domingo, 14 de setembro de 2014

Mancini lamenta e revela cobrança no vestiário: "Falei algumas verdades"

Técnico pede regularidade e afirma que chances perdidas no primeiro tempo foram determinantes para derrota do Botafogo por 2 a 0 para o Internacional no Beira-Rio


Por Porto Alegre

 

Vagner Mancini fez de tudo para evitar expor seus jogadores. Mas ficou claro que as chances de gols desperdiçadas no primeiro tempo, quando a partida contra o Internacional ainda estava empatada em 0 a 0, o deixaram indignado. A péssima campanha como visitante no Campeonato Brasileiro tem sido determinante para que o Botafogo esteja na luta contra o rebaixamento (uma vitória, um empate e 10 derrotas). E a cobrança por uma regularidade começou ainda no vestiário do Beira-Rio, após a derrota por 2 a 0, neste domingo (reveja os melhores momentos no vídeo acima). Desde já, o técnico exige um comportamento com sem oscilações, mantendo o padrão de atuações no Maracanã no duelo contra o Bahia.

- Comecei a trabalhar isso com os jogadores já agora no vestiário. Falei algumas verdades que eles deveriam ouvir, eles têm que se cobrar. Claro que são coisas que ninguém leva a público, são coisas internas do aspecto individual e do aspecto coletivo. O Botafogo tem que ser o mesmo dentro e fora do Maracanã. Contra o Bahia temos que fazer o que o Inter fez hoje: ser um time eficiente, que faça boa leitura da partida e espere o momento certo para alcançar o resultado.


Após a terceira derrota seguida no Brasileirão, o Botafogo estacionou nos 22 pontos e caiu para a 15ª posição - a apenas dois pontos da zona do rebaixamento. A partida contra o Bahia será na próxima quarta-feira, às 22h (de Brasília), no Maracanã.


Confira outros trechos da entrevista coletiva de Vagner Mancini:

Análise da partida

Nosso primeiro tempo foi muito bom, criamos muitas oportunidades. Mas foi o Inter que saiu na frente. No segundo tempo, o Botafogo foi aquém do que pode. Foi uma equipe dispersa, desconcentrada e, que, por isso, que não merecia outra sorte. Se não tivéssemos desperdiçado as oportunidades do primeiro tempo, o resultado seria outro. Tivemos mais chances do que o Inter no primeiro tempo, mas não valeu porque não saímos na frente. Diante de uma equipe de qualidade e que vinha pressionada, deixamos sair na frente e perdemos o jogo.


Falhas nas finalizaçõesEsse é um detalhe muito particular. O time desenvolve as jogadas, e a execução é o momento de cada um. Por mais que se faça isso nos treinos, existe o momento individual. Ninguém quer perder gol, mas é inevitável dizer que estamos deixando de fazer gols em momentos importantes. Vário fatores podem influenciar, é preciso frieza e tranquilidade. O que não pode é continuar perdendo gols dessa maneira.


Novo gol sofrido de bola parada e detalhes da derrota
Vamos ter que acertar essa marcação, porque lance de bola parada é concentração. Quando desgarra da marcação acontece isso. Vamos buscar que Botafogo volte a ser competitivo os 90 minutos, e não só 45. Nas duas partidas anteriores, nós tivemos expulsões no início do segundo tempo, o que tornou as partidas mais difíceis. Mas hoje não temos nada a dizer. O Inter foi mais eficiente, e o Botafogo desperdiçou uma grande oportunidade de levar uma vitória do Sul.


Volta de Rogério ao timeQuando chegou, o Rogério demorou a entrosar e a recuperar a força física. Depois sofreu aquela pancada que o tirou de algumas partidas e passou a ser uma opção muito interessante para nós. Foi o protagonista das nossas melhores jogadas no primeiro tempo e tem nos ajudado muito.


Reforços para o jogo contra o Bahia
Poderemos ter novidade em termos de nomes. Tenho quase a certeza de que voltaremos a contar com o Emerson, que será um reforço muito importante. Também deveremos ter Airton e Bolatti, e todos esses jogadores darão um maior poder de organização do que a equipe que vem sendo escalado. Temos tido muitos problemas de desfalques, mas o importante é ter um grupo. E o grupo de hoje foi forte no primeiro tempo, mas sucumbiu no segundo. Espero que a partir de agora seja um Botafogo mais consistente e com um novo padrão.


Confronto direto contra o Bahia na quarta-feira
Vai ser um jogo de seis pontos. O Bahia está na zona de rebaixamento, e diante dessas equipes nós temos que adotar uma postura de quem quer se distanciar. Vai ser mais um jogo difícil, pois o Bahia quer sair de baixo. Nós tínhamos aberto cinco, seis pontos de folga, e agora são apenas dois. É importante o Botafogo readquirir seu eixo e voltar a vencer rapidamente.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2014/09/mancini-lamenta-erros-e-postura-na-etapa-final-nao-merecia-outra-sorte.html

Abel elogia o grupo e dedica vitória às famílias dos jogadores: "Foi para eles"

Técnico colorado viu a equipe ansiosa, mas comemorou o 2 a 0 sobre o Botafogo


Por GloboEsporte.com



Bastaram algumas poucas palavras do técnico Abel Braga para concluir que o grupo do Inter viveu uma semana de pressão. Logo depois da vitória sobre o Botafogo neste domingo, no Beira-Rio, o treinador comemorou o resultado e tratou de exaltar os jogadores. Segundo ele, os atletas poderão respirar aliviados e terem dias de trabalho mais tranquilos (assista aos melhores momentos do jogo no vídeo acima).

- O importante foi a resposta. Fiquei muito feliz pelos jogadores. Que estavam em um momento de ansiedade, que queriam resolver rápido. No primeiro tempo, queríamos resolver, no segundo acalmou. Hoje tivemos um time com uma estatura muito baixa. E não sofremos gols de cabeça, bola aérea, e ainda fizemos de cabeça. Estou muito feliz. Essa vitória foi para eles. Para as famílias deles. Eu sei o trabalho deste grupo. Foi uma semana especial. Conseguimos corrigir algo que não estávamos conseguindo - disse.

Alex abel inter botafogo beira-rio (Foto: Alexandre Lops/Internacional)
Abel Braga orienta Alex no jogo 
contra o Botafogo (Foto: 
Alexandre Lops
/Internacional)

O técnico também falou sobre a pressão que a torcida colocou sobre o time depois de protestar no aeroporto e no treino do último sábado, no Beira-Rio.

- O torcedor cobra sempre. É preciso ter consciência do que se faz. Meus jogadores, direção, comissão, que engloba querer vencer, é para o torcedor. Caso não ganhe, tem pressão. O técnico está sempre pressionado - disse.

O técnico colorado também comemorou a semana de trabalho, mesmo em meio aos protestos da torcida.

- O grupo seguiu muito unido. Ocorreram coisas fantásticas nestes três dias para esse jogo. Muita prova de profissionalismo, humildade. Isso foi um dos motivos para o que eu disse na sexta, que morreria abraçado com eles. Esses caras são fantásticos. São nove meses fantásticos. Os problemas foram muito poucos. Não tenho duvida de afirmar q merecíamos estar em uma posição melhor, e não estamos por erros nossos. A responsabilidade é minha. O grupo é sensacional. Falei a eles. Conseguimos a vitória. Os filhos deles vão ficar felizes. Vamos poder sair para jantar. Estávamos encolhidos. Quando não quer escutar besteira, fica em casa.

