domingo, 18 de março de 2012

Fellype vive dia de Loco e marca três na vitória do Botafogo sobre o Vasco

Jogador substitui o atacante uruguaio, vetado horas antes da partida no Engenhão, e brilha no clássico: 3 a


A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
 
Loco Abreu foi vetado horas antes do jogo contra o Vasco neste domingo, por conta de dores musculares. Fellype Gabriel foi então escolhido para ser titular no duelo válido pela quarta rodada da Taça Rio. E parece ter incorporado o espírito artilheiro do uruguaio. Foram dele os três gols da vitória do Botafogo por 3 a 1 no Engenhão. A música pedida no "Fantástico" foi "Rendido Estou", de Aline Barros e Fernandinho.
O Vasco atuou com quatro jogadores que têm sido titulares - Fernando Prass, Fagner, Diego Souza e Juninho - e teve o reforço de Eder Luis, Romulo e Allan, recuperados de lesão. O gol saiu em uma bela cobrança de falta de Fellipe Bastos. Ele chutou de muito longe, no ângulo, e na comemoração teve a sua chuteira engraxada, quem diria, por Juninho Pernambucano. O Reizinho, num dia pouco calibrado, teve um pênalti defendido por Jefferson três minutos depois do terceiro gol adversário, na metade do segundo tempo.
O Botafogo se mantém na segunda colocação do Grupo A, com dez pontos, dentro da zona de classificação para as semifinais. O líder é o Macaé, que soma 12 após bater o Fluminense no sábado. No Grupo B, os sete pontos do Vasco são suficientes para lhe garantir a primeira colocação, à frente de Volta Redonda e Bangu, que têm seis, cada.
As duas equipes voltam a campo às 22h de quarta-feira. O Botafogo decide vaga na Copa do Brasil diante do Treze-PB, após empatar por 1 a 1 no jogo de ida. Consegue a classificação no Engenhão com qualquer vitória ou empate sem gol. O Vasco enfrenta os paraguaios do Libertad em São Januário, pela quarta rodada do Grupo 5 da Libertadores.
No fim de semana, os confrontos serão pelo Campeonato Carioca: o Botafogo recebe o Duque de Caxias no sábado, e o Vasco enfrenta o Resende, também em casa, no domingo.

fellype gabriel botafogo x vasco (Foto: Fernando Soutello/AGIF)Fellype Gabriel foi o nome do jogo, com boa atuação e três gols (Foto: Fernando Soutello/AGIF)


Defesa vascaína se enrola, e Fellype Gabriel não perdoa

O início do jogo teve o Vasco com dificuldade de se encontrar no meio-campo, permitindo que o Botafogo tivesse mais posse de bola. Porém, a ineficiência do setor alvinegro de armação impedia que essa supremacia se concretizasse em jogadas de perigo. Do outro lado, faltava entrosamento na equipe mista escalada por Cristóvão Borges, mas as tramas criadas eram mais efetivas. O problema foi a falta de um camisa 9 de origem. Isso ficou claro em duas boas oportunidades, quando Dieyson e Diego Souza cruzaram a bola na área... para ninguém.
A primeira boa chance do Botafogo apareceu em jogada aérea. Sem a presença de Loco Abreu, vetado por dores musculares na coxa direita, Antônio Carlos se tornou a referência nesse tipo de lance. E coube ao zagueiro completar cruzamento de Andrezinho e assustar Fernando Prass. A bola passou perto do gol. A resposta do Vasco veio em troca de passes entre Diego Souza e Eder Luis, que deixou o atacante na cara de Jefferson. O chute, porém, foi para fora.
Minutos depois, o camisa 10 do Vasco percebeu que Jefferson se atrapalhou em um recuou de bola, correu até ele, mas, no desespero, deu um carrinho na tentativa de roubar a bola. Acertou o goleiro, que ficou caído, gerando muitas reclamações dos alvinegros.
A confusão pareceu acordar o meio-campo do Botafogo. Logo na primeira jogada, Elkeson driblou três adversários e levou a torcida ao delírio. Depois, ele recebeu uma bola na direita e cruzou rasteiro para a área. A zaga do Vasco cochilou, Juninho chegou correndo para tentar cortar, mas errou o bote e deixou a bola livre para Fellype Gabriel, que acertou o ângulo de Fernando Prass: Botafogo 1 a 0, aos 33 minutos.
Outra bobeada da defesa vascaína, quatro minutos depois, originou o segundo gol. Elkeson tentou tocar para o meio, e a bola bateu na perna de Rodolfo, no camisa 9 e sobrou para Fellype. Ele bateu firme
 mais uma vez e foi comemorar com a câmera de TV para fazer uma declaração para a esposa.

 jobson botafogo x vasco (Foto: Fernando Soutello/AGIF)Jobson (perseguido por Fagner na foto) entrou no segundo tempo e participou do lance do terceiro gol (Foto: Fernando Soutello/AGIF)
 
Jefferson defende pênalti de Juninho e garante festa


Cristóvão Borges mexeu na equipe para o segundo tempo, trocando Allan por Wiliam Barbio, com o objetivo de ganhar mais força ofensiva. Diego Souza passou a atuar um pouco mais atrás, pelo meio. E o time contava com especialistas nas pontas, Barbio e Eder Luis. A mudança não foi apenas tática, mas também no espírito do time. Correndo muito, o Vasco dominou os primeiros minutos. E Fellipe Bastos, com um chute de muito longe, incendiou a partida ao marcar um golaço de falta, aos dois minutos. O empate quase veio Minutos depois, Douglas tirou tinta do travessão com uma cabeçada firme, após cobrança de escanteio.
Percebendo que o Botafogo estava retraído, Osvaldo de Oliveira trocou Herrera por Jobson. A mudança teve efeitos no ataque, que ganhou mais mobilidade e produziu uma boa chance com o próprio Jobson, que recebeu na cara de Prass, mas se enrolou e perdeu o ângulo. Na defesa, porém, os problemas persistiram.

A torcida do Vasco se empolgava no Engenhão, e a do Botafogo parecia preocupada com a apatia do time. Mas Fellype tratou de tranquilizar os alvinegros. Até então sem o mesmo brilho da primeira etapa, o jogador mostrou que era o dia dele. Jobson se deslocou com velocidade e recebeu cobrança de lateral de Elkeson. Enrolou-se com Rodolfo já na entrada da pequena área, e a bola sobrou para Fellype, que concluiu sem dificuldade.

Minutos depois, a torcida do Botafogo voltaria a comemorar, mas desta vez por causa de um pênalti defendido por Jefferson. O árbitro João Batista de Arruda viu falta de Marcio Azevedo em Fagner na área. Enquanto Juninho corria em direção à bola, o goleiro fez um gesto com o braço, apontando o seu canto esquerdo. Pulou ali e pegou a cobrança ruim de Juninho. A torcida gritava mais uma vez que Jefferson é o melhor goleiro do Brasil.

O Vasco não desistiu. Na melhor chance, Eder Luis recebeu na pequena área, mas foi travado no momento do chute. Com a vitória nas mãos, o Botafogo passou a trocar passes no meio, arrancando gritos de "olé" na arquibancada, e seguro


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/carioca-2012/18-03-2012/botafogo-vasco.html

Botafogo pede Tinga, mas oferece jogador que não agrada ao Palmeiras

Gerente do Verdão não revela nome de quem poderia ser envolvido, mas admite que volante está à disposição. Basta o clube carioca melhorar oferta

Por Gustavo Serbonchini São Paulo
 
tinga palmeiras treino (Foto: Piervi Fonseca / Agência Estado)Tinga interessa ao Botafogo, mas negócio não
avançou (Foto: Piervi Fonseca / Agência Estado)
 
Pouco aproveitado no Palmeiras, o volante Tinga despertou o interesse do Botafogo. César Sampaio, gerente de futebol do Verdão, confirmou que o clube da estrela solitária fez uma proposta para levar o jogador para o Rio de Janeiro. Segundo o dirigente, o nome do  oferecido não agradou e, por isso, a negociação não avançou.
- Foi nos oferecida uma situação de troca com um atleta do Botafogo. A gente não achou interessante. Temos essa semana para estar ajustando. O Botafogo até agora não oficializou nada com relação a empréstimo, compra e transferência. Uma vez oficializando algo, nós vamos estudar, e se for vontade do atleta sair, a gente conversa com a comissão também. Ele perdeu um pouco de espaço. João Vitor e Chico estão sendo mais utilizados no time - explicou.
Sampaio, porém, não quis revelar quem foi oferecido para evitar uma situação constrangedora.
- É ruim falar, porque às vezes as pessoas podem levar para um lado que pode até prejudicar a carreira do atleta. A troca não correspondia ao que o Felipão espera do grupo. Não vou falar posição nem nada, porque é um atleta que está no mercado. Não queremos causar problemas para o pessoal de lá - completou o dirigente, ainda à espera de um possível novo contato.
Tinga disputou os dois primeiros jogos do Campeonato Paulista, mas não foi bem. Na sequência, perdeu espaço e, em alguns compromissos, sequer foi relacionado para o banco. No último sábado, na vitória contra a Ponte Preta que rendeu ao Verdão a liderança da tabela, ele jogou alguns minutos do segundo tempo apenas. O grupo DIS, que detém seus direitos econômicos, já acenou com o apoio da transferência. Mas as conversas seguem mornas.
O setor não é prioridade do Glorioso, que busca um zagueiro e dois laterais - um para cada lado. As contratações devem ocorrer somente para o Brasileirão, na segunda quinzena de abril.
Clique aqui e assista a vídeos do Palmeiras

FONTE:

http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2012/03/botafogo-pede-tinga-mas-oferece-jogador-que-nao-agrada-ao-palmeiras.html

Brasil bate México e é octacampeão da Copa América de Futebol de Areia

Com 100% de aproveitamento em três jogos, seleção mantém a hegemoniano campeonato, vence o jogo decisivo por 4 a 3 e segue imbatível em 2012

Por Igor Christ Rio Quente, GO
 
Pelo oitavo ano seguido, o Brasil é campeão da Copa América de Futebol de Areia. Em uma partida emocionante contra o México, na manhã deste domingo, em Rio Quente-GO, a seleção chegou à terceira vitória no quadrangular e, com 100% de aproveitamento, conquistou o quinto título em 2012. Depois de golear EUA e Argentina, o time comandado pelo técnico Guga Zloccowick encontrou dificuldades para superar os mexicanos por 4 a 3, gols de Bruno Malias (2), André e Jorginho. Giovani Lopez, Hugo Lopez e Cati descontaram para os visitantes (confira no vídeo).


