Depois de três rodadas, time volta a
fazer gol e pontuar no Brasileiro. Mas ainda segue com série de sete
jogos sem vitórias, a sua pior na competição
Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro
O Botafogo completou na 30ª rodada do Campeonato Brasileiro uma série
de sete jogos sem vencer, a sua pior na competição. No entanto, o empate
em 1 a 1 com o Grêmio, neste domingo, no Olímpico, serviu para encerrar
uma sequência de três derrotas seguidas e três jogos sem fazer gols.
Mesmo assim, com um gol marcado aos 45 minutos do segundo tempo, o técnico Oswaldo de Oliveira
não viu motivos para comemorar depois do jogo. Para ele, não é possível
se contentar com um resultado como esse na situação em que o time se
encontra no Brasileiro.
- Se fomos facetar o jogo, ele apresenta série de fatores importantes
serviu para quebrarmos uma série de derrotas. Injustas e inoportunas,
mas quebramos de maneira calorosa. Mas não é suficiente para comemorar.
Prefiro festejar as vitórias, que estivemos perto de conseguir - disse
Oswaldo.
No jogo, o Botafogo teve mais posse de bola, com 57% contra 43% do
Grêmio. Ainda foi melhor nas finalizações (11 a 6). Por isso, Oswaldo
fez questão de elogiar o desempenho do time, que em momento algum deixou
de correr atrás do resultado no Olímpico.
- Enfrentamos uma equipe com uma campanha muito boa (terceiro
colocado), eficiente e com jogadores rápidos. Até tiveram uma boa chance
no contra-ataque com o Leandro de fazer o segundo gol. Vejo esse
resultado como mérito do Botafogo - analisou Oswaldo.
O Botafogo volta a jogar quinta-feira, contra o Vasco, no Engenhão,
pelo Campeonato Brasileiro. O time está na oitava colocação, com 41
pontos.
Botafogo arranca empate no fim, Grêmio cai para 3º, e Flu agradece
A CRÔNICA
por
Hector Werlang
Durante quase todo o jogo, era a rodada dos sonhos para o Grêmio, na
noite deste domingo. O Fluminense perdia para a Ponte Preta no Rio, e o
time de Vanderlei Luxemburgo vencia o Botafogo no Olímpico com um golaço
de Léo Gago. Porém, em poucos minutos, tudo se inverteu. Os líderes
cariocas viraram o jogo, e o Tricolor gaúcho viu Bruno Mendes acertar um
chute certeiro, que arrancou o empate por 1 a 1 para o Alvinegro.
Os dois gols da partida saíram do banco de reservas. Gago entrou no
lugar de Souza e marcou para o Grêmio em cobrança de falta de longa
distância. Bruno entrou na segunda etapa na vaga de Renato e, aos 46
minutos, acertou um lindo chute e venceu o goleiro Marcelo Grohe.
O resultado foi ruim para os dois lados. O Grêmio parou nos 57 pontos e
ficou a distantes 11 do líder Fluminense. E ainda vê o Atlético-MG lhe
roubar a segunda posição. O Botafogo foi aos 41 pontos, mas permanece na
oitava colocação, distante da briga por uma vaga na Libertadores.
Leandro, do Grêmio, disputa a bola com defensores (Foto: Lucas Uebel/Divulgação, Grêmio)
Jogo equilibrado
O jogo nem tinha começado, e os mais de 30 mil gremistas presentes já
comemoravam. Isto porque, no Rio de Janeiro, a Ponte Preta surpreendia
ao abrir o placar diante do Flu logo no primeiro minuto. O entusiasmo de
vitória combinada com derrota do líder, porém, diminuiu a cada lance.
Mesmo pressionando desde o início, o time de Vanderlei Luxemburgo não
soube fugir da precisa marcação rival. Zé Roberto, em chute de fora da
área para fora, Leandro, obrigando Renan a grande defesa, e Werley,
cabeceando no travessão, quase abriram o placar até os 12 minutos. A
dificuldade, a pressa e a ausência de cinco titulares pesaram.
