Técnico do Palmeiras evita condenar Dudu por pênalti perdido e afirma que irá à Vila Belmiro, no próximo domingo, para vencer o jogo, sem pensar em apenas empatar
O Palmeiras saiu na frente do Santos na decisão do Campeonato Paulista, ao vencer o rival por 1 a 0 na partida de ida, neste domingo, em sua arena. O torcedor, porém, deixou o estádio com a sensação de que a vantagem poderia ser maior: no segundo tempo, o zagueiro alvinegro Paulo Ricardo foi expulso ao cometer pênalti em Leandro Pereira, desperdiçado por Dudu.
O técnico Oswaldo de Oliveira admitiu que poderia ir à Vila Belmiro, no próximo domingo, com um placar que lhe desse maior tranquilidade. Mas evitou diminuir o feito de sua equipe, que teve um homem a mais em campo por 30 minutos.
– Essa questão de estar bom é muito relativa. Que ela
poderia ser melhor, com certeza poderia. Teve o lance da expulsão e nós
perdemos o pênalti. Era o lance crucial, no aspecto tático e psicológico. Mas
nós ganhamos o jogo, marcamos três pontos, e isso significa que precisamos ser
derrotados em Santos. É uma vantagem significativa – afirmou o treinador.
Expulso de campo, Oswaldo viu o segundo tempo
das arquibancadas da arena (Foto: Marcos Ribolli)
O comandante alviverde também disse que não levará em
consideração o resultado do clássico entre as equipes pela primeira fase do
Paulista, quando o Palmeiras caiu por 2 a 1 – resultado que, se repetido,
levará a definição do campeão para os pênaltis.
– Tenho certeza que vamos jogar muito melhor do que jogamos
da última vez lá, já que houve evolução técnica e tática da equipe.
Oswaldo inocentou o atacante Dudu pelo pênalti perdido aos 15 minutos da etapa final.
– Ele fez lá em Itaquera (contra o Corinthians, na
semifinal), quando a pressão era muito maior, e ontem treinou aqui batendo
muito bem. Todos que batem bem estavam em campo, mas quem tem maior confiança tem
que bater – declarou.
Antes de enfrentar o Santos novamente, o Palmeiras vai a São
Luís, no Maranhão, para iniciar a segunda fase da Copa do Brasil contra o
Sampaio Corrêa. A partida será na quarta-feira e Oswaldo afirmou que montará
seu time com reservas.
Veja os outros tópicos da entrevista de Oswaldo de Oliveira
após o jogo deste domingo:
Sobre sua expulsão
É do ponto de vista dele, o árbitro tem conhecimento da
regra e a aplica, quem sou eu para discutir com ele, estou colocando os meus
motivos. Entrei no campo para tirar os jogadores e aproveitei para falar que
ele não usou o mesmo conceito em dois lances. Aproveitei o momento de ter
entrado.
Joga pelo empate?
O Fernando Prass colocou a mão na bola duas vezes (no
estádio do Palmeiras). Vou para lá (Vila Belmiro) para ganhar o jogo, não para
segurar o resultado. Agora, isso dependerá do que cada equipe se preparar para
fazer. Hoje eu posso dizer que vamos para ganhar o jogo.
Vantagem pequena
Até tenho uma historinha: em 2013, na Copa do Brasil, o
Botafogo estava ganhando o jogo por 4 a 1, até que o Atlético-MG fez o segundo
gol no último minuto. Todo mundo comemorou, a imprensa local fez festa, mas
fomos a Belo Horizonte e empatamos em 2 a 2. Quando se trata de duas equipes
grandes, não há regra, temos muita confiança de que vamos jogar bem.
Vitória apertada
A vitória nunca é amarga, nós temos uma vantagem
importantíssima. No primeiro jogo (contra o Santos, pela primeira fase do
Paulista), tivemos 15 minutos muito bons, então vou procurar multiplicar isso
em seis vezes. Tenho certeza que vamos jogar muito melhor do que jogamos da
última vez lá, já que houve evolução técnica e tática da equipe.
As condições de Valdivia para a partida de volta
O Valdivia vai se preparar para iniciar o jogo lá em Santos.
Dudu sentiu a pressão ao bater o pênalti?
Ele fez lá em Itaquera (contra o Corinthians, na semifinal),
que a pressão era muito maior, e ontem treinou aqui batendo muito bem. Todos
que batem bem estavam em campo, mas quem tem maior confiança tem que bater.
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