- Não fizemos uma boa partida, cometemos muitas faltas e demos o contra-ataque para o México. Mas o importante foi ter conquistado mais um título e assegurado a invencibilidade neste ano. Os mexicanos valorizaram a nossa vitória, marcaram forte, mas fomos felizes nas finalizações - afirmou Guga.

 Invicta em 2012, 
seleção comemora o quinto título e a 12ª vitória no ano (Foto: Wander Roberto / Inovafoto)
Autor do gol que garantiu a conquista brasileira, Jorginho chegou ao de número 299 com a camisa da seleção.
- A gente jogou para ganhar e ser campeão. Se não saiu o 300, não tem problema. Quero agradecer à minha família e mandar um beijo para a minha filha Giovanna - comemorou Jorginho.
No primeiro jogo do dia, Argentina e EUA empataram por 5 a 5 no tempo normal, mas, nos pênaltis, os hermanos levaram a melhor - 1 a 0 - e terminaram em terceiro no quadrangular.
O jogo

Brasil partida contra o México no futebol de areia (Foto: Wander Roberto / Inovafoto)Em jogo amarrado, Fernando DDI busca espaço
para a finalização(Foto: Wander Roberto / Inovafoto)
A partida começou quente para os mexicanos. Na saída de bola, Plata acertou um chute na trave e Lopez finalizou com perigo, obrigando Mão a fazer grande defesa. Em três cobranças de falta, Buru teve a chance de colocar o Brasil na frente. Mas, assim como nas duas partidas anteriores da seleção, foram os visitantes que abriram o placar. Após uma infração do time brasileiro, Giovani Lopez cobrou a falta no canto, Mão chegou a tocar na bola, mas não impediu o gol. O camisa 10 mexicano quase ampliou em um chute cara a cara com o goleiro brasileiro. Um dos destaques do campeonato, Robles também salvou os visitantes em dois chutes de Bruno Xavier, mas não pôde fazer nada na bicicleta de Bruno Malias. Um golaço que deixou tudo igual no placar: 1 a 1. O camisa 5 da seleção voltou a brilhar no fim do primeiro tempo. Em jogada ensaiada, Malias marcou de cabeça o gol da virada: 2 a 1 Brasil.
Plata abriu a segunda parcial colocando Mão para trabalhar em um chute à queima-roupa. Giovani Lopez voltou a assustar o Brasil com uma finalização na trave. De tanto insistir, o México chegou ao empate após uma falha da defesa brasileira no meio de campo. Hugo Lopez cabeceou cara a cara com Mão, que não pode fazer nada para evitar o gol dos visitantes. O time verde-amarelo tentou dar a resposta na finalização Sidney, que Robles espalmou para fora, deixando tudo igual para o útlimo período.
Mais uma vez foram os mexicanos que começaram assutando na terceira parcial. Na cobrança de falta de Hugo Lopez, Mão espalmou para fora. O Brasil deu o troco com um chute de Buru, que acertou a trave. No lance seguinte, Buru arriscou de longe, a bola sobrou para André voltar a colocar o Brasil na frente: 3 a 2. O camisa 9 da seleção quase marcou o quarto, se não fosse a grande defesa de Robles, que tirou a bola na linha. Só que na sequência o goleiro mexicano não teve o que fazer. Jorginho acertou um lindo voleio no canto e marcou o seu 299º gol com a camisa da seleção. Nos minutos finais, Cati diminuiu para os visitantes e Hugo Lopez perdeu uma chance incrível ao chutar a bola por cima do travessão, no último lance da partida.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/programas/verao-espetacular/noticia/2012/03/brasil-bate-mexico-e-e-octacampeao-da-copa-america-de-futebol-de-areia.html

Vôlei Futuro bate o Praia Clube de virada e chega às semis da Superliga

Clube mineiro dá adeus à competição após vencer os dois primeiros sets e permitir que as paulistas empatassem o jogo e ficassem com a vitória no tie-break

Por GLOBOESPORTE.COM Uberlândia, MG
 
O Vôlei Futuro derrotou mais uma vez o Praia Clube, desta vez de virada e na casa do time mineiro, e fechou a série melhor de três jogos, garantindo sua vaga nas semifinais da Superliga feminina de vôlei. A partida, realizada em Uberlândia-MG, terminou em 3 sets a 2, com parciais de 18/25, 20/25, 28/26, 25/16 e 15/11.

O jogo teve início com o saque da levantadora do Praia Clube, Juliana, e no contra-ataque a oposta Monique abriu o placar. Para alcançar, o Vôlei Futuro precisou atacar três vezes até conseguir o quarto ponto (4/4). A equipe de Araçatuba conseguiu virar com um saque direto para a quadra do adversário, sem chances de defesa. Paula Pequeno aumentou, com uma pancada no corredor (5/7). O clube mineiro conseguiu abrir cinco pontos (18/13), quando Paulo Coco inverteu o esquema de jogo: Ana Tiemi no lugar de Joycinha, e Fernanda Berti na posição de Ana Cristina. Um ataque de Dayse colocou Paula Pequeno no chão e aumentou a diferença  para 22/16. O set acabou em 25/18 para o time da casa.
Praia Clube e Vôlei Futuro (Foto: Flávio Cortez)O Vôlei Futuro conseguiu uma bela virada na casa das adversárias (Foto: Flávio Cortez)
Na segunda parcial, o Praia Clube mais uma vez saiu na frente, aproveitando bem os contra-ataques. A meio de rede Walewska fazia o possível, mas as donas da casa mantiveram a dianteira até fechar em 25/20. No terceiro set, um outro Vôlei Futuro entrou em quadra. Walewska fez chover pontos na quadra do Praia Clube. O set muito equilibrado e só terminou com um ataque de Joycinha: 28 a 26 para a eqiupe mineira.


Um grande rali deu início ao quarto set, e Paula Pequeno abriu o placar. O Praia Clube conseguiu virar e dobrou a pontuação com Monique furando a muralha formada por Fernanda Garay e Carol Gattaz, mas o ataque mineiro parou e viu o Vôlei Futuro abrir dez pontos. Walewska passou a defender muito e encontrou o caminho para levar o time para o tie-break..
Um saque de Juliana e um contra-ataque de Monique fizeram o Praia Clube abrir o set final. O Vôlei Futuro chegou ao tempo técnico com o dobro de pontos do Praia Clube (8/4). A vantagem, contudo, acabou quando Dayse conseguiu bloquear Walewska e deixar o placar em 10 a 10. Depois disso, Paula Pequeno, de ataque, e Ana Tiemi e Carol Gattaz, de bloqueio, colocaram as mineiras à frente. Um erro de recepção de Suelle só piorou a situação do Praia Clube. Mais um rali, definido por Joycinha, deu vários match points ao time de Araçatuba. Um saque errado de Dayse selou a partida e levou o Vôlei Futuro à semifina

FONTE:
 http://globoesporte.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2012/03/volei-futuro-bate-o-praia-clube-de-virada-e-chega-semifinal-da-superliga.html

Elisângela esquece recorde e só pensa no jogo decisivo contra o Minas

Depois de superar Érika e se tornar a maior pontuadora da história da Superliga, capitã do Sesi aposta que equipe terá força para empatar a série

Por Danielle Rocha Rio de Janeiro
 
Assim que colocou os pés no Brasil, Elisângela foi lembrada de uma contagem que por dois anos havia esquecido. Mas Érika, não. Com a volta da amiga e companheira de seleção na conquista do bronze olímpico em Sydney-2000, a condição de maior pontuadora da história da Superliga, com 3.572 pontos, estava ameaçada. Elisângela achava graça da preocupação e brincava que iria bater o recorde rapidinho. Dito e feito. A capitã do Sesi tem, segundo a CBV, 3.620 acertos e nem se deu conta da quebra. Embora admita o orgulho, diz que mal consegue pensar em outra coisa que não seja o jogo deste domingo. Aquela derrota por 3 a 2 para o Minas ainda dói e deixou seu time em situação pouco confortável. Se ainda quiser seguir na competição, terá de vencer a segunda partida, agora dentro de casa, a partir das 14h15m, com transmissão do SporTV.

Elisângela no ataque do Sesi vôlei (Foto: Alexandre Arruda / CBV)Elisângela aposta no fator casa para fazer 1 a 1 (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
 
 - Fico orgulhosa de bater esse recorde aqui no Sesi, depois desses anos no Japão. Mas neste momento não dá nem para pensar nesse recorde. Não fui tão bem naquele primeiro jogo e quero ajudar a equipe neste. A gente jogou abaixo do que podia. E as cubanas estavam iluminadas (Daymi e Herrera). Temos que tentar neutralizar as duas. Vamos estar em casa e sabemos jogar bem sob pressão contra grandes times. Estou confiante. Quero continuar fazendo história no campeonato, mas agora com o time - disse.
Elisângela tem os pés no chão. Sabe que ficar nas quatro primeiras colocações seria um bom resultado para um estreante. No entanto, sabe também que o técnico Talmo e suas companheiras querem ir além do objetivo. Para isso, tiveram uma conversa para apontar o que precisa ser mudado e para renovar a confiança que o treinador tem no grupo.
- Não acompanhei o trabalho do Talmo no vôlei masculino, mas o que posso dizer é que ele tem o perfil do feminino. É detalhista, tem paciência. Ele tem o estilo dele, não dá escândalo e cobra igual. Uma cobrança saudável até porque ele já foi jogador. Talmo não faz diferenciação entre as atletas.  E são poucos os técnicos que conversam e têm o grupo na mão. Ele fecha com a gente - elogia.
Aos 33 anos, a mãe de Lorenzo não tem do que reclamar. Está feliz com a estrutura que encontrou no Sesi e com o nível que encontrou na Superliga e com o sistema de pontuação. Não esperava encontrar um campeonato tão equilibrado ao retornar do Japão. De lá, guarda a saudade dos tempos em que defendeu o Hisamitsu. Até mesmo da rotina chata e sofrida de treinos, tão diferente da que é feita no Brasil. Sem dificuldade de adaptação, Elisângela adorou viver no futuro, como gosta de dizer. Viu o filho de 7 anos ganhar disciplina e não admitir, até hoje, chegar um minutinho sequer atrasado na escola. Mas viu também um povo tentar superar uma tragédia.
Em março do ano passado, estava sozinha num hotel em Nagoya exatamente no dia em que  o forte terremoto assolou o país. A intérprete tinha saído para resolver um problema com o passaporte. O primeiro sinal de que algo de errado estava acontecendo foi dado pela garrafa d'água.
-  Lembro que sentei na cama e fiquei atenta à porta. Se ouvisse alguém tentando abri-la, eu ia correr e atropelar. Japonês não é bom de mímica, não ia adiantar eu tentar entender o que estava acontecendo fazendo sinais. E aí, tremeu, tremeu. Só fui ver que o estrago tinha sido pior, da tsunami, quando liguei a TV mais tarde. Parecia filme de fim do mundo. Só que no meio daquilo tudo, eles ainda procuravam passar tranquilidade. Tinham muita fé de que iam se reestruturar.  Foi um exemplo.    
Tranquilidade que a oposta quer ter neste domingo para ajudar o Sesi a empatar a série melhor de três de quartas de final. E para acrescentar mais uns pontinhos à sua conta.
- Érika é minha amiga desde os tempos de seleção juvenil. Sei que ela vai querer bater esse recorde quando voltar a defender um time aqui no Brasil no ano que vem. E eu não vou querer deixar ela fazer isso - brinca.

