quinta-feira, 4 de agosto de 2016

MORO SUMIU NO DIA EM QUE KATIA ABREU CRESCEU



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/temer-lutou-como-louco-para-ser-vice-katia-abreu-cresceu-no-dia-em-que-moro-sumiu-por-kiko-nogueira/




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“Temer lutou como um louco para ser vice”, lembrou a senadora na Comissão do Impeachme




Kátia Abreu
Katia Abreu

A sessão de votação do relatório final da Comissão Especial do Impeachment foi o teatro que antecipou o show de marionetes que acontecerá no Senado.
O placar foi de 14 votos a 5 pela aprovação do relatório de 440 páginas de Antonio Anastasia, que o resumiu na frase de efeito idiota “Dilma cometeu um atentado à Constituição”.
A guerra está basicamente perdida, o golpe prossegue a galope, mas ainda sobram grandes momentos, eventualmente de onde menos se espera.
A senadora Katia Abreu já vinha dando sinais de coragem, coerência e caráter, e não me refiro ao vinho na cara de José Serra, o Careca do ABC.
Diante de seus colegas, Katia fez um discurso brioso, especialmente por ser do PMDB, e talvez tenha pintado o retrato definitivo do oportunismo de Michel Temer et caterva.
Enfática, como é de seu feitio, bateu sem dó nos golpistas.
Avisando que entrava com receio no tema da corrupção, atacou a hipocrisia com que o tema é tratado e a traição rasteira do interino.
“Se Temer achava que o governo estava muito ruim, podia ter recusado ser vice novamente. Mas não, ele continuou na chapa e foi eleito, até com a ajuda do meu voto”, disse.
“O presidente Temer, que é meu presidente também, lutou como um louco para ser vice de novo. Quem é aqui que pode falar de corrupção, de ética? Faça-me o favor!”
Depois: “Mensalão e Petrolão não são de um partido só. O sistema político está podre e a presidente é uma mulher honesta, digna. Já nos partidos políticos, é difícil salvar um”.
Cunha, para ela, “preferiu ver o país aos cacos, desde que os cacos ficassem em seu poder.”
A contundência foi oposta ao que se viu naquele mesmo dia na pessoa de Sérgio Moro. O juiz da Lava Jato estava na Câmara para falar do pacote contra corruptos enviado pelo Ministério Público.
Ao final, foi confrontado pelo deputado Paulo Pimenta, do PT. Pimenta criticou a seletividade da Justiça, mencionou “abuso de autoridade”, levantou a questão dos grampos de Lula e Dilma.
“Quando se fala da legislação americana, imagina se juiz captasse de maneira ilegal uma conversa de um Bill Clinton e jogasse na TV”, questionou.
“A seletividade permite que funcionários que trabalham para impedir que nós possamos cassar Eduardo Cunha venham até uma comissão como esta falar sobre corrupção e defender endurecimento de pena para ‘vagabundos'”.
Moro, desconfortável, sumiu: “Não vou comentar casos concretos. Infelizmente, meu tempo acabou. Vou pedir escusas aos senhores parlamentares e às senhoras parlamentares”.
Tá escusado.

Lindbergh: é fraude! É fraude!



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/lindbergh-e-fraude-e-fraude



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Temer não aguenta uma delação do Eduardo Cunha

O Conversa Afiada reproduz pronunciamento do senador Lindbergh Farias na Comissão do Golpe:

Janio e Anastasia: Golpe é uma farsa!



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/janio-e-anastasia-golpe-e-uma-farsa



Impeachment manterá o Brasil em regressão descomunal!


Anastasia.jpg
De Janio de Freitas, na Fel-lha:
Afastamento de Dilma é hipocrisia como jamais houve no Brasil

Quem não aceita ver golpe partidário na construção do impeachment de Dilma Rousseff pode ainda admitir, para não se oferecer a qualificações intelectual ou politicamente pejorativas, que o afastamento da presidente se faz em um estado de hipocrisia como jamais houve por aqui. 

