Treinador elogia atuação da equipe e deixa claro que trabalha com intensidade sempre pensando em retribuir o carinho que recebe das arquibancadas
Uma
vitória para recuperar a confiança do time, que havia ficado abalada
após a derrota para o Corinthians. Foi dessa maneira que o técnico do
São Paulo, Muricy Ramalho,
analisou a goleada de 4 a 0 sobre o Danubio, na noite de quarta-feira,
no estádio do Morumbi, pela segunda rodada do grupo 2 da Taça
Libertadores da América. Com o resultado, o time assumiu provisoriamente
a liderança, com três pontos e um jogo a mais que Corinthians e San
Lorenzo, que se enfrentam na próxima semana.
– Não dá
para esquecer o que aconteceu naquele dia, jogamos muito mal. Não
ficamos arranjando desculpa. Num momento como esse, as pessoas se
afastam e aí é preciso recuperar. Por isso que eles jogaram sábado e
hoje já foram bem. O bom desse grupo é que ele tem caráter, só temos
profissionais corretos. Só observar que não concentramos. Isso é prova
que o elenco tem responsabilidade – afirmou o treinador são-paulino.
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Na longa entrevista coletiva que deu, Muricy falou sobre vários assuntos. Revelou que ficou abalado pelas críticas que recebeu após o tropeço em Itaquera, falou sobre a boa fase de Alexandre Pato e agradeceu ao apoio do torcedor que, em quatro momentos da partida, gritou o seu nome.
Muricy Ramalho acredita que a goleada sobre
o Danubio traz a confiança de volta ao time
(Foto: Marcos Ribolli)
Confira os principais trechos da entrevista coletiva de Muricy Ramalho:
ATITUDE DA TORCIDA
– É
sempre assim. A torcida que me trouxe de volta. É muito legal, por isso
que sou um cara que trabalho muito duro, o que eu puder fazer lá no
clube pela torcida eu faço. É muito legal ouvir isso, é reconhecimento
do trabalho da gente. Fiquei triste mesmo. Porque o futebol é coletivo,
não é individual, então você sabe que tem muita gente, é preciso estar
todo mundo junto. Esse negócio de eu ganho, ele perde, não aceito. Mas
já passou. O mais importante é continuarmos dominando o CT, porque
algumas coisas começaram a passar para o elenco e me preocupou.
EMPURRÃOZINHO PARA O PATO?
– Ele
é diferente, bom jogador. Falo muito com ele, cobro uma participação
mais ativa no jogo. Não só de vez em quando. Hoje ele voltou a
participar melhor e a fazer gols. Ele é o parceiro ideal dos nossos dois
atacantes, tanto o Luis quanto o Kardec. Não sou só eu que empurro, os
jogadores também falam bastante. O bom é que ele aceita e escuta. A
gente fica contente.
EXCESSO DE FALTAS
– Eu
sempre inicio minha palestra falando do árbitro, quem é o cara, se dá
muito cartão. E qual a característica do adversário, individualmente,
todos os jogadores, o que fazem dentro do campo. Falei aos nossos
jogadores que eles jogariam de maneira dura e que não poderíamos
revidar. Eu falo muito isso, o Luis Fabiano está aguentando porrada toda
hora, suportando bem.
EPISÓDIO PAULO HENRIQUE GANSO X ÁRBITRO
–
Eu conversei com ele no sábado, quando jogamos com o Audax, porque ele
treinou de manhã. Ele pediu pra ficar fora, fui conversar com ele, pra
saber se tinha problema. Ele disse que não, só queria se guardar um
pouco pra esse jogo. Hoje ele fez o jogo que está acostumado, deu bons
passes, tratou bem a bola. Às vezes ele tem coisa que não quer falar.
Tem de deixar tranquilo, nunca vi o Ganso nervoso daquele jeito, mas
fora isso está normal.
BOA ATUAÇÃO DOS LATERAIS
– Conversei
muito com eles, falei que teriam de apoiar bastante, porque era pelas
pontas que conseguiríamos entrar. Os laterais têm de agredir, no mundo
todo joga assim.
VIBRAÇÃO NA HORA DO GOL
– Vibrei
para a torcida. Eles entendem o trabalho que eu faço, é muito sério
mesmo. Às vezes você erra, acontece, foi mais pra agradecer mesmo,
infelizmente não posso abraçar todo mundo, é mostrar meu carinho por
eles. A única coisa é meu dia a dia aqui.
APERTO DE MÃO DO PRESIDENTE
– Numa
boa. Ele, como presidente, foi abraçar o técnico dele, porque tem que
estar com o técnico. Tem umas malas que sei que não estão, mas ele
precisa estar. Sou o cara de confiança dele. Não tenho problema de
tirar, falar que não serve, mas se estou aqui, tem de estar c
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