FONE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2012/03/elisangela-esquece-recorde-e-so-pensa-no-jogo-decisivo-contra-o-minas.html

Vibrante, Florianópolis vence o Minas no tie-break com show de Bruninho

Levantador comanda o time catarinense na vitória de virada sobre os mineiros no primeiro jogo da série melhor de três dos playoffs da Superliga Masculina

Por GLOBOESPORTE.COM Florianópolis
 
O ginásio do Capoeirão, em Santa Catarina, não ficou em silêncio um minuto sequer na noite deste sábado. Foi com essa vibração que o Florianópolis venceu o Minas de virada, por 3 sets a 2 (parciais de 25/27, 25/17, 24/26, 25/20 e 15/8), e largou na frente na série melhor de três jogos das quartas de final da Superliga Masculina. Destaque para o levantador Bruninho, que deu uma de atacante, incendiou a torcida e ainda foi eleito o melhor em quadra.
O segundo jogo entre as duas equipes acontece na próxima sexta-feira, dia 23 de março, às 21h, em Belo Horizonte. O Florianópolis precisa apenas de mais uma vitória para avançar às semifinais da competição. Já o Minas tem que vencer para forçar a terceira partida, que, se for necessária, será mais uma vez no ginásio Capoeirão.
O Florianópolis começou o jogo mostrando quem manda no Capoeirão. Com a torcida fazendo muito barulho, os donos da casa abriram 4 a 0 no placar e conseguiram manter a diferença até o 8 a 4. Mas Filip apareceu pelo Minas com um bloqueio simples e empatou a partida (9 a 9). Aí foi a vez do técnico Douglas Chiarotti parar o jogo. Na volta, equilíbrio. De um lado, Bruninho encontrava Rivaldo, que virava a maioria das bolas. Do outro, Lucarelli abusava das bombas no saque. O set foi a 25 a 25, e Orestes, com um bloqueio, fechou em 27/25, mostrando que os mineiros não estavam de brincadeira.

Bloqueio Bruninho Florianópolis x Minas (Foto: Cristiano Andujar/VIPCOMM)Minas venceu o primeiro set e mostrou seu cartão de visitas (Foto: Cristiano Andujar/VIPCOMM)
Mordido, o Florianópolis começou o segundo período na frente, assim como no set inicial. Mas dessa vez os catarinenses não permitiriam a virada. Em noite inspirada, Rivaldo atacava pelo meio e pelas pontas com sucesso (10 a 6). Enquanto isso, o Minas tinha o levantador Marcelinho, que distribuía bem as jogadas, principalmente com o ponteiro Lucarelli. Mas, sem dó, João Paulo cravou uma bola na quadra dos mineiros, fez 14 a 10 e iniciou a disparada do Floripa. Bruno Temponi tentou uma largadinha, Rivaldo se antecipou, dando um toco para fazer 24 a 16, e comemorou muito. Logo em seguida, a equipe da casa fechou em 25/17.
O terceiro set foi o mais equilibrado. As duas equipes não se descolavam no placar e ponto a ponto caminhavam para decidir o período nos detalhes. Só quando estava 18 a 17, Gustavo apareceu pelo meio para abrir dois pontos para o Florianópolis (19 a 17). Lucarelli respondeu com força no saque e virou para o Minas (21 a 22). O técnico Douglas Chiarotti colocou Kaio em quadra, o oposto superou o bloqueio triplo e colocou o Floripa à frente novamente (23 a 22). Mas na hora de decidir, os mandantes atacaram duas vezes para fora, com Kaio e Rivaldo, e permitiram que o Minas fechasse em 26/24 - 2 a 1 em sets.
Florianópolis x Minas comemoração (Foto: Cristiano Andujar/VIPCOMM)Bruninho vibra muito a cada ponto do Florianópolis
no Capoeirão (Foto: Cristiano Andujar/VIPCOMM)
O Florianópolis precisava de uma vitória no quarto set para forçar o tie-break. Os dois times caminharam juntos até o 10 a 10, quando o Minas começou a errar muito e permitiu que o Floripa abrisse sete pontos. Inspirado, o levantador Bruninho deu uma de atacante e virou duas bolas. Os visitantes bem que tentaram reagir, mas não havia mais tempo. Henrique sacou para fora, e o Floripa fechou o set em 25 a 20.
A decisão do encontro dos tetracampeões da Superliga ficou mesmo para o quinto set. E muita vibração estava por vir. O Florianópolis fez 2 a 0, mas o Minas anotou quatro pontos seguidos e virou para 4 a 2. Depois foi a vez do Floripa dar o troco, mais quatro pontos consecutivos e outro revés: 6 a 4. Daí para frente só deu a equipe catarinense. Bruninho dividiu com Henrique na mão-de-ferro e levou a melhor. Gustavo parou Filip no bloqueio. Todos os pontos comemorados com muita energia. João paulo fez 14 a 8 e quando Filip atacou para fora, a vitória estava definida: 15/8.

FONTE:
 http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2012/03/vibrante-florianopolis-vence-o-minas-no-tie-break-com-show-de-bruninho.html

Sesi recebe o Rio de Janeiro, e Vôlei Futuro pega o Campinas pelas quartas

Neste domingo, atual campeão da Superliga estreia nos playoffs contra os cariocas. Em Araçatuba, terceiro colocado na primeira fase duela com o sexto

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
vôlei sesi superliga masculina (Foto: Divulgação / CBV)Atual campeão, Sesi estreia nos playoffs contra o
Rio de Janeiro, neste domingo (Foto:Divulgação/CBV)
 
Dois jogos completam a primeira rodada dos playoffs da Superliga Masculina, neste domingo. O Sesi, atual campeão do torneio, recebe o Rio de Janeiro, às 12h, na Vila Leopoldina, em São Paulo. Mais tarde, às 21h30m, é a vez do Vôlei Futuro encarar o Campinas, no ginásio Plácido Rocha, em Araçatuba-SP. As duas partidas serão transmitidas ao vivo pelo SporTV.
Com a segunda melhor campanha da fase de classificação, o Sesi joga o primeiro duelo da série melhor de três em casa, diante da sua torcida. O líbero Serginho, um dos destaques do time, chama a atenção para o adversário, que, apesar do sétimo lugar na tabela, conta com vários atletas da seleção.
- Playoff é outro campeonato. Não dá para o nosso grupo se iludir com os momentos de altos e baixos que o Rio de Janeiro passou na fase classificatória. Agora é jogo de igual para igual. O time deles tem jogadores de seleção brasileira e acredito que a dificuldade vai existir para os dois lados. Consciente disso, o nosso grupo está focado e bem preparado - afirmou Serginho.
Levantador Marlon Rio de Janeiro vôlei (Foto: Divulgação/CBV)Levantador Marlon comanda o Rio de Janeiro contra
o Sesi, pelos playoffs 2011/12 (Foto: Divulgação/CBV)
 
Com menos de um ano de criação, o Rio de Janeiro foi formado para ser campeão da temporada 2011/12. No entanto, o time encontrou muitas dificuldades de entrosamento na primeira fase do campeonato e ficou apenas com a penúltima vaga nos playoffs. Para dar a volta por cima, a equipe passou a semana treinando em Saquarema-RJ, no Centro de Desenvolvimento do Voleibol, da CBV. O capitão Marlon deu a receita para vencer os atuais campeões.
- Temos que jogar muito bem taticamente e cometer poucos erros. Esse é um padrão de jogo que eles já têm. O Sesi é um time que chega com moral pelo ano que fez. Para mim, é a equipe mais equilibrada, no sistema ofensivo e defensivo. Diferentemente do nosso, que ofensivamente é muito bom, mas temos alguns buracos na defesa.
Segundo jogo do dia: Vôlei Futuro x Campinas
Depois de ver o time feminino avançar às semifinais da Superliga Feminina, os meninos do Vôlei Futuro querem repetir a dose e contam com a ajuda da torcida de Araçatuba para isso. A equipe terminou a primeira fase da competição na terceira colocação, e o técnico Cézar Douglas alertou sobre alguns jogadores do Campinas.
Vôlei Futuro comemora vitória sobre o Cimed no vôlei (Foto: Alexandre Arruda / CBV)Ricardinho e Lorena são os destaques do Vôlei Futuro
(Foto: Alexandre Arruda / CBV)
 
- Temos que ter uma atenção maior sobre jogadores que vêm se destacando, como Franco (oposto) e Zanuto (ponteiro), além de André Heller e Gustavão, centrais que são bons de bloqueio. Estamos trabalhando em cima de detalhes que já vivenciamos contra a equipe deles durante toda a temporada. Temos que manter as virtudes que nos levaram a classificar em terceiro lugar e aproveitar o fator casa - destacou o treinador.
O meio de rede André Heller, jogador mais experiente do Campinas, sabe que é preciso ter calma contra uma equipe mais "calejada", como o adversário deste domingo. Por isso, as conversas pré-jogo são fundamentais.
- Outros jogadores como Rodriguinho (levantador), Bruno Zanuto (ponta) e Bob (oposto) já disputaram finais da Superliga e sabem como é difícil e o quanto é necessário trabalhar para chegar lá. Procuramos conversar com os mais jovens para mostrar que, a partir das quartas de final, é fundamental ter concentração e tranquilidade.
O segundo jogo dos dois confrontos acontece no próximo sábado, dia 24 de março. Será a vez do Rio de Janeiro receber o Sesi, às 12h, no Maracanãzinho, e do Campinas encarar o Vôlei Futuro, às 21h30m, no taquaral.

