Jogadoras do
Brasil ficam horas na frente do espelho antes de entrar em quadra pelo
Mundial. Amanda, Mayara, Karol, Babi e Déborah Hannah apostam nas
maquiagens
Por Thierry GozzerDireto de Nis, Sérvia
Goleira Babi prepara o cabelo antes de jogar pelo Mundial (Foto: Cinara Piccolo/Photo&Grafia)
A
verdade é que quando elas entram em quadra e não se lembram mais das
unhas, do cabelo e da maquiagem. O handebol requer muito da parte
física, e a briga para conseguir um espaço para o arremesso e para
trabalhar o aspecto ofensivo vem na base de muitas trombadas, arranhões e
roxos por todo o corpo. Antes da partida, porém, as meninas da seleção
brasileira não economizam quando o assunto é vaidade. Elas se maquiam,
fazem as unhas, produzem o cabelo. São horas e horas na frente do
espelho. Tudo para chegarem "perfeitas" nos jogos do Mundial de Handebol
feminino, disputado em Nis e Belgrado, na Sérvia, assim como será nesta
segunda-feira, às 15h (de Brasília), quando pegam a Holanda nas oitavas
de final, na Arena Belgrado.
Dara, a goleira Babi, a central
Déborah, a estilosa Karol Souza e Alê, melhor jogadora do mundo, são
algumas das que não poupam esforços. Déborah capricha na maquiagem,
sempre bem pesada. Alê, nas trancinhas. Karol, com seus dreads, também
se maquia, assim como Babi. Mayara, que ama estética e pensa em investir
na área, também se cuida. Amanda, assim como suas companheiras, segue a
tendência. Quando a supervisora Rita Orsi chama as meninas para o
ônibus, todas já estão devidamente prontas, não só com os uniformes, mas
produzidas para embarcarem rumo aos duelos.
- Na verdade,
gostamos de estar sempre arrumadas. A vaidade faz parte da mulher, não
que isso seja importante, que vá fazer a gente jogar melhor ou pior, é
apenas um ritual que faz parte de nós mulheres. Acho que isso ajuda a
mostrar a nossa autoconfiança. Eu não saio sem um rímel e um blush.
Costumo falar que isso me deixa com uma cara saudável (risos). E para um
jogo não vai ser diferente. Não fico sem - brincou Mayara.
Meninas se arrumam todas antes de entrar em quadra
(Foto: Cinara Piccolo/Photo&Grafia)
Amanda
aposta na maquiagem também. Pesa na base e manda ver nos outros
quesitos. Tudo pela vaidade feminina, que marca presença no handebol.
-
Sempre me arrumo para jogar porque é algo que me faz bem. E é prazeroso
estar jogando. Então, acho que nada melhor do que se arrumar para fazer
aquilo que te faz bem - explicou Amanda ao falar da sua vaidade.
Melhor do mundo, Alexandra Nascimento
também não se esquece da beleza. Mesmo admitindo que o handebol exige
muito da força física de uma atleta, ela diz que as meninas não vão
deixar de serem vaidosas por causa disso.
- O handebol é muito
contato e força, mas não podemos esquecer da nossa parte feminina. E
isso é muito importante. É sempre bom estar bonita para os jogos. Somos
muito vaidosas - admite Alexandra.
Alexandra termina de arrumar suas tranças para seguir
para o jogo (Foto: Cinara Piccolo/Photo&Grafia)
Karol Souza, que joga na Dinamarca, tem seus dreads loiros que a
acompanham. Ela precisa de tempo para cuidar dos cabelos. E também faz a
maquiagem antes de sair para os jogos.
- Não é que eles dão
tanto trabalho, mas é que como jogo, preciso lavar um dia sim e outro
não. Ainda mais agora que eles estão ficando grandes. Então, gasto mais
ou menos duas ou três horas. Mas não por serem os dreads, é mais porque
eu atuo. E claro que a vaidade faz parte. Colocamos uma base para
esconder as imperfeições, e alguma coisa no olho para não ficar tão para
baixo (risos) - brincou Karol.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/handebol/noticia/2013/12/tudo-pela-vaidade-meninas-do-brasil-se-produzem-para-os-jogos-na-servia.html