Especialmente a de Elano, o homem que comanda o meio-campo. Um lance
resume: Anderson Pico, ao tentar cobrar falta rapidamente, entregou a
bola a Vitor Junior, que descobriu Andrezinho e este fez Marcelo Grohe
começar a trabalhar. A grande defesa aconteceria aos 19: Andrezinho
cruzou, Fellype Gabriel cabeceou à queima-roupa e só não comemorou o gol
pois o goleiro teve a agilidade suficiente de espalmar.
O Botafogo optou por começar jogando com uma formação sem Seedorf
(gripoado) e Elkeson, ambos no banco, para colocar Vítor Júnior e Rafael
Marques. Porém, começou a fazer mais do que apenas marcar. Percebeu que
o bicho não era tão feio assim. Manteve mais posse de bola e teve em
Andrezinho o centralizador das jogadas. Tudo o que passava por ele se
transformava em ataque perigoso. Faltou maior poder de ataque para
transformar a superioridade momentânea em gol.
Foi então que um incidente mudou o panorama da partida. Àquela altura,
ninguém tinha como saber, mas a lesão de Souza no tornozelo direito –
que parecia um prejuízo irreparável – se transformou em oportunidade.
Ele até tentou voltar do intervalo, mas deu lugar a Léo Gago.
O camisa 8 mal tinha aquecido e Zé Roberto sofreu falta na entrada da
área. A pegou e tratou com carinho. Deu um chute tão forte que Renan não
teve tempo de alcançá-la: 1 a 0 aos cinco minutos.
Gol cala a torcida
A vantagem no placar aliviou o Grêmio. Os movimentos ficaram mais
naturais. A torcida pegou junto. E o Botafogo parecia aceitar a derrota.
Mas o futebol é feito de... oportunidades. E o time carioca correu
atrás da sua. Conseguiu reequilibrar e até voltar a comandar a partida
em alguns momentos.
Basta ver as trocas que Luxa fez. Sacou o centroavante André Lima para
entrada do volante Vilson. Tirou Marquinhos e apostou em Rondinelly.
Melhorou, mas o Botafogo empatou.
Turbinado com as entradas de Seedorf e
Elkeson e Bruno Mendes, pressionou. Rafael Marques e Fellype Gabriel
assustaram com chutes de fora da área. E de tanto insistir, o gol saiu.
Aos 45 minutos do segundo tempo, Bruno dominou na entrada da área e, com
categoria, bateu colocado para vencer Marcelo Grohe e levar de Porto
Alegre um ponto. O estádio gaúcho, que comemorava efusivamente a
vitória, emudeceu e não mais reagiu até o apito final do árbitro.
Atacante faz o gol do empate em 1 a 1
com o Grêmio aos 45 minutos do segundo tempo em seu segundo jogo com a
camisa do clube carioca
Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro
A estrela de Bruno Mendes
brilhou e o Botafogo saiu de campo com um empate em 1 a 1 com o Grêmio,
neste domingo, no Olímpico. O atacante, de apenas 18 anos, foi
contratado no mês passado e fez apenas seu segundo jogo com a camisa do
clube, marcando seu primeiro gol (veja o vídeo). Ele entrou faltando 10 minutos para o fim do jogo no lugar do volante Renato.
O gol saiu em uma jogada inividual, aos 45 minutos o segundo tempo.
Bruno Mendes se livrou de dois marcadores e chutou de fora da área no
canto esquerdo de Marcelo Grohe. Foi a sua única finalização no jogo.
- Entrei no fim para fazer diferença. O professor conversou comigo e
falou para eu partir para cima. Deu certo, fui feliz e pude marcar o gol
- explicou Bruno, em entrevista à Rádio Globo.
O atacante pertencia ao Guarani e foi contratado por empréstimo até o
fim do ano que vem. Comprado por um grupo de empresários, está vinculado
ao Macaé, com contrato até setembro de 2017. Se ele for negociado
enquanto estiver no Botafogo, o clube tem dinheiro a um percentual.
Com o resultado deste domingo, o Botafogo se manteve na oitava
colocação no Campeonato Brasileiro, com 41 pontos. O time volta a jogar
quinta-feira, no Engenhão, contra o Vasco.