O golpe de 64 dizia-se "em defesa da democracia", é verdade. Mas o cinismo da alegação não resistia à evidência dos tanques na rua, às perseguições e prisões nem aos crimes constitucionais (todos os militares do golpe haviam jurado fidelidade à Constituição que acabavam de trair: sem exceção, perjuros impunes). Todos os golpes tentados ou consumados antes, incluída a Proclamação da República, tiveram na formação aquele mesmo roteiro, com diferença de graus. A força das armas desmoralizava a hipocrisia das palavras. 

Os militares, hoje, não são mais que uma lembrança do que foi a maior força política do país ao longo de todo o século 20. Ao passo em que a política afunda na degeneração progressiva, nos últimos 20 anos os militares evoluíram para a funcionalidade o mais civilizada possível no militarismo ocidental. A aliança de civis e militares no golpismo foi desfeita. A hipocrisia do lado civil não tem mais quem a encubra, ficou visível e indisfarçável. 

Há apenas cinco dias, Michel Temer fez uma conceituação do impeachment de Dilma Rousseff. A iludida elegância das suas mesóclises e outras rosquinhas faltou desta vez (ah, que delícia seria ouvir Temer e Gilmar Mendes no mesoclítico jantar que tiveram), mas valeu a espontaneidade traidora. Disse ele que o impeachment de Dilma Rousseff é uma questão "política, não de avaliação jurídica deles", senadores. Assim tem sido, de fato. Desde antes de instaurados na Câmara os procedimentos a respeito: a própria decisão de iniciá-los, devida à figura única de Eduardo Cunha, foi política, ainda que por impulso pessoal. 

Todo o processo do impeachment é, portanto, farsante. Como está subentendido no que diz o principal conspirador e maior beneficiado com o afastamento de Dilma. Porque só seria processo autêntico e legítimo o que se ocupasse de avaliação jurídica, a partir da Constituição, de fatos comprovados. Por isso mesmo refere-se a irregularidades, crimes, responsabilidade. E é conduzido pelo presidente, não de um partido ou de uma Casa do Congresso, mas do Supremo Tribunal Federal. 

As 441 folhas do relatório do senador Antonio Anastasia não precisariam de mais de uma, com uma só palavra, para expor a sua conclusão política: culpada. O caráter político é que explica a inutilidade, para o senador aecista e seu calhamaço, das perícias técnicas e pareceres jurídicos (inclusive do Ministério Público) que desmentem as acusações usadas para o impeachment. 

Do primeiro ato à conclusão de Anastasia, e até o final, o processo político de impeachment é uma grande encenação. Uma hipocrisia política de dimensões gigantescas, que mantém o Brasil em regressão descomunal, com perdas só recompostas, se o forem, em muito tempo –as econômicas, porque as humanas, jamais. 

E ninguém pagará por isso. Muito ao contrário.
Já o editorial da Fel-lha defende o impeachment daDilma.

É a farsa dentro do embuste, revestido de "jornalismo".

PHA

TEMER ABRE A OLIMPÍADA



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/temer-abre-a-olimpiada



Primeiramente...


No jogo (lamentável) Brasil X África do Sul.
Em tempo: não se entende o Neymar estar fora de forma. Para quem malha tanto em balada ele deveria estar óóótimo!
Em tempo 2: alguém viu o Cristóvam Buarque na torcida da África do Sul?








CASA BRASIL RECEBE O "FORA TEMER"



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/fora-temer-marca-abertura-da-casa-brasil



Para denunciar os ataques dos Golpistas 
ao SUS!


fora temer.png
Protestos contra o Traíra também aconteceram durante o jogo entre 
Brasil X África do Sul, em Brasília
Do Estadão:
Um pequeno grupo de manifestantes aproveitou a presença de ministros e outras autoridades na inauguração da Casa Brasil, montada pelo governo federal para divulgar o País durante a Olimpíada, para protestar contra a precariedade na saúde e os gastos excessivos com a organização dos Jogos, no Boulevard Olímpico, área de lazer localizado na Praça Mauá, no centro do Rio.
"Sabíamos da agenda dos ministros e viemos. O ministro da Cultura, Marcelo Calero, passou aqui na saída e fomos atrás dele até o MAR (Museu de Arte do Rio). Ele não esperava, porque o ambiente aqui está receptivo para eles", disse a assistente social Amanda Frazão, do Movimento Ocupa SUS.
"Somos trabalhadores, estudantes e usuários organizados para denunciar o estado da saúde pública", afirmou Amanda, que espera repetir o protesto diante do ministro da Saúde, Ricardo Barros, que participou de um seminário na Casa Brasil, depois da inauguração.
(...)