FONTE:
 http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2012/03/sesi-recebe-o-rio-de-janeiro-e-volei-futuro-pega-o-campinas-pelas-quartas.html

Guga conta como público o ajudou a vencer e sonha ver a filha tenista

Ex-número 1 fala sobre amistoso com Federer, comenta Bellucci, avalia trabalho com juvenis e narra como flamenguista o incentivou a ganhar jogos

Por Alexandre Cossenza Rio de Janeiro
 
Quando teve seu nome oficializado no Hall da Fama Internacional do tênis, Gustavo Kuerten usou a cerimônia para fazer homenagens e agradecimentos. Citou seus pais, o técnico Larri Passos, os ídolos Maria Esther Bueno e Thomaz Koch e até craques estrangeiros como Andre Agassi. Uma semana depois, o ex-número 1 do mundo, enfim, deixou a modéstia um pouco de lado. Lembrou-se de conquistas, enumerou as qualidades que o levaram tão longe no tênis e disse que um de seus maiores méritos foi não precisar mudar sua personalidade, não se distanciar das pessoas dentro de quadra. Guga contou até como um fã flamenguista o ajudou a vencer partidas importantes.

Gustavo Kuerten Guga entrevista especial (Foto: Anderson Rodrigues / Globoesporte.com)Guga entrará para o Hall da Fama no dia 14 de julho, nos EUA (Foto: Anderson Rodrigues)
 
Aos 35 anos, o tricampeão de Roland Garros sempre diz que "parou, mas não parou". Envolvido com seu projeto social, o Instituto Guga Kuerten (IGK), e ajudando a Confederação Brasileira de Tênis (CBT), o catarinense falou também sobre sua agenda cheia. Mencionou a expectativa de fazer um amistoso com Roger Federer no fim do ano e disse que vai tentar trazer o ATP Finals para o Brasil. Sobre o tênis nacional, ressaltou a ajuda de Thomaz Bellucci para manter o esporte em evidência e comemorou o investimento nos atletas juvenis, mas não deixou passar:  "Não existe formação de jogador com regalia."
No fim da conversa, Guga ainda abriu o coração e falou um pouco sobre seus primeiros dias como pai - sua filha, Maria Augusta, nasceu no dia 10 de fevereiro. Prometeu não ser um pai intrometido, mas admitiu que gostaria de ver a filha com uma raquete nas mãos. Confira abaixo o bate-papo com o futuro integrante do Hall da Fama.

GLOBOESPORTE.COM: Vamos começar falando um pouco sobre Hall da Fama? De tudo que você fez em quadra, o que você acha que vai ficar mais marcado para as pessoas? Não vale dizer o conjunto da obra!
Gustavo Kuerten: Como ato específico, para escolher um, é dureza! O coração, para ir bem ao detalhe. Aquele coração de Roland Garros (Guga desenhou um coração na quadra depois de salvar match point e derrotar o americano Michael Russell, em 2001), a primeira conquista, ainda com a roupa amarela, em 1997, e a vitória de Lisboa (Masters Cup de 2001) foram as três marcas registradas minhas, que as pessoas lembram incessantemente. Como fonte de inspiração, acho que a minha grande contribuição foi trazer o tênis para essa esfera popular. Os tenistas eram quase intocáveis. E, junto com isso, a minha felicidade. No grau de competição que tem o tênis, naquele ritmo de um querendo atropelar o outro todos os dias, conseguir manter a felicidade dentro da quadra, a descontração, esse meu sorriso, acho que até hoje é do que as pessoas sentem falta.
É como um amigo meu diz. Sou cagão mesmo. As coisas acontecem para mim, parece que eu nasci virado para a lua."
Gustavo Kuerten
 
Mudando o ponto de vista, o que gostaria que ficasse mais marcado?
Essa síntese de ter uma identidade própria no tênis. A brasilidade, o meu jeito emocional dentro da quadra, a alegria, criando um elo com o tênis. Consegui trazer um Guga pessoa, a minha forma de viver, para o personagem da quadra, o competidor. Não precisava me transformar para entrar em quadra. Eu vivia muito o que eu era e competia próximo da minha essência. Isso foi o mais brilhante que eu pude saborear.
Tanto na cerimônia do Hall da Fama quanto agora você enfatizou essa questão de trazer o público para perto do ídolo. Isso foi algo que percebeu durante a carreira?
Foi uma consequência natural. A maioria das coisas na minha carreira foi resultado da minha adaptação, mas eu não tive que mudar drasticamente. Eu consegui entender e diagnosticar o circuito no fim de 1997, começo de 1998. Eu tirei as medidas do circuito para ver como eu me encaixaria ali dentro, e não ter que mudar alguma coisa para ir de encontro àquele turbilhão.
E como foi esse processo?
Eu fui aprendendo a lidar com a situação de ídolo, a me relacionar com as pessoas, a curtir e saborear isso. Existe um peso no tênis que é quase imensurável. Os maiores tenistas são quase endeusados. Hoje eu consigo enxergar mais isso, né? Na época, tudo foi acontecendo de forma natural. Nem por isso a gente precisa se distanciar. Até mesmo na atualidade, Nadal, Federer e Djoko são muito mais próximos do que eram Lendl, Becker, McEnroe... Pode ser até uma causa natural dos novos tempos. As informações estão mais à tona. Até então, Sampras, Agassi, Courier, McEnroe... pareciam super-heróis de quadrinhos.
O Thomaz (Bellucci) ajuda nesse processo de trazer público para o tênis?
Eu acho que ele está ajudando bastante o tênis brasileiro. Há uns três, quatro anos, ele é 80% das nossas chamadas, do que acontece no tênis. Está carregando essa bandeira. O perfil dele não é igual ao meu. É um cara mais introvertido, mais fechado dentro da quadra. Dentro dessa característica específica, ele não traz o público muito para próximo. Ele fica mais isolado ali, mas é esse ponto que é a fase de detalhamento que está vivendo. De que forma vai atuar melhor? Não é nem indicado para um tenista entrar em quadra e pensar "preciso ser mais legalzinho ali para a torcida me achar bacana". Cada um tem uma forma de lidar com isso. Mas eu vejo que nesses três últimos anos ele vem carregando essa bandeira do tênis de uma forma importante e contribuindo para que a bola continue girando.
Gustavo Kuerten Guga entrevista especial (Foto: Anderson Rodrigues / Globoesporte.com)Guga espera fazer uma exibição com Roger
Federer em dezembro (Foto: Anderson Rodrigues)
 
