No vácuo dos quenianos, brasileiros querem quebrar tabu na São Silvestre

Mulheres sofrem mais com domínio das africanas: a última vitória brasileira foi de Lucélia Peres, em 2006. No masculino, último vencedor foi Marílson, em 2010

Por Cassio BarcoSão Paulo

Os principais maratonistas da elite brasileira estão confiantes para a disputa da 89ª edição da Corrida de São Silvestre, nesta terça-feira, em São Paulo. Depois da soberania queniana no pódio de 2012, com vitórias de Edwin Kipsang e Maurine Kipchumba – confirmados nesta edição – eles esperam reverter o quadro e levar o Brasil de volta ao primeiro lugar. A maior esperança de vitória brasileira é Giovani dos Santos, quarto lugar na prova do ano passado e atual vencedor da Volta da Pampulha.  A TV Globo transmite ao vivo, e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real, a partir das 8h.

O último vencedor brasileiro foi Marílson dos Santos, em 2010. No feminino, o intervalo é maior. As últimas seis provas foram vencidas por cinco maratonistas africanas – quatro do Quênia e uma da Etiópia. É o maior espaço sem vitória de uma atleta brasileira desde que Carmem Oliveira conquistou a primeira, em 1995.

 

Brasileiros querem acabar com a hegemonia 

dos quenianos (Foto: Cassio Barco)

 

saiba mais

• Atacado na Corrida de Reis, Kipsang está preocupado com a São Silvestre

Tatiele Carvalho e Sueli Pereira estão entre as favoritas para quebrar o tabu. A primeira foi a brasileira melhor colocada na São Silvestre do ano passado e não vê as quenianas como invencíveis.

- Não é tão difícil ganhar delas. As brasileiras não têm tido sorte. A gente vem trabalhando e se dedicando para melhorar nosso tempo e, assim, nossa posição. Vamos sair fortes no começo para chegar junto delas e procurar nosso lugar entre as primeiras – explicou Tatiele.

Tudo deve ser definido, como acontece tradicionalmente, na temida subida da Brigadeiro Luis Antônio, nos 3km finais da prova. Damião de Souza, vice-campeão da Volta da Pampulha, vê o trecho final com o mais complicado da São Silvestre e acredita que preparo psicológico também pode ajudar no momento da corrida.

 

(Foto: Infoesporte)

- A gente começa descendo muito e tem de tomar cuidado, porque no final sobe bastante. É uma diferença muito grande e termina complicando. Tem de estar preparado para não deixar a ansiedade dominar e lembrar do que fizemos no treino para chega firme no final e passar.

A 89ª edição da São Silvestre tem início às 6h50, com a largada da prova dos portadores de necessidades especiais. As mulheres largam às 8h40, e os homens, 20 minutos depois. Esta é a segunda vez consecutiva que a prova é realizada no período da manhã, o que é considerando como vantagem por atletas como Tatiele:

- Estamos acostumados a competir de manhã, e isso facilita. É menos desgastante. Você levanta da cama e vai direto para a prova, totalmente relaxada. O foco é só correr.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/atletismo/noticia/2013/12/no-vacuo-dos-quenianos-brasileiros-querem-quebrar-tabu-na-sao-silvestre.html