O DIA EM QUE O BRASIL CONQUISTOU O MUNDO


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foto lula.jpg
Do site do presidente Lula:
No dia 2 de outubro de 2009, em Copenhague, o Comitê Olímpico escolheu o Rio para sediar os Jogos 2016. A delegação brasileira, chefiada pelo ex-presidente Lula, festejou com emoção a vitória sobre as fortes concorrentes: Chicago, Tóquio e Madri. Pela primeira vez um país sul-americano iria sediar as Olimpíadas. Um país que estava vencendo a fome e a desigualdade, gerando empregos e distribuindo renda na plena vigência da democracia.
A emoção daquele momento está registrada no vídeo acima, da GloboNews.
A conquista da sede olímpica pelo Rio foi também o reconhecimento de que o Brasil estava passando por grandes transformações – econômicas, políticas e sociais. Ao lado de estrelas do esporte como Pelé, Hortência, Isabel e Guga, e do escritor Paulo Coelho, Lula definiu o que aquele momento representava:
“Hoje o Brasil saiu do patamar de país de segunda classe e entrou no patamar de país de primeira classe”, disse o ex-presidente. “O Brasil provou ao mundo que nós conquistamos cidadania internacional absoluta”.
Durante sete anos, o governo Lula e o governo da presidenta Dilma Rousseff trabalharam com o governo estadual e a prefeitura do Rio para garantir a conclusão das obras olímpicas, de infraestrutura, de comunicações, mobilidade e segurança necessárias para o sucesso da Rio 2016.
“Os que pensam que o Brasil não tem condições vão se surpreender.
Os mesmos que pensavam que nós não tínhamos condições de governar este país com a capacidade deste país de realizar uma Olimpíada”, afirmou Lula em Copenhague. E agora o espetáculo está começando.
O povo brasileiro provou, sim, do que é capaz.
Hoje vivemos um momento político muito distinto daquele de 2009 – com a democracia e as conquistas sociais ameaçadas por um golpe de estado parlamentar. O país vive sob um governo provisório que planeja entregar nossas riquezas – a começar pelo pré-sal – e levar o Brasil de volta ao segundo time.
O povo brasileiro, que já superou golpes e ditaduras ao longo da história, vai certamente retomar o caminho do desenvolvimento com inclusão social, o caminho da democracia plena em um país com oportunidades para todos.

A maior vitória dos que se batem contra o golpe. Por Paulo Nogueira



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-maior-vitoria-dos-que-se-batem-contra-o-golpe-por-paulo-nogueira/


É golpe, e assim será conhecido através dos tempos
É golpe, e assim será conhecido através dos tempos

Li, alguns anos atrás, o relato das Guerras do Ópio segundo um historiador chinês.
Estava curioso para ver como os chineses tratavam de um episódio em que foram devastados abjetamente pelas potências ocidentais, a começar pela Inglaterra.
As guerras aconteceram em meados do século XIX. A Inglaterra tinha um déficit comercial enorme com a China, por conta de importações de chá, cerâmica e seda.
Para equilibrar a balança, os ingleses tentaram vender bugigangas recém-saídas da Revolução Industrial. Os chineses não se interessaram por nenhuma delas.
Veio então uma ideia sordida. Vender ópio para os chineses. O ópio era produzido na Índia.
A China reagiu e proibiu o ópio em seu território. Eram terríveis os estragos que a droga vinha fazendo entre os chineses.
Os ingleses viram na proibição uma oportunidade de declarar guerra em nome do “livre comércio”. Os chineses eram pacíficos, os agressores não: estavam armadíssimos por conta das guerras napoleônicas.
É um episódio que, com o tempo, traria vergonha aos próprios vencedores. Nos livros de história ingleses, as Guerras do Ópio são tratadas como uma infâmia do passado imperial.
No livro chinês que li, o autor afirma, com imensa sabedoria, que o maior triunfo da China foi haver conseguido batizar a devastação como “Guerras do Ópio”.
Nada, dali por diante, poderia salvar a imagem imunda da ação britânica na China.
Contei isso porque há um paralelo fascinante com o que ocorre hoje no Brasil.
A maior vitória dos que se batem pela democracia e contra o impeachment não se dará no Senado, na decisão viciada que em breve será tomada.
Ela já aconteceu, e foi na consagração da palavra “golpe”. Como nas Guerras do Ópio, nada vai eliminar a expressão “golpe” quando o assunto for tratado pelos historiadores e pela posteridade.
Todos aqueles que se aliaram na manobra espúria de exterminar 54 milhões de votos serão inevitavelmente conhecidos como “golpistas”.
Já não há nada que eles possam fazer para evitar a vingança da história. Cada vez que se manifestam a situação só piora para eles.
São cínicos, são hipócritas, são canalhas.
E assim serão, para sempre, conhecidos, como os ingleses que destroçaram a China para poderem vender livremente o mesmo ópio que proibiam em seu país.
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.


