domingo, 12 de agosto de 2012

Brasil põe a mão no ouro, mas sofre virada incrível e cai diante da Rússia



Um dia depois do título das meninas, seleção de Bernardinho chega muito perto da vitória, mas permite reação e perde a final em Londres no tie-break

Por Rodrigo Alves Direto de Londres

"Será que eu errei tudo?" O tombo feio diante dos cubanos na Liga Mundial, em julho, fez a pergunta martelar na cabeça de Bernardinho pela primeira vez. No dia seguinte, a derrota para a Polônia tirou o Brasil do torneio e enfiou uma dose extra de angústia na bagagem que a seleção masculina de vôlei carregou para Londres. Mas será que ele tinha errado tudo? Ao longo do caminho na Inglaterra, o time cresceu, derrubou adversários de peso e, sem americanos e poloneses pela frente, avançou feroz até a disputa do ouro. Neste domingo, a equipe se agigantou nos dois primeiros sets contra a Rússia. E quando a coroa parecia estar de volta, tudo mudou de novo, com os europeus arrancando um empate heroico, forçando o tie-break e sacramentando uma virada que parecia impossível. Com suados 3 a 2 (19/25, 20/25, 29/27, 25/22, 15/9), a Rússia é campeã olímpica pela primeira vez desde o fim da União Soviética. E a seleção de Bernardinho, prata pela segunda vez seguida, carrega suas dúvidas na volta para casa.

No jogo que marcou a aposentadoria de Giba da seleção e provavelmente a última participação olímpica de craques como Serginho, Ricardinho e Rodrigão, o Brasil viu o ouro na mão. No terceiro set, abriu 21/18 diante de uma Rússia mortinha e precisava de mais quatro pontos para iniciar a festa. Giba ainda entrou pela primeira vez, para sentir o gosto da conquista, e o Brasil teve dois match points. Mas o último sabor foi amargo. Veio a virada, e a seleção verde-amarela foi se afundando nos próprios erros. Melhor para o gigante Dmitriy Muserskiy, de 2,18m. O técnico Vladimir Alekno ousou e o lançou como oposto. Deu certo. Muserskiy fez 31 pontos - 26 depois da mudança - e conduziu seu país numa reação antológica.


  A exemplo de Pequim, o Brasil encerra a campanha londrina com a prata. É o sexto pódio olímpico de Bernardinho: prata como jogador em 1984, bronze à frente da seleção feminina em 1996 e 2000, ouro com a masculina em 2004, e os dois vice-campeonatos em 2008 e 2012. A diferença é que, desta vez, a conquista estava próxima, por um triz. E a derrota ofuscou a grande atuação do caçula Wallace, com 27 pontos, seguido pelos 18 de Murilo. O badalado oposto Maxim Mikhaylov fez "apenas" 17, mas vai voltar para casa com o que mais importa: o ouro no peito.


vôlei Vladimir Alekno treinador da rússia londres 2012 (Foto: Agência AP)Festa vermelha ao fim do jogo (Foto: Agência AP)
Início arrasador

Quando a bola subiu para o primeiro saque, ainda dava para encontrar um bocado de cadeiras vazias na Arena de Vôlei, mas foi por pouco tempo. Logo o ginásio estava lotado e, como de hábito, com as arquibancadas tomadas pelo amarelo. A torcida russa fazia barulho, mas logo era abafada pela brasileira, que desde o início do torneio apoiou as seleções masculina e feminina.
Havia uma expectativa de que a Rússia da final não seria a mesma presa frágil da primeira fase, mas o Brasil não quis nem saber. Abriu logo 3/0 como se estivesse treinando em Saquarema e, na primeira parada técnica, já vencia por 8/5, com três pontos de Murilo. Wallace também conseguia virar com facilidade, ao contrário do temido Mikhaylov, que não conseguia se encontrar. Sem sustos, a seleção de Bernardinho fechou o primeiro set em 25/19.

No segundo, opa, os russos se engraçaram e abriram 2/0. Mas foi só um blefe. Na parada técnica, já era o Brasil que vencia por 8/4, com o pé nas costas. O placar não chegou a deslanchar, mas Wallace cresceu na hora certa e manteve a vantagem. Com um bloqueio simples de Lucão, o placar chegou a 19/15 e deu à equipe verde-amarela o conforto necessário para se manter à frente. Bastou controlar o ritmo para fechar a tampa da parcial em 25/20.


wallace russia x brasil volei londres 2012 olimpiadas (Foto: Reuters)Wallace foi o melhor jogador brasileiro em quadra, com 27 pontos contra os russos (Foto: Reuters)

Na história do vôlei nas Olimpíadas, nunca tinha acontecido de um país abrir 2 a 0 na final e sair derrotado. Mas a história está aí para ser refeita. No terceiro set, a Rússia acordou e pareceu disposta a quebrar o tabu. Vencia por 8/7 na primeira parada, mas já perdia por 16/15 na segunda. A vantagem se ampliou para 21/18, e a torcida brasileira não parava de cantar. Dante e Murilo se abraçaram e sorriram, sentindo que a conquista estava próxima.

A Rússia não se entregou e, no 23/22, Giba tirou o agasalho e, com seu cavanhaque da sorte, foi à quadra pela primeira vez para sentir o gosto de mais um ouro. A torcida veio abaixo, mas o atacante jogou apenas um ponto, viu o rival empatar e voltou para o banco com um sorriso amarelo, porque a festa virou preocupação. Os russos salvaram um match point, arrancaram uma reação inesperada e calaram a torcida brasileira. Venceram o terceiro set por 29/27 e jogaram a tensão para o outro lado da rede.


Maxim Mikhaylov comemora vitória da Rússia contra o Brasil (Foto: AFP)Mikhaylov festeja ponto da Rússia: o craque ajudou na reação e saiu com o ouro no peito (Foto: AFP)

Muserskiy decide

Bernardinho voltou com Giba para a quarta parcial. O sistema de Bernardinho já parecia não funcionar tão bem, e os russos venciam na primeira parada técnica por 8/7. Mikhaylov, que dormia desde o primeiro set, estava de volta ao jogo, mas era o gigante Muserskiy que continuava puxando o ataque. Giba virou alvo na defesa e não conseguia virar uma bola sequer no ataque. Assim, a diferença chegou a 18/13 e, quando o brasileiro voltou para o banco, o estrago já estava feito. A Rússia abriu meia dúzia de pontos e só precisou controlar até o fim: 25/22. Tudo igual na arena, e um ouro que parecia certo foi para a disputa do tie-break.

Abatido, foi o Brasil que virou presa fácil no set decisivo. Com os russos soltando o braço, a diferença foi subindo até chegar a 9/4. Bernardinho parou o jogo, conversou com o time, mas não adiantou. O momento era todo russo. Com Muserskiy martelando uma atrás da outra, o jogo voltou a parecer um treino em Saquarema, mas um treino ruim, daqueles em que nada dá certo. O líbero Obmochaev já pulava pela quadra quando o placar estava em 12/6. Terminou em 15/9. E a alegria de sábado com as meninas virou uma tristeza sem fim no domingo com os rapazes.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/brasil-poe-mao-no-ouro-mas-sofre-virada-incrivel-e-cai-diante-da-russia.html

Yane Marques brilha e conquista o bronze inédito no pentatlo moderno



Brasileira ganha a primeira medalha do Brasil na modalidade. Prata no Mundial de 2009, lituana Laura Asadauskaite leva o ouro, e britânica é prata

Por GLOBOESPORTE.COM Londres

Ela saiu da cidade de Afogados da Ingazeira, no sertão pernambucano, de apenas 35 mil habitantes, para ganhar o mundo e fazer história nas Olimpíadas de Londres. Depois de começar a etapa final do pentatlo moderno na liderança da prova ao lado da lituana Laura Asadauskaite, Yane Marques conquistou neste domingo a medalha de bronze, a primeira do Brasil na modalidade em Jogos Olímpicos.

Na última competição dos Jogos de 2012, a brasileira e a lituana largaram na frente, mas Asadauskaite teve um rendimento melhor na corrida e, com um ritmo forte, disparou na liderança, garantindo a medalha de ouro. A britânica Samantha Murray também conseguiu ultrapassar a brasileira, que segurou a americana Margaux Isaksen nos metros finais e, exausta, se jogou no chão após cruzar a linha de chegada. Apenas depois de alguns minutos ela conseguiu se levantar para comemorar a medalha inédita.

- Tudo que eu falei antes de chegar aqui aconteceu. Cheguei no auge da minha forma física, joguei muito bem taticamente durante a prova e, como eu dizia, se tudo corresse bem, teríamos o que comemorar. Estou orgulhosa, é uma responsabilidade. Eu queria que essa fosse a última Olimpíada com apenas um brasileiro participando no pentatlo, tenho certeza de que a partir de 2016 essa historia vai mudar - disse Yane ao Sportv.



Na última das quatro provas, o combinado (tiro e corrida), as atletas correm 3.000 metros e têm três paradas para atirar - cada um precisa acertar cinco vezes o alvo, que fica a 10 metros de distância, no tempo-limite de 70 segundos. Quem alcançar a melhor pontuação nas outras provas (esgrima, natação e hipismo) larga na frente na corrida. Os pontos são transformados em segundos, que determinam o intervalo entre a saída de cada atleta. Cada quatro pontos correspondem a um segundo, ou seja, uma diferença de 40 pontos implica um intervalo de 10 segundos entre as atletas.

A conquista do bronze premiou a regularidade de Yane, de 28 anos. Na esgrima, que abriu a disputa do pentatlo moderno, ela ficou em sexto lugar. Na natação, ela também foi a sexta melhor, pulando para a segunda colocação no geral. Em sequência, veio hipismo, etapa em que ela foi a nona colocada, mas, no geral, assumiu a liderança, ao lado da Laura Asadauskaite, atual líder do ranking mundial.


Yane, medalha de Bronze no Pentatlo (Foto: Agência AFP)Murray, Asadauskaite e Yane: as medalhistas da última competição das Olimpíadas (Foto: Agência AFP)

Na prova que unia corrida e tiro, a europeia confirmou seu favoritismo. Porém, as três medalhistas encontraram razões para comemorar muito. Com grande apoio da torcida, a segunda colocada, Samantha Murray, garantiu a última medalha britânica nos Jogos de Londres e chegou a pular no pódio, enquanto Yane, emocionada, beijava seu bronze, que tinha o doce sabor da vitória.
O pentatlo moderno compõe-se por cinco modalidades diferentes, tem mais de 10 horas de duração, contando os intervalos, e é disputado na seguinte ordem: esgrima, natação, hipismo e combinado (corrida e tiro). É proclamado vencedor aquele que obtiver o melhor desempenho geral. O esporte surgiu na Grécia Antiga em 708 a.C., tendo Lampis de Esparta como seu primeiro campeão. No início do século XX, o Barão de Coubertin decidiu estimular a realização do pentatlo moderno justamente para colocar a modalidade nos Jogos Olímpicos. O pentatlo estreou nas Olimpíadas de 1912, em Estocolmo. Cem anos depois, uma mulher forte nascida no sertão gravou seu nome na história da esporte brasileiro.



FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/yane-marques-brilha-e-conquista-o-bronze-inedito-no-pentatlo-moderno.html

Com base olímpica, Brasil traça novo objetivo: Copa das Confederações


Mano Menezes mantém 16 jogadores e convoca outros seis para amistoso contra a Suécia, na próxima quarta. Ganso, Uvini e Marcelo não participarão

Por Márcio Iannacca Direto de Londres, Inglaterra

mano menezes brasil treino wembley londres 2012 (Foto: Agência Reuters)Mano Menezes já pensa na Copa do Mundo de
2014 no Brasil (Foto: Agência Reuters)
A base do grupo que vai disputar a Copa das Confederações vai sair das Olimpíadas. Foi com essa frase que o presidente da CBF, José Maria Marin, iniciou o bate-papo no saguão da concentração da seleção brasileira, em St. Albans, dois dias antes da decisão do torneio. Mesmo com a derrota por 2 a 1 para o México, em Wembley, e a medalha de prata na competição, é possível dizer que 80% dos que ficaram com o vice-campeonato em Londres estarão na competição que será disputada no Brasil em 2013.
A convocação para o amistoso contra a Suécia, no dia 15 de agosto, em Estocolmo, foi um prenúncio da base de Mano. Além de 17 jogadores que estiveram em Londres (Paulo Henrique Ganso e Bruno Uvini, desconvocados, e Marcelo, suspenso, estão fora), outros seis foram lembrados pelo comandante: o lateral Daniel Alves (Barcelona), os zagueiros David Luiz (Chelsea) e Dedé (Vasco), os volantes Paulinho (Corinthians) e Ramires (Chelsea), e o atacante Jonas (Valencia).

Sete jogadores que disputaram as Olimpíadas saem em alta com Mano Menezes. O bom desempenho credenciou vários atletas, entre eles Thiago Silva, Marcelo, Neymar e Oscar, como parte da base para a Copa das Confederações. Mesclado a outros mais experientes como os convocados para o jogo diante dos suecos, o Brasil começa a ganhar forma para as próximas competições.
- O que eu queria era uma base. E hoje a nossa Seleção tem essa base. O torcedor já sabe escalar a equipe, já tem o time na cabeça. Basta chamar o Daniel Alves, o David Luiz, o Ramires, o Dedé... O time está aí para todo mundo. Era o que faltava. Não podemos ter laranjas podres no cesto – disse Marin.

Thiago Silva Marcelo derrota Brasil final México (Foto: AFP)Thiago Silva e Marcelo estão em alta com o técnico Mano Menezes para a Copa de 2014 (Foto: AFP)

Por outro lado, alguns saíram ofuscados de Londres. O caso principal é o de Ganso.

Durante o torneio olímpico, o jogador reclamou de uma lesão na coxa direita e ficou perto de ser cortado. Após exame, nada foi constatado e o atleta seguiu no grupo. Porém, não foi mais utilizado. Para piorar, Mano desconvocou o meia do amistoso em Estocolmo.