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Inter abafa crise, vence por 2 a 0 e leva Bota à terceira derrota seguida

Alex e Eduardo Sasha fazem os gols do time colorado, que quebra sequência de duas derrotas e se fixa no G-4; Bota fica à beira do Z-4


 A CRÔNICA


por GloboEsporte.com


A parcela de pressão da qual o Inter se livrou neste domingo foi parar justamente no colo de sua vítima, o Botafogo. Ao vencer por 2 a 0 no Beira-Rio, gols de Alex e Eduardo Sasha, o time colorado abafou a crise resultante de duas derrotas seguidas no Brasileirão, se fixou no G-4 e intensificou as dificuldades do time alvinegro, que agora chega a três rodadas sem somar um ponto sequer. A consequência da seca carioca é evidenciada pela tabela: 15° colocado, com 22 pontos, no acostamento da zona de rebaixamento.


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Os gols colorados saíram um em cada tempo. No primeiro, Alex acertou belo chute de fora da área, aproveitando falha de posicionamento de Jefferson; no segundo, ele mesmo bateu escanteio, e Eduardo Sasha, de cabeça, ampliou. O Inter, que lidou com protestos da torcida durante a semana, foi a 37 pontos, na terceira colocação, nove atrás do Cruzeiro, líder do campeonato.

alex inter gol botafogo beira-rio (Foto: Alexandre Lops/Internacional)
Alex festeja primeiro gol da vitória 
de 2 a 0 do Inter no Beira-Rio (Foto: 
Alexandre Lops/Internacional)


As duas equipes voltam a campo na quarta-feira. Às 21h, o Inter visita o Sport na Arena Pernambuco. Uma hora depois, o Botafogo recebe o Bahia, seu concorrente na luta contra a queda, no Maracanã.

O jogo


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O Inter teve a bola por mais tempo na etapa inicial (59%), mas foi o Botafogo quem soube otimizar a posse dela. O time carioca encontrou muitos espaços contra uma defesa desordenada e criou repetidas chances de gol. Só não saiu na frente porque falhou na finalização. Foi assim com Wallyson, frente a frente com Muriel, em chute para fora; com Zeballos, que também bateu torto; e novamente com Wallyson, vencido por grande defesa de Muriel – que desbancou Dida, mas se lesionou ao cobrar tiro de meta ainda no primeiro tempo e deu lugar ao antigo titular.

Os gaúchos, sempre centralizando suas jogadas em D’Alessandro (em parte, por não ter os laterais titulares), ameaçaram menos, embora tenham sido mais presentes em campo. E contaram com uma individualidade para fazer 1 a 0. Alex, aos 40 minutos, emendou pancada de perna esquerda, de fora da área. Jefferson, adiantado, não evitou o gol. Era defensável.

Com o gol de Alex, o Inter foi ao vestiário em vantagem e voltou dele melhor do que antes. A defesa se organizou, o time ganhou solidez, e o Botafogo deixou de ameaçar. Embora não fizesse pressão ofensiva, a equipe colorada alcançou o segundo gol com Eduardo Sasha, de cabeça, em escanteio batido por Alex, o jogador mais efetivo da partida. Os cariocas têm do que reclamar no lance. Primeiro, houve um escanteio mal marcado (era tiro de meta); na cobrança, ocorreu uma dividida, e a arbitragem novamente marcou tiro de canto pro Inter – aí, na cobrança, saiu o gol.

Ao contrário do que aconteceu na virada cedida ao Figueirense após abrir 2 a 0, há duas rodadas, o Inter se manteve concentrado com a vantagem e poderia ter ampliado. D'Alessandro chegou a acertar a trave carioca em um dos vários chutes que deu a gol no segundo tempo.




FONTE:


Argel se revolta com gramado do Joia da Princesa e questiona CBF: 'Horrível'

Técnico do Figueirense assume responsabilidade por derrota para o Bahia, mas classifica como "impraticável" o gramado e fala em risco para atletas durante o jogo


Por Feira de Santana




As condições do gramado do estádio Joia da Princesa irritaram o técnico Argel Fucks. Para o treinador do Figueirense, que acabou derrotado para o Bahia neste domingo, as condições eram “impraticáveis” não somente para a equipe catarinense, mas também para as duas equipes correram riscos de lesões graves. O técnico questionou a CBF que deu o aval para a partida em Feira de Santana. (Os lances da partida no vídeo)

O gramado do estádio foi uma das principais reclamações dos jogadores do Figueirense, além do comandante alvinegro. Para eles, o perigo de uma lesão grave, além da clara dificuldade que o terreno oferecia para o jogo, foi um fator determinante para o baixo nível técnico do encontro entre times baianos e catarinenses. O treinador do time catarinense, no entanto, fez questão de assumir os erros da equipe em relação ao resultado, mas levantou dois questionamentos: a permissão da CBF do jogo da Série A acontecer com o atual estado do gramado e também o fato do time baiano poder atuar no Joia da Princesa, sendo que a punição para o Bahia havia sido justamente neste estádio por conta de uma superlotação em partida contra o Santos, na 8ª rodada.



 Como a CBF libera um estádio desses? O melhor produto do futebol brasileiro é a Série A e acontece aqui, nesse campo horroroso, horrível e impraticável"
Argel
técnico do Figueirense

- O campo é horroroso, é horrível, é impraticável que se tenha um jogo aqui. Claro que gostaríamos de jogar na Fonte Nova, estamos acostumados com um tapete, onde a gente joga. Sofremos muito, o nosso time é técnico. Se faz tanta vistoria em estádios por conta de segurança, mas garanto que se colocassem uma vistoria aqui, não acredito que teria jogo. Como a CBF libera um estádio desses? O melhor produto do futebol brasileiro que é Brasileiro da Série A, ser realizado aqui nesse campo. 

A CBF é quem tem que ver, se a gente jogasse no asfalto, a gente jogaria, mas não adianta. Poderiam ter feito uma vistoria, tem um estádio aqui maravilhoso, palco de Copa do Mundo (Fonte Nova), se a punição foi por superlotação, pune o torcedor, mas não o time, joga sem torcida. Os dois times foram prejudicados e as duas equipes correram risco, menos mal que nenhum atleta se lesionou aqui, tanto o Figueirense como para o Bahia – disse Argel Fucks, em entrevista coletiva depois da derrota.

O capitão do Figueirense, Tiago Volpi, também reclamou do gramado do Joia de Princesa. - Eu fui falar com o árbitro, quero ver se algum jogador se lesiona aqui e fica parado por seis meses, aí quero ver o que vão dizer – comento o goleiro alvinegro, à Rádio CBN/Diário.


O Bahia foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva em decorrência da superlotação nas arquibancadas do estádio Joia da Princesa, em Feira de Santana, em partida realizada no dia 29 de maio, contra o Santos, pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro. A punição foi de um jogo com portões fechados e outro com uma distância mínima de 100 quilômetros de Salvador. Só que a diretoria tricolor definiu o local da partida deste domingo como o mesmo palco que originou todo o problema. (Veja a confusão no vídeo acima, deste domingo)

Neste domingo, após 108 dias da superlotação, no encontro entre baianos e catarinenses, mais uma vez, problemas aconteceram. A confusão foi causada por torcedores vestidos com uniformes da principal torcida organizada do clube baiano. Diversos torcedores pularam o alambrado que separava a torcida tricolor da visitante com a intenção de tirar a faixa de torcedores do Figueirense do local. No entanto, a Polícia Militar agiu rápido. Enquanto catarinenses tentavam se proteger, polícias foram ríspidos e controlaram a situação. De acordo com informações da PM, oito torcedores foram presos e encaminhados para delegacia em Feira de Santana.



