quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Atual campeão olímpico, México perde e é eliminado pela Coreia do Sul



OLIMPÍADAS RIO 2016


FUTEBOL MASCULINO



Sul-coreanos vencem por 1 a 0 e chegam a sete pontos. Alemanha, que goleou Fiji por 10 a 0, ficou com o segundo lugar do grupo C com cinco e encara Portugal




Por
Brasília




Kwon Changhoon (foto) foi o autor do gol da vitória da Coreia do Sul contra o México (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)Kwon Changhoon (foto) foi o autor do gol da vitória da Coreia do Sul contra o México (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)


A Coreia do Sul sofreu pressão, mostrou competência e garantiu vaga nas quartas de final do torneio olímpico de futebol masculino ao derrotar e eliminar o México, atual campeão olímpico, por 1 a 0. O jogo foi disputado nesta quarta-feira, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Com o resultado, os sul-coreanos chegaram a sete pontos ganhos, dois a mais que a Alemanha, que derrotou Fiji por 10 a 0 e passou na segunda colocação com cinco pontos.
Os mexicanos ficaram em terceiro no grupo com quatro, e assim como a Argentina, campeã olímpica em 2008, também estão fora do torneio.

Com a classificação, os sul-coreanos enfrentam Honduras, segunda colocada do grupo D. O confronto está marcado para este sábado, às 19h, no Mineirão. A Alemanha enfrenta Portugal no Mané Garrincha, às 13h, também no sábado.

Mesmo desfalcado de Oribe Peralta e Rodolfo Pizarro, cortados por lesão, o México partiu para cima da Coreia do Sul e atacou mais no primeiro tempo. As finalizações, no entanto, não acertavam o alvo e os lances de perigo não foram muitos.

Na etapa final, o México seguiu pressionando, em busca de um gol que o classificasse. Assustou em alguns momentos, como em uma cobrança de falta de Carlos Cisneros que passou muito perto da trave aos 24 minutos. Aos 31, veio o castigo coreano: Kwon Changhoon pegou um rebote de escanteio, tirou dois mexicanos com um toque só na bola e encheu o pé esquerdo. A bola estufou a rede do goleiro Talavera.

O gol selou a classificação coreana. O México, que precisava virar o placar, lutou até o fim, mas seguiu errando o alvo quando chegava ao ataque. A Coreia do Sul, quase ampliou em contragolpe, mas nem precisava mais: Estava classificada.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/futebol/noticia/2016/08/na-ponta-coreia-supera-mexico-e-fica-com-primeiro-lugar-do-grupo-c.html

Com jiboias e jacarés na "torcida", golfe inicia disputa nesta quinta-feira



OLIMPÍADAS RIO 2016

GOLFE


Fauna e flora do campo olímpico do Rio viram atração extra para os atletas. Brasileiro terá a responsabilidade de dar a primeira tacada



Por
Rio de Janeiro




Capivara chama atenção em treino no campo olímpico de golfe (Foto: Reprodução/Internet)
Capivara chama atenção do golfista espanhol 
Sergio Garcia (Foto: Reprodução/
twitter Olympic Golf)


Depois de 112 anos fora da agenda olímpica, a disputa do golfe será iniciada nesta quinta-feira, às 7h30, e com a primeira tacada reservada para o brasileiro Adilson da Silva. O local, antes cercado de polêmicas, passou a ser um dos maiores orgulhos para os organizadores do Rio 2016 por causa do trabalho de sustentabilidade feito no local. Golfistas e torcedores vão conviver com uma fauna e flora diferente do que estão acostumados. Durante um treino na última terça, por exemplo, o espanhol Sergio Garcia, sexto no ranking, se encantou com uma coruja-buraqueira e uma capivara e parou para tirar fotos.

Confira o emparelhamento do primeiro dia de competição

Há outros animais bem próximos que os atletas não estão acostumados a conviver durante uma competição. No campo olímpico de golfe há cobras - 30 achadas em um período de dois anos, como jararacas, jiboias e cobras-coral -, os pássaros quero-quero, corujas-buraqueiras, bichos-preguiça e muitas capivaras. Além de jacarés-do-papo-amarelo. Um deles, inclusive, apareceu na beira do lago que fica no meio do campo. De acordo com os responsáveis pela manutenção, não há qualquer risco para os golfistas e para os animais. Os jacarés, por exemplo, têm hábitos noturnos e medo dos humanos, apesar de sua mordida ter a força capaz de quebrar um casco de tartaruga.

