinho fez alusão a um remador. Seedorf ainda não presenciou algo do tipo em campo. Nos jogos em que atuou, Andrezinho, ele mesmo e Fellype Gabriel simplificaram a comemoração.

- É sempre com muita paixão, pois é um momento especial. Principalmente, em um time novo, em um país novo. São aspectos que a pessoa sente e expressa. Mas fico ainda mais feliz depois do jogo com a vitória. Especialmente, nos jogos importantes para darmos um salto na classificação - explicou o holandês.

O primeiro gol de Seedorf saiu no quarto jogo, junto com a segunda vitória. O holandês garantiu que não sentia qualquer peso em relação a isso. Sua preocupação era apenas ajudar o time, da mesma forma que acontecerá nesta quarta-feira, contra o Palmeiras, às 21h50 (de Brasília), no Engenhão, pelo Campeonato Brasileiro.

- O jogo é feito para vencer com o time. Quando outro jogador faz o gol tenho a mesma felicidade. Se o time ganha, mais ainda. No fim, quem joga mais ou menos fica feliz se vencer. Mas óbvio que fazer gol é sempre bom - afirmou Seedorf.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/08/seedorf-nao-planeja-comemoracao-especial-mas-avisa-time-e-criativo.html

Itália desbanca os atuais campeões olímpicos e pega o Brasil na semifinal


Com duas vitórias no vôlei masculino em Jogos Olímpicos para cada lado, italianos levam a melhor no tira-teima com surpreendente vitória por 3 a 0

Por GLOBOESPORTE.COM Londres, Inglaterra

No quinto duelo no vôlei masculino em Olimpíadas entre Estados Unidos e Itália, os tricampeões mundiais nos anos 90 levaram a melhor sobre os tricampeões olímpicos dos anos 80 e 2000 com uma atuação de gala em 1h30 de jogo. Com uma vitória incontestável por 3 sets a 0, parciais de 28/26, 25/20 e 25/20, a seleção italiana mandou os favoritos americanos mais cedo para casa e se classificaram para enfrentar o Brasil, que derrotou a Argentina pelo menos placar, pelas semifinais dos Jogos de Londres, numa reedição da final olímpica de Atenas, em 2004.

Stanley tenta passar pelo bloqueio triplo italiano  (Foto: REUTERS/Ivan Alvarado)Clayton Stanley levou a pior no duelo contra o bloqueio triplo italiano (Foto: REUTERS/Ivan Alvarado)

A Itália, que chega a sua sexta semifinal olímpica, já cruzou sete vezes com a seleção brasileira na história dos Jogos Olímpicos e perdeu todas: 3x2 e 3x0 (Montreal/76); 3x1 (na semifinal em Los Angeles/84); 3x0 (Seul-88); 3x2 e 3 x1(na fase de grupo e na final em Atenas-2004); e 3x1 ( na semifinal em Pequim/2008).

Bola atualmente os americanos têm mais, mas a tradição do vôlei masculino italiano não pode ser menosprezada. E isso ficou claro logo no primeiro set. Depois de chegar à primeira parada técnica vencendo por 16/14, os Estados Unidos sentiram na pele a força da Itália, que reagiu, passou a frente e apesar de um erro grosseiro da arbitragem, num saque americano para fora que o árbitro deu dentro na reta final da parcial, venceram por 28/26.

Embalados pela vitória no primeiro set, os italianos começaram a segunda parcial melhor e chegaram a abrir uma diferença de 12/9. Só que do outro lado estavam os atuais campeões olímpicos, e num piscar de olhos, o marcador virou para 16/14 a favor dos americanos na primeira parada técnica. Mas os italianos estavam mesmo dispostos a impedir o tetracampeonato ianque e voltaram arrasadores para a sergunda metade do set, fechando a tampa em 25/21.