Bahia x Figueirense   (Foto: Eduardo Martins/A Tarde/Futura Press)
O Bahia venceu o Figueirense por 
3 a 0, neste domingo (Foto: 
Eduardo Martins/A 
Tarde/Futura Press)


FONTE:

Kleina destaca comprometimento e diz que Bahia está no caminho certo

Treinador avalia partida diante do Figueirense e afirma que, na equipe, não existe cadeira cativa. Técnico ainda fala sobre episódio de indisciplina do atacante Rhayner


Por Feira de Santana, BA


Uma vitória para desafogar. Foi o que ocorreu na tarde deste domingo, no Joia da Princesa, onde o Bahia bateu o Figueirense por 3 a 0, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em uma partida difícil pelas condições do gramado, o Tricolor conseguiu interromper uma sequência de oito jogos de invencibilidade do adversário e, de quebra, encaixou uma vitória após seis partidas de jejum.  
  
Após o duelo, o técnico Gilson Kleina comemorou o desempenho do time baiano. O treinador fez questão de destacar o comprometimento dos jogadores e afirmou que a atuação daqueles que estiveram em campo mostra que não há “cadeira cativa” no Tricolor.  

- O grupo começa a mostrar o seu comprometimento e a qualidade de todo o grupo. Se mantivermos essa constante, toda motivação e entusiasmo pelo companheiro que está entrando, o Bahia vai fazer um campeonato seguro. O que tentamos mostrar aqui é que não tem cadeira cativa, todos têm que trabalhar, estar em alto nível.

O futebol brasileiro pede isso. É ver quem está melhor - afirmou.   
Diferente das entrevistas concedidas nas últimas rodadas, Kleina avaliou que o Bahia finalmente está no caminho certo. Nos últimos jogos, o treinador havia pedido maior poder ofensivo e melhora no setor de criação. Neste domingo, no entanto, o comandante elogiou todos os setores do time.  
 
- Acredito que encontramos, sim [a melhor forma de jogar]. Todos os setores foram muito bem hoje. Os jogadores foram decisivos. Iniciamos a vitória com uma bola parada. Tivemos uma movimentação forte com Rafinha, Railan, Guilherme... Foi um jogo em que usamos muito o lado do campo, chegamos muito com ultrapassagens. Botamos mais jogadores no campo adversário. Também tivemos dificuldades quando o adversário mudou um pouco o jeito de jogar. Depois encaixamos de novo, pela inteligência do Marcos Aurélio e Maxi. Colocamos a bola no chão e corrigimos. Espero que consigamos manter para melhorar nessa tabela. Dentro de casa, temos que fazer valer nosso mando. A equipe foi aguerrida. Aproximou tanto para atacar quanto para defender. O que temos que tentar é essa regularidade e repetir essa atuação contra o Botafogo - analisou.  
 
Na próxima quarta-feira, o Bahia vai até o Rio de Janeiro para enfrentar o time carioca, que perdeu para o Internacional na tarde deste domingo. A partida, válida pela 22ª rodada do Brasileirão, será realizada no Maracanã.  


Confira abaixo outros trechos da entrevista coletiva de Gilson Kleina.


desempenho de maxi biancucchi
- Maxi já fez uma função espetacular contra o Cruzeiro. Hoje conversei com ele que precisávamos de um homem no desafogo pelos lados. Conseguimos ser coesos e consistentes. Se a gente não tiver vaidade de jogar com dois, três atacantes, quem entrar vai fazer o melhor pelo Bahia.


atuação de uelliton
- Fez uma partidaça. Bom por cima. Deu equilíbrio da saída de bola. Só me preocupou, porque começou a colocar a mão na coxa. Eu perguntei se queria sair, ele disse que não, foi guerreiro e foi até o fim. O que a gente cobra do Uelliton é o comprometimento, o profissionalismo. E isso ele está fazendo. Se ele não treina forte, não joga um jogo desse.


rhayner fora da lista de relacionados
- A disciplina é em qualquer segmento. Não vamos abrir mão disso. Com o Rhayner, aconteceu, mas a conversa foi no momento em que aconteceu [a discussão]. Era um jogo equilibrado, a gente sofreu a virada, um jogador a menos em campo, o jogador sai com o emocional aflorado. A discussão foi com um membro da comissão técnica, mas tem que ser respeitada a hierarquia. A gente não faz substituição para piorar nem para denegrir ninguém. Faz parte do jogo. Naquele momento, vimos o desgaste dele também. Tivemos uma conversa com ele no intervalo, e ele disse que estava sentindo a posterior da coxa pesada. Tanto que acusou o púbis quando ele voltou de lá. A gente quer confiança, mas temos que entender o respeito com o outro. A disciplina serve em qualquer empresa.


importância da torcida
- O torcedor é fundamental. Se fizermos partidas como essa, de muita entrega... A torcida joga junto, vê que a equipe está querendo jogar, fazer a vitória. Essa energia é uma coisa espetacular, a atmosfera tem que existir no futebol. Quando você vê que a torcida está apoiado, o jogador tem mais confiança e energia. Claro que existe jogo fácil pelo torcedor, mas pode-se transformar o jogo com o torcedor. Queremos que essa massa venha conosco e nos dê força, onde a gente for tem torcedor do Bahia. A gente tem que ter essa transparência, a entrega em campo. Com essa vontade de vencer, a gente resgata a confiança do torcedor.


Clique aqui e assista a vídeos do Bahia


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/bahia/noticia/2014/09/kleina-destaca-comprometimento-e-diz-que-bahia-esta-no-caminho-certo.html

Kieza marca dois, e Bahia interrompe sequência invicta do Figueirense

Partida é marcada por baixo nível técnico, devido à qualidade ruim do gramado, e briga entre torcidas na arquibancada. Oito são presos


 A CRÔNICA


por GloboEsporte.com


Era um estádio muito engraçado. Quase não tinha gramado, quase não tinha nada. Foi no Joia da Princesa, em Feira de Santana, que o Bahia bateu o Figueirense por 3 a 0 pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. O estádio, que foi palco de superlotação no jogo contra o Santos, pela 8ª rodada, levou à punição do Tricolor baiano com um jogo de portões fechados e outro longe de Salvador. Por ironia, o castigo foi cumprido exatamente no seu local de origem, que voltou a receber um duelo de Série A na tarde deste domingo.


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Habituadas à qualidade das grandes arenas da Copa, as equipes penaram para fazer a bola rolar em um campo em péssimas condições, e a torcida ajudou a piorar o espetáculo no interior baiano. Em campo, um triunfo importante para o mandante, que interrompeu uma sequência de oito jogos de invencibilidade do Figueira, com direito a golaço de Kieza: o atacante balançou a rede adversária duas vezes ainda no primeiro tempo, e Maxi completou o placar no finalzinho. Na arquibancada, novo episódio lamentável de violência entre torcidas e prisão de oito pessoas. No início da partida, torcedores do Bahia arrancaram uma faixa da torcida adversária, pulando com facilidade o alambrado que separava os grupos. A Polícia Militar agiu com rapidez.

Bahia x Figueirense - comemoração de gol (Foto: Repodução)
Após seis jogos, Bahia conquista 
triunfo no Campeonato Brasileiro 
(Foto: Repodução)


Com o resultado, o Bahia alcançou 20 pontos e estacionou na 18ª posição, ainda na zona de rebaixamento, mas em local mais confortável que a lanterna ocupada antes de a bola rolar. O Figueirense fica na 12ª colocação, com 25 pontos. Na próxima rodada, o Tricolor enfrenta o Botafogo no Maracanã, enquanto o Figueira recebe o Criciúma, no Orlando Scarpelli.

Confusão, gramado e Kieza


Com o gramado em péssimas condições, prevaleceu quem soube aproveitar as oportunidades criadas. Apesar do baixo nível técnico do duelo, o Tricolor baiano conseguiu superar o adversário no primeiro tempo, com dois gols de Kieza. O primeiro deles, aos 17 minutos, surgiu a partir da uma falha da zaga catarinense, que deixou o atacante livre na pequena área para mandar para o gol. O segundo, seis minutos depois, foi uma pintura: Kieza recebeu na área e bateu milimetricamente rumo à meta de Volpi. Uma bola com curva que morreu no fundo da rede, depois de quase raspar pela segunda trave. Apesar da desvantagem, o Figueira não esmoreceu e procurou o empate. As melhores chances foram de Giovanni Augusto, que mandou um chute pela linha de fundo e outro para defesa de Marcelo Lomba.