Gols de Fred e Gum, em lances discutíveis de arbitragem, rendem virada ao Tricolor: 2 a 1 sobre a Macaca em São Januário
A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
Com uma dose considerável de sofrimento e outro punhado de polêmica, o
Fluminense manteve nove pontos de folga sobre seu concorrente mais
próximo, que agora é o Atlético-MG. O líder do Brasileirão venceu a
Ponte Preta por 2 a 1, de virada, após levar gol no primeiro minuto da
partida em São Januário. Os lances do triunfo tricolor foram
questionáveis: o de Fred nasceu de um pênalti inexistente, em toque de
mão de Luan, e o de Gum se originou em falta discutível sobre Marcos
Junior.
A atuação do Fluminense, que jogou diante de 16.029 pagantes, não foi
das melhores. Ganhou mais no sufoco do que na qualidade depois de Luan
abrir o placar para a Ponte Preta - que mais matou tempo do que jogou
futebol no segundo tempo. No fim, alívio para o líder, que conseguiu
manter a distância de nove pontos sobre o Atlético-MG (68 contra 59),
que também virou seu jogo - 2 a 1 sobre o Sport. O Grêmio, outro
concorrente, empatou por 1 a 1 com o Botafogo e ficou com 57. É
justamente o próximo adversário do Flu, quarta-feira, no Engenhão.
A Ponte Preta segue com 37 pontos. É a 14ª, dez à frente da zona de
rebaixamento. O time de Campinas volta a campo na quinta-feira, no
Recife, contra o Sport.
O Fluminense, até este domingo, havia saído atrás no placar em seis das
29 partidas. E virara apenas uma delas. A segunda veio em uma cabeçada
de Gum aos 43 minutos do segundo tempo.
- Papai do Céu tem me abençoado. Sou um cara feliz, é um momento
especial, e fico feliz de poder ter feito esse gol decisivo e ajudado o
Fluminense nessa reta final do campeonato, que é muito difícil. Nós
queremos o título - afirmou Gum.
Fred fez seu 15º gol no campeonato, o quarto de pênalti, e continua
empatado com o são-paulino Luis Fabiano, que marcou na vitória por 2 a 0
sobre o Figueirense. Bruno Mineiro, da Portuguesa, tem 14.
Zagueiro voador: Gum abre braços para comemorar gol de cabeça (Foto: Dhavid Normando/Photocamera)
Gol precoce
Três toques de perna direita: o domínio, a ajeitada para encaixar o
corpo e a conclusão. Um segundo de viagem no espaço para a bola: da
chuteira de Luan até o ângulo de Diego Cavalieri. E uma revolução nas
perspectivas do líder do Campeonato Brasileiro para a partida em São
Januário. Com um minuto de jogo, o golaço do atacante da Macaca já
deixou o Fluminense na obrigação de uma virada.
O time tricolor não está acostumado a sair atrás no placar. Mas não
tinha jeito: era tentar mudar o panorama ou sofrer com a desconfiança da
aproximação dos rivais na tabela. O gol modificou o comportamento
habitual do Fluminense, que ficou mais apressado. Um exemplo: alçou 14
bolas na área apenas no primeiro tempo, contra 18 do jogo inteiro na
rodada anterior, diante do Bahia. Mesmo assim, a bola mal chegou a Fred,
que somou apenas três passes nos 45 minutos iniciais.
A Ponte não se constrangeu: abraçou a vitória parcial, mesmo tão cedo, e
tratou de tomar conta dela. Quatro jogadores levaram cartão amarelo
antes do intervalo - ou por matar jogadas do adversário, ou por ganhar
tempo, caso do goleiro Edson Bastos.
A necessidade de virada não deu ao Fluminense as armas necessárias para
emparedar a Ponte. A posse de bola foi dividida quase ao meio: 52% para
os cariocas, 48% para os campineiros. Mas o Tricolor teve lá suas
chances.
Duas delas foram claras. Na primeira, Wagner recebeu pela esquerda e
concluiu cruzado, muito perto da trave esquerda de Edson Bastos. Na
segunda, Digão surpreendeu ao chegar ao ataque e bater colocado,
buscando o ângulo. O goleiro da Ponte voou para espalmar a escanteio.