A GAROTA QUE EXPÔS O ‘PINTINHO’ INQUIETO DE FELICIANO É UMA HEROÍNA



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-garota-que-expos-o-pintinho-inquieto-de-feliciano-e-uma-heroina-por-paulo-nogueira/


Mesmo que ela recue, aterrorizada, já prestou um grande serviço ao Brasil



Uma heroína, mesmo que recue
Uma heroína, mesmo que recue

Boechat famosamente mandou Malafaia procurar uma rola.
A busca, caso efetivada, não vai dar em nada se Malafaia recorrer a Feliciano. Porque ali, segundo uma jovem que acusa com pesadas evidências Feliciano de atacá-la sexualmente, o que existe é um mero “pintinho”.
Esta a grande frase de um áudio em que a garota conversa com um aparente intermediário do pastor interessado em convencê-la a se calar. “Se vale um conselho, manda o Feliciano aquietar o pintinho dele.”
Clap, clap, clap. De pé.
Muita coisa ainda vai acontecer no escândalo sexual de Feliciano. Os poderosos farão um esforço incrível para transformar a vítima em culpada.
Mas uma coisa é certa: Feliciano jamais será o mesmo. As pessoas rirão dele. Escarnecerão dele. Terão vontade de gargalhar ou de vomitar a cada vez que ele fizer um pronunciamento moralista em defesa da família cristã.
Feliciano virou, seja qual for o desfecho do caso, um morto vivo na política, uma piada ambulante, um símbolo eterno de hipocrisia e de corrupção moral.
Homens como ele levaram a política nacional a um estado de degradação jamais visto. Feliciano só não é tão deletério quanto Eduardo Cunha porque tem menos poder.
A menina que ousou denunciá-lo é uma heroína. Mesmo que, intimidada, assustada, encurralada, aterrorizada, recue, ela já prestou um serviço inestimável à sociedade.
Expôs um câncer. Ou, para usar as palavras dela, um pintinho capaz de enormes, descomunais safadezas.
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Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Governo cria abafa a vaia ao Traíra



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/governo-cria-abafa-a-vaia-ao-traira


Tem outro que também aumenta o som do gabinete


Olimpiadas.jpg
Na Fel-lha
Organização dos Jogos prepara operação para abafar vaias a Temer na abertura
Patrícia Campos Mello - Enviada especial ao Rio

A organização da Olimpíada planeja fazer uma operação "abafa vaia" na cerimônia de abertura dos jogos, que se realiza no Maracanã, no dia 5 de agosto.

Logo depois de o presidente interino Michel Temer falar, a organização planeja aumentar o som de uma música ou efeito sonoro de fundo em alto volume no estádio. Segundo a Folha apurou, o objetivo é evitar que as emissoras de televisão captem um possível momento constrangedor com vaias ou xingamentos do público contra Temer.

DIMA ANUNCIARIA UM MINISTÉRIO DO PÓS-GOLPE



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/


E sepultaria os golpistas... onde, mesmo?

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SARNEY DEU DE 10 A 0 NO TEMER!