Na segunda etapa, o Figueirense voltou disposto a superar as dificuldades do gramado e partir para o ataque. No entanto, o Bahia, com postura defensiva, fez a sua parte para frustrar o ímpeto inicial do adversário. A partir dos 10 minutos, o desenrolar do jogo não foi dos melhores para a audiência, que assistiu a diversos erros de passe e poucas chances criadas. Giovanni Augusto e Pablo ameaçaram pelo lado catarinense, com bela defesa de Lomba após um chute do atacante com endereço certo. Uelliton assustou Volpi em uma bela cabeçada. O Bahia teve desempenho levemente superior ao adversário e ainda ampliou aos 39, com gol de Maxi Biancucchi, que não marcava desde a 3ª rodada. Henrique ainda poderia ter feito o quarto, se não estivesse impedido quando mandou a bola para o fundo da rede.




FONTE:

Marcelo reconhece superioridade do Tricolor e lamenta cansaço do líder

Treinador avalia que adversário teve mais chances que o Cruzeiro


Por São Paulo

O Cruzeiro voltou a perder no Campeonato Brasileiro após 12 rodadas de invencibilidade no Campeonato Brasileiro. O técnico Marcelo Oliveira não tirou os méritos do São Paulo, que venceu a partida por 2 a 0 (confira os gols da partida no vídeo acima) e diminuiu a diferença para o líder para quatro pontos. Entretanto, o treinador ressaltou que alguns jogadores, principalmente aqueles, que estavam na Seleção sentiram cansaço rapidamente, o que prejudicou a equipe.  

Marcelo Oliveira salientou que o Cruzeiro teve um dia a menos de preparação para a partida, já que atuou na quinta, enquanto o São Paulo entrou em campo na quarta. Com isso, avaliou,o quarteto que estava a serviço da seleção brasileira - Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro, na principal, e Alisson e Lucas Silva, na sub-21 - sentiram o cansaço.  

 O Cruzeiro teve chances (..), brigou no ataque, mas escolhemos a pior jogada na hora de fazer o gol.
Marcelo Oliveira

- Os jogadores sentiram a chegada de uma viagem longa, jogaram contra o Bahia, tiveram um tempo curto de recuperação, um dia a menos que o São Paulo para se recuperar. Mas isso vai acontecer sempre. Achei que sentiram não só a viagem, mas o tempo curto. É uma situação que a gente vai passar para a diretoria que, na hora oportuna, verá o que fazer – disse o treinador ao fim da partida.
Na última sexta-feira, o Cruzeiro informou ter enviado ofício à CBF, requisitando que partidas pelo Campeonato Brasileiro não sejam realizadas em datas Fifa. Dunga irá convocar atletas na próxima semana para dois amistosos, e o Cruzeiro pode voltar a perder jogadores.


Merecido
Apesar de ressaltar que alguns atletas sentiram o cansaço da viagem, Marcelo Oliveira reconheceu que o Cruzeiro foi inferior ao São Paulo, que teve melhores chances.  

- Foi merecido. O Cruzeiro teve chances também, brigou no ataque, mas escolhemos a pior jogada na hora de fazer o gol. Mas, se analisar um todo, o São Paulo foi merecedor de fazer o gol. E o time que faz gol é que merece ganhar.


FONTE:

Vitória sobre o líder Cruzeiro mantém sonho do título vivo, afirma Muricy

Para o técnico, bater os mineiros em casa era a chance de o São Paulo continuar como candidato à taça do Campeonato Brasileiro. "Merecemos o resultado", afirmou


Por São Paulo




A vitória sobre o Cruzeiro por 2 a 0, neste domingo, no Morumbi, manteve o sonho do título ainda vivo no São Paulo. Foi assim que o técnico Muricy Ramalho definiu o resultado que reaproximou sua equipe do líder do Campeonato Brasileiro. A distância agora é quatro pontos, mas chegaria a dez em caso de derrota em casa.

- A nossa chance, se quisesse ter o sonho do título, era hoje, apesar de que ainda falta muito campeonato. Esse time (Cruzeiro) é e continua sendo o melhor do Brasil. Fizemos um bom jogo, marcamos e respeitamos o rival. Merecemos o resultado – disse o treinador.


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 Após 21 jogos, o São Paulo tem 42 pontos, contra 46 da equipe mineira, que sofreu nesta tarde apenas a sua terceira derrota na competição – todas longe do Mineirão, onde tem aproveitamento de 93,3%.


- Foi uma grande partida, era a nossa oportunidade de diminuir e conseguimos. Temos de continuar fazendo a nossa parte. Começamos mal no torneio, chegaram jogadores, saíram outros. O São Paulo é um time forte e consistente. Isso dá confiança – completou Muricy.

O Tricolor volta a campo na quarta-feira para enfrentar o Coritiba, uma das equipes que ocupa a zona de rebaixamento. O confronto será na casa do rival, às 22h. Para essa partida, o técnico não terá o meia Kaká, suspenso por ter recebido o terceiro cartão amarelo contra o Cruzeiro.


Confira os principais tópicos da entrevista de Muricy

TORCIDA
A gente até concorda que o futebol está ruim, mas temos de falar bem quando está bom. Vi alguns jogos que foi legal ver. Depois dos 7 a 1 (derrota da seleção brasileira para a Alemanha na Copa do Mundo), nada prestava. Lugar comum é falar que o futebol brasileiro é só porcaria. Às vezes temos jogos como hoje, outro dia teve Cruzeiro e Fluminense. Está tendo bons jogos. Temos esperança do futebol brasileiro melhorar.

QUARTETO
As pessoas e os jogadores que estão lá estão gostando de fazer o que estão fazendo. A nossa zaga hoje jogou muito. Quando se fala em quarteto, eles mesmo não acham isso. No nosso dia a dia cobramos muito deles porque os outros jogadores estão fazendo a diferença também. Além de serem grandes jogadores, estão se doando muito pelo time. Esses quatro, sem a bola, estão trabalhando muito. É difícil fazer eles entenderem, mas eles estão gostando. É um time, não é só o quarteto.


CRUZEIRO
A gente gosta do futebol bem jogado, e quem gosta disso gosta do Cruzeiro. É difícil falar se vai oscilar ou não. Acho difícil. Nessa competição tem de ter plantel para fazer o que estão fazendo. E eles têm. As demais equipes foram formadas durante a competição


LUIS FABIANO
Há espaço para todo mundo. Aqui é um plantel, não tem 11. Tem espaço para todo mundo. Só que quem está jogando não quer dar chance para ninguém. E é assim que tem de ser. Todo mundo está ralando, não tem esse negócio de dono. Aqui tem uma coisa muito importante que se chama São Paulo Futebol Clube. O resto é resto, que somos nós. Estamos preparando ele (Luis Fabiano), tem de ter paciência. Não pode ter recaída. Amanhã vou preparar outro treino para ele com a molecada. Ele sabe que vai ter de brigar muito, está vendo como o time está se portando.Ele vai voltar, não sei quando, mas vai voltar bem.