Como vê a cobrança em cima dele?
Eu acho que é natural. É uma relação do espectador para o jogador. Cada um tem suas expectativas. É natural a gente ter um grande ídolo, um cara que foi número 1, com quem as pessoas têm uma relação e até uma saudade. Essa comparação vai ser onipresente. As análises são normais para cada nível que o jogador vai adquirindo. Tem uma hora que a gente chega a número 1 e continua tendo uma certa expectativa. Eu vejo que ele encara numa boa. Está num processo normal de amadurecimento. O que vai se definir é quando vai estar pronto para enfrentar esse novo estágio. De qualquer forma, é um cara que já tem sua carreira consolidada no tênis, vai ficar aí por mais cinco, dez anos, talvez já se aproximando dos cinco melhores brasileiros da história. Essas cobranças todas têm que ser um universo à parte. O dia a dia dele é trabalhar, evoluir nesses quesitos que ainda precisa amadurecer. Ele tem a virtude de crescer contra jogadores bons, o que é legal porque nesses torneios grandes ele pode vir a surpreender de uma hora para outra. O Thomaz hoje tem que buscar mais regularidade. E se acontecer a virada, o clique para começar a vencer esses jogos de última escala, é top 10.
Como é ser classificado como humanitário pelo presidente do Hall da Fama?
Vai ao encontro do que a gente está conversando aqui. Quando eu estava jogando a final de Roland Garros, eu podia estar pensando exclusivamente no meu momento, mas eu precisava também de apoio em pessoas, principalmente para encontrar essa minha forma. Foi essa maneira de levar mais gente comigo para a quadra. Quando eu estava jogando, parecia que estávamos eu, Larri, minha família, as pessoas ao redor torcendo, o Brasil todo em volta. E sempre de uma forma positiva. Nunca se tornou algo "eu estou jogando para eles", mas nos meus melhores momentos era muito perceptível que quando eu estava atuando eu estava compartilhando aquelas sensações com todos. Eu conseguia apartar essa obrigação de ídolo, de carregar fardo. Para mim, era um incentivo, um apoio.
Consegue lembrar de casos específicos?
Tinha um cidadão de Miami, um flamenguista, que sempre aparecia nos campeonatos. No ano que eu fui para a final com o Sampras, teve uns dois jogos no caminho que ele fez eu virar. Em Hamburgo, aconteceu a mesma coisa. Estavam três ou quatro brasileiros lá. Às vezes, eram pessoas de outros países que levavam bandeiras do Brasil. Isso era quase que uma necessidade. Eu tinha de conseguir me isolar, mas ao mesmo tempo, nos momentos de superação, precisava buscar essa energia com mais pessoas.
Eu passei diversas coisas que (os juvenis de hoje) não precisam mais passar. Tem que encontrar esse meio-termo. Não existe formação de jogador com regalia, com tudo de bom e do melhor, mas não pode ser como acontecia antes. A gente desperdiçava uns caras porque eles não tinham condições para viajar."
Gustavo Kuerten
Você sempre diz algo do tipo "parei, mas não parei". Está tentando trazer o ATP Finals para o Brasil, ajudando nos projetos da CBT, tem a expectativa de amistoso com o Federer, tem o IGK, e a Maria Augusta nasceu no mês passado...
Minha fase agora, pós-circuito, tem sido bem mais ativa do que eu esperava. Talvez até pela idade e por não ficar em competição, fica toda essa adrenalina acumulada. Hoje, os pontos em que eu tenho interesse estão bem definidos. Esse do Tour Finals me atrai demais porque eu acho que encaixa com essa realidade do Brasil. E eu penso: "Em que projetos bons eu posso estar envolvido?". Aí começo a fazer análise do timing, que é adequado. O Brasil está num momento econômico favorável para trazer, e tem minha aproximação com a ATP e o desejo de poder trazer essa oportunidade para semear o tênis aqui no Brasil. Esse é o principal, o grande desafio. Meu papel é conversar com as pessoas da ATP, ver as reais possibilidades, dizer do interesse que a gente tem, de alguns contatos fortes que a gente tem aqui.
E como é o seu papel nesse novo projeto da CBT, tentando implantar centros de treinamento em várias regiões do país?
Eu procuro subsidiar com o melhor tipo de informação possível. A Confederação vem avançando bem, cara. Eles saem colhendo essas informações, e o grande segredo é conseguir encontrar as pessoas mais adequadas para iniciar os polos em diferentes regiões. Para hoje estar iniciando, foram pelo menos dois ou três anos de garimpagem. Para iniciar um projeto no Nordeste, por exemplo, quem é o professor responsável? O cara tem que ter uma afinidade com a entidade, levar a sério, seguir os critérios do projeto. A coisa é macro. Começar para parar não vale a pena. Eles (CBT) estão, além de correndo para o lugar certo, com o favorecimento desse boom econômico, esse momento único que o Brasil vive. Pode ser que de tudo isso que está se produzindo agora, fique 30%, 40%, mas, se fizer a coisa muito bem-feita, ficam as melhores células e vai ser mais do que suficiente. Com esse projeto, não se perde mais um talento no norte.
Essa nova geração, com Thiago Monteiro, Tiago Fernandes, Bruno Sant'Anna, Bia Maia e outros, tem uma ajuda que Júlio Silva, Marcos Daniel, Rogerinho e Bruno Soares, por exemplo, não tiveram. Os jovens de hoje têm essa responsabilidade a mais, não?
Eu vejo assim: este momento que eles vivem nunca existiu no Brasil. Uma equipe montada pela CBT com subsídios e tudo que estão entregando aos jogadores é algo que está começando agora. Eu acho que a obrigação, para esses atletas, é prejudicial. O cara não tem que ter obrigação. Ele tem que ter o desejo. Só que engloba a responsabilidade. A partir daí entra o discernimento do jogador, que futuramente vai demonstrar ser mais capaz. Nessa turma, está sendo legar trabalhar porque a mentalidade deles já é de caras que foram criados sem nenhum vício. Pode ter certeza que na faixa de 15-16 até 18-20 vários ficam pelo caminho. É inevitável que um ou outro tropece ali, se sinta mais incomodado, de repente não tenha interesse tão a fundo. Antes era pior. Antes era imersão ao nada. Mergulhava lá, e a perspectiva era zero. Hoje, há um caminho, um parâmetro, e essa linha tem que se tornar positiva.
Não fica fácil demais para alguns?
Um cara que está hoje numa equipe que a gente monta tem todas as condições ideais. Não fica lacuna. E isso às vezes se torna prejudicial, por incrível que pareça. Os EUA vivem um problema dessa forma. Fica tão fácil que o cara não luta. Essa é uma fagulha que a gente tem que deixar acesa nos atletas. O cara tem que dar sangue todo jogo, toda hora. Eu passei diversas coisas que esses caras não precisam mais passar. Tem que encontrar esse meio-termo. Não existe formação de jogador com regalia, com tudo de bom e do melhor, mas não pode ser como acontecia antes. A gente desperdiçava uns caras porque eles não tinham condições para viajar. Estamos chegando a um equilíbrio. Talvez o amadurecimento desse projeto vá aparecer em torno de cinco anos.
Gustavo Kuerten Guga entrevista especial (Foto: Anderson Rodrigues / Globoesporte.com)Após cirurgias no quadril, Guga se diverte ao falar de suas condições físicas (Anderson Rodrigues)
 
E esse amistoso com o Federer, em dezembro, sai ou não sai?
Vou fazer uma avaliação dos 35 mil quilômetros (rindo) aqui para ver se vou chegar a dezembro. Contra o Del Potro (Guga fez uma exibição com o top 10 argentino em dezembro do ano passado), eu achei que era o limite, agora tem essa ideia do Federer. Para mim, seria um espetáculo. Este ano já começou de forma fantástica, tanto na minha vida pessoal quanto na profissional, com essa notícia do Hall da Fama. Sacramentaria um ano inesquecível. Teoricamente, em Miami (na próxima semana), ele ia assinar alguma coisa para jogar aqui no Brasil. Se  vier aqui e eu tiver condições de desafiá-lo e passar nesse teste dos 35 mil quilômetros aí, eu deixo até ele escolher a superfície. Nem me importo (rindo ainda mais).
Como foram seus primeiros dias como pai?
É uma experiência inesquecível. Não dá nem para imaginar a sensação que transmite, mas é como um amigo meu diz.... Sou cagão mesmo. As coisas acontecem para mim, parece que eu nasci virado para a lua. Até essa experiência de ser pai, estar em casa, curtir este momento, cada sorriso... Parece que o mundo todo se distancia e você vive aquela relação por completo. Uma coisa que complementa todas as necessidades. É muito essencial do ser humano. Estou curtindo bastante. É gostoso desde as experiências como trocar fralda e dar de mamar, acordar no meio da noite. Mas todo o prejuízo ali traz um lucro sempre em conjunto. É muito bacana, e, graças a Deus, minha esposa está bem, a minha filha também está superbem, acho que isso é o fundamental. Até naturalmente já transmite essa vontade de poder continuar ativo, de poder semear ainda coisas boas. Uma nova geração te impulsiona a poder deixar um legado ainda mais imponente.
Gostaria de ver a Maria Augusta ou outro filho, mais para a frente, talvez, jogando tênis? Talvez na sua própria escolinha?
Sem dúvida, cara. Até mesmo porque senão eu não seria um grande promotor do tênis. Independentemente de se ela escolher o tênis ou qualquer outro esporte, vou incentivar
integralmente. Espero não ser um pai intromedito (risos). Vou tentar me controlar sempre, mas o aprendizado com o esporte, a sensação de vê-la numa quadra de tênis... nem sonho que seja nada competitivo ou profissional, mas vê-la jogando tênis já vai me trazer uma alegria sensacional.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2012/03/guga-conta-como-publico-o-ajudou-vencer-e-sonha-ver-filha-tenista.html

As contas e os contos do maravilhoso mundo de Túlio

Na saga pelo suposto milésimo gol, atacante mostra que matemática não é uma ciência exata e garante que está em forma dentro e fora de campo

Por Janir Júnior Direto de Maceió, AL
 
Túlio Maravilha com a esposa e filhos (Foto: Janir Junior / GLOBOESPORTE.COM)Aos 42 anos, tudo azul para o atacante Túlio.
(Foto: Janir Junior / GLOBOESPORTE.COM)
A cidade mudou. O time, quase pela trigésima vez, também. Mas as contas e os contos continuam a povoar o fantástico mundo de Túlio Maravilha. Aos 42 anos, o atacante defende agora o CSE, clube de Palmeira dos Índios, cidade a 125 km da capital Maceió, onde fixou residência momentaneamente.
Sempre que alguém for se referir à luta do atacante para chegar aos mil gols é obrigatório colocar a fonte: “segundo as contas de Túlio”.
- É uma coisa determinada. É nas contas do Túlio mesmo. É diferente, bem popular. Não preciso de Fifa, CBF, aqueles institutos de estatísticas que só contam gols da Primeira Divisão – afirmou Túlio.
Segundo os números gravados na cabeça do próprio atacante, ele está com 983.
Mas, pelo seu site oficial (www.tuliomaravilha.com), Túlio ganha mais dois de bônus, talvez até sem saber. Na soma dos gols marcados por todos os clubes, jogos festivos e categorias de base aparece o número 983 no resultado final. Mas quem fizer a operação de adição proposta pela listagem virtual chegará a 985. Nas contas do jogador, a matemática nem sempre é uma ciência exata.
O tempo passa, a conta voa e o Túlio segue numa boa. Solícito, ainda assume um tom de voz teatral para certas declarações. Mistura o passado de glórias e títulos pelo Botafogo com seu lado folclórico. E fala de si mesmo na terceira pessoa.
Túlio se coloca no mesmo hall de Pelé e Romário, questiona se Neymar e Messi terão o mesmo tesão que ele tem para jogar bola, lembra de gols polêmicos, projeta seu retorno ao Botafogo daqui a dez gols e o lançamento de livro e DVD quando atingir o milésimo. Pelas suas contas.

Túlio Maravilha com a esposa e filhos (Foto: Janir Junior / GLOBOESPORTE.COM)Túlio ajeita a boia do filho Cristhiann Maravilha
(Foto: Janir Junior / GLOBOESPORTE.COM)
Pai de cinco filhos, Túlio tem acompanhado mais de perto o crescimento de Tulianne Maravilha e Cristhiann Maravilha. Segundo ele, com sobrenome mais do que registrado.
- É patenteado.
Hospedado para passar um fim de semana em um resort em Maceió, Túlio desfila de óculos escuros, sunga com tom florido e se reveza entre água de coco e energético.
Ele atende a todos os fãs com extrema simpatia, brinca com as crianças, puxa uma boia daqui, tenta colocar o filho no ombro dali, e tem na mulher Christiane sua produtora de fotos.
O jogador diz que, orientado pela mulher, segue alimentação balanceada para manter o corpinho de quando tinha 20 anos. Ao posar para foto, Christiane chama atenção de alguns hóspedes, arranca olhar de um gringo boquiaberto e faz um marido assanhado levar um puxão de orelha quando fica de biquíni para mergulhar na piscina do hotel
Quase no fim da entrevista, Túlio dispara:
- Estou em forma dentro e fora de campo, né, dona Christiane?!
- Com certeza, 100% - respondeu sua mulher.
Nas contas e contos de Túlio, tudo é maravilha.