Proteção-ambiental_montagem-690 (Foto: Esporte Arte)
Corujas, bichos-preguiça, quero-queros e 
jacarés fazem parte do cenário do golfe 
olímpico (Foto: Esporte Arte)


Além da lagoa principal, a maior e preferida dos jacarés, existe uma menor que tem uma grande importância também, já que serve como fonte para a irrigação do gramado. A área de mangue e restinga, que equivale a 100 vezes a do Maracanã, tinha 80% de sua área degradada por atividades ilegais, como a extração de areia e a construção de blocos de cimento. A ideia dos organizadores, então, foi construir o local com o pensamento de equilibrar as necessidades da competição com a da restauração.

+Fã de futebol e amigo de craques brasileiros, golfista espanhol mira medalha

Por causa deste trabalho de sustentabilidade, a renomada revista "Golf Digest" deu ao campo olímpico do Rio o prêmio "Green Star Award 2016". O público poderá ver de perto o que é feito no local, já que serão realizados tours mesmo durante a competição.


Vento é um dos desafios para os golfistas

A vegetação característica do local é de plantas baixas, e a proximidade com a Lagoa de Marapendi costuma aumentar a força do vento no local, o que virou um dos principais assuntos entre os golfistas. A expectativa é de que a dificuldade aumente bastante.

Proteção-ambiental_montagem-690_2 (Foto: Esporte Arte)
Placas e totens informam sobre a fauna e flora. 
Grade impede a chegada da maioria das 
capivaras (Foto: Esporte Arte)


Alguns dos principais golfistas do mundo não estarão no Rio, como Jason Day, Dustin Johnson, Jordan Spieth e Rory McIlroy, a maioria com a justificativa de que estavam com medo do vírus da Zika. A competição olímpica não dá premiação em dinheiro e não pontua para o ranking mundial, mas há outros grandes atletas na disputa. O Top 10 é formado por: 1 - Bubba Watson (EUA), 2 - Henrik Stenson (SUE), 3 - Rickie Fowler (EUA), 4 - Danny Willett (GBR), 5 - Justin Rose (GBR), 6 - Sergio Garcia (ESP), 7 - Patrick Reed (EUA), 8 - Matt Kuchar (EUA), 9 - Rafa Cabrera Bello (ESP) e 10 - Byeong Hun An (COR).

O Brasileiro Adilson da Silva, número 50 do ranking, vai começar a disputa no mesmo grupo do canadense Graham DeLaet (40) e do sul-coreano Byeong Hun An (10).


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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/golfe/noticia/2016/08/com-jiboias-e-jacares-na-torcida-golfe-inicia-disputa-nesta-quinta-feira.html

Espanholas vencem Ágatha e Bárbara e assumem a liderança do grupo B



OLIMPÍADAS RIO 2016


VÔLEI DE PRAIA



Duplas estavam empatadas com duas vitórias e quatro pontos. Apesar da derrota, brasileiras, em segundo lugar na chave, estão garantidas na oitavas de final no Rio




Por
Rio de Janeiro, RJ



(OBS. DO BLOG:
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DA MATÉRIA ABAIXO)



Atuais campeãs mundiais, Ágatha e Bárbara Seixas enfrentaram uma pedreira pela fase de grupos e sofreram a primeira derrota na Olimpíada. Em um duelo que valia a liderança pelo grupo B da Rio 2016, a carioca e a paranaense fizeram um jogo equilibrado contra as entrosadas espanholas Liliana Fernandez e a inspirada Elsa Baquerizo. No entanto, pecaram nos momentos decisivos e não evitaram a derrota por 2 sets a 0, com parciais de 21/17 e 22/20, nesta quarta-feira, na Arena de Vôlei de Praia, em Copacabana. Os dois times estavam empatados, contudo, com a vitória, as rivais chegaram a seis pontos, deixando as brasileiras com cinco, em segundo lugar da chave. Apesar do revés, Ágatha e Bárbara estão garantidas nas oitavas de final e mantêm vivas as chances de medalha em casa.
- Elas aproveitaram muito bem (as oportunidades), principalmente, no primeiro set. Demorou um pouquinho para a gente encaixar a nossa virada de bola, e elas foram conseguindo levar essa diferença de pontos. A gente ainda tentou encostar, mas, acho que a diferença no primeiro set, foi a virada de bola. Depois, conseguimos passar melhor, neutralizar o saque delas e até ir para a frente do placar em alguns momentos. A gente defendeu e teve chances de colocar no chão. Por erros nossos, não conseguimos aproveitar isso. Poderíamos ter passado com alguns contra-ataques, mas, não conseguimos efetivar. Houve o mérito delas, lógico, mas saímos desse jogo já olhando o que fizemos de errado, aprendendo para a próxima fase, sem chances de derrota. É vencer ou vencer para continuar no torneio - analisou Ágatha.


