Decisões do torneio de vôlei prometem
entreter o público com apresentações de grupos artísticos, coreografias,
música, efeitos de luz e interatividade
Por Ana Carolina Fontes
Rio de Janeiro
Efeitos de luz, apresentações de grupos artísticos, coreografias,
música e muita interação com a torcida são algumas das surpresas que a
Confederação Brasileira de Vôlei está preparando para as finais da
Superliga. Inspirados no modelo da NBA, NFL e até de eventos menores,
como os torneios universitários americanos, os organizadores buscam
tranformar as decisões em um grande espetáculo. O jogo em si passa a ser
um dos elementos entre os vários outros voltados para o entretenimento.
As ações serão realizadas desde o horário de abertura dos portões até o
fim da cerimônia de premiação, que também promete inovar, com um palco e
uma estrutura bem mais apoteótica do que o tradicional pódio. Uma das
novidades foi o acerto com o DJ polonês e showman Gregory Kulaga, que animou o público na Liga dos Campeões da Europa de vôlei e nos Jogos Olímpicos de Londres.
Ginásio do Ibirapuera será o palco de um espetáculo na final feminina da Superliga (Foto: Adorofoto)
- As pessoas que acompanham o vôlei precisam se acostumar a ter opções
de entretenimento. Estamos planejando ações no pré e pós-jogo, nos
intervalos e até na cerimônia de premiação, estimulando ainda mais a
interação com o público. Nos inspiramos em eventos da Europa e dos
Estados Unidos, como NBA, NFL e até torneios universitários - contou
Renato D’Ávila, superintendente técnico da Confederação Brasileira de
Vôlei (CBV).
As pessoas que acompanham o vôlei precisam se acostumar a ter opções
de entretenimento. Estamos planejando ações no pré e pós-jogo, nos
intervalos e até na cerimônia de premiação, estimulando a interação com o
público. Nos inspiramos em eventos da Europa e dos Estados Unidos, como
a NBA, NFL e até em torneios universitários"
Renato D'Ávila, superintendente
técnico da Confederação Brasileira de Vôlei
Antes de implantar o novo modelo nas finais da Superliga, a CBV
realizou testes pontuais em torneios internacionais realizados no
Brasil, como a Liga Mundial e o Grand Prix. Apresentações dos acrobatas
da Intrépida Trupe, da comissão de frente da escola de samba carioca
Unidos da Tijuca e do grupo musical Monobloco foram alguns exemplos.
- Não posso adiantar ainda quais serão as atrações porque não quero
estragar a surpresa, mas teremos muitas ações tanto para quem for ao
ginásio como para aqueles que vão acompanhar pela televisão. Já vínhamos
experimentando ideias neste sentido em alguns eventos e vamos ampliar
esse conceito com a questão do entretenimento.
Outra novidade que promete agitar a plateia é a contratação de um
diretor de cerimônias, como já acontece em grandes eventos pelo mundo,
tais como a abertura e o encerramento das Olimpíadas.
Juciely, do Rio de Janeiro, posa ao lado da placa com slogan "Isso é vôlei" (Foto: Divulgação/CBV)
O público será estimulado a chegar mais cedo ao ginásio para vivenciar a
nova experiência. A mudança é vista pela CBV como fundamental para
tornar a Superliga e o vôlei produtos mais atrativos para jogadores,
clubes, torcedores, televisão e patrocinadores. Assim, a expectativa é
de que surjam novas e maiores possibilidades comerciais, com a potencial
entrada de investidores e equipes, além do maior apelo por mais espaço
na televisão. O conceito que está por trás dessa reviravolta foi
batizado de "Isso é vôlei". A iniciativa visa criar ligações com a
modalidade em diversas situações, como a brincadeira de crianças com
balões de festas infantis.
- Quando vemos uma criança brincando com um balão, estamos vendo uma
forma rudimentar de vôlei. A criança não sabe, mas isso também é vôlei. O
desafio de transformar uma final num espetáculo que por si só já é
superlativo é muito grande. Mas, se pensarmos que o espetáculo já está
todo lá, então, ele só precisa ser embalado com luzes novas, cores,
movimentos inusitados, uma presença instigante, emocionante e muita
música dançante. Com essa performance, podemos iniciar uma nova
possibilidade de entender e ver o esporte, aliando a ideia de espetáculo
por meio do teatro, da dança e do circo ao esporte - analisou Ulysses
Cruz, diretor geral de entretenimento das finais da Superliga.
A decisão feminina será disputada no domingo, às 10h, no Ginásio do
Ibirapuera, em São Paulo, entre Osasco e Rio de Janeiro. Enquanto a
masculina está marcada para o dia 13 de abril, no Maracanãzinho (RJ). O
Cruzeiro, atual campeão, espera o vencedor de Minas e Rio de Janeiro
para conhecer seu adversário da final. A TV Globo transmite os jogos ao
vivo e o GLOBOESPORTE.COM acompanha tudo em Tempo Real.
Curiosidades do Super Bowl e do Fim de Semana das Estrelas
Símbolos do espetáculo no esporte, o All-Star Weekend da NBA, e o Super
Bowl, decisão da NFL, viraram fenômenos de audiência em todo o mundo. O
fim de semana do All-Star Game conta com uma série de atrações, como o
Desafio de Habilidades, Torneio de Enterradas, Torneio de 3 pontos e o Jogo das Celebridades,
que reúne políticos, cantores, atores... Na última edição, o jamaicano
Usain Bolt, o rapper Ne-Yo e o astro de Hollywood, Josh Hutcherson, que
estrelou o filme "Jogos Vorazes", roubaram a cena entre os famosos. O
show termina com o jogo das estrelas, o "All-Star Game", amistoso no
qual participam os melhores jogadores do ano da Liga Americana,
divididos em equipes das Conferências Leste e Oeste.
Beyonce foi uma das atrações da última edição do Super Bowl; cantora fez show no intervalo (Foto: EFE)
No futebol americano, por sua vez, o duelo marca a decisão do
campeonato da NFL, sendo o evento de maior audiência dos Estados Unidos
e, a nível mundial, só perde para a final da Liga dos Campeões da UEFA.
Disputado desde 1967, a partir da junção das duas principais ligas do
país (NFC e AFC), o Superbowl tem uma forte influência da publicidade e
do marketing. O custo de comercial de 30 segundos já chegou a três
milhões de dólares, mais de seis milhões de reais. Antes do início da
partida, um artista famoso canta o hino nacional americano (Alicia Keys,
em 2013) e no intervalo há um grande show (Beyoncé, em 2013). Quem organiza a segurança do evento é o Serviço Secreto dos Estados Unidos.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/04/inspirada-na-nfl-e-na-nba-superliga-quer-transformar-finais-em-espetaculo.html