quarta-feira, 29 de agosto de 2012

'Casa do movimento', Londres faz ode aos paralímpicos e inicia Jogos


Brasil estreia nesta quinta-feira com representantes no tênis de mesa, natação, hipismo, goalball, basquete em cadeira de rodas e judô

Por Cahê Mota Especial para o GLOBOESPORTE.COM, em Londres

Com muito orgulho dos feitos do passado e esperança de um futuro de ainda mais igualdade para os portadores de deficiência, Londres abriu nesta quarta-feira a 14ª edição das Paralimpíadas. Em cerimônia marcada por uma ode ao Dr. Ludwig Guttmann, revolucionário com a inclusão do esporte como forma de reabilitação de mutilados pela Segunda Guerra Mundial, e norteada por frases do cientista Stephen Hawking, que esteve presente, os ingleses exibiram o orgulho por serem os percursores do movimento paralímpico e deram a partida para a edição mais profissional dos Jogos.


Com a presença de inúmeros portadores de deficiência, uma encenação protagonizada pela personagem Miranda teve como tema principal o descobrimento de um novo mundo, sem limitações e em prol da igualdade entre as pessoas. No ato final, a canção “Eu sou o que sou” deu o tom do espírito paralímpico. No ponto alto da noite, Margaret Maughan, primeira britânica medalhista de ouro nos Jogos, em Roma-1960, acendeu a pira paralímpica.

Os Jogos Paralímpicos de Londres acontecem até o próximo dia 9 de setembro, nas mesmas instalações das Olimpíadas. Ao todo, cerca de 4.200 atletas competirão em 20 modalidades. Com 182 representantes, o Brasil chega como uma das grandes forças e almeja o sétimo lugar no quadro de medalhas. Nesta quinta-feira, primeiro dia de provas, o país terá representantes na natação, tênis de mesa, hipismo, goalball, basquete em cadeira de rodas e judô. O SporTV 3 transmite tudo ao vivo.

Volta ao passado e um conselho: ‘Seja curioso’

Uma viagem no tempo marcou o início da cerimônia de abertura. Nada mais justo. Afinal, na volta para seu berço, as Paralimpíadas tinham a obrigação de pedir a “benção” ao responsável pela criação do esporte para portadores de deficiência: Dr. Ludwig Guttmann. Sendo assim, o evento começou com olhos nos telões, onde uma das vítimas dos conflitos da Segunda Guerra Mundial revelou em depoimento detalhes do convívio com o médico que usou o modalidades esportivas para reabilitação de lesionados e criou os Jogos de Stoke Mandeville, em 1948.

Novas perspectivas eram dadas aos portadores de deficiência, um “novo mundo” surgiu. Mundo representado pelo “Big Bang” encenado no centro do palco. Foi quando uma frase de incentivo a novas descobertas, a busca por novas perspectivas, tomou conta do sistema de som: “Olhe para além das estrelas, não para baixo dos seus pés. Tente dar sentido ao que você vê e questione o que faz o universo existir. Seja curioso”. Palavras de um dos portadores de deficiência mais bem sucedidos da história, o cientista Stephen Hawking, que tem o corpo paralisado quase em sua totalidade por conta de esclerose lateral amiotrófica (ELA), e surpreendeu ao marcar presença no centro do palco lua, mesmo aos 70 anos.


Fisico Britânico Stephen Hawking, Abertura jogos paralimpicos (Foto: Agência Reuters)Stephen Hawking dá conselho: 'seja curioso'
(Foto: Agência Reuters)

As palavras de Hawking serviram de incentivo para Miranda, personagem cadeirante que passeou pelo estádio em busca de novas perspectivas para superar seus limites. A esta altura, o público já tinha ido ao delírio ao som da música “Umbrella”, da cantora Rihanna, executada com performance de dançarinos, entre eles cadeirantes e amputados, que voavam com seus guarda-chuvas gigantes.

Enquanto Miranda seguia com sua cadeira em direção a um novo mundo, representado por um glóbulo ocular de um deficiente visual, um livro gigante da declaração dos direitos humanos seguia na mesma direção. No centro do palco, um coral anunciava valores que pregam a igualdade entre todas as pessoas na sociedade moderna. Ao descobrir uma nova vida, sem barreiras ou limitações físicas, a personagem saiu de cena, e os holofotes se voltaram para tribuna de honra do local.
Rainha discreta e festa brasileira


Paralimpíadas de Londres rainha Elizabeth (Foto: Getty Images)Rainha prestigia a abertura (Foto: Getty Images)

Ao contrário da abertura das Olimpíadas, quando um dublê encenou uma chegada de paraquedas, não houve surpresa na aparição da Rainha Elizabeth II. Acompanhada do Sir Phillip Craven, presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), ela foi ovacionada pelos cerca de 80 mil presentes. E acompanhou de pé o desfile da bandeira britânica até o hasteamento sob o hino nacional “God save the Queen” (Deus salve a Rainha). Os príncipes Harry e William, netos, e Kate Middleton, duquesa de Cambridge, também estavam por lá, na tribuna.

Reverências prestadas à realeza, os holofotes se viraram para os atletas. No telão, um emocionante clipe exibiu imagens de todas as 13 edições dos Jogos, desde Stoke Mandeville 1948 até Pequim 2008, para em seguida ter início o desfile das delegações. Depois de superar tantos problemas ao longo das últimas décadas, o Afeganistão surgiu de forma emblemática como primeira das 166 nações na pista do Estádio Olímpico.


Paralimpíadas de Londres cerimônia de abertura Daniel Dias (Foto: Getty Images)Daniel Dias, porta-bandeira brasileiro (Foto: Getty)

Décimo-nono na fila, o Brasil foi quem levantou o público pela primeira vez. Com o nadador Daniel Dias como porta-bandeira, a maioria dos 182 atletas esteve presente e fez a festa com danças e muita bagunça.

Enquanto os outros países desfilavam, a festa continuava e os brasileiros não paravam. Fosse incentivando os outros competidores ou fazendo coreografias com voluntários a regra parecia ser única: se divertir.

Maior estrela dos Jogos, Oscar Pistorius também causou frisson ao carregar a bandeira da África do Sul. O auge, entretanto, obviamente, foi a entrada do Team GB, como é chamada a equipe da Grã-Bretanha.

Os britânicos desfilaram ao som da música "Heroes", do inglês David Bowie. Já com todos os atletas no centro do estádio, a soprano cega Denise Leigh subiu ao palco e cantou a canção "Spirit in Motion" (Espírito em Movimento).

Grã-Bretanha exalta orgulho por ser a ‘casa’ paralímpica

Com os atletas a postos, o presidente do Locog, comitê organizador dos Jogos, Sebastian Coe, e o Sir Phillip Craven, presidente do IPC, assumiram os microfones. No discurso, o orgulho britânico de ter iniciado o movimento paralímpico se fez evidente. Em suas primeiras palavras, Coe disse:
- Bem-vindos à casa dos Jogos Paralímpicos.


Oscar Pistorius na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Londres (Foto: Getty Images)Pistorius leva a bandeira sul-africana (Foto: Getty)

O bicampeão olímpico dos 1.500m exaltou ainda a importância do Dr. Ludwig Guttmann e disse que o esporte “mostra a capacidade das pessoas e se recusa a dizer não”. Ex-atleta paralímpico, Sir Phillip Craven seguiu o mesmo raciocínio e mandou um recado direto aos cerca de 4.200 competidores presentes:

- Vocês são agentes da mudança na sociedade e também o modelo que poderá inspirar o mundo todo. Vocês escreverão o próximo capítulo da história do movimento paralímpico. Vocês não têm apenas capacidade de ganhar medalhas, mas também de mudar o mundo.

Em seguida, ele agradeceu a presença de Jacques Rogge, presidente do COI, na tribuna, rechaçando qualquer rivalidade entre os comitês que gerem o esporte no mundo, e passou a palavra para que a Rainha Elizabeth II declarasse aberta as Paralimpíadas. Foi o sinal para que fogos tomassem conta do céu de Stratford.

