A CRÔNICA
por
GloboEsporte.com
Foi com boa dose de emoção que finalmente saiu a primeira vitória do
Inter na Libertadores. Após derrota preocupante nas alturas de La Paz,
bater a Universidade de Chile virou obrigação. Que acabou cumprida na
noite chuvosa desta quinta-feira no Beira-Rio com roteiro sortido em
jogo histórico, da 100ª vez do clube no torneio continental. Começou com
pênalti polêmico sobre D'Alessandro, que o herói costumeiro converteu
com homenagem à esposa grávia. Depois, teve gol do quase renegado Jorge
Henrique, que chorou na celebração. Para completar, a La U descontou e,
por pouco, não igualou. Mas havia Sasha, o verdadeiro "falso 9", para
completar o 3 a 1 que vale ouro, sobretudo para Diego Aguirre, bastante
pressionado durante a semana e que finalmente triunfou com o time
plenamente de titulares na temporada.
O Colorado sai do sufoco também na tabela. É o segundo colocado ao suplantar o The Strongest no saldo de gols, atrás do Emelec, com seis pontos. Na próxima rodada, a La U, ainda zerada, tentará se recuperar na quinta-feira, ao receber o The Strongest, em Santiago. Já o Inter tenta embalar de vez novamente em casa, contra o Emelec, na quarta. Antes, todavia, há um desafio de peso pelo Gauchão. No domingo, recebe o Grêmio, para o Gre-Nal 404, válido pela oitava rodada, provavelmente com time misto.
Por falar em clássico, o primeiro a ter uma área mista com torcedores de Grêmio e Inter, espera-se que não haja confusões como a que ocorrera antes de a bola rolar nesta quinta-feira. Em frente ao Beira-Rio, torcedores ficaram feridos após confusão com a polícia, devido ao uso de fogos e de morteiros, de acordo com a BM.
Time sem centroavante, mas com D'Ale
O mistério da semana não foi em vão. Diego Aguirre levou a campo uma equipe bem diferente. Apesar dos elogios, sacou Nicolás Freitas do meio-campo e optou por um time mais leve. Na frente, talvez a maior das novidades, Jorge Henrique, junto com a velocidade de Vitinho e Sasha. O Inter abriu mão de centroavante até do banco, ao não relacionar Rafael Moura. Curiosamente, também vetou Paulão. Com uma lesão de última hora de Ernando, portanto, não havia zagueiros na reserva.
Mas não é o banco que decide e, sim, o campo. E um pouco de sorte. Ou azar. Para os colorados, Sasha levou azar ao emendar bela bicicleta e ver a bola passar rente ao travessão, aos nove minutos. Mas celebraram a sorte de acompanhar o chutaço do ex-gremista Maxi Rodríguez balançar o poste de Alisson, logo depois, em contragolpe fulminante. O fato é que, mesmo longe do brilhantismo, o Inter jogava melhor. O pecado foi insistir em cruzamentos diante de um ataque de baixinhos, como se esperasse um lance ocasional... de sorte.
Além do sobrenatural, quem pode decidir um jogo é o árbitro. O peruano Víctor Carrillo teve trabalho. Houve dois lances em que jogadores e torcida do Inter clamaram por pênaltis. Não sem razão. Aos 18 e 26 minutos, respectivamente, Vitinho e Jorge Henrique foram derrubados na área. A marcação só viria aos 43 minutos, justamente no episódio mais duvidoso, em que D'Alessandro cai na área após o rival segurar sua camisa.
Choro, susto e vitória
A reclamação chilena foi geral. Em vão. Assim como fizera na Bolívia, o argentino bateu com extrema categoria: 1 a 0, e celebração com bola sob a camiseta, em alusão à gravidez de sua esposa. A ternura deu lugar à irritação, assim que o árbitro encerrou o primeiro tempo. D'Ale discutiu fortemente com jogadores da La U - um deles teria se negado a trocar camisetas. De tão contrariado, o colorado se negou a conceder entrevistar e até empurrou um repórter.
A torcida também chiou no segundo tempo. Ao ver Vitinho sair para a entrada de Alex. Os fãs não estavam contra o campeão do mundo em 2006. Queriam, sim, a saída de Jorge Henrique. Mas nem sempre a voz do povo é a voz de Deus. Desta vez, Aguirre falou mais alto. Isso porque, aos 16 minutos, Alex arranjou belo lançamento para o mal-quisto Jorge Henrique mostrar serenidade para deslocar o goleiro: 2 a 0. Antes prestes a ser negociado com o Avaí, o meia chorou em desabafo. Enquanto a torcida esquecia a chuva para sorrir.
Mas a La U, mesmo em má fase, conseguiu reagir. Diante de uma defesa lenta e com espaços, os chilenos diminuíram aos 21, com o centroavante Canales. O jogo se tornou perigoso. Menos mal que havia jogadores como Nilton, Alex, D'Alessandro, Aránguiz... todos muito seguros e de boas atuações. O último, inclusive, arrumou um cruzamento impecável para uma finalização ainda mais certeira de Sasha: 3 a 1, alívio e vitória.
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O Colorado sai do sufoco também na tabela. É o segundo colocado ao suplantar o The Strongest no saldo de gols, atrás do Emelec, com seis pontos. Na próxima rodada, a La U, ainda zerada, tentará se recuperar na quinta-feira, ao receber o The Strongest, em Santiago. Já o Inter tenta embalar de vez novamente em casa, contra o Emelec, na quarta. Antes, todavia, há um desafio de peso pelo Gauchão. No domingo, recebe o Grêmio, para o Gre-Nal 404, válido pela oitava rodada, provavelmente com time misto.
Por falar em clássico, o primeiro a ter uma área mista com torcedores de Grêmio e Inter, espera-se que não haja confusões como a que ocorrera antes de a bola rolar nesta quinta-feira. Em frente ao Beira-Rio, torcedores ficaram feridos após confusão com a polícia, devido ao uso de fogos e de morteiros, de acordo com a BM.
D'Alessandro marca contra a La U
(Foto: Diego Guichard)
O mistério da semana não foi em vão. Diego Aguirre levou a campo uma equipe bem diferente. Apesar dos elogios, sacou Nicolás Freitas do meio-campo e optou por um time mais leve. Na frente, talvez a maior das novidades, Jorge Henrique, junto com a velocidade de Vitinho e Sasha. O Inter abriu mão de centroavante até do banco, ao não relacionar Rafael Moura. Curiosamente, também vetou Paulão. Com uma lesão de última hora de Ernando, portanto, não havia zagueiros na reserva.
Mas não é o banco que decide e, sim, o campo. E um pouco de sorte. Ou azar. Para os colorados, Sasha levou azar ao emendar bela bicicleta e ver a bola passar rente ao travessão, aos nove minutos. Mas celebraram a sorte de acompanhar o chutaço do ex-gremista Maxi Rodríguez balançar o poste de Alisson, logo depois, em contragolpe fulminante. O fato é que, mesmo longe do brilhantismo, o Inter jogava melhor. O pecado foi insistir em cruzamentos diante de um ataque de baixinhos, como se esperasse um lance ocasional... de sorte.
Além do sobrenatural, quem pode decidir um jogo é o árbitro. O peruano Víctor Carrillo teve trabalho. Houve dois lances em que jogadores e torcida do Inter clamaram por pênaltis. Não sem razão. Aos 18 e 26 minutos, respectivamente, Vitinho e Jorge Henrique foram derrubados na área. A marcação só viria aos 43 minutos, justamente no episódio mais duvidoso, em que D'Alessandro cai na área após o rival segurar sua camisa.
Choro, susto e vitória
A reclamação chilena foi geral. Em vão. Assim como fizera na Bolívia, o argentino bateu com extrema categoria: 1 a 0, e celebração com bola sob a camiseta, em alusão à gravidez de sua esposa. A ternura deu lugar à irritação, assim que o árbitro encerrou o primeiro tempo. D'Ale discutiu fortemente com jogadores da La U - um deles teria se negado a trocar camisetas. De tão contrariado, o colorado se negou a conceder entrevistar e até empurrou um repórter.
A torcida também chiou no segundo tempo. Ao ver Vitinho sair para a entrada de Alex. Os fãs não estavam contra o campeão do mundo em 2006. Queriam, sim, a saída de Jorge Henrique. Mas nem sempre a voz do povo é a voz de Deus. Desta vez, Aguirre falou mais alto. Isso porque, aos 16 minutos, Alex arranjou belo lançamento para o mal-quisto Jorge Henrique mostrar serenidade para deslocar o goleiro: 2 a 0. Antes prestes a ser negociado com o Avaí, o meia chorou em desabafo. Enquanto a torcida esquecia a chuva para sorrir.
Mas a La U, mesmo em má fase, conseguiu reagir. Diante de uma defesa lenta e com espaços, os chilenos diminuíram aos 21, com o centroavante Canales. O jogo se tornou perigoso. Menos mal que havia jogadores como Nilton, Alex, D'Alessandro, Aránguiz... todos muito seguros e de boas atuações. O último, inclusive, arrumou um cruzamento impecável para uma finalização ainda mais certeira de Sasha: 3 a 1, alívio e vitória.
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