Túlio Maravilha com a esposa e filhos (Foto: Janir Junior / GLOBOESPORTE.COM)Túlio curte piscina em hotel de Maceió na companhia da mulher (Foto:Janir Jr./ GLOBOESPORTE.COM)
GLOBOESPORTE: Como está a vida em Maceió?
TÚLIO: Muito tranquila. Fui muito bem recebido desde o primeiro dia. Já cheguei prometendo gol para o prefeito da cidade de Palmeiras dos Índios, James Ribeiro. A hospitalidade do povo alagoano é demais, ele são muito educados, prestativos. Sem falar na beleza natural. Costumo dizer que Maceió é um filial do Rio de Janeiro. Praias lindas, maravilhosas e culinária rica. A família se adaptou rapidinho, os filhos estão na escola fazendo amizade. Um paraíso desse aqui é para poucos.

E a tal contagem para os mil gols?
Estou com novecentos e.. e oitenta e três, né?! Faltam dez gols para eu retornar ao Botafogo. Quando atingir a marca de 993, faltando sete gols, pertinho do milésimo, visto a camisa do Botafogo lá no Engenhão.

Mas essas contas sempre serão contestadas. É segundo as contas do Túlio ou o matemático é amigo?
Isso é bom. É uma coisa determinada. É nas contas do Túlio mesmo. É diferente, bem popular. Não preciso de Fifa, CBF, aqueles institutos de estatísticas que só contam gols da Primeira Divisão. Dificilmente, daqui a 30, 40, 50 anos vai aparecer um outro Pelé, um outro Romário ou até mesmo um outro Túlio para chegar a essa marca histórica. Para ter um exemplo claro: o Neymar fez 100 gols agora. Quer dizer, ele começou com 17 anos, já tem 20. Então, ele demorou uma média de três anos para fazer 100. Vai calculando aí. Quando ele estiver com quase 40 anos vai chegar a marca de mil gols, só em jogos oficiais. É humanamente impossível. Você acha que o Neymar com 40 anos vai querer jogar futebol?! Com 20 anos ele já está rico, milionário. O próprio Messi, com 23, 24 anos já ganhou tudo. Será que daqui a dez anos ele ainda vai estar com esse tesão de jogar bola, de atingir essa marca de mil gols?! Então, realmente, é para poucos.
E de onde vem seu tesão para jogar ainda com 42 anos?
É impressionante. Primeiro é o amor pela profissão. Eu não me vejo em casa, parado, sem fazer nada. Tenho que estar em movimento, com uma atividade física para manter a saúde, o peso de quando tinha 20 anos. Minha esposa me incentiva 24 horas para eu ultrapassar meus limites. Há mais de dez anos estamos com alimentação balanceada, graças a ela. Se o psicológico estiver bem, o resto é consequência. É questão de tempo. Não tenho pressa. Esperei 24 anos para chegar a essa marca histórica e acredito que ainda esse ano vou fechar com chave de ouro.

tulio maravilha mosaico (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)Túlio tem muitas histórias para contar no futebol (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
No ano passado, houve um mal-entendido com o Botafogo sobre seu retorno, a questão de marcar o milésimo gol, segundo suas contas, com a camisa alvinegra...
Ficou tudo resolvido. Foi porque eu achei que iria me apresentar no Botafogo agora em janeiro. Mas o presidente, junto com departamento de marketing, achou melhor voltar faltando essa mística do número sete, sete gols. É o número que deu sorte, que foi campeão brasileiro em 95. Então, essa contagem, a mística da camisa 7, o Botafogo tem muito disso. Houve um mal-entendido, mas já reparamos esse erro publicamente, através do Twitter. O importante é que já está acordado, é público, todo mundo sabe que quando eu chegar a 993 gols vou retornar ao Botafogo para realizar esse sonho. Eles estão abrindo as portas para mim, estão me presenteando por tudo o que fiz pelo clube nos anos 90, dando um título nacional. E eu sempre vou retribuir minha paixão pelo clube. É por aí que se faz futebol: com o clube respeitando seus ex-ídolos.
Mas pode aparecer alguém para dizer que sete é conta de mentiroso...
(Risos). Pode falar: sete é conta de mentiroso, 171, mas isso deixa para o supersticioso. O importante é que a torcida do Botafogo comprou a ideia, a diretoria, e vai ser uma festa bacana para o futebol carioca. Vão ser três! O Pelé é mineiro de Três Corações e fez o milésimo gol no Maracanã; o Romário, carioca da gema, fez em São Januário; e eu, que sou goiano, que não tenho nada a ver com o Rio, vou fazer o milésimo gol no Engenhão. Então, cada um com sua particularidade. Quero ver o Engenhão lotado, e também com a geração que não pôde ver o Túlio
 jogar.

Entre tantos gols, quais os que mais te marcaram?
O de mão contra a Argentina, na Copa América de 95, foi um gol polêmico, ainda mais em cima deles?! O de Tuleta na Libertadores de 96, contra o Universidad Católica, no Maracanã, também deu muita repercussão. O de 95, no título Brasileiro em cima do Santos...

Mas só tem gol polêmico na lista?
É, mas calma que vai chegar nos bonitos. O Túlio tem gol de tudo que é jeito, só dois que eu não fiz: olímpico, porque dificilmente eu bato escanteio e também não daria tempo de ir lá cabecear, e gol contra, porque não vou na área defender, pois é até perigoso bater em mim e sair gol contra. Tem o gol de bicicleta, que considero um dos mais bonitos, pelo Goiás, em 91, pelo Campeonato Goiano, no Serra Dourada. E, puxando pela memória, outro gol importante foi com a Seleção Brasileira, em 95, no Arruda, era Brasil e Polônia, um amistoso preparatório. Acertei um chute do meio da rua que foi parar no ângulo. Dunga e Jorginho foram comemorar comigo. Essa imagem é bem marcante
E quais são seus planos quando atingir os seus mil gols?
O objetivo é deixar um legado, mostrar como, de onde surgiu essa história de mil gols, passando por 26 clubes, jogando em todas as regiões do país, norte, sul, nordeste, país do primeiro mundo, segundo, terceiro, os bastidores do futebol, concentração, histórias picantes. Vou lançar um livro, um documentário com minha saga, DVD com coletânea dos mil gols. São vários projetos, bonecos, chaveiros, camisas comemorativas. A fonte é inesgotável.

E esses dois belos gols que são seus filhos mais novos...
É verdade. Sou um paizão. Hoje, posso pegar meus filhos Tulianne Maravilha e Cristhiann Maravilha, registrados, patenteados. Tenho ainda a Gabrielle, de 22, Marcela, 19, e Túlio Filho, 13 (do primeiro casamento), mas não pude acompanhar muito o crescimento deles. Agora, posso curtir, ver a família crescer, levar na escola, no parque, na piscina. Esse é meu hobby.

E essa bebida energética (Túlio aparece na beira da piscina com uma latinha e sua mulher com outra)?
Ajuda, eu gosto. Não é fácil, os meninos gastam muita energia. Mas estou em forma dentro e fora de campo, né, dona Christiane?!


Confirma?
CHRISTIANE: Com certeza, 100%.

Túlio Maravilha com a esposa e filhos (Foto: Janir Junior / GLOBOESPORTE.COM)Túlio e Christiane brincam com filhos e chamam atenção dos hóspedes (Foto:Janir Jr. / GLOBOESPORTE.CO

FONTE:
 http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2012/03/contas-e-os-contos-do-maravilhoso-mundo-de-tulio.html

Masters 1000 (Editoria de Arte/GLOBOESPORTE.COM) Masters 1000 17/03/2012 18h03 - Atualizado em 17/03/2012 18h15 Isner faz 20 aces, derruba Djokovic e vai à final do Masters de Indian Wells

Americano supera sérvio em jogaço de dois tie-breaks e será top 10

Por SporTV.com Indian Wells, EUA
 
John Isner tênis Indian Wells quartas (Foto: AP)John Isner e seus 2,06m de altura fizeram
estrago com a devolução de Djokovic (Foto: AP)
Novak Djokovic não terá a chance de defender seu título no Masters 1.000 de Indian Wells. O número 1 do mundo foi parado neste sábado pelo americano John Isner, que executou 20 aces e venceu dois emocionantes tie-breaks. Por 7/6(7), 3/6 e 7/6(5), depois de 2h45m, o tenista da casa, 11º do ranking, avançou para a final e agora aguarda Rafael Nadal ou Roger Federer.
Além de fazer a melhor campanha da carreira em um torneio da série Masters 1.000, Isner garante sua entrada no top 10. Mesmo que perca a final em Indian Wells, ele será o décimo do ranking na próxima lista da ATP. Se levantar o troféu, o tenista de 2,06m de altura alcançará o oitavo posto e se tornará o novo número 1 dos Estados Unidos.
O jogo começou em ruim para Isner, que cometia uma série de erros não forçados. O número 1 do mundo fez o americano pagar caro logo no terceiro game, que rendeu a Djokovic a primeira quebra do jogo e a vantagem de 2/1. Enquanto o sérvio seguia mantendo seu saque, Isner apostava na agressividade, atacando todas as bolas possíveis e evitando os ralis contra o sérvio, mais rápido e mais consistente.
Nole só vacilou quando sacou para o set, em 5/4, e cedeu o primeiro break point do jogo para Isner. Djokovic bobeou ainda mais quando decidiu interromper o ponto por conta própria e pedir o replay, acreditando que uma bola de Isner tina saído. O replay mostrou bola boa e decretou a quebra de saque. No tie-break, Isner esteve sempre à frente. O americano ainda desperdiçou três set points antes de acertar um bom segundo saque, que Nole devolveu na rede para fechar o set em 7/6(7).
Isner disparava seguidos aces, mas Djokovic era mais sólido do fundo de quadra e esperava por chances no serviço do americano. Elas apareceram no oitavo game. O tenista da casa ainda saiu de 0/40 e igualou a contagem, mas perdeu ponto seguinte ao cometer um erro forçado. No quarto break point, Nole contou com uma direita longa de Isner para chegar à quebra. Quatro pontos depois, o jogo estava empatado em 1 set a 1.
O terceiro set foi mais do mesmo, só que com mais emoção. Djokovic investia nos ralis e esperava erros de Isner. O americano, por sua vez, forçava golpes para definir rapidamente os pontos. O número 1 teve um break point no sétimo game, mas o americano acertou um saque a 230 km/h e se salvou. A parcial iria para o tie-break, mas não sem uma boa dose de drama antes. Sacando em 5/6, Djokovic permitiu que Isner chegasse a um match point. O sérvio, contudo, se salvou com um ótimo saque, que o adversário devolveu para fora.
Isner abriu o game de desempate com um ace, e Djokovic, que errou uma direita no terceiro ponto, jamais liderou. Após uma série de pontos emocionantes, Isner abriu 6/3. Nole, com o saque, escapou de mais dois match points, mas o tenista da casa ainda tinha um saque para tentar fechar. O americano não perdoou. Com mais um ace - seu 20º na partida -, selou a vitória.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/masters-1000/noticia/2012/03/isner-faz-20-aces-derruba-djokovic-e-vai-final-do-masters-de-indian-wells.html