Com os ponteiros passadores Cristian Savani e Ivan Zaytsev em tarde inspirada e um saque demolidor, a Itália sufocou os Estados Unidos desde o início do terceiro set. Sem acreditar no que estava acontecendo, o técnico americano Alan Knipe trocou o irreconhecível craque Priddy por Rooney. A troca sutiu efeito e os americanos diminuiram a diferença de quatro pontos para apenas um (13/12). Mas o dia era mesmo italiano. Com um aproveitamento ofensivo incrível, a Itália retomou o controle do jogo, fechou a parcial por 25/20 e garantiu sua vaga nas semifinais de Londres. 

vôlei EUA itália londres 2012 (Foto: Agência Reuters)Campeões olímpicos em Pequim fracassam diante dos italianos e voltam para casa (Foto: Agência Reuters)

FONTE:

Após mandar Rússia embora, Sheilla 'Gamovinha' se vê coberta de elogios


Oposto da seleção feminina, que salvou cinco match points na terça, ganha novo apelido de Fabi, mas divide os méritos com time: 'Uma confia na outra'

Por Rodrigo Alves Direto de Londres

Se Ekaterina Gamova vai vestir o uniforme da Rússia outra vez, nem ela sabe. Aos 31 anos, a jogadora de 2,02m pode ter colocado um ponto final em sua carreira na seleção com uma derrota amarga. Carrasca do Brasil nas semifinais em Atenas 2004 e nas decisões dos Mundiais de 2006 e 2010, a oposto não conseguiu fechar o jogo nesta terça-feira e se despediu dos Jogos de Londres sem saber se defenderá seu país novamente. Do outro lado, brilhou uma "Gamovinha". Quinze centímetros mais baixa, dez quilos mais leve, dois anos mais nova, Sheilla se multiplicou nas quartas de final. Fez 27 pontos, dois a mais que a rival russa, salvou cinco match points no tie-break e riu por último. Riu e fez rir. Na saída do jogo, a pequena Fabi - quase 40 centímetros mais baixa que a russa - lançou o apelido para a companheira de equipe.

sheilla vôlei brasil x russia (Foto: AFP)Fecha o olho e solta o braço: Sheilla brilhou no fim do jogo contra a Rússia na terça (Foto: AFP)

- Sheillinha estava inspirada numas bolas bem complicadas. Assim como a Rússia está acostumada com a Gamova, a nossa Gamovinha conseguiu virar as bolas importantes - afirmou a líbero da seleção, enquanto a oposto ainda conversava com os jornalistas no outro extremo da zona de entrevistas da Arena de Vôlei.

Alguma coisa lá dentro dizia: 'A gente não vai perder de novo para a Rússia'. Ninguém desacreditou que a vitória seria nossa. Isso me deixou confiante"
Sheilla

Quando soube da brincadeira, Sheilla abriu o sorriso, mas manteve a humildade. Tanto na comparação com a rival, como na divisão do bolo da vitória que colocou o Brasil na semifinal contra o Japão.

- Para chegar lá eu tenho que fazer um pouco mais de força (risos). Mas alguma coisa lá dentro dizia: "A gente não vai perder de novo para a Rússia". Ninguém desacreditou que a vitória seria nossa. Isso me deixou confiante, a (levantadora) Dani Lins também. Não sou só eu, uma confia na outra e sabe que a outra está ali - explicou Sheilla, autora de dois pontos a mais que Gamova na partida.


O técnico José Roberto Guimarães conseguiu concordar com as duas jogadoras. Reforçou a confiança de Sheilla, mas entrou na onda de Fabi.
- Principalmente no fim do jogo, ela foi Gamovinha sim. Nos momentos mais críticos do tie-break, a Dani percebeu que tinha de jogar a bola nela - lembrou Zé.

sheilla vôlei brasil x russia (Foto: AFP)Fabi afirmou que Sheilla foi uma 'Gamovinha' no jogo das quartas de final (Foto: AFP)

Sobre a possível aposentadoria da russa original, o treinador não ficou em cima do muro e deu a dica:

- Tomara que se aposente. Chega, né (risos). A Gamova é a melhor atacante do mundo. Não digo a melhor jogadora, porque não é completa, mas como atacante, sem dúvida - elogiou o treinador.
Na luta pelo bicampeonato olímpico, o Brasil precisa de mais dois passos. O primeiro será na quinta-feira, às 15h30m (de Brasília). O SporTV transmite ao vivo e o GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances em Tempo Real. A outra semi será entre Estados Unidos e Coreia do Sul.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/apos-mandar-russia-embora-sheilla-gamovinha-se-ve-coberta-de-elogios.html

Gravações indicam que Andressa conhecia negociações de Cachoeira


'Grampo' mostra diálogos sobre 'laranja' e compra da casa de governador.
Mulher do contraventor foi chamada a depor, mas ficou em silêncio na CPI. 

A mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, durante sessão da CPI no Congresso (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)A mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça,
durante sessão da CPI no Congresso
(Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Andressa Mendonça, mulher do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, conhecia o uso de "laranjas" e as negociações do marido, segundo gravações de diálogos entre os dois feitas pela Polícia Federal com autorização da Justiça e obtidas pelo G1. 

As gravações foram feitas pela PF entre maio e agosto de 2011 e obtidas pela CPI que investiga as relações do bicheiro com políticos e empresários.

Em um dos áudios, em uma compra de eletrodomésticos, Cachoeira orienta a mulher a não aparecer e não emitir nota em nome dela - ela diz que está "tirando tudo no nome do Alexandre".
Em outra gravação, Cachoeira diz à mulher que vendeu a casa que era do governador Marconi Perillo (PSDB-GO) por R$ 2,1 milhões. Segundo Cachoeira, R$ 100 mil foram dados a Perillo para não "perder um cliente de bilhões à toa".

Procurada pelo G1 desde segunda (6), Andressa não atendeu aos telefonemas e nem respondeu aos recados deixados no celular.

A assessoria de imprensa do governador de Goiás disse que Marconi Perillo não pode ser responsabilizado por conversas de terceiros e que trechos de gravações editadas e desconectadas dos fatos não podem nem devem se contrapor à realidade. Informou ainda que a casa foi vendida por um R$ 1,4 milhão, valor de mercado, e pelo qual foi escriturada e declarada à Receita Federal.

CPI
Para a CPI, Andressa Mendonça era somente a mulher de Cachoeira, sem ligações com o grupo do contraventor. Agora, é vista pelos parlamentares como possível integrante do grupo.

Em entrevista ao Fantástico, ela disse desconhecer as supostas contravenções do marido e afirmou que ele “só opera negócios lícitos”. “Meu marido não é bicheiro. O Carlos que eu conheço é empresário, faz consultoria para empresas. Trabalhou durante anos, aproximadamente dez anos, com a loteria do estado de Goiás. Trabalhou no ramo de medicamentos”, disse na edição do programa de 1º de julho.
saiba mais
Andressa Mendonça não respondeu a perguntas no depoimento desta terça-feira (7) à CPI. “Vou exercer o meu direito constitucional de permanecer calada”, afirmou Andressa ao ser indagada pelo presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), se estaria disposta a colaborar com as investigações.
Na semana passada, a mulher de Cachoeira foi acusada de tentar chantagear o juiz responsável pelo caso, Alderico Rocha, em Goiânia. Ela foi levada à sede da Polícia Federal de Goiânia para prestar depoimento, e teve de pagar fiança de R$ 100 mil para não ser presa. Além da fiança, Andressa foi proibida pela Justiça de visitar Cachoeira.
A casa
Logo após se mudar para a casa em Goiânia que havia pertencido ao governador Marconi Perillo, Andressa começou a mobiliar a residência, segundo os áudios da PF.


O custo da mobília chegou a R$ 500 mil. Todas as compras foram feitas em nome de outra pessoa, segundo afirmou Andressa em gravações interceptadas pela polícia. Cachoeira não queria nem que a mulher aparecesse sozinha na casa.

- Andressa: Manda 30 (R$ 30 mil). Cê pode mandar 30 hoje?
- Cachoeira: Posso. Quanto deu tudo?
- Andressa: Aquele dinheiro que tu disse que ia fazer por 200, não vai dar, não. Tenho de comprar eletrodoméstico ainda. Não tem jeito. Ainda consegui 30% de desconto onde a gente está comprando em pronta entrega. Mas não vai dar, não.- Cachoeira: Tá bom. Não aparece, não.


- Andressa: Não, estou tirando tudo no nome do Alexandre. Os boletos “é” tudo no nome dele.- Cachoeira: Tá bom, amor. Mas nem lá você pode ir. Tudo através dele.


