Dinamarquesa Anja Andersen, melhor do mundo em 1997, é considerada uma das maiores da história por sua habilidade, fintas e gols incríveis, assim como o Gaúcho
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Ainda
menina, no começo de carreira, Anja Andersen quicava a bola com força
no chão e como num passe de mágica dava um lençol na rival para depois
pegar a bola, voar para cima da goleira e fazer mais um belíssimo gol.
Foram muitos, incontáveis gols como este. Aos 44 anos e atualmente
comentarista de TV, a dinamarquesa ganhou tudo o que era possível na
carreira. Foi campeã olímpica, mundial e bicampeã europeia por seu país.
Habilidosa, a rainha dos dribles abusava das fintas, deixava as rivais
no chão e inovava nos arremessos, passando a bola por debaixo das
próprias pernas, de costas e fazendo até gol de cabeça. A inspiração,
garante ela, vem do futebol brasileiro. Tanto é que a ex-craque, eleita a
segunda maior jogadora do último século, não foge de uma comparação com
Ronaldinho Gaúcho, craque que encantou o mundo quando atuava pelo
Barcelona e hoje defende as cores do Atlético-MG, quando o assunto é o
estilo de jogo.
Eleita segunda maior jogadora do século XX, Anja Andersen
é comparada a R10 quanto ao estilo de jogo (Getty Images)
- Eu acredito que handebol é magia, é arte. Eu amo o Brasil, amo o futebol. Sou da Dinamarca, mas o meu coração é brasileiro quando o assunto é futebol. O brasileiro joga com o coração, tem essa magia. E eu sempre busquei isso. É preciso ter coragem para buscar esse tipo de jogada, principalmente porque hoje os treinadores não gostam muito disso, preferem o jogo mais engessado. Eles proíbem as jogadoras de atuarem assim. Precisamos ver mais disso no handebol, mas as jogadoras ficam assustadas, com medo de fazer isso. O Brasil tem grandes técnicos, que na história do futebol conseguiram fazer com que seus atletas tivessem essa liberdade. Lembro do Ronaldinho, da época do Barcelona, e o que ele fazia era incrível.
Anja parou de jogar aos 30 anos após um problema no coração (Foto: Thierry Gozzer)
Para ela, o Brasil, que avançou às oitavas de final com 100% de aproveitamento, evoluiu muito e pode ir mais longe em Mundiais, como agora, na Sérvia, onde entra como um dos favoritos para brigar por uma medalha. O time brasileiro pega a Holanda, na segunda-feira, em Belgrado, na Arena Belgrado, às 15h (de Brasília).
Além de falar bem da seleção como um todo, Anja elogia a melhor do mundo Alexandra Nascimento. Para ela, uma jogadora muito versátil.
- Acho que o Brasil tem um grande time de handebol, com grandes jogadoras, e está cada vez mais próximo de ir longe em campeonatos como o Mundial. A Alexandra Nascimento, por exemplo, é uma grande jogadora. Pode atuar como central, como armadora, nas alas, e eu gosto de jogadoras assim, que podem atuar em qualquer posição. Isso é muito importante para qualquer treinador. Sempre é bom ter uma jogadora assim.
Com 133 partidas pela seleção da Dinamarca, Anja fez 726 gols. De temperamento forte, foi expulsa de alguns jogos pelo seu país, inclusive nas Olimpíadas de 1996, em Atlanta, nos Estados Unidos, quando o time ficou com a medalha de ouro. Além do futebol brasileiro, ela inspirou seu jogo nos truques feitos pelo Harlem Globetrotters, time americano de basquete que abusa das jogadas de efeito para entreter o público. Com um problema cardíaco, ela encerrou a carreira em 1999, aos 30 anos.
- Como treinadora, tento dar liberdade para as minhas atletas. Quero e busco que elas possam usar suas habilidades. Afinal de contas, acredito que temos que jogar com o coração e buscar sempre a magia do esporte. Essa é a graça - frisa Anja Andersen.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/handebol/noticia/2013/12/rainha-dos-dribles-revela-inspiracao-no-futebol-brasileiro-e-em-ronaldinho.html
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