quarta-feira, 3 de abril de 2013

Há 50 anos, Santos e Botafogo, com 11 campeões mundiais, decidiam Taça Bras


De um lado, sete campeões mundiais. Do outro, quatro. Onze no total. Um time inteiro. Um encontro de supercraques. Que há 50 anos ocorreu no então país bicampeão do mundo. Apenas sete meses depois do título verde-amarelo no Chile, Santos e Botafogo chegaram à decisão da Taça Brasil de 62.

A expectativa no país já naquele início de 1963 era enorme pelo duelo entre os dois melhores times do país na época. O Santos, com Pelé, Mauro, Zito, Gilmar, Coutinho, Mengálvio e Pepe, todos da Seleção de 62, era campeão do Mundial de Clubes, da Libertadores, do Paulista e da própria Taça Brasil. O Botafogo era bicampeão carioca e do Torneio Rio-São Paulo. Contava com Garrincha, Nilton Santos, Amarildo e Zagallo, todos titulares do Brasil no Chile. O desfalque contra o Santos era um quinto titular da Seleção, Didi, que havia trocado o Rio por Lima (Peru), para jogar no Sporting Cristal.

O primeiro duelo entre os supertimes ocorreu em 19 de março de 63, no Pacaembu. E o jogo atendeu às expectativas dos torcedores, que viram sete gols. Em casa, o Peixe levou a melhor, vencendo por 4 a 3. Quarentinha abriu o placar para o Botafogo, mas Pepe, Coutinho e Dorval viraram para o Santos. Amoroso diminuiu para o Alvinegro carioca aos 21 do segundo tempo, sete minutos antes de Pepe fazer 4 a 2. No minuto final, Amarildo, o Possesso, descontou.


No dia 31, os dois gigantes se reencontraram no Maracanã. O Santos jogava pelo empate. Qualquer triunfo do Botafogo provocaria um jogo extra (não havia desempate pelo saldo de gols). Diante de 102 mil torcedores, o Bota mostrou sua força e abriu 3 a 0, com Edison, Quarentinha e Amarildo. Um gol contra de Rildo aos 42 do segundo tempo garantiu o tento de honra do Santos: 3 a 1.


Apenas dois dias, os esquadrões voltariam a campo para um terceiro jogo. Também no Maracanã. E naquele 2 de abril de 1963, o equilíbrio esperado entre os dois – e que havia acontecido até então – desapareceu. Mesmo fora de casa, o Santos fez 2 a 0 no primeiro tempo, com Dorval e Pepe. Com nove minutos da etapa final, Coutinho fez o terceiro. E Pelé, que não havia marcado nas duas partidas anteriores, deu o ar de sua realeza e marcou duas vezes em um espaço de cinco minutos (30′ e 35′), fechando o resultado histórico: Santos 5 a 0. Goleada que assegurou o bicampeonato da Taça Brasil para o Alvinegro praiano. Título que o Peixe voltaria a conquistar nos três anos seguintes (63/64/65).

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/platb/memoriaec/2013/04/03/ha-50-anos-11-campeoes-mundiais-decidiam-a-taca-brasil/

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