Marta 'diz não' a Michel Teló, e, entre Barça e Real, prefere o Corinthians

Rainha explica que não dança 'Ai, se eu te pego' por timidez, fica em cima do muro ao eleger o melhor time espanhol, mas reitera seu amor pelo Timão

Por GLOBOESPORTE.COM Madri
 
Marta comemora gol da Seleção com dança (Foto: Getty Images)Marta dança com Cristiane em jogo da Seleção
(Foto: Getty Images)
 
A jogadora Marta, que atualmente defende o Tyresö, da Suécia, parece não ser muito fã da música do cantor Michel Teló. Em entrevista publicada neste sábado pelo jornal "Marca", a brasileira disse que nunca quis comemorar um gol fazendo a coreografia da música "Ai, se eu te pego".
- Não creio, me daria muita vergonha. Minhas comemorações são mais espontâneas, é o que aparece na hora, mas sempre com garra e força, com a explosividade do momento - explicou.
Ao ser perguntada sobre quem é melhor, Barcelona ou Real Madrid, a camisa 10 da Seleção Brasileira preferiu "eleger" o seu clube de coração.
- São duas equipes muito boas, cada uma com seu estilo. Gosto de ver o bom futebol e os dois times o praticam. Não conseguiria eleger. O que posso dizer é que sempre fui fã do Corinthians - lembrou.
Já na eterna disputa entre Messi e Cristiano Ronaldo pelo posto de melhor do mundo, a rainha não teve dúvidas.
- Messi é o melhor jogador do mundo com uma larga diferença, mas Cristiano também é um excelente jogador, a quem também podemos nos espelhar para aprender. Sempre que vejo futebol, tento aprender com jogadores e jogadoras. Nunca dou-me por satisfeita - garantiu.

FONTE:
 http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2012/03/marta-diz-nao-michel-telo-e-entre-barca-e-real-prefere-o-corinthians.html

No 100º jogo de Damião, fábrica de gols do Inter atropela Juventude: 7 a 0

Camisa 9 marca dois, assim como estreante Jajá Coelho. Dátolo, Oscar e Jô completam o placar fantástico da partida, após goleada pela Libertadores

A CRÔNICA
por Tomás Hammes
 
A festa era para ser de Leandro Damião, que completou seu 100º jogo com a camisa do Inter. O atacante fez sua parte, ao marcar duas vezes. Mas os companheiros quiseram aparecer bem no baile. Na terça-feira, o time já tinha mostrado sua força, ao golear por 5 a 0  o Strongest, pela Libertadores. E na tarde deste sábado, não deu outra: atropelou o Juventude por 7 a 0, no Beira-Rio.

Além do camisa 9, Jajá Coelho, que fez sua primeira partida pelo clube, marcou dois gols. Dátolo, Oscar e Jô fizeram os outros. Com o resultado, a equipe mantém os 100% de aproveitamento na Taça Farroupilha – segundo turno do Gauchão –, assumindo a liderança do Grupo 1.
O Inter agora volta a pensar na Libertadores. Na quarta-feira, às 19h45 (horário de Brasília), o time enfrenta o The Strongest na temida altitude de 3.600m de La Paz. O Juventude só jogará no sábado, às 21h, contra o Ypiranga.

Damião, sempre ele
Embalado pela goleada sobre o The Strongest  na Libertadores no meio da semana, o Inter começou o confronto diante do Juventude atrás de mais uma vitória. Nos primeiros minutos de jogo, apenas o time de Dorival Júnior atacava. Aos seis minutos, após confusão na área da equipe de Caxias, a bola sobrou para Leandro Damião. O artilheiro pegou embaixo da bola e mandou por cima do gol.
O domínio territorial colorado, entretanto, durou pouco tempo. Dois minutos depois, o sistema defensivo errou. Elton tocou para trás. Índio não conseguiu pegar a bola, que sobrou para Jonatas Belusso. O atacante do Juventude arriscou, mas o lance foi para fora. O time visitante seguiu no ataque. O ex-colorado Elder Granja cruzou na medida para Belusso. O camisa 7 cabeceou para baixo e Muriel fez um milagre, salvando o Inter.
Após o perigo, os vermelhos voltaram ao ataque. Dagoberto pegou uma bola fora da área e bateu forte. Follmann fez linda defesa e mandou para escanteio. O time colorado cobrou rápido. Dátolo bateu na cabeça de Damião. O camisa 9 subiu mais alto que os defensores do Ju e não perdoou, abrindo o placar aos 16 minutos.
dátolo damião inter juventude gauchão (Foto: Alexandre Lops/Divulgação Inter)Dátolo e Damião comemoram um dos gols da implacável goleada colorada (Foto: Alexandre Lops/Divulgação Inter)
O gol não acomodou os mandantes. Em jogada de Oscar para Dagoberto, o atacante adiantou, mas ainda teve tempo para passar para Damião. O goleador cabeceou, mas Follmann ficou com a bola. O Inter insistiu. Logo em seguida, Elton deu grande arrancada e serviu Dagoberto, que arriscou. O goleiro do Ju fez bela defesa e impediu o segundo gol.
O jogo ficou movimentado. Era lance atrás de lance. O Juventude também tentava. Mithyuê girou sobre Bolatti e arrematou. A bola saiu por cima do gol de Muriel. Depois foi a vez de Oscar arriscar de canhota, mas a bola saiu pelo lado direito de Follmann. O contragolpe do time de Caxias do Sul foi com Elder Granja, que fez mais um cruzamento preciso na cabeça de Belusso. O atacante buscou o ângulo, mas Muriel defendeu. Antes de acabar o primeiro tempo, após Damião perder a bola, o lance sobrou para Oscar, que soltou a bomba. Follmann, um dos nomes da partida, fez mais uma grande intervenção.

Colorado arrasador

Assim como o fim do primeiro tempo, a segunda etapa começou com oportunidades para os dois lados. Primeiro foi com Jardel, que arriscou, mandando por cima da meta de Muriel. O Inter, mais organizado, quase ampliou pouco depois com Dátolo, que limpou e chutou forte. Follmann salvou mais uma vez. No rebote, Damião tentou e o goleiro operou novo milagre.
O Inter seguiu no ataque. Nei arrancou pela direita e foi atropelado na entrada da área por Everton. Leandro Vuaden o puniu com o cartão amarelo. Dátolo foi o encarregado em cobrar a falta. O gringo botou na área, a bola passou por todos os jogadores e morreu no fundo das redes, aos 11 minutos do segundo tempo. Aí, o Colorado se empolgou. Oito minutos depois, aos 19, Oscar cruzou da direita. Damião dominou, girou e chutou. O centroavante contou com o desvio do adversário, que tirou Follmann de ação, marcando o terceiro gol.
Dia também de Jajá
O Juventude tentava não se entregar e buscava ao menos o primeiro gol para tentar uma reação, mas nada dava certo. A esperança ainda diminuiu depois que Eraldo recebeu livre na área. O atacante virou o corpo e arrematou. Com o pé, Muriel salvou. No rebote, a bola acertou a boca de Fabrício e saiu para escanteio.
Pouco depois, aos 31, Jajá Coelho, que mal havia entrado na partida, mostrou que seria também o seu dia. Após passe de Dagoberto e ver a saída do gol de Follmann, o estreante da tarde teve tranquilidade ao deslocar o goleiro do Juventude e marcar o quarto gol. E o camisa 17 mostrou ter estrela. Aos 36, mandou uma bomba, acertando Oscar. Na volta, a bola voltou para o meia-atacante. O arremate novamente saiu forte, mas, desta vez, entrou: 5 a 0 Colorado, para delírio da torcida.
Os gols não diminuíram o ímpeto colorado. Era gol atrás de gol. No minuto seguinte, Jô recebeu do estreante e ficou sozinho na área. O atacante não desperdiçou: 6 a 0. Mas ainda havia tempo para mais. Contundente, o Inter seguiu ameaçando. Jajá passou para Oscar. O camisa 16 esperou a saída de Follmann e deu números finais ao confronto. Após aplicar 5 a 0 no The Strongest, na terça-feira, o Inter termina a semana com uma nova goleada: 7 a 0 sobre o sempre complicado Juventude. Com 12 gols em uma semana, a torcida saiu do estádio bem rouca e feliz.

FONTE
http://globoesporte.globo.com/jogo/gaucho-2012/17-03-2012/internacional-juventude.html

Messi faz golaço, fica perto de recorde, e Barça derrota Sevilla sem sustos

Clube catalão chega aos 63 pontos no Espanhol com triunfo fora de casa

Por GLOBOESPORTE.COM Sevilha, Espanha
 
O Barcelona não deu espetáculo, mas conseguiu vencer sem muitos sustos o Sevilla por 2 a 0, neste sábado, pela 28ª rodada do Campeonato Espanhol. Lionel Messi, para variar, voltou a balançar as redes – um golaço, por sinal – e está a apenas cinco de superar César Rodríguez, chegar aos 236 e se tornar o maior artilheiro da história do clube catalão em jogos oficiais. Xavi anotou o outro tento culé.