Kaká São Paulo x Cruzeiro (Foto: Marcos Ribolli)Suspenso, Kaká não pega o Coxa. Pato desfalca o time contra o Corinthians (Foto: Marcos Ribolli)


DESFALQUES: LUGAR PARA O FABULOSO?
Tenho de pensar no Coritiba, você vai me desculpar. Contra o Coritiba não dá, onde vou colocar ele (Luis Fabiano)? Estamos olhando com carinho. Tem jogadores que estão hoje no time que nem no banco ficavam. E hoje são titulares. Aqui é assim, eles sabem. Ele (Luis Fabiano) vai voltar na hora da certa. Mas não podemos mudar nossa maneira de jogar por causa de um jogador. Demoramos muito para achar isso. Não tínhamos um time, estávamos recuperando desde o ano passado. O São Paulo estava quase na segunda divisão, teve reformulação depois de janeiro. Não pode se entusiasmar. É legal, mas não aconteceu nada ainda.


EDSON SILVA E DENILSON
No futebol, o jogador está mal e o cara que está ao lado fala que não serve mais. É assim o futebol. As pessoas veem só quem está jogando bem no dia. Eu não sou assim, não desisto do jogador quando está fora. O difícil é quem está fora. Quem está jogando, beleza. Eles são os que mais treinam e não aparecem, porque não jogam. É o mais difícil para o atleta. Toda hora tem exemplo assim no nosso time, Denilson, Edson Silva... Não é simpatia ou favor nenhum. O Denilson voltou a jogar porque ele quis, porque ele brigou e voltou a treinar forte. A gente se perguntava como um cara que jogou tantas partidas no Arsenal não poderia jogar aqui. O técnico não tem ouvido para uns malas que tem ao lado. Não tem conversa aqui. O Edson também, às vezes nem no banco ficava. Ele é um cara que cumprimentava todo mundo, sempre de cara boa, e nem no banco ficava. E ia para o treino duro. Amanhã eu vou estar lá e vou treinar o time. Se eu não tivesse essa postura em todos os lugares que passei não ia ter recuperação. Eu penso diferente. A gente nunca pode desistir do jogador, desde que ele não desista dele. Não é que eu faço coisa boa, eles conseguiram os lugares deles pelo trabalho.


JOGO EMBLEMÁTICO
Parece que nós fomos contratados para ganhar a Sul-Americana, no ano passado, ganhar o Paulista. Não fomos contratados para isso. Foi para para tirar o São Paulo daquela que seria a maior vergonha da história (rebaixamento). No sentido moral e financeiro. E depois fazer uma reformulação em janeiro, que era muito difícil porque tinha muitos jogadores e eu precisava tirar, o que é a pior coisa para um treinador. E aí fazer um time para o Brasileiro. Agora está dando um pouco de liga. Vocês pedem, na Europa é assim, que o resultado não vem agora, mas vem depois. Não podemos nos entusiasmar. Não ganhamos nada. Recuperamos bem, mas fomos muito mal no começo do Brasileiro. Não tínhamos um time. Chegaram Kaká e Kardec no meio da competição. Mas é legal ver o São Paulo jogando assim, é um gigante, ver o Morumbi como estava hoje. Isso é muito legal. 


CONVOCAÇÃO PODE PREJUDICAR
Não temo. Porque é o sonho do jogador. Nunca reclamei quando um jogador vai para seleção porque é o sonho deles, eu tenho de me virar aqui. O que mais me preocupa é a Sul-Americana. Ela que vai me arrebentar se eu não tiver cuidado. A viagem que vamos tentar fazer não é fácil. Já estamos fazendo, bloqueando passagem. A gente nem sabe para onde vai. Os caras anunciaram Huachipato contra não sei quem e íamos mandar um cara pro Chile, e de última hora não pode ir mais. Isso preocupa a gente. Seleção não, porque é um sonho. Tomara que vão mesmo, porque estão merecendo. Perco o jogador aqui, mas não me importo com isso.


ROGÉRIO CENI
Ele está sempre reclamando de dor, não é novidade (risos).

Rogério Ceni São Paulo x Cruzeiro (Foto: Marcos Ribolli)
Rogério Ceni evita gol do Cruzeiro 
na partida deste domingo, no Morumbi 
(Foto: Marcos Ribolli)


EMPOLGAÇÃO
Temos de ir um pouco para trás. Nessa altura do campeonato, como estávamos no ano passado, e o que é esse time hoje. Não é uma mudança de jogador de qualidade, é de cara que vestiu a camisa, que gosta de ir lá treinar e se comprometer com o clube. A torcida veio hoje porque estamos fazendo por merecer. Está dando gosto. É legal chegar ao CT de manhã e encontrar os caras para treinar. Ano passado era terrível. Ninguém dava bom dia. Estava no caminho certinho para ir para a Segunda Divisão. Você não tem de motivar ninguém. Não entendo essas coisas do futebol moderno. O cara tem um bom contrato e precisa de alguém pra motivar? Aqui não tem esse papo. Antes eles não tomavam lanche juntos, ontem todos estavam conversando. Não ficam com aquela porcaria no ouvido o tempo inteiro. Isso está dando gosto. Isso é o São Paulo que tem horário, disciplina, é um time de futebol, coisa que não tinha um tempo atrás. Tomara que ninguém atrapalhe. Está indo tudo certo, é só ninguém se meter. Às vezes no entusiasmo alguém solta alguma coisa e atrapalha.


EDSON SILVA
É verdade (foi o craque do jogo). O que esse cara jogou hoje, cabeceou o chão. E o Alvaro também, cabeceou o Denilson. Até falei para ele que esse aqui era amigo. A vontade dele contagia. O Edson sabe que tem dificuldade às vezes, sabe que é a chance dele. Ele está dando a vida porque sabe que, se vacilar, outro está ali para entrar no lugar dele. Concordo que o craque do time foi o Edson. 


AURO
O Auro foi chamado, entrou num momento difícil, que não é fácil entrar. Técnica ele sempre teve. Mas mostrou personalidade para jogar no Morumbi com 60 mil pessoas. Quando o Paulo voltar vai esperar também, é assim. Não tem cadeira cativa, não tenho mania ou jogadores. Eu respeito o jogador. Eles sabem que se for bem vai ter chance. 


POLÍTICA
Isso é com eles lá, problema político. Só não quero que venham no CT. Está tudo determinado, certinho, organizado, planejado. Deixa andar como está. É um relógio. Às vezes o cara quer mexer no relógio. Fora eu respeito, é uma coisa deles. Nós, como empregados, não podemos nos meter. 


TORCIDA
A gente estava precisando de alguns jogos desse jeito porque estávamos desanimados depois da Copa. O jogo de hoje foi muito intenso, de pegada forte e velocidade. Até os 90 minutos os dois times estavam correndo. Isso é muito legal ver no futebol brasileiro. Temos de tentar melhorar o nosso futebol que não está passando por um bom momento. São Paulo e Cruzeiro fizeram esse jogo porque têm bons times, bons jogadores, ótimo para os dois que estão na frente no campeonato. Não é de graça. 


AUSÊNCIA DO KAKÁ
Sabemos que vamos perder o Kaká em alguns jogos. Daqui a pouco vai chegar a planilha e ele vai ser o que mais correu. São sempre os mesmos que superam dez quilômetros. Denilson, Souza e Kaká. Ele se doa muito, estava marcando o lateral de 20 anos. Vamos ter de administrar também porque senão vamos arrebentar com ele. Ele está correndo demais e ele não se poupa, mas vamos dar um tempo. Faz falta como jogador e como líder dentro de campo, ele está ajudando muito, mas temos jogadores como Michel que podem entrar nessa posição.

muricy ramalho são paulo x cruzeiro (Foto: Marcos Ribolli)
Muricy Ramalho celebra a vitória 
sobre o Cruzeiro: "A nossa chance 
era hoje" (Foto: Marcos Ribolli)


FONTE:

São Paulo supera Cruzeiro em casa e diminui diferença na briga pelo título

Com gols de Rogério Ceni e Alan Kardec, Tricolor não dá chance para o líder do Brasileirão. Agora, distância para a ponta é de quatro pontos


 A CRÔNICA


por Leandro Canônico


São Paulo e Cruzeiro fariam a “final” do Brasileirão. A afirmação foi feita por torcedores, especialistas, curiosos, amantes do futebol... Menos pelos técnicos e jogadores envolvidos na partida. Tudo bem, compreensível. Mas que o duelo no Morumbi teve tudo que uma decisão de campeonato tem, ah, isso teve. A vitória do Tricolor por 2 a 0 sobre o líder do campeonato teve vários elementos que comprovam isso. Estádio cheio, lances bonitos, polêmica e futebol de alto nível.