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/sarney-deu-de-10-a-0-no-temer



Requião compara dois PMDBs


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Ulysses entre Tancredo e Sarney: PMDB, que te viu e quem te vê...
Conversa Afiada reproduz a transcrição de importante pronunciamento do senador Requião no Senado, ontem, 3/Agosto.
Requião compara Sarney e Temer: duas gestões radicalmente opostas do PMDB que revelam muito

Os ‘donos do poder’ trabalham duro para apagar a verdadeira história e criar a falsa história. A falsa história iguala os diferentes e separa os iguais. Cria o vilão perfeito e o herói perfeito. Querem que o cidadão comum – acostumado com a superficialidade do roteiro maniqueísta criado pelos grupos de comunicação – perca a capacidade de enxergar as pessoas e interesses reais que existem na política. Massacrado pela propaganda maniqueísta, o cidadão fica horrorizado com o poder emancipatório do espelho tão humanamente imperfeito da sociabilidade política. Porém, Deus criou a política como jogo para o homem exercitar sua inteligência e sua coragem; como espelho para ensinar o homem que julgar os erros dos outros é apenas uma forma de revelar os próprios erros; como instrumento da ação coletiva para mostrar ao homem que ele só pode criar, transcender, construir o belo com a comunhão de seus iguais tão diferentes; como espaço de sociabilidade imperativa para mostrar que ele é um ser social e só pode se realizar quando se vê obrigado a se relacionar também com aqueles que não fazem parte de seu círculo mais íntimo e que só pode ser feliz quando sua imperfeita parcialidade seja útil para a dinâmica perfeita do todo.

O PMDB não é nem o vilão como querem os moralistas da esquerda e nem o herói temporário que pode destruir outro suposto vilão como quer a direita. O PMDB é fruto do processo histórico brasileiro. Pelas linhas tortas traçadas pelo destino, seus militantes fizeram, fazem e farão parte nos acertos e erros úteis ao processo de construção da consciência do povo brasileiro sobre sua capacidade de tomar as rédeas de seu belo destino.

Para que os brasileiros mais jovens não tomem essa desastrosa interinidade presidencial como expressão do PMDB, como se fosse manifestação pronta e acabada do que seja o nosso partido e do que pensam nossos militantes, vou relembrar hoje uma outra presidência do PMDB, igualmente circunstancial, herdada ao sabor dos acontecimentos, mas da qual, ao contrário da presente, podemos ter orgulho.

Dois PMDBs

E faço essa relembrança não apenas para cotejar a oposição aos princípios básicos do programa do PMDB pelo governo de hoje com a fidelidade a esses princípios pelo governo de José Sarney.

Registro-o também para homenagear o ex-presidente, tão exposto ao desrespeito, como tem sido usual nestes tempos de pré-julgamento, da sentença antes do processo, de supressão do pressuposto de inocência. Nestes tempos em que a mídia transforma-se em tribunal popular, aos moldes dos regimes de exceção, sob a batuta de promotores e juízes que consideram “feio o que não é espelho”.

Vamos ao cotejo entre a interinidade do PMDB de Temer, de Padilha, de Jucá, de Moreira Franco, de Eduardo Cunha, de Henrique Alves com o PMDB de Sarney, de Celso Furtado, de Dante de Oliveira, de Luís Henrique da Silveira, de Marcos Freire, de Paulo Brossard, de Pedro Simon, de Renato Archer, de Rafael de Almeida Magalhães, de Bresser Pereira, de Waldir Pires, de Fernando Lira, de Ulysses Guimarães.

Política Exterior

De saída, vamos comparar a política de relações exteriores de um e de outro.

O Itamaraty de Sarney fundava-se no princípio da autodeterminação dos povos, recusava o alinhamento automático às grandes potências, defendia a multipolaridade, a integração e cooperação regional.

Sarney, com o presidente argentino Raul Alfonsin, criou o Mercosul. Recusando-se submeter o Brasil aos interesses geopolíticos norte-americanos, Sarney normalizou nossas relações com Cuba e aproximou o nosso país dos países do leste europeu e com a China.

Quando o Fundo Monetário Internacional quis impor seu receituário de recessão, de cortes de gastos públicos, de arrocho salarial, Sarney optou pela moratória, em nome de nossa soberania.

E hoje, o que temos?

Temos o Itamaraty retrocedendo às trevas, à política de linha auxiliar da agenda norte-americana. Voltamos a tirar os sapatos para o falido consenso de Washington. Há poucos meses, o Brasil está perfilando ao que existe de mais atrasado e obtuso na América Latina e conspira contra o Mercosul.