- Nos faltou algo nessa base de jogadores até 23 anos. Penso que a partir de agora, voltando nossas atenções para a Copa do Mundo, colocando a Seleção principal em campo, poderemos continuar a nossa evolução rumo a 2014, que é o nosso objetivo principal – afirmou Mano Menezes.

Outros atletas também deixaram a desejar no torneio. O goleiro Neto, da Fiorentina, que se mostrou inseguro por conta da falta de ritmo, o lateral-direito Rafael, do Manchester United, o zagueiro Juan, do Inter de Milão, e o volante Sandro, do Tottenham, precisarão mostrar muito em seus clubes para continuarem convocados por Mano na sequência do trabalho na Seleção.

Para o jogo contra a Suécia, o time titular de Mano Menezes deverá ser o seguinte: Gabriel, Daniel Alves, Thiago Silva, Dedé e Alex Sandro; Paulinho, Rômulo e Oscar; Neymar, Hulk e Leandro Damião. O confronto será transmitido ao vivo pela TV Globo, Sportv e GLOBOESPORTE.COM. O site também acompanha em partida em Tempo Real.
O balanço da Seleção após as Olimpíadas:
HOMENS DE CONFIANÇA DE MANO MENEZESThiago Silva (PSG), Marcelo (Real Madrid), Rômulo (Spartak), Oscar (Chelsea), Neymar (Santos), Alexandre Pato (Milan), Leandro Damião (Internacional), Hulk (Porto), David Luiz (Chelsea), Dedé (Vasco)
QUEM ESTAVA DE FORA E TEM PRESTÍGIO COM MANO

Diego Alves (Valencia), Jefferson (Botafogo), Rafael Cabral (Santos) e Jonas (Valencia)
NO MEIO DO CAMINHO

Gabriel (Milan), Ramires (Chelsea), Paulinho (Corinthians), Alex Sandro (Porto), Danilo (Porto) e Lucas (PSG)
IRREGULARES NAS OLIMPÍADAS

Neto (Fiorentina), Rafael (Manchester United), Juan (Inter de Milão), Bruno Uvini (São Paulo), Sandro (Tottenham) e Paulo Henrique Ganso (Santos)
ESTREIA COM MANO

Paulinho (Corinthians)

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/com-base-olimpica-brasil-traca-novo-objetivo-copa-das-confederacoes.html

Festinha na van e pizza embalam a comemoração do bi do vôlei feminino


Jogadoras revelam a música da vitória: o funk 'Vem morar no Cabaré'

Por João Gabriel Rodrigues e Lydia Gismondi Direto de Londres

Uma van cheia de bicampeãs olímpicas andou pelas ruas de Londres "tocando o terror" na noite deste sábado. Desde que as jogadoras da seleção brasileira de vôlei deixaram o alto do pódio olímpico, a caixa de som portátil de Fabi atingiu o volume máximo e o clima de euforia tomou conta do grupo. Para completar a festa, seis pizzas "caíram do céu" no fim da maratona.

Marcada por superação do início ao fim, a campanha culminou na medalha de ouro depois de uma incrível vitória de virada por 3 sets a 1 contra os Estados Unidos. Roteiro que justificou comemoração noite a dentro. A começar pelo "Passeio na Van", com o repórter da TV Globo Pedro Bassan. A trilha sonora da viagem foi dominada pela música da vitória: "Vem morar no Cabaré", do Mc Duzinho.

- Em alguns momentos, quando a gente achava que as coisas estavam ruins, elas ainda acabaram piorando, principalmente depois do 3 a 0 contra a Coreia. A gente teve que buscar a força lá de dentro. Uma força brasileira de quem não desiste nunca. Nós acreditamos mesmo nas horas mais complicadas e fomos recompensadas - disse a líbero Fabi, uma das mais animadas da turma.
Até o técnico José Roberto Guimarães deixou o ar sério de lado para comemorar seu terceiro título olímpico. O treinador entrou na brincadeira de suas jogadoras, teve seu apelido revelado e até dançou dentro da van.

- O apelido de Cabeção é porque eu chamo todo mundo assim - explicou Zé Roberto.


Adenízia devora pizza após ouro (Foto: Lydia Gismondi / Globoesporte.com)Adenízia devora pizza depois da conquista do ouro (Foto: Lydia Gismondi / Globoesporte.com)

Dançando e cantando, as jogadoras entraram animadas nas redações da TV Globo e do SporTV em Londres. Antes de participar do programa "Conexão", a turma comemorou com euforia a recepção com seis pizzas gigantes. Sem cerimônia, as campeãs devoraram tudo em questão de minutos.
- Caiu do céu essa pizza. A gente estava morrendo de fome. Nós só lanchamos às 15h. Mas tudo bem. É a fome pelo ouro - disse Fabi.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/festinha-na-van-e-pizza-embalam-comemoracao-do-bi-do-volei-feminino.html