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Para aqueles que decretavam a edição 2014 do Campeonato Brasileiro como definida, um aviso: a disputa pela liderança pode esquentar entre são-paulinos e cruzeirenses. É verdade que o time de Minas Gerais segue isolado na ponta, com 46 pontos, mas agora vê o segundo colocado São Paulo mais perto, apenas quatro atrás. Ainda faltam 17 rodadas. Tempo suficiente para o Tricolor tentar diminuir ainda mais essa distância ou para a Raposa tentar aumentar.

Rogério Ceni foi um dos principais destaques da partida. Fez o primeiro gol do Tricolor (Alan Kardec fez o outro) e salvou o time em defesas importantes, parando as sensações Ricardo Goulart e Everton Ribeiro. O tropeço do Cruzeiro no Morumbi foi apenas o terceiro do time de Marcelo Oliveira na competição - a Raposa não perdia desde a oitava rodada.

Líder e vice-líder voltam a campo pelo Brasileirão na quarta-feira. O time mineiro recebe o Atlético-PR, no Mineirão, às 19h30. E a equipe paulista joga com o Coritiba, às 22h, no estádio Couto Pereira.

rogerio ceni são paulo x cruzeiro (Foto: Marcos Ribolli)
Kaká e Pato comemoram o gol marcado 
por Rogério Ceni no primeiro tempo (
Foto: Marcos Ribolli)


O jogo

Não é à toa que São Paulo e Cruzeiro são os dois melhores times do Brasileirão atualmente. Quem tiver alguma dúvida precisa rever a partida deste domingo. Que belo jogo os dois times protagonizaram no Morumbi. Praticamente todos os lances de ataque foram perigosos. Não houve meio termo. Everton Ribeiro e Ricardo Goulart foram agudos contra o Tricolor no primeiro tempo. Pararam, porém, na pontaria e em grande defesa de Rogério Ceni em chute de Goulart aos 28 minutos. O São Paulo arriscou com Ganso, com Pato e... com Toloi. O zagueiro perdeu gol incrível após passe do camisa 10, aos 16.


O São Paulo demorou a engrenar. Mas quando encaixou o jogo foi, é claro, pelo quarteto Kaká, Ganso, Pato e Kardec. Aos 33, Ganso recebeu belo passe na direita da grande área e foi derrubado por Dedé. Pênalti. Os são-paulinos pediram o segundo amarelo para o zagueiro do Cruzeiro. Mas o árbitro não deu. Na cobrança, aos 35, Rogério Ceni fez o gol número 120 de sua carreira. E o sétimo em Fábio, maior vítima do goleiro-artilheiro. Na sequência da partida, o Cruzeiro pressionou com qualidade. E o Tricolor só não ampliou porque Alexandre Pato foi fominha em dois contra-ataques.

everton ribeiro são paulo x cruzeiro (Foto: Marcos Ribolli)
Everton Ribeiro, um dos melhores 
do Cruzeiro(Foto: Marcos Ribolli)


Preocupado com Dedé, que já tinha amarelo e saiu ileso do pênalti cometido em Ganso, o técnico Marcelo Oliveira mexeu na zaga do Cruzeiro, colocando Manoel em seu lugar. O São Paulo não mexeu e continuou ofensivo. Só não ampliou aos quatro minutos, com Kardec, porque o atacante chutou para fora na pequena área. Na sequência, o Cruzeiro teve a chance de empatar com Everton Ribeiro. Ceni, mais uma vez, fez linda defesa. Levemente melhores na etapa final, os donos da casa dominavam as ações. Até o zagueiro Edson Silva tentou de longe. Fábio defendeu.

Assim como Ceni, o goleiro do Cruzeiro estava fazendo grande partida. Mas não conseguiu parar Alan Kardec aos 25 minutos. Após cobrança de escanteio de Ganso, Marcelo Moreno desviou e a bola sobrou para o atacante. O cruzeirense fez linda defesa na primeira, mas não segurou a segunda: 2 a 0. Com a vantagem no placar, o Tricolor cresceu ainda mais na partida. Teve várias chances com Kaká, com Toloi, com Pato... mas não fez o terceiro. O Cruzeiro bem que tentou uma reação, mas a defesa do adversário estava bem postada.


São Paulo x Cruzeiro - Pato disputa jogada (Foto: Marcos Ribolli)
Pato e Ceará disputam a bola perto 
da grande área no Morumbi 
(Foto: Marcos Ribolli)
 
 


FONTE:

Mano reclama da arbitragem, mas admite que Corinthians jogou mal

Técnico contesta gol do Fla em posição irregular e pênalti em lance de bola na mão de Fagner, mas pondera: "Não merecíamos vencer o jogo"


Por Rio de Janeiro


Arbitragem foi um dos tópicos da entrevista coletiva de Mano Menezes, após a derrota do Corinthians por 1 a 0 para o Flamengo, na tarde deste domingo. O técnico ficou revoltado com o trabalho de Sandro Meira Ricci e de seus auxiliares. Reclamou muito do gol marcado por Wallace, aproveitando-se de um passe de Eduardo da Silva em posição irregular, e depois do pênalti marcado em lance de bola na mão de Fagner - Cássio defendeu a cobrança de Eduardo da Silva e evitou uma derrota ainda maior.


Confira abaixo a íntegra da entrevista coletiva de Mano:

Time jogou mal? Jogadores disseram que sim...
Concordo com os jogadores. Essa foi a análise que fizemos na primeira parte do jogo. Foi pior ainda o primeiro tempo. Tivemos um início de jogo com bastante dificuldade para encaixar a marcação. Flamengo jogou forte pelo lado esquerdo deles, direito nosso. Não conseguimos jogar com a bola. Você não pode vir no Maracanã e ficar esperando, achar uma jogada do nada. Aliás, em lugar nenhum. Conversamos no intervalo, voltamos melhor e sofremos o gol no momento em que estávamos melhor do que o Flamengo. Longe da equipe que podemos ser. Erramos muitos passes. Tivemos a bola do jogo antes de sofrer o gol, com o Luciano. Mesmo assim, para perder o jogo, tivemos que perder com um impedimento duplo. Dois em um só. Depois, mais um erro, no meu entendimento. Mas não merecíamos vencer o jogo. Essa é a parte que devemos analisar e levar para dentro do nosso trabalho. O momento é decisivo no campeonato. Não podemos ficar repetindo jogos assim.


Desgaste físico
A questão do desgaste físico é impossível separar. Jogamos quinta e domingo. Para essas duas semanas temos situações atípicas. Jogaremos quinta e domingo, contra adversários fortes. Não tenha dúvida que isso influencia. Jogo às 16 horas, calor. Não queremos explicar apenas com isso não, mas pesa também.


Semana com Chapecoense e depois clássico com São Paulo
Não podemos jogar com a Chapecoense pensando no São Paulo. Temos um clássico, sabemos que é duríssimo, mas vamos pensar primeiro na Chapecoense. Vamos conquistar a vitória na nossa casa. Tenho certeza que se conseguirmos fazer isso as influências serão boas no domingo. Faremos um bom jogo contra o São Paulo também.