A responsável por fazer o juramento dos atletas foi a nadadora britânica Liz Johnson, ouro nos 100m peito em Pequim e prata em Atenas-2004. Até que Miranda, interpretada pela jovem Nicole Miles Wildin, voltou a cena para desbravar seu novo mundo. Enquanto um padre, interpretado pelo ator inglês Ian McKellen, que participou de X-Men e Senhor dos Anéis, mostrava para personagem a importância de conhecimento do mundo através da leitura, atletas sobrevoavam o estádio com próteses e cadeiras de rodas.

Toda a apresentação foi marcada pela participação de artistas portadores de deficiência e a cada declaração prevista no roteiro tinha tradução para surdos no telão. Em um dos pontos altos da noite, o dançarino David Toole, que não tem as pernas, fez uma performance ao som da cantora inglesa Birdy e voou ao encontro de Miranda no centro do palco.


Ex-paciente do hospital de Stoke Mandeville acende tocha

Cada mudança de cenário era introduzida por uma frase de Stephen Hawking. E o próximo passo no fantástico mundo de Miranda foi se deparar com o mundo da ciência. Neste momento, maçãs distribuídas para 62 mil pessoas foram mordidas simultaneamente em celebração ao momento em que Isaac Newton começou a formular a Lei da Gravidade. De acordo com o script, porém, o melhor ainda estava por vir para a personagem.

Antes, porém, Hawking voltou ao palco enquanto dançarinos e atores portadores de deficiência exibiam mensagem de apoio aos direitos humanos. No ato final, com uma escultura gigante da escultura Alison Lapper, que não tem os braços, grávida , Miranda quebra um anel de vidro simbólico e dá início ao sua nova vida.

Neste momento, uma mensagem especial de Stephen Hawking sobre o movimento paralímpico é exibida. Nela, o cientista diz que os paralímpicos podem mudar a percepção do mundo e que todos são diferentes, mas compartilham de um mesmo espírito para, por fim, desejar boa sorte a todos.

No ato final, coube a ex-atleta, Margaret Maughan, acender a chama paralímpica. Aos 84 anos, ela foi a primeira medalhista de ouro britânica nos Jogos, em 1960, com vitórias no arco e flecha e nos 50m nado peito. Vítima de um acidente de carro em 1959, ela ficou paraplégica e se tratou no hospital de reabilitação de Stoke Mandeville, justamente onde Ludwig Guttmann deu início ao movimento paralímpico. Passado e presente juntos na edição que promete mudar o futuro das Paralimpíadas. A festa começou!


cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Londres (Foto: Getty Images)Estádio olímpico se colore para os Jogos Paralímpicos de Londres (Foto: Getty Images)

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Após 22 vitórias seguidas em NY, Clijsters perde e encerra a carreira


Belga tricampeã do torneio cai diante da inglesa Laura Robson, de 18 anos

Por SporTV.com Nova York

Kim Clijsters tênis US Open 2r (Foto: Getty Images)Clijsters acena pela última vez (Foto: Getty Images)

No começo do ano, Kim Clijsters deixou claro. Encerraria a carreira no US Open. Aos 29 anos, a belga queria colocar um ponto final na carreira no torneio que mais lhe deu alegrias. Foi lá que conquistou três de seus quatro troféus de Grand Slam e foi lá, nesta quarta-feira, que a aposentadoria chegou. Diante de uma inspirada Laura Robson, que tinha apenas 9 anos na data da última derrota da belga em Nova York, a belga sucumbiu. Por 7/6(4) e 7/6(5), a britânica de 18 anos, número 89 do mundo, venceu o último jogo profissional de Kim Clijsters.

Até esta quarta-feira, a ex-número 1 do mundo somava 22 vitórias consecutivas no US Open. Clijsters foi campeã em 2005, 2009 e 2010, últimas três vezes que foi a Flushing Meadows (não jogou em 2006, lesionada, em 2007 e 2008 porque estava afastada do circuito, e ausentou-se novamente por causa de lesão em 2011). Sua última derrota em Nova York havia sido na final do torneio em 2003 - Clijsters também não jogou o torneio em 2004.

Após conter as lágrimas, Clijsters sorriu e agradeceu quando teve o microfone à disposição para falar ao público pela última vez.

- Obrigado, antes de mais nada. Um dos meus maiores sonhos tornou-se realidade aqui, em 2005, e cada vez que voltei me inspirei muito pela energia daqui. Joguei meu melhor tênis aqui. É o lugar perfeito para eu me aposentar. Eu só desejava que não fosse hoje - disse ao público a tenista, que ainda disputará as chaves de duplas e duplas mistas em Flushing Meadows.

A belga já havia se afastado do circuito de 2007 a 2009, período no qual se casou com o jogador americano de basquete Brian Lynch e teve uma filha, Jada. Desta vez, Clijsters afirma que está ansiosa por uma nova etapa.

- Não havia dúvida que eu escolheria este torneio para fazer o último jogo da minha vida. Eu dei tudo de mim hoje, mas não foi o suficiente. Desde que eu me aposentei pela primeira vez, tudo foi uma grande aventura para meu time e minha família. Tudo valeu a pena. Agora estou olhando para a frente, para a próxima parte da minha vida.

A belga de 29 anos encerra a carreira com quatro títulos de Grand Slam (conquistou também o Australian Open de 2011), outros 37 troféus em simples e mais 11 em duplas. Ela chegou à liderança do ranking mundial pela primeira vez em 2003. Em 2011, voltou ao topo e, ao todo, ocupou o posto mais alto da lista da WTA por 20 semanas. Clijsters também foi número 1 do mundo em duplas por três semanas e tornou-se a quinta tenista da história a liderar os dois rankings simultaneamente.

Kim Clijsters tênis Laura Robson US Open 2r (Foto: Getty Images)Clijsters abrça a algoz, Laura Robson, em seu último jogo de simples como profissional (Foto: Getty Images)

Começo animador

Clijsters entrou em quadra mais precisa, pressionando o serviço da britânica. Robson escapou de dois break points no segundo game, mas foi quebrada dois games depois, quando a belga soltou uma paralela de esquerda indefensável. Aos poucos, porém, Robson foi se encontrando no jogo e arriscando mais nas devoluções. Clijsters sacou em 5/4, para fechar o set, mas falhou. Com um bom forehand angulado, a britânica devolveu a quebra e igualou o placar.

O jogo tornou-se uma batalha de saques e devoluções. Clijsters chegou a dois set points no 12º game, quando Robson sacava em 5/6, mas a inglesa escapou. Primeiro, com uma devolução da belga que saiu. Depois, com um ace. A decisão só veio no tie-break. A favorita parecia levar vantagem e tinha 4/3, com o saque. Robson, porém, encaixou duas devoluções incríveis e virou o placar. Com o saque, fez 7/4 e faturou a parcial.

Robson bobeou no começo do segundo set, cedendo uma quebra ao cometer duas duplas faltas seguidas. Suas devoluções, por outro lado, compensavam, e a britânica se recuperou na sequência, tirando um game de saque de Clijsters.

Com a possibilidade de estar no último jogo da carreira aumentando a cada game, Clijsters passou aperto e teve de salvar dois break points antes de empatar a parcial em 3/3. Robson, ao contrário, ganhava confiança e soltava pancadas em todos os pontos. No décimo game, sacando em 4/5, a ex-número 1 do mundo ficou a dois pontos de ter o saque quebrado e ser eliminada. Sem ceder match points, escapou e empatou o jogo em 5/5.

No 12º game, depois de duas curtinhas ruins, Clijsters cedeu dois match points. No primeiro deles, salvou-se com uma ótima subida à rede e um excelente voleio. No segundo, fez um ace e adiou a aposentadoria. Outro tie-break fez-se necessário, e mais uma vez Robson foi espetacular. Com o placar empatado em 5/5, a britânica soltou um forehand espetacular na paralela e chegou ao match point. Em seguida, sacou bem e fechou o jogo quando a devolução de Clijsters saiu.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/US-Open/noticia/2012/08/apos-22-vitorias-seguidas-em-ny-clijsters-perde-e-encerra-carreira.html

Com grande primeiro tempo, Real supera o Barça e leva a Supercopa


Exibição acima da média dá título aos merengues graças ao critério de gols fora de casa. Cristiano Ronaldo e Messi deixam suas marcas com golaços

Por GLOBOESPORTE.COM Madri

Bastaram 45 minutos de grande futebol para o Real Madrid colocar um ponto final às precoces desconfianças. É como se todas as críticas recebidas em pouco mais de uma semana de temporada pelo mau início se transformassem em inspiração nesta quarta-feira. Com uma exibição muito acima da média no primeiro tempo, a equipe de Cristiano Ronaldo derrotou o Barcelona, por 2 a 1, no Santiago Bernabéu, e conquistou a Supercopa da Espanha. O título veio no critério de desempate de gols fora de casa, já que os catalães haviam vencido por 3 a 2 na última quinta, no Camp Nou.