Enquanto os dois candidatos à presidência dos Estados Unidos convergem na oposição firme a acordos comerciais que prejudiquem o país, Temer e Serra parecem querer ressuscitar a Alca e acorrentar o Brasil ao proveito da globalização neoliberal. O Itamaraty concede asilo ao um modelo de economia, e de relações internacionais, que está sendo escorraçado no mundo todo.

Eis aí, opondo-se como a água ao óleo, o PMDB de Sarney e o PMDB de Temer.

Direitos Trabalhistas e Sociais

Em relação aos direitos dos trabalhadores e dos aposentados, aos direitos sociais, aos programas sociais, ao amparo aos mais pobres, à proteção dos excluídos como agiu o PMDB de Sarney e como age o PMDB de Temer?

Hoje, a conta da crise cai pesadamente sobre o lombo já lanhado dos trabalhadores e dos aposentados. A reforma da Previdência pretende aumentar a idade para a aposentadoria a um patamar que supera a expectativa de vida de alguns estados brasileiros.

É a chamada aposentadoria “pá, buf!”: aposentou, morreu.

A reforma trabalhista quer revogar a CLT, porque, dizem, ela é muito antiga. 

Seguindo esse raciocínio, vão querer revogar também, a Lei Áurea, que é mais antiga ainda.

Querem impor a prevalência do “negociado entre a raposa e a galinha” sobre o “legislado pelos representes políticos eleitos”.

Em uma situação de crise como a de hoje, com o desemprego em alta, com os sindicatos enfraquecidos e com algumas centrais sindicais apelagadas e cúmplices do golpe, vão acabar impondo corte de salários, aumento das horas trabalhadas, fim do 13º, redução das férias e do descanso remunerado e assim por diante.

Ora, já não houve um líder empresarial falando em aumento da jornada para 80 horas semanais? Daí para extinção da Lei Áurea é um “passinho”...

Enquanto isso, o ministro interino da Saúde desanca o SUS, ofende os clientes do SUS e acena com a privatização da saúde pública. Ameaça ainda o cancelamento do programa “Mais Médicos" e profere sandices, como um arremedo de Donald Trump, contra os médicos estrangeiros.

Estivesse vivo Stanislaw Ponte Preta, como toda a certeza Ricardo Barros seria o protagonista desse novo Festival de Besteiras que Assola o País.

Na mesma toada, o ministro “responsável” pelos programas sociais, revela toda sorte de preconceitos contra os beneficiários das Bolsas compensatórias.

E quer também cortar “abusos” dessa pobretada mal-acostumada que “depaupera” as finanças públicas. Finanças públicas, que, para eles, deveriam servir só aos bancos e rentistas.

Repressão aos movimentos social

A reforma agrária e os movimentos sociais que a empalma, criados na maioria no governo Sarney, voltam a frequentar o “index”, o alvo, dos serviços de informação e segurança.

Os movimentos urbanos pela moradia são igualmente satanizados e colocados na mira dos guardiões da segurança nacional. Afinal, a nova lei contra o terrorismo abre imensas possibilidades para a repressão de qualquer manifestação de revolta e inconformismo ou meramente reivindicatória. Os serviços dos caçadores de comunistas são bem-vindos, novamente.

A lista de retrocessos, em menos de 60 dias, de governo interino, sob a batuta da cúpula peemedebista, alonga-se.

Os méritos pouco conhecidos do Sarney
Relacionemos agora, algumas iniciativas nessas áreas do governo do PMDB de José Sarney.

. Universalização da assistência médica, com a implantação do SUS.
. Criação do Seguro Desemprego
. Criação do Vale Transporte
. Extensão da Previdência Social ao campo
. Impenhorabilidade da casa própria
. Programa Nacional do Leite, gênese das bolsas compensatórias.
. Reconhecimento e respeito aos Direitos da Mulher
. Iniciativas pioneiras de garantia aos Direitos dos Deficientes
. Retomada da política de reforma agrária.
. Direito de voto para os analfabetos
. Garantias à organização sindical. Liberdade e respeito às manifestações sociais.
. Respeito aos direitos trabalhistas elencados pela CLT.
Depois de mais de duas décadas de ditadura militar, tempo em que os partidos e organizações de oposição, os sindicatos, os movimentos sociais e as expressões culturais populares foram perseguidos e criminalizados, Sarney trouxe de volta o povo brasileiro e suas demandas ao centro das atenções governamentais.