Jogo com o São Paulo e falta de Petros
O São Paulo é uma das equipes que cresceram bastante na competição. Temos que nos preocupar com a gente. Temos que mostrar a que viemos na competição. Petros faz falta porque tem uma característica de marcação forte. Temos que fazer mudanças por causa disso. Lodeiro fez um bom jogo, mas a equipe passa a ser diferente. Deveria ter criado mais com essa formação que iniciamos hoje.


Clássico com o São Paulo é um divisor: Libertadores ou título?
No somatório do que fizemos até agora, estamos jogando mais para a Libertadores do que para título. Não podemos perder a análise correta. Se quisermos jogar para título, temos de jogar mais. E as oportunidades de comprovar isso serão as próximas.


Como fazer para esse time jogar mais?

Trabalhando mais, melhorando a tomada de decisão. Isso tem muito a ver com as escolhas que se faz em momentos importantes. Entendendo mais o jogo. Assim que se faz, entendendo o adversário. Temos de encontrar caminhos e opções necessárias para trabalhar melhor.


Diretoria vai correr atrás de algum atacante?
Já nos posicionamos. Já fechamos esse assunto. Não acho que alguma escolha simplesmente pela emergência vá solucionar problemas. Vamos trabalhar com os jogadores que temos, dar tranquilidade para eles trabalharem bem. Assim que se trabalha no futebol.


Fase de Cássio
Toda grande equipe começa com um grande goleiro, e temos um goleiro de qualidade. O Cássio fez hoje, no momento que nos abrimos mais e nos arriscamos mais, defesas importantes. Nos levou à possibilidade de conseguir o empate até o último minuto. Ele é o nosso goleiro e está vivendo uma temporada sem interrupções, sem lesões e isso é importante para a equipe.


Foi hostilizado pela torcida do Flamengo
Absolutamente normal. A torcida tem o direito de se comportar como ela quer. Muito mais a torcida do adversário. Não tenho nada para falar sobre isso.


Quando Cássio olhou para ele para ver se poderia ir à área adversária, tentar o lance de bola aérea
A questão do Cássio é como eu gosto mesmo. Ele olhou para mim como quem perguntava se podia ir. E eu não achei que adiantaria. Não adianta goleiro atravessar o gol e correr risco. Não estávamos conseguindo colocar bolas na área direito. Não temos bola trabalhada com o Cássio. Gosto das coisas como elas devem ser.

mano menezes flamengo x corinthians (Foto: Getty Images)
Mano Menezes, durante o jogo entre 
Flamengo e Corinthians 
(Foto: Getty Images)


FONTE:

Luxa elogia postura aguerrida do Fla e diz que vai analisar gol polêmico

Treinador afirma que Rubro-Negro apresentou raça que não observou contra Grêmio e Goiás


Por Rio de Janeiro



Pé na porta contra a zona da confusão. Depois de duas derrotas consecutivas, o Flamengo voltou a vencer neste domingo. O 1 a 0 sobre o Corinthians, no Maracanã, pela 21ª rodada do Brasileirão aconteceu por conta de um erro da arbitragem, que não marcou impedimento de Eduardo da Silva no gol de Wallace. Mas para Vanderlei Luxemburgo isso pouco importa. Satisfeito com a volta da postura do "saco de cimento" de seus jogadores, o treinador disse que só comentará a arbitragem após ver o lance pela televisão e elogiou a postura aguerrida do Rubro-Negro. <b>(veja o gol do jogo acima)</b>

Em entrevista coletiva, Luxa disse que o erro não tira o mérito de sua equipe no triunfo que a colocou na décima colocação do Brasileirão, com 28 pontos. Além da dedicação, o comandante rubro-negro se mostrou satisfeito também com a postura tática do Flamengo, que praticamente não deixou o Corinthians assustar a meta de Paulo Victor.


luxemburgo flamengo x corinthians (Foto: Getty Images)
Luxemburgo esteve muito apreensivo 
durante nervoso jogo no Maracanã (
Foto: Getty Images)


- Primeiro, quero dar os parabéns aos jogadores. Voltamos a trabalhar nas nossas características: botamos o rabo no chão. O Flamengo não tem um grande time. Foi bem contra Grêmio e Goiás, mas não botou o rabo no chão. Hoje, não deixamos o Corinthians jogar em suas características. O gol eu quero parar para ver antes de falar. Até porque, erros e acertos acontecem. Não vou tirar o mérito dos meus jogadores, que fizeram uma grande partida

O elenco do Flamengo se reapresenta na tarde de segunda-feira, no Ninho do Urubu, para iniciar a preparação visando o confronto com o Palmeiras, quarta-feira. Na terça, o treinamento será na Gávea, pela manhã, seguido de viagem para São Paulo.



Confira a entrevista coletiva de Luxemburgo na íntegra:


ATUAÇÕES DE WALLACE E EVERTON
- Quero ganhar de meio a zero todos os jogos que vamos avançar. Não é valorizar o Everton, mas quem teve uma atuação exemplar, que não teve nenhum erro, foi o Wallace. Foi um zagueiro de altíssimo nível e fez uma grande partida com o Chicão, sem dar chance ao adversário. A equipe toda ajuda os jogadores a aflorarem suas qualidades. O Everton também tem jogado bem há algum tempo e está em uma crescente. Quando estamos no sufoco, a bola sai com ele, que impõe velocidade. A equipe estava totalmente concentrada. Os jogos que perdemos é normal para um time que sai de uma zona da confusão e consegue vitórias seguidas. A mudança de comportamento é inconsciente.


EDUARDO DA SILVA
- Se você achar que ele perdeu o pênalti por estar cansado, vou discordar. No jogo com o Atlético-MG, eu mandei o Léo Moura bater o pênalti. Hoje, eu mandei o Chicão bater, ele me olhou e disse que o Eduardo queria bater. Eu não vou perder pênalti, não estou lá dentro. Não foi questão de cansaço. O goleiro foi feliz e pulou no canto certo. Acho que ele jogou com muita técnica. O pênalti é normal perder.


FORMAÇÃO IDEAL PARA O FLA
- A equipe que eu encontrei tem ajustado bem. Com o Cáceres ali, ajuda bem. O Márcio ou o Luiz Antonio podem ser o segundo volante, ou o Gabriel, que faz aquele lado direito. Encontrei um time jogar com as características dos jogadores. Jogar no Maracanã é bom, com o torcedor. É possível jogar na sua característica contra uma equipe técnica e vencer. Quando o time tem uma identidade, você joga em cima dela. O que não dá é para tentar equilibrar com uma técnica que você não tem. Temos que jogar em cima das virtudes, marcando, colocando o rabo no chão, em cima das deficiências técnicas.


PALMEIRAS
- É um jogo duro. Contra o Fluminense, eles tinham 12 desfalques. Vamos ver o time que vão colocar em campo. O Palmeiras vai jogar dentro de seus domínios. Vamos entrar fortes, colocar um pijama training nos jogadores para que descansem um pouco, namorem um pouco, e voltem para trabalhar.


VOLTA DAS VITÓRIAS
- Acho que esse momento do Flamengo é o momento de uma equipe. Ninguém vai ganhar todos os jogos. Não é nosso privilégio perder duas seguidas, o Cruzeiro perdeu hoje. O campeonato é muito igual. Não vi o Flamengo jogando mal contra Grêmio e Goiás. Eles aproveitaram as chances. Se o aproveitamento fosse como o meu desde o início, íamos brigar lá em cima.


