domingo, 26 de fevereiro de 2017

Por que o governo Temer segue vivo após tantas denúncias?, por Leonardo Sakamoto




FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/por-que-o-governo-temer-segue-vivo-apos-tantas-denuncias-por-leonardo-sakamoto






por Leonardo Sakamoto
Todos os presidentes após a redemocratização poderiam ter sofrido impeachment. Haveria razões para tanto – ou elas nasceriam pelas mãos da inventividade política. Isso não aconteceu porque contaram com o apoio político do Congresso Nacional e o respeito do Supremo Tribunal Federal.

Um impeachment de Temer é, ainda hoje, algo impensável. Uma parte considerável dos deputados federais, senadores e da classe política deposita nele a esperança de que poderá frear, de alguma forma, a operação Lava Jato, impedindo-os de ir para o xilindró ou devolver milhões roubados. Menos impensável, mas ainda assim remota, é a chance de cassação da chapa Dilma-Temer durante a gestão Gilmar Mendes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Até aí, nada de novo.
Mas pouco se fala da segunda perna desse apoio, que vem de uma parte da elite econômica. Empresários brasileiros e estrangeiros têm condicionado seu apoio ao governo Michel Temer à aprovação de reformas que combatem a crise econômica jogando a fatura no colo dos mais pobres ao mesmo tempo que usam a própria crise como justificativa a fim de reduzir a parte do Estado que atende às necessidades da xepa humilde, protegendo os mais ricos via manutenção de altos subsídios e baixa carga tributária de sua renda e seu patrimônio.
Esse grupo, na prática, mostra não se incomodar tanto com a corrupção desde que a missão seja cumprida. Até porque, pelo que mostram as delações, a lama já chegou ao Pato Amarelo, o que deve impedi-lo de voar.
Quando a imprensa divulga que um depoimento de José Yunus, grande amigo de Michel Temer, reforça o envolvimento de seu ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, em uma suspeita de falcatrua e joga suspeição sobre o comportamento do próprio Temer, em uma trama que envolve doleiros, muito dinheiro e Eduardo Cunha, era de se esperar que os empresários se revoltassem tanto quanto se revoltaram com as falcatruas do governo do PT. Mas enquanto a encomenda estiver sendo entregue, ninguém ouve, ninguém fala, ninguém vê.
Ninguém nem pensa em pedir a cabeça do governo, que poderia ser entregue de bandeja pelo Congresso Nacional na tentativa de apaziguar a gritaria na esfera pública, ''num grande acordo'', da mesma forma que aconteceu com Dilma Rousseff.
Por isso a resposta do título desse texto não passa pelo que o Congresso Nacional, a cúpula do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, grandes empresários e os milhões que foram às ruas pedir o impeachment de Dilma Rousseff devem ou não fazer. Eles seguem tocando suas vidas e perseguindo seus objetivos. Perde tempo, na minha opinião, quem cobra deles uma ação no sentido de encabeçar uma ação que deveria estar sendo feita por outros descontentes.
De acordo com pesquisas de opinião aplicadas sobre os manifestantes, os perfis dos favoráveis e dos contrários ao impeachment foram mais parecidos entre si do que com o restante da sociedade, tornando-os mais próximos de uma elite social e econômica. O povão, em sua maioria, não foi à rua. Muito menos a maioria dos jovens que coalharam as cidades brasileiras em junho de 2013, ao contrário do que bradam organizações que dizem falar em nome deles.
Durante o processo de impeachment, pesquisas mostraram que as razões pela insatisfação com o governo Dilma eram diferentes entre os mais ricos (que eram maioria nas manifestações de rua, reclamavam da corrupção, defendiam uma redução do Estado menor e tinham natureza antipetista) e os mais pobres (que passaram a querer sua saída, mas porque a economia estava ruim e o Estado não estava sendo suficientemente grande para garantir um colchão melhor de proteção social). Ou seja, a maioria amorfa em nome do qual tudo é feito, mas que raramente se beneficia do Estado, continuou onde sempre esteve: trabalhando pelo bem-estar de uma minoria e assistindo a tudo bestializado pela TV.
A grande pergunta é se algo (o aprofundamente do desemprego ou uma reforma da Previdência Social mais dura com os pobres, por exemplo) ou alguém será capaz de mobilizar o povão para levá-lo às ruas.
Se esse pessoal resolver dizer basta às castas de políticos corruptos, de elites econômicas sanguessugas e de demagogos violentos e antidemocráticos, percebendo que, crise após crise, são eles que pagam o pato num país em que lucros ficam com o andar de cima e prejuízos com o andar de baixo, acho que, como já disse aqui, o país entra em nova fase. Se melhor (com a população sendo protagonista de sua vida) ou pior (com a chegada de um ''salvador'' que, não se engane, podará direitos ao invés de garanti-los), não saberia dizer.

O OMINOSO SERRAGLIO



FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/politica/o-ominoso-serraglio