Fred comemora em São Januário o seu 15º gol no nacional (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)
Pressão e virada
Abel Braga percebeu que seu sistema ofensivo, com Rafael Sobis
intercalado com Wellington Nem na aproximação a Fred, não funcionou no
primeiro tempo. Wagner também foi discreto. Por isso, o treinador
decidiu tirar Sobis e colocar Marcos Junior já na largada do segundo
período.
O Fluminense sabia que precisava pressionar seu oponente até o limite
do suportável. E a Ponte tinha consciência de que os três pontos valiam
ouro. O time visitante resolveu radicalizar um processo já visível no
primeiro tempo: matar o máximo possível de tempo.
O projeto da Macaca deu mais certo do que o do Flu até os 30 minutos - e
fracassou depois. A Ponte demorou para ser encaixotada em sua defesa. O
Tricolor teve muito mais posse e, justamente por isso, criou suas
chances. Mas aí apareceu Edson Bastos. O goleiro da Ponte fez duas
grandes defesas antes de a segunda etapa chegar à metade: uma em
conclusão de Wellington Nem, livre na área, outra de reflexo, em desvio
perigoso da defesa.
Conforme passava o tempo, aumentava o sufoco imposto pelos tricolores.
Para piorar o drama da Ponte, Wendel foi expulso. Mas o gol do Flu não
saía. Fred mandou cobrança de falta a milímetros da trave esquerda da
Ponte. Incrível.
Passava dos 30 minutos, e Samuel era a última esperança do Flu. Pois
foi justamente em uma jogada com o atacante que saiu o empate. Ele
desviou na bola, que foi na direção de Luan e bateu em sua mão. O
árbitro deu pênalti. Fred cobrou no meio do gol e igualou o jogo - Edson
Bastos ainda desviou de leve.
O jogo virou uma bomba-relógio. Renasceu a chance de vitória para o
Fluminense. E ela veio com a cabeça de Gum. Marcos Júnior foi ao chão
pela direita em disputa com Renê Júnior. O auxiliar levantou a bandeira
com a mão esquerda, apontando falta de ataque. O árbitro Nielson
Nogueira Dias marcou falta de defesa. Wagner cobrou, o zagueiro desviou,
e o Fluminense garantiu mais uma vitória decisiva na caminhada que
parece destinada a ter o título nacional como ponto de chegada.
Gols de Liedson e Everton no primeiro tempo marcam igualdade no Rio de Janeiro e não mudam panorama das equipes no Brasileirão
A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
Os dois precisavam da vitória - o Cruzeiro pela esperança, o Flamengo
pelo alívio. Nenhum conseguiu. O empate por 1 a 1 no Engenhão, neste
sábado, manteve o time carioca atento ao que acontece nas redondezas da
zona de rebaixamento e deixou a Raposa estagnada no meio da tabela,
distante do G-4. Liedson e Everton marcaram os gols da partida.
O Flamengo criou mais, teve maior presença ofensiva, foi mais perigoso
nas tentativas a gol - e teve um gol de Liedson mal anulado pela
arbitragem. Agora com 36 pontos e há quatro jogos sem vencer, o time
subiu para a 14ª colocação, mas cairá um degrau neste domingo, já que
Coritiba e Bahia (ambos com 35) se enfrentam.
- Errar é humano, mas esse erro nos custou caro, dois pontos - afirmou Liedson após a partida.
O Cruzeiro preferiu apostar nos contra-ataques e levou perigo em
algumas oportunidades, obrigando o goleiro Felipe a fazer três defesas
difíceis - mais do que o cruzeirense Fábio, que teve duas. Em nono
lugar, os mineiros têm 40 pontos e estão a dez de distância do quarto
colocado Vasco, que enfrenta o Santos neste domingo.
- Será muito difícil (alcançar o G-4), mas ainda podemos. Sabemos que,
pelo contexto dos jogos anteriores, que foram difíceis, será complicado.