Com o resultado alcançado fora de casa, no estádio Ramón Sánchez-Pizjuan, em Sevilha, o Barça chegou aos 63 pontos e está agora a sete do líder Real Madrid, que, neste domingo, entra em campo para enfrentar o Málaga no Santiago Bernabéu.

messi sevilla x barcelona (Foto: AFP)Messi chega aos 231 gols com a camisa blaugrana em jogos oficiais (Foto: AFP)
 
Apoio a Abidal
Antes de a bola rolar, festa nas arquibancadas, com a torcida do Sevilla fazendo um enorme mosaico e cantando o hino do clube. Dentro de campo, homenagens a Abidal. Os dois times entraram no gramado com camisas estampadas com frases de apoio ao lateral francês, que vai ser submetido a um transplante de fígado por conta de um tumor no local.

camisa abidal messi sevilla x barcelona (Foto: AFP)"Abi!!! Voltará a vencer" estampado em catalão em
camisa usada por Messi (Foto: AFP)
 
Após o apito inicial, a alegria dos fãs do Sevilla deu lugar ao temor pelo toque de bola envolvente do clube catalão, que, aos 17, abriu o placar com Xavi em cobrança de falta.

Messi, aos 25, fez mais um. O camisa 10 argentino tabelou com Iniesta, colocou entre as pernas do zagueiro Spahic, e, na saída de Palop, deu seu já conhecido toque de cobertura. Golaço.

A pintura foi a de número 250 de Messi no Barça contando partidas oficiais e amistosos segundo estatísticas enviadas pela assessoria do Barcelona ao GLOBOESPORTE.COM (confira mais abaixo um info com os números de Messi na temporada 2011/2012).

Sevilla cria boas chances
O Sevilla, entretanto, não se abateu com o show catalão e teve a chance de diminuir o placar aos 34. Após falha de Piqué, Manu cabeceou no travessão.
Aos 41, Kanouté apareceu sozinho na frente de Valdés, mas, na hora do arremate, Daniel Alves cortou a bola com um carrinho... No entanto, ela foi na direção do gol, e o arqueiro do Barça teve de se esticar todo para defender.

xavi sevilla x barcelona (Foto: AFP)Xavi também deixou o dele (Foto: AFP)

Messi tem gol anulado
Na segunda etapa, o Barça seguiu criando boas chances de ampliar, mas também era incomodado pelo Sevilla, que, na base da garra e com muita vontade, dava trabalho aos defensores culés.
No entanto, a garra não adiantou muito e apenas serviu para que o Sevilla saísse de campo de cabeça em pé e sem ter sido goleado – Messi, inclusive, teve um gol anulado aos 44 do segundo tempo.

messi info barcelona 17/03 (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-espanhol/noticia/2012/03/messi-faz-golaco-fica-perto-de-recorde-e-barca-derrota-sevilla-sem-sustos.html

Button vence na Austrália; brasileiros se chocam e abrem mal a temporada

Massa e Bruno batem a dez voltas do fim e abandonam a prova; inglês da McLaren ultrapassa Hamilton, segura o campeão Vettel e cruza em primeiro

Por GLOBOESPORTE.COM Melbourne, Austrália
 
Para Jenson Button, a temporada 2012 da Fórmula 1 começou com um passeio no Albert Park. O piloto da McLaren superou o companheiro Lewis Hamilton na largada e, sem sustos, puxou a fila durante as 58 voltas para vencer o GP da Austrália. O domingo de sonho para o inglês foi de pesadelo para os brasileiros. Felipe Massa e Bruno Senna, que já tinham ligado o sinal de alerta na véspera, com posições ruins no grid, tiveram uma corrida para esquecer. A dez voltas do fim, os dois se enroscaram na pista e abandonaram a disputa. Dos boxes, viram o pódio em Melbourne ser completado pelo campeão Sebastian Vettel, com sua RBR em segundo, e pelo pole position Hamilton, que chegou a ser pressionado por Mark Webber nas voltas finais, mas segurou o terceiro lugar.


O campeonato já se anunciava complicado para os brasileiros, e o desfecho na Austrália ajudou a confirmar as previsões pessimistas. Massa, que largou em 16º, e Senna, o 14º, travavam uma amarga disputa pela 13ª posição enquanto seus companheiros de equipe corriam lá na frente – Alonso chegou em quinto, e Pastor Maldonado estava em sexto até a última volta, quando bateu. A Ferrari de Felipe tocou a Williams de Bruno, os carros se engancharam, e a etapa de abertura da temporada terminou de forma triste para os dois únicos representantes do país no grid.


F1 GP da Austrália Jenson Button Sebastian Vettel (Foto: Reuters)Aplauos de Vettel para Button: o inglês superou o atual campeão na abertura da temporada (Foto: Reuters)
A superioridade de McLaren e RBR sobre as demais equipes, demonstrada nos testes de pré-temporada, foi confirmada nesta etapa de abertura. A escuderia inglesa mostrou estar com ligeira vantagem sobre a rival e poderia ter emplacado uma dobradinha se Hamilton não tivesse perdido a posição para Vettel com a entrada do safety car na metade final da prova. Mesmo com o mau desempenho da Ferrari nos testes, Fernando Alonso conseguiu chegar na quinta posição - a diferença do espanhol para Webber, no entanto, foi de 17s.


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No próximo fim de semana os pilotos voltam à pista para o GP da Malásia. O treino classificatório e a corrida estão marcados para às 5h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo da TV Globo e em Tempo Real com vídeos pelo GLOBOESPORTE.COM.

Button assume a ponta na largada
A liderança do pole position Lewis Hamilton durou poucos metros. Button largou melhor que o companheiro de McLaren e assumiu a ponta logo na primeira curva do circuito de Albert Park. Quem também fez ótima largada foi Nico Rosberg, da Mercedes, pulando de sétimo para quarto. Bruno Senna teve sua Williams tocada pela STR de Daniel Ricciardo e precisou parar nos boxes já na primeira volta.
A expectativa de Michael Schumacher em finalmente conseguir um resultado expressivo nessa nova fase da carreira acabou com apenas 12 voltas. Após largar em quarto, melhor posição desde seu retorno às pistas, o heptacampeão vinha se mantendo entre os primeiros colocados até sofrer com problemas no câmbio da Mercedes e deixar a corrida. Outro que saiu frustrado logo no início foi Romain Grosjean, da Lotus. Terceiro no grid, o francês perdeu muitas posições na largada, foi tocado por Pastor Maldonado na segunda volta e saiu.

F1 GP da Austrália Jenson Button (Foto: Getty Images)Jenson Button passeia no Albert Park: vitória tranquila para o inglês neste domingo (Foto: Getty Images)
Os dois carros da McLaren mostraram superioridade na primeira metade da corrida. Depois da primeira parada nos boxes, enquanto Button manteve um bom ritmo na liderança, Hamilton acabou perdendo segundos preciosos atrás da Sauber de Sergio Pérez, que ainda não havia feito o pit stop e se encontrava na segunda posição.


Safety car movimenta a prova
Na 36ª volta, a entrada do safety car para a retirada do carro de Vitaly Petrov, da Caterham, que quebrou na reta principal, movimentou a prova. Quem se deu bem foi Sebastian Vettel. O alemão se aproveitou da nova regra que permite a parada nos boxes com o safety car na pista e ganhou a posição de Lewis Hamilton. Com o limite de velocidade em razão da bandeira amarela, o inglês, que havia feito seu pit stop uma volta antes da paralisação da corrida, voltou atrás do alemão. Na primeira volta após a relargada, Button abriu mais de três segundos para a RBR de Vettel.


Massa e Bruno se chocam
A dez voltas do fim, Felipe Massa e Bruno Senna, que já não vinham fazendo boa corrida, tiveram um fim melancólico. Na disputa pela 13ª posição, a Ferrari e a Williams se tocaram e ficaram enganchadas. Massa deixou a prova, enquanto Bruno seguiu para os boxes para fazer reparos no carro e abandonou pouco depois.


No pelotão da frente, Button administrou a vantagem na liderança com tranquilidade e cruzou a linha de chegada em primeiro. Vettel assegurou o segundo lugar e comemorou muito. Hamilton chegou a ser pressionado por Webber, mas conseguiu manter o terceiro lugar. Apesar do pódio, o campeão mundial de 2008, que tinha festejado a pole no sábado, saiu com cara de poucos amigos.
Companheiro de Bruno na Williams, Maldonado fazia prova espetacular até a última volta. O venezuelano estava na sexta colocação, próximo da Ferrari de Alonso, quando perdeu o controle do carro e bateu forte. Também na volta final, Sergio Pérez, da Sauber, e Nico Rosberg, da Mercedes, se tocaram na luta pelo oitavo lugar e causaram uma grande confusão. Enquanto Rosberg ficou para trás, Pérez conseguiu segurar as STRs de Ricciardo e Jean-Eric Vergne e a Force India de Paul di Resta. Os quatro protagonizaram uma chegada incrível, com apenas quatro décimos de diferença entre o oitavo e o 11º colocados. Desfecho bem diferente do de Button, que passeou nas 58 voltas e abriu a temporada com uma vitória tranquila.

Confira o resultado final do GP da Austrália, em Melbourne (307,574 quilômetros):
1 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 58 voltas em 1h34m09s565
2 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - a 2.139
3 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - a 4.075
4 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - a 4.547
5 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 21.565
6 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - a 36.766
7 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus-Renault) - a 38.014
8 - Sergio Perez (MEX/Sauber-Ferrari) - a 39.458
9 - Daniel Ricciardo (AUS/STR-Ferrari) - a 39.556
10 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - a 39.737
11 - Jean-Eric Vergne (FRA/STR-Ferrari) - a 39.848
12 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 57.642
13 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault) - a 1 volta
14 - Timo Glock (ALE/Marussia-Cosworth) - a 1 volta
15 - Charles Pic (FRA/Marussia-Cosworth) - a 2 voltas

Não completaram:
Bruno Senna (BRA/Williams-Renault) - a 4 voltas / abandono
Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 11 voltas / abandono

Heikki Kovalainen (FIN/Caterham-Renault) - a 16 voltas / abandono
Vitaly Petrov (RUS/Caterham-Renault) - a 21 voltas / mecânico
Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 47 voltas / câmbio
Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault) - a 56 voltas / acidente
Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes) - a 57 voltas / acidente
Pedro de la Rosa (ESP/HRT-Cosworth) - não participou/fora do limite de 107%
Narain Karthikeyan (IND/HRT-Cosworth) - não participou/fora do limite de 107%
Melhor volta: Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m29s187, 56ª volt

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/motor/formula-1/noticia/2012/03/button-vence-na-australia-brasileiros-se-chocam-e-abrem-mal-temporada.html