Pequena digressão sobre a suruba

Suruba Federal.jpg
Conversa Afiada reproduz artigo de Epaminondas Demócrito d'Ávila:
"Transformaram o país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro."
(Cazuza, lembrado por Jessé Souza na 
epígrafe de A radiografia do golpe)
Ao nomear o ínclito Osmar Serraglio para o Ministério da Justiça, o sultão Michel Temer instalou um serralho no primeiro escalão do governo federal. Deu mais um passo na direção do aprimoramento das instituições. Das suas, bem entendido.
"Serraglio", em italiano, significa "serralho". O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, do qual citamos o que interessa aqui, define:
"1 palácio do imperador, dos príncipes ou dos dignatários do Estado otomano maometano"
"2 espaço desse palácio destinado às mulheres desses personagens; harém"
[...]
"5 fig. local, casa etc., destinado à prostituição; lupanar, prostíbulo"
Nomen est omen, diz um antigo ditado latino, que não cito em homenagem ao bacharéu (bacharel & tabaréu, jamais réu), autor do decantado livro de poemas Anônima intimidade (2013), reformador do tombado Palácio da Alvorada, mas em virtude da insuperável brevidade latina: "(Este) nome é um presságio".
O novo Ministro da Justiça de ominoso nome já disse em abril: "Eduardo Cunha exerceu um papel fundamental para aprovarmos o impeachment da presidente. Merece ser anistiado." Enunciada com singeleza acessível a uma criança, a afirmação não só revela o ideário político de Osmar Serraglio, mas também o alcance da sua compreensão do e do seu apreço pelo Direito. Peculiares ambos. Serraglio foi orientado por Michel Temer durante o mestrado em Direito na década de 1980. O fruto não caiu longe da árvore.
Esmael Morais lembrou ontem que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) tornou-se "o principal marqueteiro informal do governo Michel Temer" e "desenvolveu uma nova logomarca: 'Suruba federal'. Na nova marca do governo vem a seguinte inscrição: 'Quem manda nessa porra?' 'Porra' e 'suruba' são jargões do cotidiano de Jucá."
Na última edição de TV Afiada, "A quadrilha no governo e a dos cúmplices", Paulo Henrique Amorim expõe sistemática e didaticamente o acasalamento das duas mencionadas quadrilhas e do Congresso Nacional que as transcende, na suruba. Seu objetivo: "ferrar o povo brasileiro".
Eugênio de Aragão tem biografia e idéias.
Alexandre de Moraes ostenta plágios no currículo.
E quais são as credenciais de Osmar Serraglio, cujo sobrenome também é um presságio?
Leia, amigo navegante, o artigo de Leonardo Miazzo. Qualquer semelhança com um prontuário é mera coincidência.
Em 16 de julho de 1782 Mozart estreou em Viena "O rapto do serralho", um Singspiel, termo que designa um gênero de teatro musicado muito comum nos países de língua alemã nos sécs. XVIII e XIX.
Onde acomodar o novo Ministro da Justiça na reencenação da genial partitura de Mozart?
Só podemos imaginá-lo como Osmin, o rude guardião do serralho. No terceiro e último ato, depois de descobrir a trama do rapto e prender os fugitivos, a jovem Konstanze e seu amado Belmonte, Osmin canta a famosa ária "Ha! wie will ich triumphieren, wenn sie euch zum Richtplatz führen und die Hälse schnüren zu", na qual antegoza a execução de ambos. Em tradução livre: "Ah, como não hei de triunfar, quando sereis levados ao cadafalso e garroteados." E continua, sempre em tradução livre do pitoresco e sugestivo texto original: "Hei de saltar, rir, pular e entoar um cântico de júbilo, pois agora não mais pertubareis a minha paz." Mais ainda: "Esgueirai-vos em silêncio, malditos ratos do harém, mas nosso ouvido haverá de descobri-los, e antes de escapardes, caireis nas nossas armadilhas e recebereis a vossa recompensa!"
Não é difícil imaginar o júbilo de Osmar Serraglio, se o seu projeto de alteração da demarcação das terras indígenas for aprovado, se os índios, os aposentados, a população em geral, os "malditos ratos do harém", forem definitivamente ferrados. Mas as semelhanças terminam aqui mesmo. Serraglio poderá até ser o guardião do serralho, no qual tentam transformar o Brasil. Poderá orquestrar juridicamente a suruba. Mas nunca poderá assumir o papel de Osmin, que exige um basso buffo, um baixo bufo. Sua voz é demasiado débil, nada cavernosa; seu físico não assegura a necessária presença no palco. Serraglio será o guarda-livros do serralho, o amanuense solícito, e tal personagem não foi previsto no libreto de Gottlieb Stephanie Junior, que inspirou Mozart na composição de KV 384. Mozart talvez emudecesse diante de Serraglio.
O ícone da suruba, multicredenciado para as tarefas, digamos, mais operacionais, é Alexandre Frota. Se o novo ministro desdenhar dele como Chefe de Gabinete, sempre poderá empregá-lo na portaria.
A inteligência e graça de Mozart nunca farão coro com a vulgaridade dos trombadinhas de Brasília e seus seguidores Brasil afora.
Ultra aequinoctialem nil peccari - Não há pecado ao sul do equador, eis a máxima dos primeiros séculos da colonização, citada pelo cronista holandês Gaspar Barléu em 1647.
Séculos a fio, tudo foi permitido além do equador. Agora tudo volta a ser permitido.
A mais recente equação do novo velho Brasil, que me coube demonstrar, é mesmo:
SERRAGLIO = SUR

DAMOUS: A NOVA BOLINHA DE PAPEL DO SERRA!




FONT:
https://www.conversaafiada.com.br/politica/damous-a-nova-bolinha-de-papel-do-serra



Nao passa de um puxa-saco de Tio Sam

Serra Paga.jpg
Conversa Afiada reproduz destemido artigo do destemido Wadih Damous, do PT do Rio:

A bolinha de papel do Serra


Wadih Damous
Faz parte do consenso civilizatório o respeito ao sofrimento alheio. Ainda que a turba raivosa, que tomou conta das ruas, vomitou indignação e exigiu a deposição da Presidenta Dilma Rousseff, não tenha seguido essa regra e as redes sociais tenham virado parques de diversões de ensandecidos a desancarem sobre o luto de Lula, devemos nos compadecer da suposta indisposição de José Serra, que, pelo que contam as colunas entendidas da imprensa comercial, fartou-se de ser chanceler.
Nos últimos tempos, o semblante desolado de Serra evocou o clima de fim de campanha eleitoral com perspectiva de derrota. Não há como não associá-lo ao episódio da bolinha de papel jogada em sua testa na caminhada em Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, no segundo turno das eleições presidenciais de 2010. Depois de receber instruções pelo celular, simulou ter sido atingido por uma pedra e tentou inflar o episódio para posar de vítima de um atentado. Até um neurologista entrou em cena, para atestar a gravidade da lesão. E, ao final, peritos deram o veredicto: fora só uma bolinha de papel! A montanha parira um camundongo.
Pois é, lembram-se da advertência dos pais aos filhos, para deixarem de mentir ou de pedir socorro quando dele não carecem? Se faltarem uma vez com a verdade, perderão credibilidade e talvez não sejam socorridos em apuros.
É o caso de José Serra. Pode até estar doente, coitado. Não devemos brincar com isso. Afora desumana, nada se ganha com essa atitude. Mas, que fica uma pulga, melhor, uma cigarra atrás da orelha, ah, isso não tem como evitar.
José Serra é o típico ator desse "coiso" que costumam chamar de governo. Um governo só de fato, porque, além de seu chefete não ter sido eleito para ser presidente, age em desacordo com o programa da chapa vitoriosa da qual participou e, em sádica afronta aos eleitores, faz de tudo que lhes possa causar repugnância.
José Serra é um puxa-saco do Tio Sam e não consegue nem um pouquinho de atenção da equipe de Trump. Se esmerou tanto para receber sua atenção (depois de apostar suas fichas na candidata adversária, Hillary Clinton), que deu de graça um pedaço do território nacional, a base de lançamento espacial de Alcântara, onde os ianques terão uma alternativa para Guantánamo, caso queiram prender supostos terroristas fora do território americano. Em tempos de suruba nas instituições públicas, talvez imaginasse que Alcântara funcionasse como uma espécie de unguento KY, para facilitar as coisas...
Em nove meses à frente da Secretaria de Estado, sua política para a América Latina foi um desastre. Não sobrou pedra sobre pedra da liderança regional do Brasil. O condutor da diplomacia brasileira preferiu portar-se como um "rowdy", um menino brigão, hostilizando vizinhos por conta de suas opções políticas.
Desfazendo alianças estratégicas tão custosamente montadas nos treze anos de governos democráticos, fez do Brasil um anão na política global. Não teve planos para os BRICS e calou um projeto promissor de aliança sustentável e contra-hegemônica.
Nada soube fazer com o comércio exterior, nova área temática da sua pasta. À cata de mercados para escoar seu trigo, a Rússia oferece menos da metade do preço praticado pelos americanos, nosso maior fornecedor. Em contrapartida, dispõe-se a importar lotes enormes de carne brasileira. O MRE de Serra deixou as autoridades russas a ver navios. Nessa semana, elas fecharam negócio com o México.
Em regiões conflituadas como o Oriente Médio, o Brasil da "política externa ativa e altiva" (Celso Amorim) faz hoje o papel de espectador desinteressado, apesar de ostentar na sua composição demográfica a maior diáspora árabe do mundo. Vários países da região estão dispostos a aumentar seu volume de negócios com o Brasil. Necessitam urgentemente de acordos de bitributação, para facilitar o fluxo de capitais. Mas o MRE de Serra não deu um passo.
Serra preferiu falar grosso com os amigos tradicionais. Perdeu os ativos conquistados nos anos anteriores sem agregar nada de novo. É um triste balanço. Dessa vez, a farsa da bolinha de papel esconde a profunda incompetência e inoperância de José Serra, travestidas de inapetência. Nesse cenário, é bom que se vá. Seria bom que levasse o "coiso" junto! O Brasil só tem a ganhar ou, melhor, a perder menos do que já perdeu.

VAMOS VER D MARCELA DE BIQUÍNI?




FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/brasil/vamos-ver-d-marcela-de-biquini



Não! Só se fossem a Dilma e o Lula!


Dilma e Lula ---.jpg
O PiG é seletivo...
MT, da lista de alcunhas da Odebrecht e sua mulher, D Marcela, passam o Carnaval na base de Aratu, na Baia de Todos os Santos.
Melhor que fiquem lá.
Se fossem para o Campo Grande, ouviriam o "fora Temer" da Banda Baiana System.
No Curuzu, se ousassem acompanhar o Ilê, teriam que fugir, como o ACM Neto, que saiu corrido, sob vaias, depois de censurar e invadir as moradias da orla da cidade.
O casal Temer deverá permanecer em Aratu.
Como fazia Dilma, frequentemente.
Então, o PiG freneticamente, alucinadamente, cercava a Marinha para obter um flagrante da Presidenta de maiô.
Fosse ela ainda Presidenta - como deveria ser - estaria hoje na primeira página dos pigais jornais impressos e desde ontem na abertura do jornal nacional.
Fosse o Lula presidente - como será em 2019 -, e estaria ele de caixa de isopor na cabeça, a levar a cervejinha gelada para o pic-nic de Carnaval.
A foto supostamente desmoralizante, imagem proletária de um nordestino sem dedo que ousou governar a Casa Grande, disputaria também a atenção dos pigais espectadores com a Bruna Marquezine e a Sabrina Sato.
Mas, a D Marcela não corre nenhum risco.
O PiG não quer vê-la de biquíni.
Não que ela, supostamente, não esteja à altura de um reduzido figurino, mas porque o PiG é porco.
Como o Governo que mantém, preso, com pasta de cevada, num cercado.
Na Base de Aratu.
PHA

A fábula do ladrão e da mula​



FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/politica/a-fabula-do-ladrao-e-da-mula200b



Não vem ao caso!


