sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ary Graça ironiza "insatisfação" da FIVB com o domínio brasileiro

MUNDIAL FEMININO DE VOLEI 2010

Presidente CBV encara com naturalidade a reação dos promotores dos eventos e aproveita para reclamar da longa duração do Mundial feminino

Por Mariana Kneipp Direto de Tóquio

Ary Graça presidente da CBV no treino da seleção femininaAry Graça no treino da seleção feminina
(Foto: Mariana Kneipp / GLOBOESPORTE.COM)
Durante a semana, o presidente da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), Jizhong Wei, disse que o domínio brasileiro nas quadras causa prejuízo à entidade. Nesta quinta-feira, em Tóquio, o presidente da Confederação Brasileira de vôlei (CBV), Ary Graça, concordou em parte. Ele, que também faz parte da FIVB, encara com naturalidade o "desespero" dos promotores dos eventos esportivos.
- Não é bom para ele. Para mim, é ótimo. Mas, comercialmente falando, ele tem razão. É como na praia. Há mais de 15 anos dá Brasil contra Brasil nas finais. Os promotores e as televisões ficam desesperados. Aí, ficam criando regras do tipo country-cota para impedir que mais brasileiros venham jogar.
Ary lembrou que, apesar da insatisfação dos adversários após o tricampeonato no Mundial masculino, nada foi feito para atrapalhar o caminho verde e amarelo no feminino. Aproveitou para reclamar do regulamento. Para ele, o campeonato é muito desgastante.
- Apesar de tudo isso, não estão fazendo nada contra a gente. Fizeram aquele regulamento ridículo na Itália, absurdo. Mas o regulamento aqui, apesar de ser altamente desgastante, porque vai matar essas garotas, é mais correto – concluiu.

Seleção promove sessão de terror para "descontrair" antes da semifinal

Fabiana é trancada no 'quarto do medo'. Jaqueline passa longe do cinema

Por Mariana Kneipp Direto de Tóquio
Vôlei Paranormal 300x230Jaqueline fugiu da sessão de filme de terror
(Foto: editoria de arte/ GLOBOESPORTE.COM)
Era noite no Japão. No quarto de um hotel em Tóquio, seis meninas se encontraram para conversar e passar o tempo. Pouco tempo depois, gritos e barulho de pés batendo no chão. Vozes estranhas, que não conseguiam ser identificadas, também rompiam a barreira das paredes e chegavam aos corredores. O tempo passava, e a tensão aumentava. De repente... o filme acabou. Era apenas uma sessão de cinema de terror promovida por Natália, Fabiana, Thaisa, Joycinha, Camila Brait e Sassá. Uma forma de descontrair antes das semifinais do Mundial feminino de vôlei.

- A gente queria dar uma distraída. Tomamos uns sustinhos lá (risos). A gente gosta de sofrer um pouquinho, para dar aquela carregada nos ânimos, agitar. Melhor do que romance e drama, né? – contou Natália.

A opinião da caçula do grupo, porém, não foi compartilhada por Jaqueline. A ponteira ficou longe do quarto das meninas, onde passou o filme “Atividade Paranormal”.

- Eu não fui ver isso, não. Tenho medo. Não gosto de filmes assim – admitiu.

Fabiana não teve tanta sorte. Mesmo dizendo que sua preferência cinematográfica passava longe de filmes de terror, a capitã foi convocada para a sessão e presa no “quarto do medo”.

- Vou falar a verdade: eu fiquei mais com o olho fechado do que assisti. Não sei se realmente eu participei da reunião. Na hora da cena mais forte, eu não gosto. Fico com aquilo na cabeça, não consigo dormir. Mas eu pedi para ir embora e elas não deixaram. Tive que ficar até o final do filme. Agora, chega. Não quero mais ver terror. Só romance, desenho, comédia - brincou.

As reações da central foram motivo de piada para Camila Brait, mas ela também admitiu que ficou com medo do filme.

Finalistas do Musa do Brasileirão falam sobre seus jogos inesquecíveis

CAMPEONATO BRASILEIRO DE FUTEBOL 2010 - SÉRIE A

Ketlyn (Fluminense), Nina (Grêmio) e Géssica (Vitória) relembram partidas
e se emocionam ao falar dos clubes que representam na decisão de sábado

Por Guilherme Maniaudet Rio de Janeiro
Assim como qualquer torcedor, as finalistas do concurso Musa do Brasileirão têm aquele jogo inesquecível, marcante. Ketlyn (Fluminense), Nina (Grêmio) e Géssica (Vitória) conversaram com o GLOBOESPORTE.COM e falaram um pouco destas partidas. A tricolor carioca lembrou de um confronto que foi lindo fora das quatro linhas, mas decepcionante em campo: a final da Libertadores de 2008. Já a rubro-negra preferiu resgatar a recente campanha do Leão na Copa do Brasil, quando foi vice para o Santos. E a imortal foi lá no fundo do baú e falou sobre um Gre-Nal inesquecível para os gremistas, com direito a gol de bicicleta de Paulo Nunes.
Musas do Brasileirão em jogo na praiaNina, Ketlyn e Géssica representam Grêmio, Flu e Vitória na final (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM

Treino na véspera da semifinal tem "espiões" fora e Sheilla na quadra

MUNDIAL FEMININO DE VOLEI 2010

Zé Roberto pede à imprensa japonesa para não filmar o treinamento tático. Já técnico japonês veta a entrada de jornalistas brasileiros

Por Mariana Kneipp Direto de Tóquio

Jornalistas e cinegrafistas japoneses deixam quadra após Zé Roberto pedir para treino não ser filmadoJornalistas e cinegrafistas japoneses deixam a
quadra (Foto: Mariana Kneipp / Globoesporte.com)
Virou rotina no ginásio Yoyogi. Se tem Brasil treinando, tem imprensa japonesa na arquibancada. Mas, se no treino de quinta-feira José Roberto Guimarães não se importou com a presença dos “espiões” das donas da casa, adversárias na semifinal do Mundial deste sábado, desta vez a situação foi diferente. Depois de filmarem a seleção brasileira durante quase uma hora, os cinegrafistas foram impedidos de levantar as câmeras novamente. Por pedido do técnico, a parte final, tática, não pôde ser registrada em vídeo por nenhum jornalista japonês.

- Já estava na hora, né? Fizeram meio hora lá no ginásio de aquecimento. Vieram para a principal e filmaram também. Não fechei o treino, deixei fazerem as imagens. Mas tem um momento que a gente diz: “Agora, vamos treinar. Chega” - disse o técnico.

Ao contrário do Brasil, o Japão não permitiu a entrada da imprensa em nenhum momento de seu treino, apesar de o protocolo da organização dizer que os jornalistas podem registrar imagens por, no mínimo, 30 minutos. Zé Roberto comentou a decisão do técnico japonês, Masayosi Manabe.

- Soube que fecharam o deles. Até entendo. Acho que a gente tem que ter consciência de que está fazendo tudo o que tem que ser feito, mas não vai ser isso (fechar o treino) que vai mudar a situação. Quem treinou, treinou. Quem não treinou, não é agora que vai treinar – afirmou.

Sheilla participa de todo o treino

Na manhã deste sábado (horário local), dia do jogo contra o Japão, haverá mais um treino do Brasil, com presença de Sheilla. Preservada dos exercícios mais pesados nos últimos dias, devido a uma dor nas costas, a oposta se juntou ao grupo novamente e participou de toda a prática, durante 1h30m.

- Quis conhecer a quadra, aquecer. Já estou bem melhor também – contou Sheilla.

Para Zé Roberto, a seleção já está preparada para enfrentar o Japão em busca de uma vaga na decisão do Mundial. O técnico apenas alertou para a preocupação com o estilo de jogo das adversárias.

- O grupo está bem. Não mudei a minha avaliação do que estava acontecendo. A movimentação é para os últimos acertos de bola, de altura de ataque. Algumas coisas do Japão que a gente vai ter que executar bem, principalmente porque não é só um jogo de bloqueio, é muito de defesa, onde temos que ter um posicionamento bom para as atacantes japonesas. O bloqueio tem que fazer a sua parte, assim como o saque, mas é fundamental um bom posicionamento do sistema defensivo.