Fizemos um bom jogo fora de casa, conquistamos um ponto, que não é nada
fácil. Agora é se preparar para enfrentar o Corinthians em casa
Na próxima rodada, o Flamengo visita a Portuguesa, enquanto o Cruzeiro
recebe o Corinthians. Os dois jogos são às 22h de quarta-feira.
Não foi dia de Love: atacante deu assistência sem querer e perdeu gol feito (Foto: Marcio Alves/Ag.Globo)
Dois gols, dois comportamentos
Troca de papéis: o cruzeirense Montillo persegue o volante Airton (Foto: Luciano Belford / Futura Press)
Polêmicas
O panorama do início do primeiro tempo foi repetido na largada da etapa
final, com o Flamengo novamente superior ao Cruzeiro. Desta vez, porém,
o time rubro-negro martelou em vão em busca do gol. E não se pode dizer
que o time de Dorival Júnior não tentou. Arriscou com chute de Ramon,
com cabeceio de Liedson, com batida de Cleber Santana, com conclusão de
Vagner Love. E nada.
A chance mais clara foi com Love. Ele recebeu livre na área, pela
esquerda, após assistência de Cleber Santana. Mas o chute foi fraco, nas
mãos de Fábio - pouco antes, o Cruzeiro tinha dado uma rara escapulida
ao ataque, com chute de Montillo e defesa de Felipe.
Não era o dia de Love. Nem quando dava sorte, ele conseguia fazer o
gol. Em falha da defesa cruzeirense, a bola sobrou para o atacante, que
aproveitou desvio na defesa para pegar o contrapé de Fábio. Mas o
goleiro conseguiu se recuperar mesmo assim. No cantinho inferior
direito, esticou os dedos para mandar a bola a escanteio.
O jogo, aos poucos, foi esquentando. As duas equipes pediram pênaltis. E
o Flamengo ainda lamentou um gol mal anulado. Liedson, na segunda
trave, aproveitou desviou de cabeça e mandou para a rede aos 39 minutos.
Diego Renan dava condições. Mas a arbitragem viu impedimento.
Com isso, a pressão final das duas equipes, especialmente do Flamengo,
se tornou inútil. E as duas equipes fecham o sábado estacionadas no
Brasileirão.
Atuando entre os meio-pesados,
brasileiro aumenta sua série de vitórias para 17 e impõe primeiro
nocaute ao 'Psicopata Americano'
Por SporTV.comRio de Janeiro
Já dizia uma famosa propaganda de sutiãs que "o primeiro a gente nunca
esquece", No caso de Bonnar, a estreia foi bem menos romântica que a
sugestão do comercial brasileiro. Após 14 lutas no UFC sem saber o que
era ser nocauteado ou finalizado, Stephan Bonnar finalmente foi "apresentado" por Anderson Silva
a uma derrota sem ser por pontos. O maior lutador de MMA do mundo teve
novamente uma atuação impecável e brindou o público que lotou a Arena da
Barra com um show, que culminou com mais uma vitória - a 17ª seguida,
sendo 16 pelo UFC, e a 33ª da carreira - contra um rival que é conhecido
como "Psicopata Americano", pela forma aguerrida com que sempre
enfrentou seus adversários.
Anderson Silva, UFC RIO III (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Com uma linda joelhada, seguida de alguns socos, aos 4m40s do primeiro
round, o Spider obrigou o árbitro a encerrar o combate, decretando o fim
da luta, para delírio dos fãs, que gritavam o seu nome e festejavam
mais uma vitória do fenômeno brasiileiro, desta vez pela categoria
meio-pesado, uma acima da dos médios, na qual Anderson reina absoluto
desde 2006, com dez defesas de cinturão - recorde do UFC.
- Eu não sou o melhor não, mas sou o capaz de fazer o que muitas
pessoas não acreditam. Team Nogueira! Lutei nessa categoria só hoje para
salvar o evento. Minha categoria é 84 (kg) e é nela que vou me manter -
disse o Spider após a luta.