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Marcelo Odebrecht foi ao Palácio Jaburu.
Quem morava no Palácio Jaburu era o MT, da lista de alcunhas da Odebrecht.​
O Primo, que o ACM chamava de Eliseu Quadrilha, participou da reunião.
MT pediu uma grana ao Marcelo Odebrecht.
O Primo ligou para o melhor amigo do MT e pediu para receber em seu escritório, em São Paulo, um emissário com um envelope.
O melhor amigo do MT disse que receberia.
Um notório doleiro entrega ao melhor amigo do MT um envelope cheio de dinheiro, vivo, EM ESPÉCIE.
O Eduardo Cunha, que era sócio do MT, conta ao Imparcial de Curitiba que o MT levou uma grana da Odebrecht.
O Imparcial de Curitiba considera a afirmação "impertinente".
Um diretor da Odebrecht delata tudo.
O melhor amigo do MT confessa que foi a mula do crime.
E o MT não é ladrão.
Esopo
Em tempo: como se sabe, o MT justificou a propina da Odebrecht como "um pedido de auxílio"... Como se a Odebrecht, como diz aquele sábio amigo navegante, o Gerdel Vieira L., como se a Odebrecht fosse a irmã Dulce...

Moro ocultou o crime da mula?





FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/politica/moro-ocultou-o-crime-da-mula



Por que as perguntas de Cunha são "impertinentes"?

Sergio Moro.jpg
Do FaceBook de Jeferson Miola:

Além de Padilha e Temer, denúncia de Yunes compromete Moro


Jeferson Miola
O depoimento que José Yunes prestou ao MP assumindo-se como simples “mula” para transportar os R$ 4 milhões da propina da Odebrecht destinada a Eliseu Padilha é demolidor para o governo golpista.
A denúncia do amigo de mais de meio século do Michel Temer põe luz sobre acontecimentos relevantes da história do golpe, e pode indicar que os componentes do plano golpista foram estruturados em pleno curso da eleição presidencial de 2014:
1. a Odebrecht atendeu o pedido do Temer, dos R$ 10 milhões [os R$ 4 milhões ao Padilha são parte deste montante] operados através de Lucio Funaro, ainda durante o período eleitoral de 2014;
2. mesmo sendo o candidato a vice-presidente da Dilma, na campanha Temer trabalhava pelo esquema do Eduardo Cunha [que na eleição apoiou Aécio Neves, e não a chapa do seu partido, o PMDB], que tinha como meta eleger uma grande bancada de deputados oposicionistas ao governo Dilma;
2. a organização criminosa financiou com o esquema de corrupção a campanha de 140 deputados para garantir a eleição de Eduardo Cunha à Presidência da Câmara;
3. Lúcio Funaro, tido até então exclusivamente como o “operador do Eduardo Cunha”, na realidade também atuava a mando de Eliseu Padilha e, tudo indica, de Michel Temer. José Yunes diz que Temer sabia tudo sobre o serviço de “mula” que Padilha lhe encomendara;
4. em janeiro/fevereiro de 2015, na disputa para a presidência da Câmara, embora em público Temer dissimulasse uma posição de “neutralidade”, nos subterrâneos trabalhou pela eleição do Cunha;
5. mesmo sendo vice-presidente da Presidente Dilma, o conspirador conhecia o plano golpista desde sempre, e participou desde o início da conspiração para derrubá-la.
O primeiro passo, como se comprovou, seria dado com a vitória do Eduardo Cunha à presidência da Câmara para desestabilizar o ambiente político, implodir os projetos de interesse do governo no Congresso e incendiar o país.
A denúncia de Yunes reabre o questionamento sobre a decisão no mínimo estranha, para não dizer obscura e suspeita, do juiz Sergio Moro.
Em despacho de 28/11/2016, Moro anulou por considerar “impertinentes” as perguntas sobre José Yunes que o presidiário Cunha endereçou a Temer, arrolado como sua testemunha de defesa.
Moro tem agora a obrigação de prestar esclarecimentos mais convincentes e objetivos que o argumento subjetivo de “impertinência”, alegado no despacho.
Caso contrário, ficará a suspeita de ter prevaricado para proteger Temer e encobrir o esquema criminoso que derrubaria o governo golpista.
Afinal, sabendo do envolvimento direto de Michel Temer no esquema criminoso, Moro teria agido para ocultar o fato?
A cada dia fica mais claro que o Brasil está dominado pela cleptocracia que assaltou o poder de Estado com o golpe.
O melhor que Temer faria ao país seria demitir toda a corja corrupta – a começar pelo Eliseu Padilha – e renunciar, porque perdeu totalmente a confiança política e a credibilidade.
A permanência ilegítima de Temer na cadeira presidencial é um obstáculo instransponível à recuperação do Brasil, que assim seguirá o caminho acelerado do abismo.

Viva a Suru-bá-bá-bá!



FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/brasil/viva-a-suru-ba-ba-ba



