Menos de um ano depois de Londres, finalistas olímpicos voltam a decidir um título com times renovados neste domingo, às 20h, em Mar del Plata
Talvez não fosse a hora certa para nenhum dos lados. Talvez não tenha
passado o tempo necessário para um reencontro assim, cercado de pressão.
Talvez. Mas, de fato, um novo duelo já parecia estar marcado desde o
início. Como se tudo na rivalidade fosse pautado pela pressa, Brasil e
Rússia não conseguiram esperar sequer o ano passar por completo. Neste
domingo, às 20h, as duas seleções que decidiram os Jogos de Londres
voltam a se enfrentar em uma final, ainda que as peças não sejam todas
as mesmas daquele 12 de agosto de 2012. Em reformulação, os dois
gigantes das quadras decidem a Liga Mundial em Mar del Plata em busca de
um título que daria o início perfeito a um novo ciclo olímpico – para o
Brasil, seria a décima conquista, contra a terceira dos europeus. O
SporTV transmite o jogo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances
em Tempo Real.
Há menos de um ano, o Brasil chorava a perda de um ouro que chegou a tocar suas mãos. A Rússia, por outro lado, chegava ao topo olímpico pela primeira vez sem a bandeira da União Soviética. Os dois times apressaram um novo encontro. Antes mesmo da Liga Mundial, se enfrentaram em amistosos em Moscou, com triunfos brasileiros. Na última quarta, os russos voltaram a mostrar força na abertura da fase final da competição. Depois de passarem peas semifinais com autoridade, as equipes vão brigar pelo título em Mar del Plata. Antes, às 16h30m, Itália e Bulgária decidem o bronze.
Ainda que a lembrança da final olímpica sobrevoe os dois lados, Brasil e
Rússia garantem olhar apenas para frente. No papel, faz sentido. Dos
campeões olímpicos, apenas quatro fazem parte do grupo atual, incluindo o
gigante Dmitriy Muserskiy, maior carrasco em Londres. Até o técnico
mudou: Vladmir Alekno deu lugar a Andrey Voronkov logo depois dos Jogos.
Do lado verde-amarelo, um maior número de remanescentes: seis,
liderados pelo capitão Bruninho. Bernardinho, porém, quer evitar que a derrota do ano passado atrapalhe a equipe neste domingo.
- Se fosse para pensarmos nisso, eu pegaria as imagens de 2002 (Mundial, o primeiro da seleção e conquistado também na Argentina). Ninguém acreditava sequer que chegaríamos à final (em Londres). Não chegaríamos entre os três medalhistas em nenhum prognóstico. Claro que, da forma que foi, machuca. É difícil. Ninguém se remoeu mais por causa disso do que eu. Mas eu tenho de pensar lá na frente. Aprender com isso e ver o que eu posso fazer, o que há de diferente. Mas não sofrer indefinidamente ou se condicionar a isso. Tem de servir de motivação – diz o treinador.
Na abertura da fase final, os russos voltaram a derrubar o Brasil em um
duelo marcado pelas provocações do ponteiro Alexey Spiridonov. Após a
partida, Bernardinho foi duro ao falar do rival, afirmando que ele era “doente mentalmente”. O bad boy da seleção europeia voltou a aprontar nas semifinais, ao ser expulso contra a Itália. Bernardinho, porém, prefere pensar em seus próprios problemas.
Por um lado, o treinador viu Wallace substituir Leandro Vissotto com maestria nos dois últimos jogos. Do outro, porém, pode ficar sem Eder e Dante, com problemas nos joelhos, para a partida final. Bernardinho, então, tenta trabalhar com as alternativas que terá em quadra.
- Primeiro, temos de pensar no nosso time. Precisamos saber o que vamos fazer com os problemas físicos que estamos enfrentando. Se Dante poderá jogar, Eder e Leandro também. São disposições importantes para que a gente possa definir nossa estratégia contra a Rússia.
O histórico entre Brasil e Rússia não se restringe à final olímpica. Da vitória do Mundialito de 1982 (ainda como União Soviética), no Maracanãzinho, à derrota na Liga Mundial de 1993, no ginásio do Ibirapuera. E há memórias até na Argentina: em 2002, o Brasil conquistou seu primeiro título mundial ao bater os rivais em Buenos Aires, já com Bernardinho no comando. Para o técnico, a importância do rival se mostra a cada confronto.
- Seja na primeira partida, na final olímpica, na final da Liga Mundial ou em tantas outras finais que nós fizemos, é a Rússia. Eles têm uma tradição que nenhum outro país tem no vôlei masculino.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/07/brasil-e-russia-apressam-reencontro-e-marcam-reinicio-com-final-da-liga.html
Há menos de um ano, o Brasil chorava a perda de um ouro que chegou a tocar suas mãos. A Rússia, por outro lado, chegava ao topo olímpico pela primeira vez sem a bandeira da União Soviética. Os dois times apressaram um novo encontro. Antes mesmo da Liga Mundial, se enfrentaram em amistosos em Moscou, com triunfos brasileiros. Na última quarta, os russos voltaram a mostrar força na abertura da fase final da competição. Depois de passarem peas semifinais com autoridade, as equipes vão brigar pelo título em Mar del Plata. Antes, às 16h30m, Itália e Bulgária decidem o bronze.
- Se fosse para pensarmos nisso, eu pegaria as imagens de 2002 (Mundial, o primeiro da seleção e conquistado também na Argentina). Ninguém acreditava sequer que chegaríamos à final (em Londres). Não chegaríamos entre os três medalhistas em nenhum prognóstico. Claro que, da forma que foi, machuca. É difícil. Ninguém se remoeu mais por causa disso do que eu. Mas eu tenho de pensar lá na frente. Aprender com isso e ver o que eu posso fazer, o que há de diferente. Mas não sofrer indefinidamente ou se condicionar a isso. Tem de servir de motivação – diz o treinador.
Brasil tenta ganhar gás em novo ciclo olímpico com título da Liga (Foto: FIVB)
Por um lado, o treinador viu Wallace substituir Leandro Vissotto com maestria nos dois últimos jogos. Do outro, porém, pode ficar sem Eder e Dante, com problemas nos joelhos, para a partida final. Bernardinho, então, tenta trabalhar com as alternativas que terá em quadra.
- Primeiro, temos de pensar no nosso time. Precisamos saber o que vamos fazer com os problemas físicos que estamos enfrentando. Se Dante poderá jogar, Eder e Leandro também. São disposições importantes para que a gente possa definir nossa estratégia contra a Rússia.
O histórico entre Brasil e Rússia não se restringe à final olímpica. Da vitória do Mundialito de 1982 (ainda como União Soviética), no Maracanãzinho, à derrota na Liga Mundial de 1993, no ginásio do Ibirapuera. E há memórias até na Argentina: em 2002, o Brasil conquistou seu primeiro título mundial ao bater os rivais em Buenos Aires, já com Bernardinho no comando. Para o técnico, a importância do rival se mostra a cada confronto.
- Seja na primeira partida, na final olímpica, na final da Liga Mundial ou em tantas outras finais que nós fizemos, é a Rússia. Eles têm uma tradição que nenhum outro país tem no vôlei masculino.
Bad boy Spiridonov é um dos destaques da Rússia (Foto: Divulgação / FIVB)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/07/brasil-e-russia-apressam-reencontro-e-marcam-reinicio-com-final-da-liga.html
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