A luta
No primeiro round, Bonnar seguiu a linha de Chael Sonnen dentro do
octógono, pressionando Anderson contra a grade e tentando a queda, mas
sem ter sucesso. O americano soltava golpes, mas se desgastava, e o
Spider quase surpreendeu derrubando seu oponente. O brasileiro se livrou
da pressão do Psicopata Americano, mas voltou e encostou na grade como
forma de provocar. Parecia que o Spider não queria lutar, só se
esquivando. Mas a genialidade apareceu quando ele quis. Uma joelhada
devastadora em Bonnar, que caiu. Mais alguns socos e fim de luta. Mais
uma vitória para a conta.
Alemão da RBR conquista terceira vitória
seguida e supera espanhol da Ferrari na classificação do Mundial a
quatro etapas do fim. Bruno Senna é 15º
Por GLOBOESPORTE.COMYeongam, Coreia do Sul
A quatro etapas do fim, a temporada 2012 tem um novo líder, e ele se chama Sebastian Vettel.
Neste domingo, o alemão venceu o GP da Coreia do Sul - 16ª etapa do campeonato - e desbancou Fernando Alonso, que liderava a classificação desde a oitava prova do ano. Após ultrapassar o companheiro Mark Webber
na largada, Vettel passeou em Yeongam até receber a bandeirada do
rapper coreano PSY, em versão bem mais contida que a dancinha do hit
“Gangnam Style”, que dominou o circo da Fórmula 1 durante todo o fim de
semana. Vettel emplacou seu terceiro triunfo consecutivo, um domínio que
lembra a soberania da RBR em 2011, e virou o jogo sobre Alonso: chegou
aos 215 pontos na tabela de classificação e agora está seis à frente do espanhol, terceiro colocado na corrida.
Desta vez, Felipe Massa
não subiu ao pódio como no Japão. Mas voltou a fazer uma boa prova,
mostrando estar em ascensão. Após largar da sexta posição, o brasileiro
ultrapassou Kimi Raikkonen (Lotus) na primeira volta, ganhou a posição
de Lewis Hamilton (McLaren) e chegou em quarto. De quebra, apresentou um
ritmo mais forte que o de Alonso durante toda a disputa. No fim, chegou
a dar um calor no espanhol, ficando a um segundo de distância e fazendo
a Ferrari pedir pelo rádio para pegar mais leve. “Felipe, você está
mais rápido que Fernando. Por favor, segure a onda”, disse Rob Smedley,
engenheiro do brasileiro. Ficou claro que teria condições de lutar pelo
pódio caso o companheiro de time não estivesse na briga pelo título. O
resultado também foi importante para o time de Maranello, que tomou a
vice-liderança da McLaren no Mundial de Construtores (campeonato que rende boas cifras às equipes) e para o próprio Felipe, cada dia mais perto de renovar o contrato para 2013.
Com os carros da Williams em dia ruim, Bruno Senna ficou apenas com a
15ª colocação, logo atrás de seu parceiro, Pastor Maldonado - não sem
antes tentar um bote no venezuelano nas voltas finais.
Rapper coreano PSY dá bandeirada para vitória de Vettel no GP da Coreia do Sul (Foto: Reuters)
Depois de ser surpreendido e perder a pole para Webber no sábado,
Vettel rapidamente deu o troco. Ultrapassou o companheiro de RBR logo na
primeira curva e, em seguida, administrou a corrida para cruzar a linha
de chegada oito segundos à frente do australiano. Sem ameaçar os carros
da equipe austríaca em nenhum momento, Alonso completou o pódio, a 14s
de Vettel. Massa terminou logo atrás. Em quinto, apareceu Kimi
Raikkonen, para marcar pontos pela 15ª vez no campeonato, seguido por
Nico Hulkenberg, um dos destaques da prova, com a Force India.
Lewis Hamilton sofreu com os desgastes dos pneus da McLaren, terminou
em décimo e praticamente deu adeus à briga pelo título. Mesmo assim,
chamou a atenção por protagonizar grandes duelos e devido a um fato
inusitado: completou a corrida com o pedaço de um tapete de grama
sintética preso na lateral do carro após recolhê-lo na área de escape do
circuito.
