quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Muricy diz que vitória traz confiança de volta e agradece apoio da torcida

Treinador elogia atuação da equipe e deixa claro que trabalha com intensidade sempre pensando em retribuir o carinho que recebe das arquibancadas


Por
São Paulo



Uma vitória para recuperar a confiança do time, que havia ficado abalada após a derrota para o Corinthians. Foi dessa maneira que o técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, analisou a goleada de 4 a 0 sobre o Danubio, na noite de quarta-feira, no estádio do Morumbi, pela segunda rodada do grupo 2 da Taça Libertadores da América. Com o resultado, o time assumiu provisoriamente a liderança, com três pontos e um jogo a mais que Corinthians e San Lorenzo, que se enfrentam na próxima semana.

– Não dá para esquecer o que aconteceu naquele dia, jogamos muito mal. Não ficamos arranjando desculpa. Num momento como esse, as pessoas se afastam e aí é preciso recuperar. Por isso que eles jogaram sábado e hoje já foram bem. O bom desse grupo é que ele tem caráter, só temos profissionais corretos. Só observar que não concentramos. Isso é prova que o elenco tem responsabilidade – afirmou o treinador são-paulino.


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Na longa entrevista coletiva que deu, Muricy falou sobre vários assuntos. Revelou que ficou abalado pelas críticas que recebeu após o tropeço em Itaquera, falou sobre a boa fase de Alexandre Pato e agradeceu ao apoio do torcedor que, em quatro momentos da partida, gritou o seu nome.

Muricy Ramalho São Paulo x Danubio (Foto: Marcos Ribolli)
Muricy Ramalho acredita que a goleada sobre 
o Danubio traz a confiança de volta ao time 
(Foto: Marcos Ribolli)


Confira os principais trechos da entrevista coletiva de Muricy Ramalho:

ATITUDE DA TORCIDA
– É sempre assim. A torcida que me trouxe de volta. É muito legal, por isso que sou um cara que trabalho muito duro, o que eu puder fazer lá no clube pela torcida eu faço. É muito legal ouvir isso, é reconhecimento do trabalho da gente. Fiquei triste mesmo. Porque o futebol é coletivo, não é individual, então você sabe que tem muita gente, é preciso estar todo mundo junto. Esse negócio de eu ganho, ele perde, não aceito. Mas já passou. O mais importante é continuarmos dominando o CT, porque algumas coisas começaram a passar para o elenco e me preocupou.


EMPURRÃOZINHO PARA O PATO?
– Ele é diferente, bom jogador. Falo muito com ele, cobro uma participação mais ativa no jogo. Não só de vez em quando. Hoje ele voltou a participar melhor e a fazer gols. Ele é o parceiro ideal dos nossos dois atacantes, tanto o Luis quanto o Kardec. Não sou só eu que empurro, os jogadores também falam bastante. O bom é que ele aceita e escuta. A gente fica contente.


EXCESSO DE FALTAS
– Eu sempre inicio minha palestra falando do árbitro, quem é o cara, se dá muito cartão. E qual a característica do adversário, individualmente, todos os jogadores, o que fazem dentro do campo. Falei aos nossos jogadores que eles jogariam de maneira dura e que não poderíamos revidar. Eu falo muito isso, o Luis Fabiano está aguentando porrada toda hora, suportando bem.


EPISÓDIO PAULO HENRIQUE GANSO X ÁRBITRO
– Eu conversei com ele no sábado, quando jogamos com o Audax, porque ele treinou de manhã. Ele pediu pra ficar fora, fui conversar com ele, pra saber se tinha problema. Ele disse que não, só queria se guardar um pouco pra esse jogo. Hoje ele fez o jogo que está acostumado, deu bons passes, tratou bem a bola. Às vezes ele tem coisa que não quer falar. Tem de deixar tranquilo, nunca vi o Ganso nervoso daquele jeito, mas fora isso está normal.


BOA ATUAÇÃO DOS LATERAIS
– Conversei muito com eles, falei que teriam de apoiar bastante, porque era pelas pontas que conseguiríamos entrar. Os laterais têm de agredir, no mundo todo joga assim.


VIBRAÇÃO NA HORA DO GOL
– Vibrei para a torcida. Eles entendem o trabalho que eu faço, é muito sério mesmo. Às vezes você erra, acontece, foi mais pra agradecer mesmo, infelizmente não posso abraçar todo mundo, é mostrar meu carinho por eles. A única coisa é meu dia a dia aqui.


APERTO DE MÃO DO PRESIDENTE
– Numa boa. Ele, como presidente, foi abraçar o técnico dele, porque tem que estar com o técnico. Tem umas malas que sei que não estão, mas ele precisa estar. Sou o cara de confiança dele. Não tenho problema de tirar, falar que não serve, mas se estou aqui, tem de estar c


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