Treinador do Atlético-MG avalia como ruim o resultado, devido à briga da liderança do Campeonato Mineiro, e pode promover o retorno de Lucas Pratto contra a Caldense
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Empate ruim, mas atuação do desfalcado time elogiada. Foi essa a tônica da coletiva do técnico Levir Culpi após o
empate por 1 a 1 entre Cruzeiro e Atlético-MG, neste domingo, no
Mineirão. O time
alvinegro saiu na frente e teve chance de ampliar, mas não conseguiu
segurar a vitória, que colocaria o time atleticano na ponta do
Campeonato Mineiro.
Para
o comandante do Galo, o time não "pipocou" diante da maioria de
torcedores do Cruzeiro, e a atuação no Gigante da Pampulha rendeu
elogios. No entanto, Levir
ficou na bronca com o árbitro do jogo, Emerson de Almeida Ferreira, que
não expulsou Leandro Damião, em uma dividida com Victor.- Esse 1 a 1 só é melhor que 0 a 0. Ainda assim o resultado, matematicamente, não é bom. Nós tivemos hoje 1.000 atleticanos contra 30 mil cruzeirenses, e o time não pipocou. Tivemos chances de vencer o jogo. Todo mundo jogou direitinho, jogou bem. Não tivemos precipitação, não faltou oportunidade para fazer o gol. Achei que o Luan foi bem na posição que ele trabalhou e fez parte de um grupo que jogou muito regular. Deixo meu protesto contra o árbitro. Quando o Damião solou o Victor, o bandeira chamou. Dava o cartão para o ele e acabou. Estava fora do jogo. Foi um erro capital, que gerou a perda de dois pontos e da vitória.
Se nos últimos jogos os jogadores do Atlético-MG saíram de campo cobrados, após o clássico o cenário foi diferente. A postura do time, dentro das quatro linhas, agradou o treinador.
- No final da partida, nós normalmente nos abraçamos e, hoje, eu falei que ía para casa feliz com qualquer resultado. O time não teve medo, procurou fazer algumas jogadas interessantes.
Nós podemos jogar mais do que isso. Nós temos que jogar mais do que isso. Nós arrancamos um resultado bom e isso vai motivar os jogadores para as competições.
Levir Culpi elogiou a postura dos jogadores do Galo no clássico mineiro (Foto: Douglas Magno)
- Talvez ele seja uma opção, mas vamos acompanhar sem precipitação. Vamos acompanhar e observar.
Confira outros trechos da coletiva do técnico Levir Culpi
Substituição de Dodô
- Eu não achei que ele se destacou. O Dodô é um menino de 19 anos, revelação da base, assim como o Carlos e o Jemerson. Temos que ter um cuidado especial. O Maicosuel entrou, é um ritmo físico diferente. A temperatura estava muito forte e isso pesou. Achei que ia usar as três substituições, mas não precisou, porque os dois entraram muito bem fisicamente e tecnicamente.
Perdeu dois pontos?
- Não acho que nós desperdiçamos. Teve um lance capital no jogo, que foi a não expulsão do Damião, mas o jogo rolou legal. Não tem nada o que reclamar muito do jogo não. A nossa sequência vai ser melhor do que essa.
Clássico é ...
- É um jogo diferente, porque tem os componentes rivalidade e fanatismo. Então, mexe muito com a parte emocional, mas não é só isso. Você tem que jogar bem taticamente e tecnicamente. São várias situações para você analisar e, em um clássico desses, o resultado pode gerar um grande dano emocional. Mas para gente foi legal, e o time respondeu dentro de campo.
Sem o centroavante físico
- Tem umas coisas para se analisar. No início da temporada, nós iniciamos com o Pratto, e ele estava agradando todo mundo. Mas, ele joga mais dentro da área. Temos isso como uma opção que pode mudar o jogo. Temos jogadores muito rápidos. O Carlos, Luan, Cesinha e Maicosuel são jogadores de muita flexibilidade. Vamos usar essas duas situações.
Esquema do Atlético-MG sem um centroavante
fixo fez o atacante Luan atuar quase como
volante (Foto: Bruno Cantini/CAM)
Mudança no clima
- O Atlético-MG tem essas coisas. Nós tínhamos 1000 torcedores, mas a gente sentia a presença neles. Nosso time não ficou com medo ou preocupado e tivemos bons momentos durante a partida. O 1 a 1 foi um empate, mas da maneira como foi, pode colocar o Atlético-MG em um astral muito legal.
10% de atleticanos
- Eu achei que faltou muita coisa. Eu acho que tem que ser torcida dividida e acabou. Quem cuida do evento é a Polícia. Colocar mil torcedores só de um time, tem jogo sem torcida... É o fim da linha. Há um envolvimento em torno do jogo que não funciona direito. Essa coisa de separar os torcedores é uma decisão que me deixa muito triste, porque a alma do futebol é a torcida. Ninguém me dá uma explicação convincente com essas situações. Se tem problema de segurança, aumenta a segurança. Se o cara faz bagunça, vai para a cadeia.
FONTE:
http://glo.bo/1KHVxff