No cabaré da Bené havia mais pudor do que na (...) do Jucá


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Na foto, o local da sabatina
Conversa Afiada reproduz texto irretocável do Mestre Joan Edesson, de Sobral, Ceará, sobre "a quadrilha que tomou conta do poder e a quadrilha que a sustenta" - os (...) são uma forma de censura do editor do C Af...:
Joan Edesson de Oliveira
Morreu na última terça-feira, 21, a dona Bené, ou Tia Bené, como era chamada por muitos. Foi, provavelmente, depois da Dozinha e da Chica Fulepão, a mais famosa e mais importante das “madames” de Sobral. O cabaré da Bené é um sobrevivente, dos últimos de uma instituição que entrou em crise com a “modernidade” do final do século passado a estas duas primeiras décadas do vinte e um. Mulher forte, dona Bené granjeou o respeito de muitos, clientes ou não, que lamentaram sinceramente a sua morte.
No mesmo dia em que dona Bené partiu a Comissão de Constituição e Justiça do Senado fazia a segunda rodada da sabatina ao candidato a ministro do STF, brilhante cabeça de muitos predicados (ou seria brilhosa?). Digo segunda, porque a primeira rodada da sabatina ocorreu duas semanas antes, a bordo de um (...) flutuante, com um grupo mais reduzido de senadores, todos de ilibada reputação, a maioria com pequenas pendengas judiciais, nada de muito grave.
Claro que, num país em que uma proeminente autoridade afirma, candidamente, que “as instituições estão funcionando”, o rega-bofe na chalana, The Love Boat em língua mais culta e civilizada, não constituiu nenhum escândalo. Afinal, era apenas um pequeno grupo de investigados confraternizando alegre e inocentemente com o seu futuro juiz, nada que mereça uma manifestação de homens e mulheres de bens, com camisas amarelas da CBF e expressando sua cívica indignação.
Jucá, aquele dos diálogos edificantes com Machado, defensor da solução Temer, pregador da conciliação nacional, com Supremo e tudo, democrata convicto que é, havia bradado na segunda, 20, que suruba é pra todo mundo, não pode ser suruba selecionada. Prócer da Nação, Jucá quer que todos tenham direito à suruba: é preciso acabar com a seletividade.
Além de democrata, Jucá é também uma espécie de vidente. Das suas previsões naquela famosa e educativa conversa com Machado quase todas se realizaram. Parece que ainda não se concretizou aquela em que ele previa que Aécio seria o primeiro a ser comido.
Por falar em Aécio, outro exemplo de honradez, foi ele um dos mais aguerridos defensores de Alexandre Moraes na suruba no Senado. Desculpem, na sabatina. Sabatina imortalizada, aliás, pelo fotógrafo Dida Sampaio, que captou a emblemática piscadela de Moraes para Lobão, outro dos probos senadores envolvido em minúsculas questões judiciais.
O certo é que, nas últimas semanas, Jucá acertou mais uma vez. Convescote num (...) flutuante, sabatina de faz de conta, plágios, pós-doutorados inexistentes, falsas honrarias da ONU, cartões corporativos presidenciais com gastos secretos e astronômicos, careca que entra e careca que sai, tudo isso remete a uma grande suruba, como quer Jucá.
Recatada, do lar, como convém a esse governo ilegítimo, mas de qualquer forma uma suruba.
Dona Cármen, que como vidente não acerta tanto quanto Jucá, deve estar surpresa com o funcionamento das instituições. Afinal, contrariando suas previsões, o escárnio e o cinismo estão vencendo: o crime já venceu a justiça, a imunidade confundiu-se com a impunidade, e a Constituição foi rasgada à luz do dia.
A Justiça, frente a isso, cada vez mais é uma estátua com os olhos vendados.
Voltando a dona Bené, a última madame de cabaré de Sobral, não há dúvidas que no seu estabelecimento havia muito mais honra, decoro, respeito e pudor do que na infame suruba do Jucá.
Joan Edesson de Oliveira é educador, Mestre em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará.

Carnaval da Globo não tem "Fora Temer"





FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/pig/carnaval-da-globo-nao-tem-fora-temer


Globo vai mostrar D Marcela de biquíni? - PHA

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Conversa Afiada reproduz artigo do Blog do Altamiro Borges:
O Jornal Nacional deste sábado (25) fez uma ampla cobertura sobre o carnaval de rua em todo o país e conseguiu esconder os inúmeros protestos contra o covil golpista. Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Salvador foram destaques em três blocos do telejornal de maior audiência da tevê brasileira. Mas a TV Globo simplesmente omitiu o "Fora Temer" gritado por centenas de milhares de foliões. Na Praça Campo Grande, por exemplo, a banda System puxou um gigantesco coro contra o usurpador diante do camarote do prefeito de Salvador, o demo ACM Neto. Não saiu nada no JN. Já no tradicional Pelourinho, o cantor Caetano Veloso apareceu de surpresa, cantou a música "Alegria, alegria" e foi acompanhado de um alegre refrão contra o Judas. Também nada no JN.
A mesma cena se repetiu nas outras capitais. A TV Globo simplesmente censurou os protestos. A irreverência dos carnavalescos só não se perdeu graças à internet, que viralizou dezenas de vídeos das manifestações, e à cobertura da mídia alternativa. O jornal Brasil de Fato tem postado várias matérias sobre as manifestações de rebeldia. Segundo relata o jornalista Wallace Oliveira, o "Fora Temer" está incendiando o carnaval em Belo Horizonte. "Me beija que eu não sou golpista”. Com esse lema, o protesto contra o governo não eleito de Michel Temer (PMDB) tomou as ruas da capital mineira, unindo a alegria do carnaval à consciência política".
"A história começou há alguns meses. Em abril de 2016, no auge do processo de impeachment contra a presidenta eleita Dilma Rousseff, um grupo de fiscais da receita estadual se uniu para lutar contra o golpe e a fragilização da democracia. De lá para cá, ele produziu milhares de materiais de agitação, como cartazes, faixas, camisas e adesivos, espalhando o 'Fora, Temer' por todo canto da cidade. Para o carnaval, o grupo produziu mais de 260 mil adesivos e está entregando kits 'Fora, Temer' para 30 blocos. Cada kit contém 1.000 adesivos com a logo do bloco e mais mil adesivos genéricos, além de outros materiais. O grupo financia seu trabalho vendendo camisetas, abadás e panos de chão".
Irreverência e protestos nas capitais
Já a jornalista Fania Rodrigues dá detalhes sobre vários blocos de rua do Rio de Janeiro. "A política também caiu no samba e os blocos de esquerda estão na boca do povo... Sem dúvida o mais esperado pelos foliões é o Bloco Fora Temer. No evento do Facebook mais de 20 mil pessoas demonstraram interesse e confirmaram presença na atividade na Cinelândia. O Bloco Fora Temer marca a abertura do Carnaval carioca, nessa sexta-feira (24), em grande estilo. Na verdade, esse é um evento de união de vários blocos já consagrados, entre eles estão os Boêmios da Lapa, Bloco dos Bancários, Meu Bem, Volto Já, entre outros. Nas redes sociais, os organizadores assim definem o perfil desse bloco dos blocos. 'Somos bem alegres e irreverentes, contra o golpe de 2016 e o atual governo entreguista que quer retirar direitos do povo brasileiro com retrocessos trabalhistas e previdenciários'".
Também no jornal Brasil de Fato, a repórter Elen Carvalho descreve a folia em Pernambuco - com a "embriaguez dos diversos frevos, o batuque dos maracatus, as marchinhas e cores dos blocos líricos, a imensidão dos bonecos gigantes, o calor de sol e de gente no Galo da Madrugada". Entre os maiores blocos, ela cita o "Eu acho é pouco", fundado em 1976, "que no espírito da defesa da democracia tem estampado na camisa deste ano o 'Fora Temer'". Segundo o professor e designer gráfico Rafael Efrem, "o bloco Eu Acho é Pouco sempre se declarou de esquerda. Ele tem essa característica de unir as pessoas de esquerda de Pernambuco desde seu surgimento. Então, acho extremamente necessário, mesmo um bloco de carnaval, que a priori estaria aí para a folia tão plena e loucamente, demonstrar publicamente essa tomada de posição. O Fora Temer precisa estar presente também no Carnaval".
Há ainda o relato da repórter Nadine Nascimento sobre os mais de 70 blocos que decidiram protestar na capital paulista. "Se os blocos de carnaval de rua de São Paulo assumiram um papel importante nos últimos anos, ocupando o espaço público e revertendo a visão que se tinha sobre a festa na cidade, neste ano eles marcam posição também no âmbito político. Blocos populares e tradicionais como Vai Quem Qué, Bloco da Abolição, Jegue Elétrico e Ilú Obá de Min, articulados através do Arrastão dos Blocos, protestam juntos contra possíveis mudanças no carnaval de rua da cidade. O Arrastão reúne mais de 70 blocos de carnaval da capital paulista. A articulação se iniciou pela primeira vez em abril de 2016 para defender a democracia e protestar contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Em 2017, voltam às ruas utilizando a música para defender a própria festa".
Doria foi varrido do sambódromo
Como se observa, o protesto político - em especial, o "Fora Temer" - já é uma marca do carnaval de rua de 2017. A TV Globo, porém, preferiu esconder este fato dos seus alienados telespectadores. Até na reportagem do JN deste sábado sobre a abertura do desfile das escolas de samba de São Paulo, a emissora escondeu o protesto contra o prefeito "cinzento" João Doria. Os âncoras do telejornal até parece que não leram uma notinha publicada no próprio jornal O Globo, da mesma famiglia Marinho:
*****
"Passava pouco das 23 horas quando o prefeito de São Paulo, João Doria, chegou ao Anhembi para acompanhar os desfiles da primeira noite das escolas de samba do Grupo Especial. A princípio, disse que sambar seria um “risco muito alto” a tomar. Mas, assediado continuamente, o prefeito se soltou, arriscou soquinhos no ar ao lado de uma ala da agremiação Tom Maior e, depois da passagem da escola, pegou uma vassoura e deu varridas na passarela do samba. Ensaiou passos de samba, levantou a vassoura pro ar ao lado de garis até que o coro da arquibancada tomou forma:
- Ei, Doria, vai tomar no c…
O tucano foi rapidamente retirado de cena pelos assessores e seguranças.
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Nem este singelo protesto foi citado pelo âncora Heraldo Pereira. Haja manipulação!


Janio: o jato do Moro é lerdo



FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/brasil/janio-o-jato-do-moro-e-lerdo


Moro não conseguiu escapar do Jorge Luz...

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Conversa Afiada reproduz artigo da Fel-lha de Janio de Freitas, cujo potencial de destruição corre na velocidade da luz!
Jato lerdo é mais uma originalidade da produção nacional. Como o nome sugere, criada nos laboratórios da Lava Jato, que também deu (com a colaboração de peessedebistas) muitas provas da eficácia do invento. Sujeita, no entanto, a frequentes contestações. Todas, é verdade, relegadas ao descaso, que é a vala comum reservada aos argumentos e evidências inconvenientes ao poder. Por acaso ou por contingências incontornáveis, porém, a criação de repente se autodenuncia.
Detidos nos Estados Unidos, os brasileiros Jorge Luz e seu filho, Bruno Luz, entram na Lava Jato com rapidez, em relação ao pedido do juiz Sérgio Moro de que fossem localizados pela Interpol. Já a Lava Jato levou quase três anos até dar aos dois a atenção que trabalharam muito para merecer. Não é que fossem desconhecidos ou mal conhecidos dos coletores de delações. Bem ao contrário. Já o delator dos delatores, Paulo Roberto Costa, apontou-lhes o dedo ainda no início de sua nova e logo bem sucedida carreira.
Além disso, Jorge Luz tem dezenas de anos de serviço e de respeito no seu meio profissional, pela extensão da sua área de operações e pelo domínio das técnicas de sua especialidade –lobby e intermediação de negócios ilícitos. Em particular, nas fraudes em concorrências públicas. Jorge Luz –um nome fácil de guardar para sempre– está na ativa desde os tempos da ditadura.
Experiência e memória extensos demais para um plano de ação com jatos concentrados em área delimitada. Quem vem de longe passa pelos anos 80 e 90, não só pelos de 2000. Lembrança puxa lembrança, uma citação desavisada, um nome referido só como ilustração –e pronto, está extrapolada a delimitação. Um risco.
Jorge Luz e sua atividade baixaram ao limbo. Mesmo que, depois de Paulo Roberto, outros o mencionassem lá por 2014. Mas só em janeiro deste ano lhe chegaram sinais de perigo, levando-o ao encontro do filho já morador de Miami.
Jorge Luz não pôde escapar da Lava Jato. Mas a Lava Jato não pôde escapar de Jorge Luz.
​(...)​

A mula tem dono



FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/politica/a-mula-tem-dono



E o Primo tem chefe!


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Conversa Afiada reproduz trechos selecionadíssimos do artigo de Bernardo Mello Franco na pág. 2 da Fel-lha(que não se perca pela companhia...):
"Sempre soube que Eliseu Padilha representava a figura política de Michel Temer". Assim começa o item 2.5 do depoimento de Cláudio Melo Filho à Lava Jato. Nele o lobista descreve a relação de "extrema proximidade" entre o chefe da Casa Civil e o presidente da República.
Diante dos procuradores, Melo Filho contou o que sabia sobre o ministro, apelidado de "Primo" nas planilhas da Odebrecht. "Pelo que pude perceber ao longo dos anos, a pessoa mais destacada desse grupo para falar com agentes privados e centralizar as arrecadações financeiras é Eliseu Padilha", disse.
"Atua como verdadeiro preposto de Michel Temer e deixa claro que muitas vezes fala em seu nome. [...] Concentra as arrecadações financeiras desse núcleo político do PMDB para posteriores repasses internos", explicou.
Na noite de 28 de maio de 2014, Padilha abriu a porta do Palácio do Jaburu para Melo Filho e Marcelo Odebrecht. "Como Michel Temer ainda não tinha chegado, ficamos conversando amenidades", contou o lobista. Quando o chefe entrou na sala, o encontro se tornou mais objetivo: "Temer solicitou, direta e pessoalmente para Marcelo, apoio financeiro para as campanhas do PMDB".
O martelo foi batido em R$ 10 milhões. Segundo o delator, Padilha determinou que parte da bolada fosse entregue em dinheiro vivo no escritório do advogado José Yunes.
O relato produziu a primeira baixa em dezembro, quando Yunes deixou o cargo de assessor especial do Planalto. Às vésperas do Carnaval, ele admitiu ter recebido um "pacote" do doleiro Lúcio Funaro e culpou o braço direito do presidente. "Fui mula do Padilha", desabafou. O chefe da Casa Civil se licenciou na sexta-feira, alegando motivos de saúde.
(...)
Em tempo: sobre a materia, ler a fábula do ladrão e da mula e assistir à imperdível TV Afiada sobre as duas quadrilhas. Não esquecer do trepidante: "Vamos ver D Marcela de biquini ?" - PHA

Jobim esculhamba Mor




FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/brasil/jobim-esculhamba-moro




É o juiz da "ação-espetáculo"!

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Conversa Afiada reproduz trechos de entrevista de Nelson Jobim ao Estadão, em comatoso estado:
A Lava Jato tem ferido os direitos das defesas, por exemplo?
Há exageros. Inclusive nas prisões que são feitas em Curitiba (sede da operação sob responsabilidade do juiz federal Sérgio Moro), em que as coisas vão se prolongando e resultam em delações. Outro exemplo, condução coercitiva. Ela só é admissível quando alguém se nega a ir em uma audiência em que foi previamente intimado. Mas não se admite que alguém que não foi convocado para depor seja levado coercitivamente para depor.
A do Lula foi arbitrária?
Sim, não tenha dúvida. Isso é muito bom quando você está de acordo com o fim, mas quando o fim for outro... O dia muda de figura quando acontece contigo. O que nós temos de deixar claro é essa coisa da exposição dos acusados. Vão pegar um sujeito em um apartamento e aparece gente com metralhadora, helicóptero. Tudo isso faz parte daquilo que hoje nós chamaríamos de ação-espetáculo, ou seja, a espetacularização de todas as condutas. O Judiciário não é ambiente para você fazer biografia individual. Biografia se faz em política. 
O sr. acredita em "desmonte" da Lava Jato?
Não, isso faz parte do discurso político. Evidente que quem está sendo perseguido vai querer fazer isso (desmontar), agora se afirmar que está acontecendo, é só discurso. Evidente que você tem de afastar a prática de violências de qualquer natureza. Nós não podemos pensar de que se algo foi malfeito, autoriza que seja mal feito também a forma de persegui-los.
Por exemplo?
A divulgação da gravação da presidente Dilma com Lula depois que havia encerrado o tempo de gravação, autorizado pelo próprio juiz que havia determinado a gravação. Você acha isso legítimo? Qual é a consequência disso? Esse episódio é seríssimo. Houve algum processo para verificar se houve algum abuso? Há um inquérito sobre isso? Que eu sabia, houve várias tentativas por parte dos interessados e que não aconteceu nada. Lembro bem que chegaram até a dizer: ‘Casos excepcionais requerem medidas excepcionais’. 

Após atuação ruim, Abel vê Fla favorito na final: ''Madureira foi superior ao Flu''




FLUMINENSE



Técnico tricolor tranquiliza a torcida sobre lesão de Gustavo Scarpa e ressalta sorte 

do Tricolor na semifinal: ''Quando joga mal e não perde, é porque tem algo no grupo''




Por
Xerém, RJ


A atuação do Fluminense neste sábado não agradou Abel Braga. Mas o empate por 0 a 0 diante do Madureira (confira os melhores momentos no vídeo abaixo), em Los Larios, garantiu a vaga na final da Taça Guanabara contra o Flamengo. Depois da partida, o técnico tricolor disse que torceu para o primeiro tempo acabar e viu o rival superior durante todos os 90 minutos. Abelão ressaltou ainda a sorte de sua equipe diante de tantas chances claras perdidas pelo rival. Era um misto de preocupação e felicidade pela primeira decisão do ano.

- Queria que nem tivesse jogo. Torci para acabar o primeiro tempo. Taticamente, estávamos arrumados. Quase nunca coloco o Plano B. Mas hoje mudei, por causa do Luciano Naninho. A gente foi muito mal no jogo. O Madureira sempre foi superior. O nosso nível técnico foi muito abaixo. Tem 33 dias que começamos um trabalho. Estamos na final. Estou feliz. A gente fez a melhor campanha e manteve a invencibilidade defensiva. Por isso, classificamos. Aquilo que eu cheguei, falando ao torcedor, aconteceu: não faltou alma. Tem de ser dessa maneira. Não vai ser sempre que vamos jogar bem. Quando acontece isso e não perde, é porque tem algo no grupo.

A decisão será no próximo domingo, às 16h (de Brasília), em local ainda a ser definido. Para Abel, o Flamengo é favorito antes de a bola rolar.

- Domingo é ferro. Dos dois lados. Se for Vasco, é igual. Se for Flamengo, antes do jogo, eles são favoritos - disse o treinador antes de saber qual seria o adversário na final.


Confira a integra da coletiva de Abel:

Gustavo Scarpa
O dele foi pancada. Para a final, não tem preocupação. Eu perdi o jogador no jogo. Não foi por ele que jogamos mal não. Wellington sentiu na quinta, ontem disse que não era nada. Ele sente púbis, é complicado. Por isso, esteve abaixo. Por isso, a entrada do Richarlison.

Arbitragem
Sempre disse que não comento, mas hoje posso falar pois passamos de fase. Os jogadores estavam brabos, mas eu disse que a gente não estava jogando nada e não poderia reclamar. O árbitro é muito fraco. Quero ver se ele vai colocar na súmula a agressão ao Sornoza. Os critérios usados foram todos errados. Pode ser que estivesse em dia ruim.

Madureira
Não mudou nada. Tentou marcar alto, adiantou um pouco o Júlio César. É um time que joga forte. A bola alta deles é muito boa. Eu sabia que ia ser assim.

Copa do Brasil
Não vou poupar ninguém contra o Sinop-MT.

Pior partida
A nossa pior partida foi a melhor do Madureira. Estava na hora de jogar mal. A gente tem de estar preparado para este momento. Vai acontecer de perder. Tomara que não ocorra tão cedo. Temos de ter a mesma dignidade da vitória.

Imbróglio do local de jogo
Hoje o jogo está marcado para o Engenhão. Mas tem de cassar a liminar. Ninguém quer torcida única. Ninguém quer ir para fora do Rio. Agora, caso não seja lá, acho que tem de ir para fora do estado.

Facilidade x dificuldade
Sempre vai ser difícil. O Fluminense estava impecável. A gente tinha 100% e com defesa sem vazar. Agora, os caras querem nos ganhar e fazer gol na gente.

Flamengo
Tem clássico mais legal do que o Fla-Flu? Pena não ser no Maracanã. Virou depósito de lixo. Tem de bater o pé como o Eurico vez: não jogar com torcida única. Um clássico deles com torcida única não dá. Vai ser um jogo bom. O time deles é melhor. Joga um ano junto, mesmo treinador. Agora, meu time não será o que foi hoje. Vamos dentro. Hoje não jogamos pelo regulamento. Agora, jogamos com o regulamento.


(OBS. DO BLOG:
VEJA O VÍDEO CLICANDO NO LINK DA FONTE ABAIXO)


FONTE:

Flu sofre em Xerém, segura o empate contra o Madureira e chega à decisão




CAMPEONATO    CARIOCA 2017

TAÇA GUANABARA (SEMIFINAL)




Tricolor joga mal, perde Scarpa lesionado, tem Douglas expulso e vê o rival perder várias chances claras em Los Larios. Em campo, Madureira é superior e sai frustrado



Por
Xerém, RJ

Foi a pior atuação do Fluminense na temporada 2017. Foi sofrido. Mas ainda assim o Tricolor conseguiu segurar o empate por 0 a 0 contra o Madureira, em Los Larios, e garantiu sua vaga na final da Taça Guanabara. A equipe do técnico Abel Braga perdeu Gustavo Scarpa lesionado no fim do primeiro tempo, teve Douglas expulso na etapa afinal e viu o adversário perder pelo menos cinco chances claras. A final será no próximo domingo, às 16h (de Brasília), contra o Flamengo, em local a ser definido.

gustavo scarpa fluminense madureira (Foto: Nelson Perez / Fluminense)
Scarpa torceu o tornozelo direito após entrada 
dura de Douglas Lima, à esquerda na foto 
(Foto: Nelson Perez / Fluminense)


Antes disso, o Tricolor volta a campo na próxima quarta-feira para enfrentar o Sinop-MT, fora de casa, pela segunda rodada da Copa do Brasil. Já o Madureira só volta a jogar no dia 12 de março, na estreia da Taça Rio, contra o Resende.

Madureira perde muitas chances
Apenas 2.399 torcedores acompanharam a partida em Xerém. O primeiro tempo foi muito equilibrado. Não demorou muito para o Madureira mostrar como chegou à semifinal. Bem postada, a equipe do técnico PC Gusmão não dava espaços ao Fluminense. O Tricolor também pouco pressionava a saída de bola do adversário e esperava um lance individual que não veio. A melhor chance foi do Madureira, quando Souza cabeçou para fora. O destaque negativo da etapa ficou por conta do carrinho por trás de Douglas Lima em Gustavo Scarpa. O camisa 10 do Flu torceu o tornozelo direito e precisou ser substituído, mas o juiz deu apenas cartão amarelo.

Sem Scarpa, Richarlison entrou no segundo tempo e participou de boas jogadas. Mas a atuação fraca do Fluminense parecia deixar o time nervoso. E o Madureira não conseguiu aproveitar: perdeu pelo menos cinco grandes chances de abrir o placar, com Julio César, Esquerdinha, Jorge Felipe, Souza e Rezende. Para piorar a situação do Tricolor, Douglas recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. A pressão aumentou, mas o Flu comemorou no fim.


FONTE
http://globoesporte.globo.com/rj/futebol/campeonato-carioca/noticia/2017/02/flu-sofre-em-xerem-segura-o-empate-contra-o-madureira-e-chega-decisao.html