O nome do arquiteto que decorou a casa que era de Perillo é Alexandre. No entanto, não é possível afirmar que Andressa se refere a ele. Alexandre Milhomem prestou depoimento à CPI no final de junho. À comissão, ele afirmou não conhece o governador e que foi contratado por Andressa Mendonça, mulher de Cachoeira, a quem chamava de "assessora", para fazer o ambiente interno da casa de Cachoeira.

Segundo o áudio, após o casal sair da casa que foi do governador de Goiás, Marconi Perillo, Cachoeira pede para Andressa retirar móveis e pratarias, que, segundo ele, foram escondidas pelo ex-vereador Wladimir Garcez, tido como um dos auxiliares de Cachoeira.


Pelo serviço, Cachoeira promete para Andressa um carro zero quilômetro. A casa, segundo Cachoeira afirma na gravação, foi vendida por R$ 2,1 milhões. O governador Marconi Perillo receberia uma parte do recurso, segundo Cachoeira afirmou a Andressa. 

 - Cachoeira: Wladimir foi lá mais cedo e escondeu as pratarias dentro da cozinha. Vai lá pegar, por favor.

- Andressa: Amor, móveis vai ficar tudo lá?
- Cachoeira: Eu ofereci R$ 300 mil pelos móveis e ele não quis.- Andressa: Por quanto você vendeu?- Cachoeira: Dois e cem (R$2,1 milhões). Tá bom. Cem (mil reais) é do Marconi. Precisava passar esse trem logo para o nome dele porque não vamos perder um cliente de bilhões à toa, né?- Andressa: Roupa de cama, coisas de banheiro, nada vai?- Cachoeira: Deixa do jeito que está. Pega só as pratarias. Se custou tudo 600 mil, deixa lá. Para isso vai ganhar um carro zerinho.


 Em outro trecho, Cachoeira fala para Andressa que não quer que ninguém saiba que eram eles que moravam na casa. O contraventor fala para a mulher retirar, inclusive, a jovem que trabalhava na casa, a fim de que o novo morador não soubesse quem morava lá. Em outro áudio, Andressa fala da jovem que trabalhava na casa como cozinheira.

- Cachoeira: Vai lá agora, tira os trens e sai de lá. E deixa a chave no vaso.
- Andressa: Ele não quer ficar com a menina até ele chegar?- Cachoeira: Não, já leva ela. E deixa a chave no vaso. Até para não falar que a casa era nossa. Não quero que fale que a gente estava morando lá. Na cabeça dele, está comprando direto do Marconi.


- Andressa: Tá, estou indo lá agora.- Cachoeira: A tarde você tem seu carro, tá?

Cuidados
Outras gravações que estão em poder da CPI mostram que a própria Andressa orientava o marido sobre os cuidados que ele tinha de tomar para evitar que tivesse suas ligações telefônicas interceptadas.


- Andressa: Você nem percebe que está no telefone?
- Cachoeira: Percebo, não.
- Andressa:  Tem de se cuidar.


Em uma das gravações, Andressa fala de um negócio, sem dar detalhes. Eles optam por falar por meio do Skype (chamadas de voz e vídeo pela internet), que Cachoeira usava para evitar interceptações.
- Andressa: Sabe o que eu estava pensando. Não adianta, o negócio é quem nem o jogo. É arriscado.

- Cachoeira: Você está no Skype?- Andressa:  Quer que eu ligue o Skype?- Cachoeira: Sim.


FONTE:
http://g1.globo.com/politica/noticia/2012/08/gravacoes-indicam-que-andressa-conhecia-negociacoes-de-cachoeira.html

Brasil bate Argentina no vôlei e abre o dia dos clássicos com autoridade


Seleção de Bernardinho vence por 3 a 0, vai às semifinais em Londres e fica a dois passos de voltar ao topo nas Olimpíadas; duelo no basquete será às 16h

Por Rodrigo Alves Direto de Londres

Se a quarta-feira reserva dois clássicos decisivos entre Brasil e Argentina nas Olimpíadas de Londres, o primeiro teve jeitão de aquecimento. A começar pela Arena de Vôlei, que tinha muito mais bandeiras verde-amarelas e pequenos focos de azul e branco aqui e ali. Sentindo-se em casa, a seleção de Bernardinho não tomou conhecimento. Sem o peso de uma partida de quartas de final, o time jogou solto, manteve a concentração em dia e, quando os hermanos piscaram, já estavam liberados para a viagem de volta. Com boas atuações de Murilo e Sidão, o Brasil venceu tranquilo por 3 a 0 (25/19, 25/17, 25/20) e avançou às semifinais em Londres. Agora faltam dois passos para retornar ao topo do mundo olímpico.