Real Madrid, Supercopa (Foto: Agência EFE)Real Madrid e a Supercopa da Espanha: vitória por 2 a 1 no Bernabéu foi suficiente (Foto: Agência EFE)

Quem teve o privilégio de assistir ao superclássico viu uma grande exibição de Cristiano Ronaldo. O craque português marcou o segundo gol dos merengues com direito a um balão em Piqué e foi um dos destaques ao lado do volante alemão Sami Khedira e do lateral brasileiro Marcelo. O argentino Lionel Messi também deu suas caras com um golaço de falta, enquanto o compatriota Gonzalo Higuaín havia aberto o placar.

Desta forma, o Real não só dá o troco da Supercopa de 2011, como também quebra um tabu em seu próprio estádio. A última vitória merengue em clássicos no Bernabéu havia acontecido no dia 7 de maio de 2008, pelo Campeonato Espanhol. Desde então, os catalães venceram cinco vezes, com dois empates.

Cristiano e Messi também conquistaram novas marcas com mais um embate. Ao lado do chileno Iván Zamorano, o português se tornou o segundo jogador a fazer gols em cinco clássicos consecutivos. Já o argentino se igualou a Raúl González, ídolo do Real, como segundo goleador máximo de toda a história dos superclássicos, com 15 gols. O líder ainda é Di Stéfano, com 18.

Cristiano Ronaldo Real Madrid Barcelona (Foto: Reuters)Cristiano Ronaldo marcou pela quinta vez consecutiva no clássico (Foto: Reuters)

Um primeiro tempo muito real

Esqueça o Real Madrid que empatou com Valencia e perdeu para o Getafe em seus dois primeiros jogos no Campeonato Espanhol. Esqueça até mesmo o Real Madrid da última quinta-feira, quando foi derrotado com justiça pelo Barcelona no Camp Nou - e ainda encontrou um gol no fim graças a uma falha de Victor Valdés. Pois o que atuou - e atropelou - durante o primeiro tempo no Santiago Bernabéu já entrou para a história do clássico.

Xavi e Xabi Alonso, Real Madrid x Barcelona (Foto: Agência EFE)Xavi e o Barça foram engolidos no primeiro tempo
por um avassalador Real Madrid (Foto: EFE)

Você pode se assustar e achar um exagero, ainda mais ao descobrir que o placar parcial foi apenas de 2 a 1 para os donos da casa. Basta colocar o resultado na conta da imprevisibilidade do futebol. Em campo, o Real dominou do minuto inicial até o apito do árbitro Mateu Lahoz. Nesse intervalo, criou ao menos nove ótimas chances de gol. Marcou apenas dois gols, com Higuaín e Cristiano Ronaldo - e sofreu um até certo ponto injusto, quando Lionel Messi cobrou falta com perfeição para vencer Casillas.

O time de José Mourinho precisou apenas de 18 minutos para criar já uma grande vantagem. Aos seis, Higuaín recebeu de Marcelo e, em condição legal, perdeu frente a frente com Valdés. Ele não perdoaria mais um erro e abriria a contagem pouco depois, aos 11, ao aproveitar lançamento de Pepe e uma furada de Mascherano.

Já sentindo o título escapar das mãos, o Barcelona foi à frente e sofreu o segundo em um contra-ataque, talvez a sua maior fraqueza. Aos 18, Khedira colocou Cristiano Ronaldo no mano a mano com Piqué. O português tirou da cartola um lençol com o calcanhar antes de dominar e fuzilar. Valdés não conseguiu espalmar: 2 a 0.

Higuain, Real Madrid x Barcelona (Foto: Agência Getty Images)Higuaín não teve bom aproveitamento nas finalizações, mas deixou o seu (Foto: Agência Getty Images)

Adriano é expulso, mas Messi desconta

O que já era uma vitória tranquila por pouco não se tornou goleada. Aos 21, Higuaín repetiu sua primeira jogada e vacilou cara a cara com o goleiro espanhol. Dois minutos depois, Pepe marcou de cabeça, mas teve o gol anulado por falta em Adriano.

O próprio Adriano seria personagem na sequência. Cristiano Ronaldo avançou livre em mais um contra-golpe e, quando ganhava na corrida, foi puxado. O lateral brasileiro, que atuava na direita por conta da ausência inesperada de Daniel Alves, levou o cartão vermelho.

Se o futebol respeitasse a lógica, a expulsão abriria as portas para um placar histórico a favor dos merengues. Mas o Barcelona, mesmo sem mostrar segurança, conseguiu descer para o vestiário com um semblante de alívio. Primeiro porque Messi, com uma linda cobrança de falta, diminuiu aos 44 minutos. E depois porque Valdés e a má pontaria mantiveram o Real "apenas" com dois gols.

Messi, Real Madrid x Barcelona (Foto: Agência Reuters)Lionel Messi cobrou falta por fora da barreira para superar Casillas (Foto: Agência Reuters)

Barça cresce e ameaça

Era de se esperar que o ritmo fosse outro na etapa final. Mas não tão diferente. O Barcelona voltou determinado a recuperar a posse de bola que lhe faltou em boa parte do primeiro tempo e o fez com sucesso. Tocava ali, tocava acolá e esperava por centímetros para que desse o bote.
O jogo se arrastou nessas condições até os 16 minutos. Foi quando o Barça atacou pela primeira vez com perigo. Pedro recebeu ótimo lançamento nas costas da zaga, mas viu Casillas sair bem do gol para abafar. O goleiro titular da Espanha teria o seu nome gritado minutos depois, novamente quando Pedro ganhou de Sergio Ramos, dessa vez pela direita.

Messi e Xavi, Real Madrid x Barcelona (Foto: Agência AP)Messi e Xavi comemoram (Foto: Agência AP)

A primeira grande aparição do Real no ataque saiu aos 23. E surpreendentemente com Khedira. O volante alemão arrancou pela direita e passou por três marcadores até concluir para a defesa de Valdés. Apesar da vantagem do gol fora de casa, era muito pouco para quem sobrou nos 45 minutos iniciais e ainda jogava com um homem a mais.

Real se segura e leva a taça

O lance despertou o Real. Àquela altura já era frequente ver Cristiano Ronaldo, Higuaín e Di María correndo atrás da bola ainda no campo ofensivo. A cada recuperada da posse o time recebia um incentivo extra das arquibancadas repletas de madrilenhos. Em uma delas, Xabi Alonso aproveitou para deixar Higuaín livre. O centroavante argentino bateu colocado, mas acertou a trave após leve desvio de Mascherano.

Se não matou o jogo, o Real teve de sofrer nos minutos finais. Aos 46, Tello recebeu na direita, invadiu a área e chutou forte. Casillas fez a defesa. Na pressão, o Barça ainda chegou com Messi, aos 47, mas a sua conclusão de canhota foi para fora, bem perto da trave direita do espanhol. Para os Deuses do Futebol, melhor que ela tenha saído.

Cristiano Ronaldo, Real Madrid x Barcelona (Foto: Agência Getty Images)Assim como no Espanhol, Cristiano Ronaldo terminou o clássico como vencedor (Foto: Getty Images)

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Botafogo terá camisa rosa em linha especial para o público feminino


Franquia da loja oficial em Juiz de Fora havia antecipado a informação na rede social. Fornecedora de material esportivo do clube confirma a novidade

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Camisa rosa do Botafogo (Foto: Divulgação / Puma)
Camisa Rosa Botafogo (Foto: Divulgação / Puma)
O Botafogo e a Puma foram pegos de surpresa pela loja oficial do clube de Juiz de Fora-MG. Em sua página no Facebook, a franquia divulgou nesta quarta-feira uma imagem de uma camisa rosa, que seria um modelo feminino, anunciando uma espécie de pré-venda. A fornecedora de material esportivo do clube, em seguida, confirmou a informação e divulgou uma nota avisando que o produto será vendido nas lojas oficiais do Botafogo e da Puma.

- O lançamento dessa camisa demonstra o quanto a parceria tem sido positiva para ambos os lados. Nosso objetivo é lançar mais duas novidades ainda em 2012 - afirmou Marcelo Nicolau, gerente de marketing da Puma no Brasil.

O clube se recusou a falar sobre o assunto e funcionários da loja de Juiz de Fora informaram que a chegada do produto vai acontecer para a próxima semana. Coincidentemente, a cidade receberá o primeiro jogo do projeto dos mil gols de Túlio Maravilha, no dia 15 de setembro.

O vazamento da informação e da imagem pegou de surpresa os dirigentes do Botafogo, que ficaram irritados com a situação. A empresa havia prometido o lançamento de uma quarta camisa para esta temporada, mas não se trata do modelo rosa.

O Botafogo já conta com uma camisa azul, lançada quando logo no começo da trajetória de Loco Abreu no clube. Ela ainda contava com o número 13 e nome do jogador. Cogitou-se a possibilidade de ser feito o mesmo com Seedorf, produzindo uma camisa laranja número 10.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/08/imagem-de-camisa-rosa-do-botafogo-vaza-na-internet-e-causa-transtorno.html

Boleira sofre com o calor e desmaia durante partida do US Open


Jovem é atendida fora de quadra enquanto jogo continua em Nova York

Por SporTV.com Nova York

Boleira desmaia US Open tênis (Foto: Reuters)
Uma boleira do US Open não resistiu ao calor nova-iorquino e desmaiou nesta terça-feira, durante a primeira rodada do Grand Slam americano. A jovem, não identificada pelas agências de notícias, foi atendida na beira da quadra, enquanto a chinesa Shuai Peng e a russa Elena Vesnina continuaram seu duelo. A temperatura em Nova York passou dos 30 graus nesta terça (fotos: Reuters).

Boleira desmaia US Open tênis (Foto: Reuters)
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FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/US-Open/noticia/2012/08/boleira-sofre-com-o-calor-e-desmaia-durante-partida-do-us-open.html

Djokovic revela não conhecer rival brasileiro: 'Nunca ouvi falar'


Número 2 do mundo conta não saber nada sobre o próximo adversário no US Open e lembra de partidas contra Federer e Nadal quando mais novo

Por SporTV.com Nova York, EUA

O tenista brasileiro Rogério Dutra se classificou para a segunda rodada do US Open e enfrentará o atual campeão do torneio, o sérvio Novak Djokovic. Após 4h12m de jogo, Rogerinho, número 112 do mundo, derrotou o russo Teymuraz Gabashvili por 3 sets a 2 na primeira fase da competição.

Em entrevista ao SporTV, Djoko, que derrotou o italiano Paolo Lorenzi por 3 sets a 0, revelou não conhecer o próximo adversário.

- Nunca ouvi falar deste brasileiro. Será uma partida interessante para ambos e irei focar no meu jogo - disse.

Diante da situação de Rogério, o número 2 do mundo lembrou das partidas que disputou contra Federer e Nadal no início de sua carreira, quando os rivais eram melhores do que ele.

- É uma experiência fantástica. Quando jogava contra os melhores, eu estava começando e tentando dar o máximo no jogo. Joguei algumas partidas com o Federer na Austrália e com o Nadal em Roland Garros há cinco, seis anos atrás. Tentei fazer dessas as melhores experiências. Joguei o meu melhor na quadra e não desisti, é claro - contou.

nadal djokovic us open tênis   (Foto: Getty Images)O sérvio Novak Djokovic exibe a taça de campeão
do US Open de 2011 (Foto: Getty Images)

Ciente de que se manter no US Open após a segunda rodada não será uma tarefa fácil, Rogério Dutra não conseguiu esconder o entusiasmo com a oportunidade de enfrentar o sérvio.

- É uma missão quase impossível porque eu vou jogar com uma lenda do tênis. Vai ser um sonho, eu vou tentar desfrutar o máximo do jogo com ele, vai ser um aprendizado muito grande - celebrou.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/programas/sportv-news/noticia/2012/08/antes-de-enfrentar-rogerio-djokovic-lembra-jogos-contra-tenistas-melhores.html


Rogerinho supera russo no quinto set e avança para encarar Djokovic


Após mais de quatro horas de partida, brasileiro arranca vitória por 3 a 2

Por SporTV.com Nova York

O brasileiro Rogério Dutra Silva, número 112 do mundo, se classificou para a segunda rodada do Us Open após 4h12m de jogo contra o russo Teymuraz Gabashvili (174º). Rogerinho teve trabalho para superar o tenista que veio do qualifying, mas mostrou a sua força nos dois últimos sets para vencer por 3 a 2, parciais de 6/4, 4/6, 6/7(5), 6/3 e 7/5. Na próxima rodada, ele vai ter pela frente o atual campeão e número 2 do mundo, Novak Djokovic, que derrotou o italiano Paolo Lorenzi.
O primeiro set foi equilibrado, com poucas chances de quebra. Rogerinho teve dois break points logo no começo, mas não conseguiu converter. Gabashvili, que não tinha ameaçado o serviço do brasileiro, enfim teve chances no décimo game. Sacando em 4/5, o paulista salvou quatro set points, mas não evitou que o rival aproveitasse o quinto e fechasse o set em 6/4.

Embora sem grande aproveitamento de primeiro saque (54% na segunda parcial), Rogerinho continuou confirmando a maioria de seus serviços sem ser pressionado. O brasileiro voltou a ter chances de quebra no sétimo game e, desta vez, não bobeou e tomou a dianteira. Gabashvili, que venceu apenas seis pontos de devolução no set, não ameaçou mais, e Rogerinho devolveu o 6/4 para empatar o jogo em 1 set a 1.

Após início equilibrado no terceiro set, Rogerinho conseguiu uma quebra com bola vencedora no quinto game e sacou em seguida para fazer 4/2. Parecia que iria deslanchar, mas o russo não se entregou, confirmou seu saque, quebrou o serviço do brasileiro para empatar e sacou para fazer 5/4 no jogo. A partir daí, os dois foram confirmando o saque e o jogo teve que ser dicidido mesmo no tie-break. O russo perdeu um set point, viu Rogerinho se aproximar, mas venceu por 7/6(5).
Reação do brasileiro

A derrota na terceira parcial não desanimou Rogerinho, que voltou para a quadra disposto a levar o jogo para o quinto set. Forçando o saque e com golpes duros, conseguiu a quebra no quarto game e sacou para fazer 4/1. Dessa forma, ele administrou a vantagem para vencer o quarto set em 6/3.

O quinto e decisivo set começou equilibrado, com os dois tenistas confirmando os seus saques até o sexto game. Com raça, o brasileiro conseguiu a quebra de zero e virou o game seguinte salvando break points para fazer 5/3. Mas o russo não se entregou tão facilmente. Confirmou na sequência e supreendeu o brasileiro com uma quebra para empatar o jogo (5/5). Com nervos de aço, Rogerinho obteve nova quebra e encaixou o saque para fechar a partida em 7/5 e selar a vitória por 3 sets a 2.

Com o resultado, o paulista de 28 anos, iguala a sua primeira participação em Flushing Meadows. No ano passado, ele também chegou à segunda rodada da competição.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/US-Open/noticia/2012/08/rogerinho-supera-russo-no-quinto-set-e-avanca-para-encarar-djokovic.html

Serena Williams abre campanha com vitória tranquila diante de compatriota


Número 4 do mundo vence Coco Vandewegue por duplo 6/1, em 55 minutos

Por SporTV.com Nova York

A americana Serena Williams não deu chances para a compatriota Coco Vandewegue e começou com pé direito a sua participação no Us Open. Nesta terça-feira, a número 4 do mundo atropelou a adversária por duplo 6/1, em apenas 55 minutos de partida (assista aos pontos finais no vídeo). Vice-campeã em 2011, Serena ganhou cinco títulos nesta temporada e busca o quarto título em Flushing Meadows (foi campeã em 1999, 2002 e 2008). Na próxima rodada, ela enfrenta a espanhola Maria Jose Sanchez, que passou pela croata Mirjana Lucic por 6/3 e 7/5.

Campeã em Wimbledon e nos Jogos Olímpicos,  Serena se impôs em quadra desde o início. Com golpes duros, dominou as ações e não deixou a compatriota jogar. Visivelmente nervosa, a sua rival americana de 20 anos sentia dificuldades para devolver as bolas e virou presa fácil para a número 4 do mundo, que fechou a parcial em 6/1.

Serena Williams tênis US Open (Foto: Agência Reuters)Serena Williams em ação: número 4 do mundo atropela compatriota na estreia (Foto: Agência Reuters)

No segundo set, Serena aproveitou as falhas da rival, que cometeu erros infantis de devolução e seis duplas faltas, para repetir o placar da primeira parcial do jogo e selar a vitória com novo 6/1.
Wozniacki dá adeus

Quem decepcionou foi a ex-número 1 do mundo e atual nona colocada da lista da WTA, Caroline Wozniacki. A dinamarquesa, vice-campeã em 2009, caiu na primeira rodada ao ser derrotada pela romena Irina Begu, 96ª colocada, por 2 sets a 0, com duplo 6/2. Na próxima rodada, Begu enfrenta a espanhola Silvia Soler-Espinosa que bateu a russa Alla Kudryavtseva por 6/3 e 6/2.


FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/US-Open/noticia/2012/08/serena-williams-abre-campanha-com-vitoria-tranquila-diante-de-compatriota.html

Azarenka domina outra vez e passa à terceira rodada em Nova York


Tenista bielorrussa tem a liderança do ranking ameaçada no US Open

Por SporTV.com Nova York

Victoria Azarenka não teve problemas para assegurar sua vaga na terceira rodada do US Open. A bielorrussa foi sempre agressiva do fundo de quadra e contra-atacou com eficiência, quando sua adversária, e belga Kirsten Flipkens, tentou mudar o jogo com subidas à rede. Por 6/2 e 6/2, a número 1 do mundo venceu com facilidade.

Victoria Azarenka US Open 2r (Foto: Getty Images)Victoria Azarenka garante a liderança do ranking se chegar à final do US Open (Foto: Getty Images)

Na estreia, há dois dias, Azarenka já havia vencido com autoridade. Diante da russa Alexandra Panova, a favorita cedeu apenas um game e fez 6/0 e 6/1. Agora, após quatro sets disputados, a bielorrussa cedeu apenas cinco games.

Em Nova York, Azarenka tem a liderança do ranking ameaçada pela atual número 2, Agnieszka Radwanska, e pela número 3, Maria Sharapova. Para manter a posição sem precisar contar com derrotas das rivais, a bielorrussa precisa pelo menos alcançar a decisão.

Saiba mais sobre a briga pelo número 1 no blog Saque e Voleio

A próxima adversária de Azarenka no US Open será a chinesa Jie Zheng (28 do mundo), que derrotou a qualifier eslovaca Magdalena Rybarikova (66) por 6/3 e 6/1.

Flipkens confirmou o serviço no primeiro game, mas foi o único momento no jogo em que a belga teve a dianteira no placar. Azarenka conseguiu a primeira quebra do jogo no terceiro game e não olhou para trás. A bielorrussa cedeu apenas um break point na parcial, mas se salvou. Outra quebra, agora no sétimo game, deu vantagem definitiva à número 1. Com o serviço, Vika fez 6/2 e fechou o set inicial.

A belga abriu a segunda parcial jogando de forma mais agressiva. A tática lhe rendeu duas chances de quebra logo no quarto game. Azarenka, contudo, salvou-se mais uma vez. A bielorrussa manteve o bom ritmo e, no game seguinte, venceu os quatro pontos e triunfou no saque de Flipkens. A número 1, então, tomou novamente o controle do jogo e disparou na frente até fazer outro 6/2.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/US-Open/noticia/2012/08/azarenka-domina-outra-vez-e-passa-terceira-rodada-em-nova-york.html

John Isner faz 20 aces e escapa de zebra em sua estreia no US Open


David Ferrer e Janko Tipsarevic confirmam favoritismo e também avançam

Por SporTV.com Nova York

John Isner tênis US Open 1r (Foto: Reuters)Isner comemora a suada vitória (Foto: Reuters)

Não foi nada fácil, mas os americanos escaparam de perder seu tenista mais bem ranqueado logo na primeira rodada do US Open. Graças principalmente a 20 aces - um deles, decisivo no quarto set -, John Isner derrotou o belga Xavier Malisse e avançou à segunda rodada em Nova York. As parciais do jogo foram 6/3, 7/6(5), 5/7 e 7/6(9).

Depois de vencer as duas primeiras parciais, o tenista da casa viu Malisse vencer o terceiro set e crescer na partida. Eliminado dos últimos três Grand Slams em jogos de cinco sets, Isner esteve perto de permitir que o adversário empatasse o jogo em 2 a 2. Após dois belos winners, Malisse teve um set point no tie-break da quarta parcial. O americano, contudo, disparou um ace e se salvou. Pouco depois, graças a dois erros do adversário, comemorou a vitória e a vaga.

A vitória desta quarta-feira foi a sexta consecutiva de Isner no circuito. Antes de ir a Nova York, o americano disputou e venceu o ATP 250 de Winston-Salem, onde derrotou Tomas Berdych na final. Atual número 10 do mundo, ele enfrentará na segunda rodada o finlandês Jarkko Nieminen (42 do mundo), que avançou após a desistência do cazaque Mikhail Kukushkin (65).
Ferrer e Tipsarevic avançam

A lista de favoritos que estrearam nesta quarta-feira com vitória inclui também o espanhol David Ferrer (5) e o sérvio Janko Tipsarevic (9). Ferrer teve pouco trabalho e precisou apenas de três sets para eliminar o sul-africano Kevin Anderson (34): 6/4, 6/2 e 7/6(3). O quinto colocado no ranking enfrentará na próxima fase o qualifier holandês Igor Sijsling (78), que surpreendeu ao superar o espanhol Daniel Gimeno-Traver (96) por 7/5, 6/3 e 6/4.

Tipsarevic, por sua vez, passou aperto. O top 10 sérvio perdeu os dois primeiros sets para o convidado francês Guillaume Rufin (129), mas acordou a tempo. O favorito saiu de quadra com a vitória por 4/6, 3/6, 6/2, 6/3 e 6/2. Tipsarevic enfrentará na segunda rodada o americano Brian Baker (70), que derrotou o tcheco Jan Hajek (92) por 6/3, 6/4 e 6/2.

Confira os resultados desta quarta em Nova York:
John Isner (EUA)[9] 3 x 2 Xavier Malisse (BEL) - 6/3, 7/6(5), 5/7 e 7/6(9)
David Ferrer (ESP)[4] 3 x 0 Kevin Anderson (RSA) - 6/4, 6/2 e 7/6(3)
Janko Tipsarevic (SER)[8] 3 x 2 Guillaume Rufin (FRA) - 4/6, 3/6, 6/2, 6/3 e 6/2
Lleyton Hewitt (AUS) 3 x 1 Tobias Kamke (ALE) - 4/6, 6/2, 6/1 e 6/4
Brian Baker (EUA) 3 x 0 Jan Hajek (TCH) - 6/3, 6/4 e 6/2
Cedrik-Marcel Stebe (ALE) 3 x 1 Viktor Troicki (SER)[29] - 6/4, 6/4, 3/6 e 6/2
Jarkko Nieminen (FIN) venceu Mikhail Kukushkin (CAZ) por 6/0, 6/2 e abandono
Gilles Muller (LUX) 3 x 2 Mikhail Youzhny (RUS)[28] - 2/6, 3/6, 7/5, 7/6(6) e 7/6(6)
Benoit Paire (FRA) 3 x 1 Grigor Dimitrov (BUL) - 5/7, 6/3, 7/6(4) e 6/2
Igor Sijsling (HOL) 3 x 0 Daniel Gimeno-Traver (ESP) - 7/5, 6/3 e 6/4
Leonardo Mayer (ARG) 3 x 0 Lukasz Kubot (POL) - 6/4, 6/4 e 7/5
Grega Zemlja (SLO) 3 x 0 Ricardo Mello (BRA) - 7/5, 7/6(3) e 7/5


FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/US-Open/noticia/2012/08/john-isner-faz-20-aces-e-escapa-de-zebra-em-sua-estreia-no-us-open.html

Duplas brasileiras iniciam caminhada rumo ao título do Mundial Sub-21


Buscando o triunfo na cidade de Halifax, no Canadá, país será representado por Rebecca/Drussyla, no feminino, e Marcus/Guto, no masculino

Por GLOBOESPORTE.COM Halifax, Canadá

Rebecca e Drussyla, dupla de vôlei de praia (Foto: Divulgação/CBV)Rebecca e Drussyla são treinadas pela campeã
olímpica Jackie Silva (Foto: Divulgação/CBV)

Começa nesta quarta-feira, em Halifax, no Canadá, a 12ª edição do Campeonato Mundial Sub-21 de Vôlei de Praia. Maior vencedor da competição, com nove conquistas, o Brasil será representado pelas duplas Rebecca/Drussyla e Marcus/Guto.

Treinada pela campeã olímpica Jackie Silva, a dupla feminina chega à competição cercada por grandes expectativas, principalmente por ter ganho uma etapa do Circuito Sul-Americano adulto, no começo da temporada.

- Fizemos uma ótima preparação e estamos muito focadas nesta competição. Independente de sermos jovens, temos maturidade suficiente para sermos campeãs e vamos dar o nosso melhor. Temos um ótimo entrosamento também fora da quadra e isso favorece bastante - comentou Drussyla.

No masculino, os irmãos Marcus e Guto também vêm para o Mundial cercados por boas perspectivas de medalha. A dupla se preparou por quatro meses, treinando forte no Centro de Treinamento Aryzão, em Saquarema (RJ).

- No ano passado fomos muito bem e chegamos muito perto do título, mas infelizmente não deu. Este é o meu último ano no Sub-21 e quero me despedir com o ouro. Tivemos quatro meses de treinos fortes, pensando somente em vôlei de praia, e estamos bem preparados - afirmou Marcus.

Guto e Marcus, dupla de vôlei de praia (Foto: Divulgação/CBV)Guto e Marcus posam no Rio de Janeiro antes do embarque para o Canadá (Foto: Divulgação/CBV)

A edição 2012 do Campeonato Mundial Sub-21 terá 32 duplas em cada naipe. Na primeira fase, as equipes estão divididas em oito chaves. Os campeões serão conhecidos somente no domingo.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2012/08/duplas-brasileiras-iniciam-caminhada-rumo-ao-titulo-do-mundial-sub-21.html

Musas do vôlei: atletas do Campinas atacam de modelo em ensaio casual


Das 13 jogadoras da equipe, 11 posaram para ação de marketing de apresentação do grupo em pontos turísticos da cidade

Por GLOBOESPORTE.COM Campinas, SP

Saem os uniformes, entram roupas casuais. Saem as expressões de concentração e esforço, entram os sorrisos fáceis. Saem as jogadoras de vôlei, entram as modelos. Em uma ação de marketing para apresentar o elenco, o time feminino de Campinas inovou e trocou as tradicionais imagens 3x4 por um ensaio fotográfico descontraído.

A meio de rede Walewska (Foto: Divulgação Vôlei Amil)A meio de rede Walewska, campeã olímpica em 2008, é uma das modelos (Foto: Divulgação Vôlei Amil)

Foram usados cenários diferentes para cada atleta. A Praça Arautos da Paz foi um dos pontos turísticos da cidade que serviu de locação, a exemplo de hotéis e a ponte sobre o Rio Atibaia, em Sousas. As jogadoras tiveram tratamento de modelo, com direito a produção de gala e troca de trajes durante a sessão.

Para a maioria, a experiência foi inédita. Não é o caso da meio de rede Renata, que já havia encarado as lentes em situação semelhante.
- Eu já tinha feito um book para uma agência de modelos em 2008, mas fui jogar no Minas quando me chamaram – comentou a atleta.
Das 13 atletas da equipe, 11 posaram para os cliques. Somente a levantadora Fernandinha, campeã olímpica em Londres e que tirou alguns dias de descanso, e a búlgara Elitsa Vasileva, que ainda não se juntou ao grupo, ficaram fora.
A meio de rede Renata (Foto: Divulgação Vôlei Amil)A meio de rede Renata já havia passado por experiência semelhante (Foto: Divulgação Vôlei Amil)

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Técnico da seleção feminina russa, Sergei Ovchinnikov morre aos 43 anos


Clube informa falecimento à Federação, mas causa ainda é desconhecida

Por Agências de notícias Moscou, Rússia

vôlei feminino Sergei Ovchinnikov rúusia  (Foto: Divulgação / FIVB)Sergei Ovchinnikov era técnico da seleção feminina
russa de vêol (Foto: Divulgação / FIVB)

Sergei Ovchinnikov, treinador da seleção russa feminina de vôlei e do Dínamo de Moscou, faleceu aos 43 anos de idade, informou nesta quarta-feira o presidente da Federação de Vôlei da Rússia, Aleksandr Yaremenko.

- Não sabemos nada mais. A única coisa que posso confirmar é a sua morte. Telefonaram do seu clube, que agora está na Croácia, e por isso não há maiores detalhes - explicou Yaremenko, segundo a agência oficial russa "RIA Novosti".

Ovchinnikov assumiu a seleção russa de vôlei em outubro de 2011 e conseguiu levar suas pupilas aos Jogos Olímpicos deste ano.

Em Londres, a Rússia chegou às quartas de final, fase em que foi derrotada por 3 a 2 pelo Brasil, que chegaria à medalha de ouro na sequência.

vôlei feminino Sergei Ovchinnikov rúusia Lesya Makhno (Foto: Divulgação / FIVB) Sergei Ovchinnikov com a jogadora Lesya Makhno à beira da quadra (Foto: Divulgação / FIVB)

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Juliana/Larissa tenta recuperar coroa em Aland para ser hepta no Circuito


Dupla brasileira ocupa a primeira colocação do ranking mundial e busca voltar ao alto do pódio da etapa finlandesa do torneio, que não vence desde 2009

Por SporTV.com Mariehamn, Finlândia

De volta do topo do ranking mundial, Juliana e Larissa tentarão recuperar mais uma coroa nesta semana. Campeãs de duas das quatro edições da etapa de Aland do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, as brasileiras viram as chinesas Xue e Zhang Xi no topo do pódio nas últimas duas temporadas. Sem as asiáticas pelo caminho desta vez, a dupla pode garantir o heptacampeonato antecipado do Circuito se levar o ouro. Na caminhada, elas terão a companhia de outras duas parcerias do país. Ágatha/Bárbara Seixas e Maria Clara/Lili também estreiam diretamente na fase de grupos, na quinta-feira.

Juliana Larissa vôlei de praia etapa de Aland 2009 (Foto: Divulgação/FIVB)Juliana e Larissa levam ouro na etapa de Aland pela última vez em 2009 (Foto: Divulgação/FIVB)

Juliana e Larissa formam a única parceria que conquistou medalha em todas as edições do torneio finlandês. Em 2007 e 2009, levaram o ouro após vencerem as chinesas Tian/Wang e as americanas Kessy/Ross, respectivamente. Em 2010, caíram na final diante das chinesas Xue/Zhang Xi, campeãs nas duas últimas temporadas. No ano passado, as campeãs mundiais faturaram o bronze após baterem as compatriotas Talita e Maria Elisa.

Juliana e Larissa chegam à ilha finlandesa na liderança do ranking mundial, com 5.280 pontos. Únicas concorrentes na disputa pelo título da temporada, as chinesas Chen Xue e Zhang Xi, que têm 5.240, não estão inscritas. Se vencerem a etapa, as brasileiras chegarão a 5.560 pontos no ano. Já considerando os descartes previstos no regulamento, estarão fora do alcance das asiáticas. As rivais poderão chegar a no máximo a 5.520 se vencerem a última etapa do ano, em outubro, na Tailândia.

vôlei de praia Bárbara Agatha etapa Stare Jablonki Polônia (Foto: Divulgação / FIVB)Ágatha e Bárbara Seixas também estreiam já na
fase de grupos (Foto: Divulgação / FIVB)

As outras duplas brasileiras inscritas nesta etapa conquistaram bons resultados recentes. Maria Clara e Lili, que passaram a maior parte do ano disputando o country cota ao lado de Raquel e Ângela, respectivamente, jogaram juntas pela primeira vez no Grand Slam de Stare Jablonki. Na competição polonesa, se despediram na quinta colocação.

Ágatha e Bárbara Seixas tiveram bom desempenho em Stare Jablonki, quando terminaram em nono, e no Grand Slam de Gstaad. Na Suíça, as duas vieram do country cota, passaram pela repescagem e eliminaram Juliana e Larissa nas oitavas de final. Nas quartas, cederam a virada para as atletas da casa Kuhn e Zumkehr e terminaram em quinto.

Uma etapa finlandesa e sueca

A etapa de Aland possui algumas curiosidades. Em suas quatro primeiras edições foi um evento masculino e feminino. Esta será a primeira vez que receberá apenas mulheres, sendo a segunda de três torneios de gênero único – Sanya, na China, e Bangsaen, na Tailândia, completam a lista – na temporada.

A ilha de Aland está situada na parte sul do Golfo de Bótnia, no Mar Báltico. Apesar de ser um território finlandês, tem o sueco como idioma oficial de seus 25 mil habitantes. A localização estratégica fez com que as federações de Suécia e Finlândia se unissem para organizar a etapa do Circuito Mundial, considerada estratégica para desenvolver o esporte na região. O evento, batizado de “Paf Open”, é realizado na cidade de Mariehamn e é responsável por atrair parte dos 2 milhões de visitantes que a região atrai todos os anos.


Quadra central Aland vôlei de praia (Foto: Divulgação/FIVB)Quadra central da etapa de Aland em dia de chuva (Foto: Divulgação/FIVB)

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Com Sheilla e Garay, Osasco monta esquadrão para se manter no topo


Time paulista agora conta com cinco campeãs olímpicas em seu elenco

Por Adilson Barros São Paulo

Um supertime. Pelo menos no papel, a equipe do Osasco promete se manter no topo do vôlei feminino brasileiro na temporada 2012/2013. Nesta quarta-feira, o clube apresentou mais dois reforços de peso: a oposto Sheilla e a ponteira Fernanda Garay, campeãs olímpicas em Londres. Agora, o time comandado por Luizomar de Moura conta com cinco medalhistas de ouro em Olimpíadas – além das duas recém-chegadas, fazem parte da equipe Thaísa, Adenizia e Jaqueline. Dessas, três (Sheilla, Jaque e Thaísa) ganharam o ouro também nos Jogos de Pequim 2008
.
vôlei Sollys Nestlé Thaísa, Fernanda Garay, Izael Sinem Junior (diretor Nestlé), Luizomar de Moura (técnico), Sheila, Jaqueline e Adenizia (Foto: Adilson Barros / Globoesporte.com)'Esquadrão' do Osasco terá Thaísa, Fernanda Garay, Sheilla, Jaqueline e Adenizia (Foto: Adilson Barros)


Garay deixou o Vôlei Futuro, de Araçatuba, para se juntar ao esquadrão de Osasco. Já Sheilla saiu da equipe do Rio de Janeiro, principal rival do time paulista. Felizes pela mudança, as duas admitem que a responsabilidade de defender um time tão “estrelado” é enorme, mas garantem que o grupo está preparado para lidar com a pressão do favoritismo.

Para Sheilla, há ainda a missão de substituir a americana Hooker, estrela do Osasco na última temporada, que acertou sua transferência para o Dynamo Krasnodar, da Rússia.

- Eu estou muito feliz por estar chegando a um time tão forte. Quando à pressão, estou pronta para enfrentar. Estou acostumada a grandes desafios. Esperamos manter o título (nacional) e trazer outros - afirma a oposto.


Sheilla vôlei jogadora do Sollys Nestlé (Foto: Adilson Barros / Globoesporte.com)Sheilla chega para substituir Destinee Hooker
(Foto: Adilson Barros / Globoesporte.com)

Já Fernanda Garay festeja a transferência e já traça uma meta: conquistar sua primeira Superliga. Ela acredita que, ao lado de tantas companheiras de seleção brasileira e num time acostumado a vencer o campeonato nacional, vai conseguir sair da fila.

- É especial poder estar fazendo parte desse time, que é o atual campeão da Superliga. É um título que eu ainda não tenho e que quero muito conquistar. Claro que temos outras competições e meu objetivo a chegar a todas as decisões. Acredito muito no potencial dessa equipe - afirmou.

O técnico Luizomar de Moura reconhece que tem em mãos o que ele mesmo chama de “supertime”. No entanto, põe os pés no chão. Lembra que ninguém vence antes de jogar e que as jogadoras que disputaram os Jogos Olímpicos vêm de um ritmo diferente e precisarão passar por uma adaptação.


- Comandar um grupo com jogadoras consagradas e outras jovens de talento é sempre um desafio. Mas esse peso vai ser dividido com todo o elenco. São jogadoras importantes, o time é forte, mas ninguém ganha na véspera. Agora, elas vão passar por uma avaliação bastante rigorosa. Elas vêm de um planejamento para as Olimpíadas. Agora, iniciam um outro planejamento, para a temporada inteira. Ou seja, precisamos ter o timing certo na preparação.

Aprovação das colegas

Fernanda Garay vôlei jogadora do Sollys Nestlé (Foto: Adilson Barros / Globoesporte.com)Fernanda Garay busca seu primeiro título na Superliga feminina (Foto: Adilson Barros / Globoesporte.com)

A chegada de Sheilla e Fernanda Garay foi saudada pelas outras campeãs olímpicas do Osasco, Thaísa, Jaqueline e Adenizia. Todas concordam que o time fica mais forte, favorito aos títulos que vai disputar, mas afirmam que a cobrança por resultados aumentará.

- Com elas nosso time fica ainda muito mais forte. Claro que sempre há pressão em cima do nosso time, pelos títulos que estamos conquistando, mas já estamos acostumadas - afirma Jaque.

Além do bicampeonato da Superliga, a equipe da Grande São Paulo busca os títulos do Campeonato Paulista, do Campeonato Sul-Americano e do Mundial Interclubes, que será disputado Osasco.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2012/08/com-sheilla-e-garay-osasco-monta-esquadrao-para-se-manter-no-topo.html

Timão e Galo lideram rankings em turno com queda de público


Paulistas apresentam melhor média, e mineiros têm maior taxa de ocupação. Público pagante caiu 9% em relação ao campeonato de 2011

Por Mariana Kneipp Rio de Janeiro

Os espaços começaram a aparecer, e os gritos ficaram mais baixos. As estatísticas comprovam: os torcedores estão indo menos aos estádios. Em comparação com o primeiro turno do Brasileiro de 2011, o deste ano teve uma queda de 9% em média de público pagante: de 12.960 para 11.796 ou, em números brutos, de 2.462.577 para 2.229.401 pessoas - sem contabilizar o jogo Flamengo x Atlético-MG, válido pela 14ª rodada e que foi adiado para 26 de setembro. Mais de 230 mil deixaram de acompanhar seus times de perto. Da dificuldade de acesso às arenas ao alto preço dos ingressos, os clubes tentam entender o que está acontecendo para encontrar uma solução. O mais rápido possível.

Clique e confira o infográfico com o ranking detalhado por público e taxa de ocupação


Infográfico de públicos do Brasileirão (Foto: Reprodução)Infográfico mostra média geral e de cada time quanto a público pagante e taxa de ocupação

Dois deles, porém, caminharam em direção contrária à da maioria em 2012. O Corinthians, mesmo estando na 12ª posição no Brasileiro, aproveitou a empolgação do título da Libertadores e foi o primeiro do ranking de média de público pagante (24.968). Levando-se em consideração o percentual de ocupação do estádio de acordo com a capacidade, o Timão aparece em segundo, com 62%. Neste quesito, o líder Atlético-MG é o clube que mais se destaca, preenchendo 80% do Independência, nova casa dos times mineiros, depois da transferência dos jogos da Arena do Jacaré e enquanto o Mineirão está fechado para obras para a Copa do Mundo de 2014.