O próximo capítulo da luta de Vettel e Alonso pelo tricampeonato
mundial tem data marcada: dia 28 de outubro no GP da Índia, 17ª etapa da
temporada. A corrida no Circuito Internacional de Buddh está programada
para as 7h30m (horário de Brasília) e terá transmissão ao vivo da TV
Globo. O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real.
Primeira volta movimentada
Foi uma primeira volta de tirar o fôlego, com intensas disputas na
estreita pista de Yeongam. Apesar de estar na parte suja do traçado,
Vettel largou melhor que Webber e tomou a ponta na primeira curva. Mesmo
com o companheiro de RBR na briga pelo título, o australiano não
aliviou: nas curvas seguintes, tentou dar o troco no alemão, sem
sucesso.
Logo atrás, Hamilton, Alonso, Raikkonen e Massa protagonizaram belos
duelos, e os quatro carros praticamente ficaram lado a lado. Melhor para
a dupla da Ferrari: Alonso ganhou a terceira posição de Hamilton,
enquanto Massa tomou o quinto lugar de Raikkonen.
PSY foi figura onipresente no GP (Foto: AFP)
No pelotão intermediário, Button penou com a dupla da Sauber. Foi
tocado pelo seu futuro companheiro de McLaren, Sergio Pérez, na primeira
curva. Na sequência, foi acertado em cheio por Kobayashi e deixou a
corrida. Com a asa dianteira danificada, o japonês precisou ir para os
boxes, caiu para o fim do pelotão e, voltas depois, ainda foi punido com
drive through. Nico Rosberg também foi tocado no incidente e abandonou a
prova na volta seguinte. Partindo de 17º, Bruno fez uma excelente largada: conseguiu desviar da
batida, ganhou mais duas posições e completou a primeira volta em 12º.
Só não ganhou mais posições que Daniel Ricciardo, da STR, que pulou de
21º para 15º. Já Grosjean, o “maluco da primeira volta”, cumpriu o
prometido. Foi extremamente cauteloso, não mudou de linha na largada e
não se envolveu em nenhum acidente. Com a Mercedes de Rosberg parada na saída da curva 3, a direção de
prova não permitiu o uso da asa móvel até conseguir remover o carro, o
que aconteceu na 10ª volta - até lá, poucas ultrapassagens. Com a asa móvel liberada, os duelos voltaram, com destaque para as
brigas entre Ricciardo e Senna pela 13ª posição e Schumacher e Di Resta
pelo 10º lugar. Enquanto isso, Vettel imprimiu uma boa sequência e abriu
boa vantagem sobre Webber na ponta. Se Grosjean passou ileso na primeira volta, quase bateu nos boxes. Ao
sair dos pits, por pouco não acertou a Force India de Hulkenberg. A primeira rodada de pit stops não provocou mudanças no pelotão da
frente. Hamilton foi o primeiro a parar, na 13ª volta. Uma passagem
depois, foi a vez de Webber, Massa e Raikkonen. Na sequência, Vettel e
Alonso foram aos boxes. Vettel voltou na ponta com tranquilidade,
seguido de Webber, Alonso e Hamilton. Massa e Raikkonen retornaram atrás
de Pérez, que ainda não havia parado, e precisaram ultrapassar o
mexicano para assumir a quinta e a sexta posições, respectivamente. Na 20ª volta, Grosjean e Maldonado, pilotos que mais se envolveram em
confusão na temporada, fizeram belo duelo pelo oitavo lugar. O francês
da Lotus levou a melhor.
Logo depois, foi a vez de Massa e Hamilton disputarem posição, num
confronto que rendeu muita confusão em 2011. Desta vez, ambos saíram
inteiros do duelo, e o brasileiro se deu melhor, assumindo o quarto
lugar. Com problemas para imprimir um bom ritmo com a McLaren, Hamilton
ainda sofreu pressão de Raikkonen. O finlandês usou a asa móvel na reta e
passou o britânico. Mas o piloto da McLaren deu o troco sem DRS nem
nada na curva 4 e recuperou a quinta posição com uma linda manobra. A
briga se estendeu por mais seis voltas, até Hamilton parar nos boxes
pela segunda vez. O piloto perdeu tempo no pit em razão de um problema
no pneu dianteiro. Massa aproveitou o duelo entre Raikkonen e Hamilton para abrir vantagem
na quarta colocação. Com uma boa sequência de voltas, se mostrou mais
rápido que Alonso e se aproximou do espanhol. Porém, a Ferrari pediu
para o brasileiro segurar a onda e não ameaçar o companheiro de equipe.
Mais à frente, Vettel passeava. Na 28ª volta, a vantagem para o segundo
colocado, Webber, era de nove segundos.
Felipe Massa chegou a ficar a menos de um segundo de Fernando Alonso (Foto: EFE)
Distração de Vettel Vettel estava tão tranquilo na liderança que pareceu ter relaxado. Na
35ª volta, o alemão se distraiu, freou tarde na curva 3 e deu uma forte
fritada que desgastou o pneu dianteiro direito. Com medo da queda de
rendimento, a RBR logo chamou o piloto para os boxes e antecipou o
segundo pit stop. Massa também realizou sua parada, enquanto Webber e
Alonso visitaram os boxes algumas voltas antes. Uma disputa tripla roubou a cena na 39ª volta. Com pneus desgastados,
Hamilton sofria investidas de Grosjean e fechava a porta. Hulkenberg se
aproveitou da briga e tomou as posições dos dois, subindo para o sexto
lugar. E a luta para segurar o francês da Lotus de nada adiantou. O
britânico precisou para novamente nos boxes em razão da intensa
degradação dos compostos. Voltou no meio do pelotão e precisou
ultrapassar os carros da STR para voltar à zona de pontuação.
Hamilton e o tapete verde De tanto buscar atalhos para ganhar posições, Hamilton acabou se
enroscando com um objeto inusitado: um pedaço de grama sintética que
cobria uma área de escape da pista. Ele seguiu até o fim da prova com o
tapete enganchado em seu carro e ainda precisou segurar a pressão de
Pérez – que o substituirá na McLaren em 2013 – na volta final.
Rapper PSY dá bandeirada na Coreia Depois do susto durante a corrida, Vettel voltou mais atento da segunda
parada. Mesmo assim, não pôde ficar tranquilo até o fim. Por causa de
um grande desgaste do pneu dianteiro, precisou diminuir o ritmo,
administrou a vantagem e recebeu a bandeirada do cantor coreano PSY,
oito segundos à frente de Webber. Alonso completou em terceiro, seguido
por Massa, Raikkonen e Hulkenberg. Grosjean, Vergne, Ricciardo e
Hamilton completaram os dez primeiros.
Sebastian Vettel e Fernando Alonso tem mais quatro etapas à frente na luta pelo título (Foto: AFP)
Confira a classificação final do GP da Coreia do Sul (55 voltas): 1 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1h36m28s651 2 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - a 8s200 3 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 13s900 4 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 20s100 5 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus-Renault) - a 36s700 6 - Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes) - a 45s300 7 - Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault) - a 54s800 8 - Jean-Eric Vergne (FRA/STR-Ferrari) - a 1m09s500 9 - Daniel Ricciardo (AUS/STR-Ferrari) - a 1m11s700 10 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - a 1m19s600 11 - Sergio Perez (MEX/Sauber-Ferrari) - a 1m20s000 12 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - a 1m24s400 13 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 1m29s200 14 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault) - a 1m34s900 15 - Bruno Senna (BRA/Williams-Renault) - a 1m36s900 16 - Vitaly Petrov (RUS/Caterham-Renault) - a 1 volta 17 - Heikki Kovalainen (FIN/Caterham-Renault) - a 1 volta 18 - Timo Glock (ALE/Marussia-Cosworth) - a 1 volta 19 - Charles Pic (FRA/Marussia-Cosworth) - a 2 voltas 20 - Narain Karthikeyan (IND/HRT-Cosworth) - a 2 voltas Melhor volta: Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 1m42s037 Não completaram: Pedro de la Rosa (ESP/HRT-Cosworth) - 17ª volta Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 17ª volta Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 2ª volta Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1ª volta