Seleção de Bernardinho larga bem no primeiro set, mas atuais campeões olímpicos embolsam rivais em noite impecável em Mar del Plata: 3 sets a 0
- Os russos jogaram muito bem, isso é fato. Sacaram bem e defenderam bem a bola. Fomos dominados por uma equipe que mostrou diferencial em alguns fundamentos - admitiu o técnico Bernardinho logo após a partida.
Foi o primeiro revés do Brasil por 3 sets a 0 em uma final de Liga Mundial. A seleção, que lutava por seu décimo título, teve de se contentar com seu quarto vice-campeonato. A Rússia levanta pela terceira vez o troféu da competição.
Russos comemoram o incontestável título da Liga Mundial (Foto: Agência EFE)
Brasil abre 5/0, mas cai sem perdão
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Tudo começou fácil demais para o Brasil. E sem grande esforço. A Rússia
entrou em quadra com um nervosismo fora do normal. Tanto que o Brasil
abriu 5 a 0 com facilidade, ganhando quatro pontos de graça dos rivais e
fazendo apenas um, em bloqueio de Isac. Mas não havia dúvidas de que
não seria assim tão simples. Ainda que os russos errassem mais, a equipe
de Bernardinho não estava bem e logo permitiu que a vantagem virasse
pó.Quando Dante ficou no bloqueio, a Rússia passou à frente pela primeira vez: 10/9. Os brasileiros acusaram o golpe. A seleção parecia sentir a falta dos ataques de Wallace, que não marcara nenhum ponto até então. Mas, ainda assim, a equipe de Bernardinho conseguiu buscar a diferença em um primeiro momento. Chegou, inclusive, a deixar tudo igual (22/22). Mas não foi suficiente. Os russos retomaram a dianteira e fecharam o set em um erro de Lucarelli: 25/23.
Os erros seguiram pautando o jogo. Apalikov mandou seu saque para fora, mas o Brasil respondeu da mesma forma com Isac. Dante, na sequência, atacou mal, e a Rússia largou na frente. Spiridonov subiu à rede e soltou o braço, fazendo sua seleção marcar 6/2. O Tintim russo controlou a provocação, mas não segurou na hora de comemorar. Os campeões olímpicos mantiveram o ritmo e chegaram ao primeiro tempo técnico em vantagem: 8/5.
Na arquibancada, um grupo de brasileiros gritava: “Gigante, gigante”, na tentativa de acordar a seleção. Não faltava esforço, mas sobravam os erros. Quando encostava no placar, o time pecava em ataques simples e permitia que a Rússia voltasse a disparar. Muserskiy subiu sozinho no meio e soltou o braço: 18/12. Logo depois, Pavlov voou mais uma vez, sem defesa do outro lado.
Muserskiy disputa bola com Lucão na rede; Lucarelli tenta se aproximar (Foto: Agência EFE)
A esperança clamava por uma revanche na mesma moeda. Mas, enquanto sonhava, o Brasil foi acordado de forma brusca. Bernardinho tirou Wallace, que não conseguia repetir as boas atuações anteriores, e mandou Vissotto - às voltas com um edema no joelho direito - à quadra. Os ataques, porém, cismavam em não cair. A Rússia mostrava força, mas, acima de tudo, dava uma aula de frieza. Esqueça as provocações de Spiridonov: elas não existiram. Para derrubar a seleção brasileira, os campeões olímpicos jogaram bola.
Enquanto o Brasil fazia o possível para se reerguer, a Rússia atacava sem um sorriso no rosto. E, assim, foi construindo uma vitória com uma facilidade inesperada. Abriu 9/3 sem dó. E nem adiantava tentar buscar. Na noite deste domingo, a festa já estava pronta do outro lado. Pavlov soltou o braço e, enfim, os russos festejaram: 25/19, e título garantido.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/07/russia-impoe-novo-pesadelo-e-sem-perdao-derruba-brasil-na-final-da-liga.html