Não, Sarney não presidiu uma transição lenta, gradual para a democracia, como alguns queriam, especialmente os setores mais conservadores de nossas elites. O PMDB de Sarney escancarou as portas para que a democracia e suas manifestações iluminassem cada canto escuro de nosso país.

Mencione-se ainda que José Sarney convocou a Assembleia Nacional Constituinte, restabeleceu as eleições diretas para a Presidência da República e legalizou os partidos comunistas.

Na área econômica, o governo peemedebista de Sarney enfrentou as pressões dos interesses financeiros globais, não se submeteu ao FMI e colocou em prática o primeiro grande ensaio para romper com os pressupostos ortodoxos da política econômica, o Plano Cruzado. Um ensaio bombardeado e sabotado por todos os lados porque não atendia prioritariamente, como hoje sob Temer e Meirelles atende, as demandas da banca, dos especuladores do capital financeiro global. Coisa diversa aconteceu com o Plano Real, tão acolhido pelos rentistas e pela mídia monopolista e, porque não arranhava os privilégios de classe, não foi sabotado.

Ao mesmo tempo, quando os organismos financeiros internacionais pressionaram para que o país adotasse um amplo programa de privatizações e concessões, Sarney resistiu. Mais de uma vez defendeu a intocabilidade da Petrobrás, entendendo-a como um dos pilares da soberania nacional, do desenvolvimento nacional.

Temer

E hoje, o que o PMDB apresenta ao país na área econômica?

A capitulação em regra ao mercado, aos interesses financeiros globais, à geopolítica imperial. As privatizações, as concessões, a entrega desavergonhada do petróleo voltaram à ordem do dia.

Fazem de tudo, com a colaboração sempre prestimosa e atenta da mídia monopolista, para abater a autoestima nacional.

Quando imaginávamos fosse coisa do passado as manifestações explícitas de entreguismo, as reverências sabujas, servis, adulatórias aos interesses imperiais, eis que este governo surpreende-nos, retrocedendo aos tempos dos governadores gerais a serviço da metrópole, não mais sediada em Lisboa, claro.

Parece que o ideal, hoje, é transformar o Brasil em um Estado associado do império, uma espécie de Porto Rico gigante.

As preocupações e iniciativas de Sarney para a construção de um país soberano, defensivamente forte, forças armadas bem equipadas, que recusasse e rompesse a camisa de força imposta pelo bipolarismo, preocupações nem sempre reveladas, por óbvio, contrastam com a sofreguidão com que o atual governo do PMDB submete-se e enquadra-se à pauta da geopolítica das grandes potencias.

Senhoras e senhores senadores, é o cotejo que faço entre um e outro governo do PMDB. É a homenagem que presto a José Sarney. É o desagravo que registro ao ex-presidente, diante da ligeireza irresponsável e suspeita dos que o acusam.

Não estou canonizando Sarney e nem o condenando ao fogo do inferno. O mundo não é tão simples como querem os moralistas. As imperfeições são inerentes ao homem, mas úteis à evolução. Estou somente mostrando que esse homem deve ser julgado pela história como estadista, pois ao atrasar o processo de dominação do país pelo neoliberalismo, permitiu que fosse construída uma das mais belas constituições do mundo e também que a estrutura do Estado e bases sociais resistissem a um longo e intenso bombardeio neoliberal até florescerem novamente por 12 anos e ainda hoje estarem em condições de resistir. Isso foi mérito do Presidente Sarney e do PMDB que tinha à época 22 governadores dos 23 existentes e que hegemonizava o congresso nacional. O Brasil será eternamente grato por aquele corajoso mandato do Presidente Sarney.

JANIO E ANASTASIA: GOLPE É UMA FARSA!



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/janio-e-anastasia-golpe-e-uma-farsa



Impeachment manterá o Brasil em regressão descomunal!

Janio.jpg
De Janio de Freitas, na Fel-lha:
Afastamento de Dilma é hipocrisia como jamais houve no Brasil

Quem não aceita ver golpe partidário na construção do impeachment de Dilma Rousseff pode ainda admitir, para não se oferecer a qualificações intelectual ou politicamente pejorativas, que o afastamento da presidente se faz em um estado de hipocrisia como jamais houve por aqui. 

O golpe de 64 dizia-se "em defesa da democracia", é verdade. Mas o cinismo da alegação não resistia à evidência dos tanques na rua, às perseguições e prisões nem aos crimes constitucionais (todos os militares do golpe haviam jurado fidelidade à Constituição que acabavam de trair: sem exceção, perjuros impunes). Todos os golpes tentados ou consumados antes, incluída a Proclamação da República, tiveram na formação aquele mesmo roteiro, com diferença de graus. A força das armas desmoralizava a hipocrisia das palavras. 

Os militares, hoje, não são mais que uma lembrança do que foi a maior força política do país ao longo de todo o século 20. Ao passo em que a política afunda na degeneração progressiva, nos últimos 20 anos os militares evoluíram para a funcionalidade o mais civilizada possível no militarismo ocidental. A aliança de civis e militares no golpismo foi desfeita. A hipocrisia do lado civil não tem mais quem a encubra, ficou visível e indisfarçável. 

Há apenas cinco dias, Michel Temer fez uma conceituação do impeachment de Dilma Rousseff. A iludida elegância das suas mesóclises e outras rosquinhas faltou desta vez (ah, que delícia seria ouvir Temer e Gilmar Mendes no mesoclítico jantar que tiveram), mas valeu a espontaneidade traidora. Disse ele que o impeachment de Dilma Rousseff é uma questão "política, não de avaliação jurídica deles", senadores. Assim tem sido, de fato. Desde antes de instaurados na Câmara os procedimentos a respeito: a própria decisão de iniciá-los, devida à figura única de Eduardo Cunha, foi política, ainda que por impulso pessoal. 

Todo o processo do impeachment é, portanto, farsante. Como está subentendido no que diz o principal conspirador e maior beneficiado com o afastamento de Dilma. Porque só seria processo autêntico e legítimo o que se ocupasse de avaliação jurídica, a partir da Constituição, de fatos comprovados. Por isso mesmo refere-se a irregularidades, crimes, responsabilidade. E é conduzido pelo presidente, não de um partido ou de uma Casa do Congresso, mas do Supremo Tribunal Federal. 

As 441 folhas do relatório do senador Antonio Anastasia não precisariam de mais de uma, com uma só palavra, para expor a sua conclusão política: culpada. O caráter político é que explica a inutilidade, para o senador aecista e seu calhamaço, das perícias técnicas e pareceres jurídicos (inclusive do Ministério Público) que desmentem as acusações usadas para o impeachment. 

Do primeiro ato à conclusão de Anastasia, e até o final, o processo político de impeachment é uma grande encenação. Uma hipocrisia política de dimensões gigantescas, que mantém o Brasil em regressão descomunal, com perdas só recompostas, se o forem, em muito tempo –as econômicas, porque as humanas, jamais. 

E ninguém pagará por isso. Muito ao contrário.
Já o editorial da Fel-lha defende o impeachment daDilma.

É a farsa dentro do embuste, revestido de "jornalismo".

PHA

TRAÍRA CRIA FORÇA-TAREFA PARA SALVAR CUNHA



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/traira-cria-forca-tarefa-para-salvar-cunha



Cunha não pode cuspir os feijões!


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O interino Michel Temer (PMDB) criou uma força-tarefa para salvar o mandato do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Entre almoços e jantares que envolvem o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ministro do STF Gilmar Mendes, a ordem é antecipar o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff para salvar o “parceiro” de golpe.

Explica-se: se a cassação do mandato sair antes do impeachment, Cunha ameaça entregar as estripulias de Temer e do PMDB; ou seja, ele pode detonar a “República Provisória” ou “República de Ladrões” como os jornais estrangeiros denominam o governo provisório.

A crise se agrava também na Câmara, que, diferente do que se imaginava, o novo presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) nada conseguiu votar de importante para o governo na volta do recesso. Isto é prova concreta que Cunha ainda manda e desmanda na Casa por meio do “Centrão”.