A mudança de local foi fundamental, segundo o secretário geral do Independência, Vitor Hugo.
Compare os públicos do primeiro turno
Rodada 2011 2012
1ª rodada 96.830 100.569
2ª rodada 115.684 98.783
3ª rodada 125.421 101.548
4ª rodada 123.263 79.477
5ª rodada 121.244 102.162
6ª rodada 117.583 104.045
7ª rodada 99.164 134.113
8ª rodada 118.695 151.652
9ª rodada 144.683 136.251
10ª rodada 117.207 96.239
11ª rodada 147.245 146.414
12ª rodada 151.000 134.107
13ª rodada 122.594 142.897
14ª rodada 122.519 117.841
15ª rodada 150.560 106.348
16ª rodada 153.371 106.345
17ª rodada 80.753 106.754
18ª rodada 156.261 119.790
19ª rodada 198.500 144.066
Média 12.960 11.796
 - Ainda não temos um estudo oficial, mas, com certeza, os números deste ano são bem maiores em relação a 2011, até pela questão do deslocamento. O Independência é em Belo Horizonte, já a Arena do Jacaré é em Sete Lagoas (a cerca de 70km da capital), e isso desgastava as torcidas. A campanha dos times mineiros também pode ser considerada. Não conseguimos estabelecer uma correlação direta, mas certamente o torcedor do Atlético está extasiado. E o Cruzeiro também está indo muito bem. A expectativa é que essa média se mantenha até o fim do campeonato - afirmou Vitor Hugo, que descartou um aumento no valor dos ingressos, mas citou a intenção de ampliação do estádio a longo prazo.

Enquanto Minas Gerais vive um bom momento de sua relação com a torcida, o Rio de Janeiro já viu dias melhores. O primeiro carioca a aparecer no ranking de média de público é o Botafogo, em 11° lugar, com pouco menos de 10 mil pagantes. O Vasco aparece em seguida em 12°. Flamengo e Fluminense vêm atrás, em 13º e 15º, respectivamente. Em ocupação do estádio, o Vasco supera seus rivais: tem 35% contra 23% de Fla e 22% de Flu e Bota. A dupla Fla-Flu fez um jogo cada no estádio Raulino de Oliveira (em Volta Redonda), que tem capacidade para 20.100 torcedores, menos da metade do Engenhão (45.217).

Responsável pela administração do Engenhão e diretor executivo do Botafogo, Sergio Landau acredita que a evasão dos torcedores se deve principalmente aos horários dos jogos e à cultura do carioca de assistir às partidas em bares. O dirigente, porém, admite que as obras para facilitar o acesso à arena também diminuem o público.

- Os horários têm criado bastante dificuldade, não são convenientes. Quarta-feira, às 22h? Ninguém vai. Domingo, às 18h30m? Também não. É uma situação perversa. Fora o hábito de ver jogos em bares, agora tem televisão em quase todos. Com essas alternativas, fica mais difícil. Também estamos com obras para melhorar os acessos e saídas, que causam transtornos e atrapalham para trazer o público. Mas vamos fazer melhorias para o estádio, que têm que ser feitas, para o próximo ano. Agora, estamos soprando o pneu com o carro em movimento, não tem jeito - afirmou Landau.

Um viaduto que visa a melhorar o trânsito de quem vai de carro ao estádio está "80% concluído", segundo o diretor. O foco, porém, está no acesso por transporte público. Uma parceria com a Supervia, rede responsável pelos trens da cidade do Rio de Janeiro, está sendo desenvolvida para trazer melhorias na chegada e saída de torcedores ao Engenhão.

Engenhão Vazio, Botafogo x Figueirense (Foto: André Casado / Globoesporte.com)Engenhão não enche para Botafogo x Figueirense
(Foto: André Casado / Globoesporte.com)

Principal reforço do Botafogo para o campeonato, Seedorf chegou a fazer um apelo à torcida.
- A quem tiver condições, peço que não espere o resultado para apoiar o time e ir ao estádio. É preciso apoiar especialmente quando as situações são mais complicadas, que não é o caso do Botafogo, no momento, pois estamos lutando pelos primeiros lugares - disse o holandês.

Assim como os cariocas, os times paulistas também não estão com uma média alta, com exceção de Corinthians (1° lugar) e São Paulo (5° lugar). Dos cinco últimos colocados do ranking, quatro são de São Paulo. O Palmeiras, que priorizou a Copa do Brasil, está em 16° lugar. Já o Santos, que dividiu Neymar com a seleção brasileira, fica em 17°. A Ponte Preta está em 18°, e a Portuguesa segura a lanterna.

Preço médio dos ingressos cresce 125% em sete anos

Além de problemas de acesso ao estádio, o valor dos ingressos também é citado por torcedores na hora de justificar a ausência nos jogos. De acordo com estudo realizado pela empresa de consultoria BDO, houve uma evolução constante no preço médio nos últimos anos. Com base em números finais da edição de 2011 da Série A do Brasileirão, o aumento em relação a 2010 foi de 4%. Em comparação com 2005, houve um crescimento de 125%. No primeiro turno de 2012, os valores de ingressos para arquibancada variaram entre R$ 10 (Morumbi-SP) e R$ 95 (Couto Pereira-PR). A estatística não conta ações pontuais, como promoções.

A percepção de que menos torcedores estavam comparecendo aos jogos ligou o alerta nos clubes. A partir da 14ª rodada, o São Paulo criou um setor popular no Morumbi (assista ao vídeo acima). A arquibancada amarela, que tem capacidade para nove mil torcedores, passou a custar R$ 10, com meia-entrada a R$ 5. A promoção vale até o fim do Brasileirão.
- Queríamos atender a dois objetivos: que viessem aqueles que não poderiam vir antes, e que os que já vinham viessem mais vezes. A iniciativa foi feita para atender ao orçamento dos torcedores, dar mais visibilidade a um setor menor. Por que deixar o estádio vazio se podemos rentabilizar? O que pudermos fazer para promover mais o espetáculo, o que estiver ao nosso alcance, vamos fazer. E a resposta está sendo muito positiva, com uma ocupação média de 60% do setor - disse o vice-presidente de marketing do São Paulo, Julio Casares.

Em Pernambuco, o governo é um dos responsáveis por Náutico e Sport estarem no top 5 do ranking de ocupação de estádio, com 60% e 55%, respectivamente. O programa de incentivos fiscais compra oito mil ingressos por jogo do Timbu e do Leão na Série A, vendidos a R$ 14 cada para o estado (o Santa Cruz também faz parte do projeto na Série C). O esquema é simples e já faz sucesso há mais de uma década: o torcedor junta R$ 100 em notas fiscais e troca por um ingresso, com o cartão do "Todos com a nota".

Especialista vê evolução com novos estádios

saiba mais

Atualmente, 12 estádios brasileiros estão em obras para atender às exigências da CBF e da Fifa para sediar a Copa do Mundo de 2014. Além destes, no momento, há a construção da Arena do Grêmio e da Nova Arena do Palmeiras, que não participarão do evento
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O movimento no setor anima o especialista em gestão e presidente da Associação Brasileira de Operadores e Fornecedores de Arenas Multiuso (Abrarenas), João Gilberto Vaz. O dirigente tem críticas à administração atual dos estádios no país, mas visualiza melhoras com a conclusão de empreendimentos mais modernos.

- Não há um ambiente familiar e tecnologia. É difícil o acesso, tem banheiro sujo. É complicado. Uma queda constante de público é normal, o ambiente não é propício para ter um aumento. Hoje não podemos chamar de arena, é apenas um estádio de futebol. Estamos pensando em camarotes, conexão para internet e até um guia para educar os usuários das novas arenas, que será disponibilizado na internet em breve. As coisas vão mudar - concluiu Vaz.

OBS: O ranking do GLOBOESPORTE.COM foi feito com base no público pagante. Por isso, exclui as gratuidades que constam nos borderôs dos jogos realizados no Rio de Janeiro, disponibilizados no site oficial da CBF. Os torcedores que participam do programa "Todos com a Nota", em Pernambuco, são contabilizados, já que o governo do estado paga a quantia de R$ 14 por ingresso, ficando estabelecida assim a relação de venda.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2012/08/timao-e-galo-lideram-rankings-em-turno-com-queda-de-publico.html