Murilo na partida de vôlei do Brasil contra Argentina (Foto: Reuters)Murilo desce o braço contra os hermanos: ele foi o melhor atacante do Brasil em quadra (Foto: Reuters)

- Quando o time joga bem, acaba ficando mais fácil. Sacamos muito bem, e a atenção de todo mundo estava num nível muito alto. Nosso objetivo sempre é colocar o erro em zero, e hoje jogamos com muita consistência. A expectativa pelo basquete é muito grande, tomara que eles consigam a vitória, porque lutaram muito para estar aqui. Queríamos ir ao jogo à noite, mas acho que não vamos conseguir ingresso - afirmou Murilo, destaque do Brasil no jogo.


Campeão em Atenas 2004, o Brasil caiu na final em Pequim 2008 para os americanos, que podem ser os adversários nas semis. Eles enfrentam a Itália ainda nesta quarta, às 12h (de Brasília). O próximo duelo está marcado para sexta-feira, ainda sem horário definido. O SporTV transmite ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha os lances em Tempo Real. Na outra chave, as quartas de final são Rússia x Polônia (15h30m) e Bulgária x Alemanha (17h30m).

O basquete masculino completa a quarta de clássicos enfrentando a Argentina às 16h desta quarta e tentando voltar à semifinal olímpica após 44 anos de ausência.

Com Bruninho variando bem as jogadas e acionando atacantes em todos os cantos da quadra, o Brasil começou tranquilo na Arena de Vôlei. Cozinhou os primeiros minutos e, na parada técnica, vencia por 8/7. Na volta, deslanchou. Abriu 11/7, obrigou o treinador Javier Weber a parar o jogo, e nem isso adiantou. Com Murilo puxando o ataque, a vantagem subiu para oito pontos. No 20/13, o susto: Leandro Vissotto caiu e levou a mão à virilha direita. Saiu mancando, sob aplausos, e passou o restante da partida no banco, com aplicação de gelo na perna. Dentro da quadra, não fez falta. Pouco depois, Dante sentiu o joelho, mas logo se recuperou e voltou à quadra. O Brasil fechou o set em 25/19, graças a mais uma pancada de Murilo.

A segunda parcial foi mais equilibrada, mas só até a metade. Coube aos hermanos abrir vantagem no início e segurar os 8/7 na primeira parada. Aos poucos, o Brasil foi se encontrando. Quando os rivais piscaram, já perdiam por 16/12. E dali para frente, só deu Brasil. Com Sidão participando mais do jogo, as coisas ficaram mais fáceis. Foi num saque monstruoso dele que o set chegou ao fim: 25/17.

O roteiro foi parecido no terceiro set, com a Argentina ameaçando no início pelas mãos de Conte, mas o Brasil controlando sem perder a cabeça. Ao fazer 8/7 na parada técnica, Lucão caprichou no saque e abriu dois pontos, mas desta vez os adversários demoraram mais para largar o osso. Com apertados 16/15 na segunda parada, foi preciso enfiar o pé no acelerador para evitar surpresas. Feito. Perdendo por 20/17, Weber parou o jogo outra vez. Mas não adiantou, e teve até cortada de Dante na cabeça de Castellani. Àquela altura, já não havia mais clássico algum. De um lado, eram argentinos perdidos em busca do último suspiro. Do outro, um Brasil que fechou a parcial em 25/20 e, com o pé na porta, abriu seu caminho até a semifinal.

vôlei brasil argentina londres 2012 (Foto: Agência Reuters)vôlei Festa brasileira na quadra: vitória tranquila põe o Brasil nas semis em Londres (Foto: Agência Reuters)

FONTE: