O
técnico Dorival Júnior, do Palmeiras, aprovou a atuação do time na
goleada de virada sobre a Chapecoense, por 4 a 1, na noite desta
quinta-feira, no Pacaembu. O resultado deixou o Verdão na 15ª posição,
com 28 pontos, fora da zona de rebaixamento, para alívio dos
palmeirenses.
- Foi um resultado importante, pela forma como
foi conquistado. Os jogadores estão de parabéns, porque voltamos a fazer
uma boa partida. Era um jogo de alto risco, contra um time traiçoeiro, e
será importante para a sequência - disse Dorival.
Para mim, faltava a ele (Valdivia) mais
entrega em prol do grupo, não só tecnicamente, porque assim faz a
diferença, mas essa participação no dia a dia. Essa condição de
liderança que estava adormecida. Prefiro ver dessa forma
Dorival Júniorr
Mais
do que o resultado, o comandante ressaltou a nova postura de Valdivia,
com participação ativa na goleada alviverde. De acordo com o treinador, o
chileno mudou de atitude no dia a dia e agora entendeu a sua
importância para o grupo. O meia foi novamente o capitão da equipe,
assim como havia ocorrido na derrota por 3 a 1 para o Figueirense,
domingo, em Florianópolis.
- Tecnicamente não precisa falar
nada dele. A maior vitória dele é assumir no Palmeiras a
responsabilidade da braçadeira de capitão. Sou sincero com vocês: sinto o
Valdivia totalmente integrado ao time. Primeiro com a recuperação do
time na competição. Ele assumiu isso e fico satisfeito. É o que esperava
dele. Para mim, faltava a ele mais entrega em prol do grupo, não só
tecnicamente, porque assim faz a diferença, mas essa participação no dia
a dia. Essa condição de liderança que estava adormecida. Prefiro ver
dessa forma. Esse é o maior ganho do Valdivia nesse período. Não quero
só tecnicamente. Fico feliz com o que vi dele nesses dias. Ele está
sentindo o quanto é importante para o grupo. As pessoas atendem mais o
que ele fala e os gestos dele no campo. Esse é o grande ganho.
Dorival Junior orienta o time do
Palmeiras contra a Chapecoense
(Foto: Getty Images)
Confira a entrevista coletiva do técnico Dorival Júnior:
RECLAMAÇÃO DE CRISTALDO NO PÊNALTI
-
Se o jogador está confiante, ele pode se apresentar. Mas
preferencialmente é quem treina. Se o Henrique falar que não está bem,
tudo bem. Seria uma opção lógica e natural, mas, do contrário não. Temos
de respeitar o que é determinado e treinado. Foi um resultado
importante, pela forma como foi conquistado. Os jogadores estão de
parabéns, porque voltamos a fazer uma boa partida. Era um jogo de alto
risco, contra um time traiçoeiro, e foi importante para a sequência.
CRISTALDO A PARTIR DE AGORA
-
Aos poucos ele vai conquistando o espaço. Queremos ver sempre essa
atitude que ele teve e já vinha mostrando em outros momentos. É o atleta
que pede passagem, não é o treinador que escala. O treinador só dá
sequência para o jogador desenvolver. Fizemos alteração tática e
expliquei para ele. Infelizmente tivemos um problema com o Diogo e com a
sua entrada o time realmente teve uma nova condição. Agora tentaremos
recuperar todos, porque a exigência dos jogos será ainda maior.
IMPORTÂNCIA ESTAR FORA DO Z-4
-
Sair foi importante e pontuar mais ainda. O Palmeiras vinha merecendo
um resultado que deixasse os jogadores mais confiantes. Tomara que possa
ser o início de uma recuperação completa, em busca de uma regularidade,
que é o que queremos.
CONVERSAR COM CRISTALDO
- Isso é internamente que se resolve. Não preciso expor nada aqui. É um fato simples e será solucionado lá dentro.
CONTRATAÇÃO DE JAÍlSON
-
Foi um pedido nosso em consenso com a diretoria. Buscamos um jogador
que era titular no Ceará. Conhecemos por passagens em times paulistas.
Experiente e para um momento conturbado como esse será importante, desde
que repita aqui o bom trabalho em outros times.
TORCIDA FOI FUNDAMENTAL
-
O torcedor sempre faz a diferença. A camisa tem seu peso quando você
vai bem. Hoje não tem mais isso: grande vencer na camisa. Isso não
existe mais. O futebol brasileiro é igual há muito tempo. O líder do
Brasileiro pode tomar goleada do último ou de um time na zona. Pode
acontecer. Você define quando respeita e marca forte, para quando tem a
posse de bola conseguir trabalhar. Fizemos isso. Mesmo assim, no
primeiro lance de perigo deles a bola entrou. Sem tirar o mérito do
Figueirense, mas o resultado alcançado contra eles não era aquilo. O
time foi bem no primeiro tempo e saímos com 1 a 0 contra para o
intervalo. Revi um filme na cabeça. Isso tem de acabar. Agora espero uma
sequência de resultados.
APAGÃO DA DEFESA
-
Estamos querendo melhorar, resguardando mais o time. São momentos que
acontece isso (apagão). E os adversários estão aproveitando essa
instabilidade, fazendo gols. Acabam construindo o resultado assim,
tirando pontos importantes. Quero o quanto antes. Estamos tentando todas
as formações atrás de consistência e do time ideal. Na maior parte do
tempo estamos bem, e de repente em um instante acontece. Como no 4 a 1
sofremos um contra-ataque e sai o gol. Isso mostra que precisamos
melhorar.
JORGINHO CRITICOU LÚCIO POR MENOSPREZAR
-
Eu respeito a posição, mas vou evitar um comentário qualquer. Entendo o
lado do Jorginho, mas é difícil fazer um comentário como esse
profissionalmente. Prefiro trabalhar internamente. Não sabia disso. Vou
saber o que aconteceu para depois ter uma posição.
HENRIQUE ARTILHEIRO E TIME NA ZONA: COMO EXPLICAR?
-
Vou transferir a pergunta. Como explica isso? É difícil, espero que
siga como artilheiro e o time vá bem. É difícil explicar. Ele tem
aproveitado as chances, mas precisamos de um respaldo coletivo e de uma
sequência de resultados. Queremos que apareçam os resultados assim como
os gols deles. Não sei nem o que falar
realmente.
WESLEY
-
Conheço o atleta há algum tempo. Perguntei duas vezes e me garantiu na
frente dos jogadores que não tinha nada. Vou confiar no atleta, porque
vivemos no país da mentira. Muita coisa é jogada para o público, muita
informação errada. De vocês ao público, e internamente para vocês.
Precisa ter cuidado, porque pode criar animosidade com torcida e ele.
Ele tem conversa adiantada com o Palmeiras e é natural ter proposta, mas
não tem nada acertado com ninguém. Tenho de acreditar, porque é um ser
humano que conheço. E nunca deu sinal para não acreditar. Vamos fazer o
máximo possível para permanecer e ter uma sequência melhor.
VALDIVIA
-
Tecnicamente não precisa falar nada dele. A maior vitória dele é
assumir no Palmeiras a responsabilidade da braçadeira de capitão. Sou
sincero com vocês: sinto o Valdivia totalmente integrado ao time.
Primeiro com a recuperação do time na competição. Ele assumiu isso e
fico satisfeito. É o que esperava dele. Para mim, faltava a ele mais
entrega em prol do grupo, não só tecnicamente, porque assim faz a
diferença, mas essa participação no dia a dia. Essa condição de
liderança que estava adormecida. Prefiro ver dessa forma. Esse é o maior
ganho do Valdivia nesse período. Não quero só tecnicamente. Fico feliz
com o que vi dele nesses dias. Ele está sentindo o quanto é importante
para o grupo. As pessoas atendem mais o que ele fala e os gestos dele no
campo. Esse é o grande ganho.
LADO PSICOLÓGICO
-
O que falta para a maioria dos times é esse "timing". Eles estão
construindo isso. Saímos da derrota do Figueirense com um sentimento
único, o qual não se percebia em resultados anteriores. Estamos buscando
uma unidade. Mesmo com aquele resultado, a indignação era grande pelo
que produzimos em 90 minutos e sofremos a virada em poucos minutos.
Citei o fato do Valdivia por isso. Essa participação direta com o elenco
e se expondo mais, chamando para si a responsabilidade, sendo exemplo
para os outros, aí cria um fato novo no time. Amanhã vamos trabalhar de
novo, porque o jogo da semana que vem é mais importante.
CLIMA DO VESTIÁRIO NO INTERVALO E AGORA
-
Nós martelamos, trabalhamos a bola e sofremos o gol. Aconteceu isso
domingo. Mostrei que estávamos bem e não mudei nada. Só pedi que
adiantasse a marcação e trabalhasse com mais paciência. Todos viemos com
esse sentimento do intervalo. Mesmo assim, voltamos nos primeiros cinco
minutos a Chapecoense prevaleceu. Isso mostra que não tem uma lógica. E
depois viramos.
CONTRATAÇÃO DE WASHINGTON
-
Nós buscamos, sim, mais um jogador. Não sabia quanto tempo o Wesley
demoraria a voltar. Não queríamos tirar ninguém da Série B, porque
precisavam de gente na reta final, mas precisávamos de uma reposição.
Nós corremos atrás. Tentamos vários e de repente hoje conseguimos a
finalização desses dois atletas que eu espero que sejam felizes.
Valdivia comemora um dos gols do
Palmeiras contra a Chapecoense
(Foto: Leandro Martins
/ Ag. Estado)
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