BOA ATUAÇÃO SOBRE O CORINTHIANS
- Claro que tenho estudo do adversário. Procurei ver como o Corinthians atua e trabalhei em cima disso. Mas a grande eficiência do Flamengo foi voltar a sua característica. A marcação começou forte com o Eduardo e o Alecsandro. O meio-campo marcando, facilita a vida da zaga. Assim, o jogo fica igual. Essa é nossa virtude. Se colocarmos essa virtude sempre, vamos avançar como equipe.


RECUPERAÇÃO DO LATERAL LÉO
- Vamos ver. Ele ainda não está em ponto de voltar, vai demorar um pouco mais ainda. Falta um trabalho de bola, um coletivo, um jogo-treino. É um jogador que, se voltar, vai ajudar muito. Até porque, dá para fazer um revezamento. Mas o Léo Moura está conseguindo economizar, não tem a frequência de ataque que tinha antes. O Márcio Araújo está ali daquele lado, o que facilidade a vida.


CHANCES DE GOL PERDIDAS
- Perder gol, você vai perder. Vai ganhar com um gol legal e às vezes com um que não seja legal. E vai perder também. O futebol é dessa forma. O pênalti eu quero falar uma coisa: há uma recomendação de que se a bola bater no adversário em direção ao gol, deve ser marcado. Lá contra o Goiás, não deram o pênalti para nós. Não adianta ficar lamentando isso aí. Está tudo no contexto do futebol. A informação que tenho é para os meus jogadores não abrirem o braço dentro da área. É difícil, tem que ficar igual robô, mas eles querem que seja desta forma. Fico satisfeito porque o time criou bastante oportunidade.


ESPÍRITO COLETIVO
- No futebol, temos que falar sempre "nós". Nós ganhamos o jogo. Quando você coloca o "eu", é egoísta, individualista. Se somarmos, a equipe vai ficar forte. Falo sempre com eles que temos que conjugar o verbo na primeira pessoa do plural, colocando o rabo no chão. 


SEQUÊNCIA FORA DE CASA
- É um sequência dura. Avançamos um pouco com a vitória e vai ser complicado. Tivemos uma torcida apoiando a equipe neste jogo, em momento algum ela se voltou contra a equipe desde a minha chegada, e acho que presença é importante.


DUPLA DE ZAGA
- A saída do Marcelo foi pensada com muita calma. Ele vinha jogando muito bem, é um jogador de futuro. Mas acompanhando o noticiário havia uma tendência a crucificarem por um erro. Ele é jovem está chegando a um grande clube. O Samir está vindo de lesão e está pegando um condicionamento melhor. O Chicão fez duas grandes partidas, contra Coritiba e Grêmio. Usei o Chicão que conhece o Corinthians, as características dos jogadores. Dentro da zaga, temos opções, ganhamos com isso. E fiz uma proteção ao Marcelo.


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Com gol irregular e arbitragem polêmica, Fla bate Corinthians

Impedido, Eduardo participa do lance da vitória. Timão reclama também de pênalti, e Rubro-Negro tem impedimento mal marcado na etapa final


 A CRÔNICA


por GLOBOESPORTE.COM


O Flamengo venceu o Corinthians por 1 a 0, na tarde deste domingo, no Maracanã, em jogo marcado por uma atuação polêmica de Sandro Meira Ricci. O gol do Fla, marcado por Wallace, saiu em jogada ilegal – o zagueiro recebeu de Eduardo da Silva, que estava em posição irregular. O árbitro ainda interpretou como pênalti uma bola na mão de Fagner em chute de Everton. Já no fim da partida, o auxiliar Elan Vieira de Souza marcou impedimento inexistente de Eduardo da Silva, que partiu do campo de defesa e entraria cara a cara com o goleiro Cássio. O público pagante foi de 32.400 pessoas (36.905 no total), com renda de R$ 1.449.317,50.


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O resultado foi excelente para o Flamengo, que se recupera de uma sequência de duas derrotas – Grêmio e Goiás – e vai a 28 pontos, abrindo oito da zona do rebaixamento (número que pode cair para sete, caso Vitória ou Criciúma vençam seus jogos, que começam às 18h30).

O Corinthians segue em quarto, com 36, mas podendo ser ultrapassado pelo Grêmio, que encara o Atlético-MG também no complemento da rodada, às 18h30 no Independência.

Na próxima rodada, o Flamengo joga na quarta-feira, contra o Palmeiras, às 22h (de Brasília), no Pacaembu. O Corinthians recebe a Chapecoense, quinta, às 19h30, na Arena de Itaquera.

marcio araujo elias flamengo x corinthians (Foto: Marcelo Carnaval/Agência Globo)
Márcio Araújo passa por Fábio Santos, 
observado por Elias (Foto: Marcelo 
Carnaval/Agência Globo)


Fla leva vantagem em primeiro tempo truncado
A etapa inicial foi de poucas chances de gol, com seis finalizações do Flamengo e duas do Corinthians (ambas com Elias, sem perigo, e só depois de 23 minutos de jogo). O Fla foi melhor, principalmente na primeira metade, quando Everton encontrou muita liberdade pela esquerda, às costas de Fagner. No total, foram oito jogadas do Rubro-Negro pelas laterais e nenhuma do Timão no primeiro tempo inteiro. Mano Menezes corrigiu o problema defensivo, deslocando Ralf para fazer a cobertura na direita. E o jogo ficou ainda mais truncado, com pouquíssima criatividade no setor de meio de campo das duas equipes.



Arbitragem vira destaque negativo na etapa final
O jogo melhorou no segundo tempo. O Corinthians chegou a criar uma grande chance com a dupla Guerrero e Luciano, mas foi o Flamengo que abriu o placar, aos 19. Em posição irregular, Eduardo Silva dominou na área e ajeito para Wallace marcar.

– O gol foi irregular. O assistente número 2, Elan Vieira de Souza, esperou para ver quem participaria da jogada, mas comeu bola. O Eduardo já estava à frente – disse Paulo César de Oliveira, comentarista de arbitragem da TV Globo.

Depois disso, Mano Menezes mandou o Corinthians todo ao ataque, trocando o volante Ralf pelo atacante Malcom, depois Lodeiro por Renato Augusto. Com isso, o Fla passou a apostar nos contra-ataques e teve uma chance de ouro para fazer o segundo, aos 36, num pênalti muito contestado pelos corintianos – o árbitro não interpretou como bola na mão o toque de Fagner em chute à queima-roupa de Everton. Eduardo da Silva bateu mal, e Cássio defendeu.

– Não houve pênalti. O gesto do Sandro Ricci quer dizer que o Fagner está fazendo um gesto de bloqueio, o que não ocorreu. Ele está com o braço junto ao corpo. Ele está virando, e a bola bateu no braço dele – afirmou Paulo César.

E as polêmicas tiveram sequência. Enquanto Flamengo e Corinthians disputavam cada palmo do campo, e arbitragem voltou a aparecer negativamente. Aos 40, Everton lançou Eduardo da Silva, que saiu do campo de defesa e entraria cara a cara com Cássio. Elan Vieira de Souza marcou impedimento inexistente. Dois minutos depois, Gil empurrou Everton a linha de fundo e, com o rubro-negro caído, chutou a bola na cabeça do adversário. Ricci aliviou e deu apenas escanteio.

– Não teve  impedimento. O assistente 2 errou mais uma vez. No momento do toque da bola, o jogador do Flamengo estava na sua metade do campo – disse Paulo César, analisando também o lance seguinte. – Ricci deveria ter marcado a falta e também advertido o Gil, mas só administrou.

O Corinthians ainda pressionou nos momentos finais, mas deixou o campo reclamando, enquanto o Flamengo, com a vitória, saiu comemorando.

wallace flamengo x corinthians (Foto: Gilvan de Souza/Fla Imagem)
Wallace, ex-Corinthians, comemora o 
gol do Flamengo (Foto: Gilvan de 
Souza/Fla Imagem)

 


FONTE: