Após união de Larissa e Lili, jogadora brasileira se casa com parceira americana em cerimônia civil realizada na Califórnia, e se prepara para realizar o sonho de ser mãe
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Quatro
meses após a união de Larissa e Lili, em Fortaleza (CE), os bastidores
do vôlei de praia voltam a chamar a atenção pela formação de um novo
casal homossexual. A jogadora brasileira Pri Lima, que tem longa
experiência na AVP, principal circuito americano, trocou alianças com a
amada Michelle Piantadosi, técnica de vôlei da Eckerd College, em St.
Petersburg, na Flórida. A cerimônia de casamento civil foi realizada no
último dia 19, em Laguna Hills, na Califórnia.Radicada nos Estados Unidos, Pri Lima vai morar com a esposa na Flórida, mas optou por se casar na Califórnia porque a união homoafetiva já é legalizada no estado da Costa Oeste. Após a cerimônia no cartório, Pri e Michelle reuniram alguns amigos mais íntimos do casal para uma comemoração à beira-mar, na casa da jogadora americana Rachel Wacholder. A brasileira pretende realizar uma festa maior em maio de 2014, já na Flórida, quando contará com a presença da família, que reside no Rio de Janeiro.
A jogadora de 34 anos e a técnica americana se conheceram em 2007. Após o casamento, Pri está empolgada com o novo projeto que pretende tocar ao lado da amada. Recentemente, elas abriram um clube de vôlei em St. Petersburg. O Optimum Volleyball já possui quatro times de base e cerca de 60 atletas registradas. A paixão pelo vôlei é tão grande que o casal precisará adiar a lua de mel por enquanto - elas querem viajar para o Havaí e para as ilhas Fiji. Até lá, acreditam que poderão contribuir com a discussão em torno dos direitos dos casais homossexuais.
- Acho que o Brasil está evoluindo muito a respeito desse assunto. Muitos ainda têm que aprender a ver que amor é amor em qualquer língua, cor, tamanho e gênero. Acho que o meio esportivo esta cada vez mais aberto pra isso. Acho que a situação das leis da Rússia contra os gays ajudou muito no mundo todo. Atletas se juntaram para apoiar a todos os membros da comunidade LGBT, foi ótimo. Graças a Deus, sempre fui muito aberta em relação à minha vida e nunca sofri preconceito nenhum dentro do meu meio. Espero que as pessoas me julguem por quem sou, pelo o que faço, pelo meu jogo, e não por quem amo - disse Pri, em entrevista por e-mail ao GloboEsporte.com.
Priscilla Eckstein Lese Lima, chamada carinhosamente de Pri, começou a se destacar no vôlei de praia brasileiro aos 17 anos. Logo, a carioca recebeu uma bolsa de estudos para a Universidade de Louisiana, em Lafayette. O sucesso no circuito universitário americano rendeu convites para a AVP, e a brasileira formou dupla com Mary Hegarty em 2004. Cinco anos depois, a jogadora retornou ao Brasil, onde disputou o Circuito Brasileiro ao lado de Taiana. De volta aos Estados Unidos, Pri pretende continuar disputando a AVP até o momento em que vai parar para realizar seu grande sonho: ser mãe.
- Devo ir jogando na AVP enquanto não engravido. Mas por enquanto não tenho mais planos de voltar para jogar o Circuito Brasileiro. Estou sempre treinando e jogando aqui na Florida. Mas nunca devemos dizer nunca, né? Amei os anos que joguei no Brasil e nunca esquecerei das experiências e amizades que fiz. Mas quando montarmos uma família, ficarei mais por aqui mesmo. Queremos muito montar uma família. Como sou a mais velha, seria a primeira a engravidar. Queremos muito tentar no ano que vem, a vontade de ser mãe é muito grande - projetou Pri.
Radicada nos EUA, Pri Lima disputou etapas
do Circuito Brasileiro nos últimos anos
(Foto: Mauricio Kaye / CBV)
Neste processo, uma das jogadoras carrega o óvulo da parceira, que passa por um tratamento de fertilização. O novo casal já adotou legalmente o sobrenome Piantadosi-Lima, e agora se prepara para organizar a festa de maio, que será realizada em uma mansão à beira-mar na Flórida.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/12/unida-por-paixao-pelo-volei-brasileira-pri-lima-se-casa-com-amada-nos-eua.html