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O Brasil é o país com mais medalhas no vôlei de praia nos Jogos Olímpicos. Desde Atlanta 1996, ao menos uma medalha é conquistada por edição pelas duplas verde e amarelas. São 11 no total, sendo duas de ouro, seis de prata e três de bronze.


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Estamos aguentando muito bem, e isso é importante, nos dá confiança para seguir lutando. Acho que isso foi a chave nestas três partidas. É uma honra enfrentar o Brasil neste estádio lotado. Aproveitamos muito o momento. Estamos acostumadas com chuva, até com raios. Noruega, Suíça, Estados Unidos... Aconteceu aqui no Rio também, e para nós é normal"
Liliana Fernandez

A chuva e o vento em Copacabana não foram um obstáculo para as espanholas.

- Estamos aguentando muito bem, e isso é importante, nos dá confiança para seguir lutando. Acho que isso foi a chave nestas três partidas. É uma honra enfrentar o Brasil neste estádio lotado. Aproveitamos muito o momento. Estamos acostumadas com chuva, até com raios. Noruega, Suíça, Estados Unidos... Aconteceu aqui no Rio também, e para nós é normal - disse Liliana.

- Agora vamos esperar acabar a fase de grupos, e esperando seguir ganhando. Estamos com a sensação boa de que demos tudo. Estamos nos Jogos Olímpicos e temos que desfrutá-los - completou Elsa, o grande nome do jogo.

No torneio do vôlei de praia da Olimpíada, cada vitória na fase de grupos vale dois pontos, enquanto a derrota rende um ponto. Os primeiros e segundos colocados de cada chave se classificam para as oitavas de final, assim como os dois melhores terceiros colocados. Os outros quatro terceiros colocados disputam a rodada de "lucky loser", na qual os vencedores avançam às oitavas e completam as 16 duplas na Rio 2016.

Agatha/Bárbara x Liliana Fernandez Steiner e Elsa Baquerizo Macmillan (Foto: Reuters)
Agatha/Bárbara x Liliana Fernandez Steiner 
e Elsa Baquerizo Macmillan (Foto: Reuters)



O JOGO

Sob forte chuva e frio, as atuais campeãs mundiais não tiveram vida fácil no início da partida contra as espanholas. Liliana e Elsa começaram bem e abriram logo 4 a 0. No saque para fora de Elsa, veio o primeiro ponto do Brasil. Um erro de defesa de Ágatha fez a dupla ficar cinco pontos atrás: 6 a 1. Mas era o que faltava para deslanchar. Bárbara soltou o braço, acertou um ace e deixou a equipe de volta no jogo. Elsa respondeu na mesma moeda com um ponto de saque e freou a reação verde e amarela:13 a 8. Com muita categoria, Bárbara enganou as rivais e atacou de manchete, de forma imprevisível, deixando Elsa no chão, para delírio da torcida. As brasileiras cresceram e complicaram as espanholas com o saque de Ágatha. Dois aces e uma pancada, sem chances de defesa, as fizeram encostar no placar: 14 a 13.

Agatha/Bárbara x Liliana Fernandez Steiner e Elsa Baquerizo Macmillan (Foto: Reuters)
Liliana Fernandez Steiner e Elsa Baquerizo 
Macmillan tiraram invencibilidade de 
Ágatha e Bárbara (Foto: Reuters)


O equilíbrio dava o tom da disputa, e intensos ralis levantaram o público em Copacabana. Liliana levou a melhor em um deles e colocou no fundo de quadra para fazer 19 a 16. A espanhola vibrou como se fosse um matchpoint. Bárbara atacou na linha, o juiz deu fora, e o desafio comprovou o ponto das espanholas, que chegaram ao 20º. A carioca e a paranaense tentaram evitar o setpoint das rivais, mas Elsa acertou na diagonal e fechou a parcial: 21 a 17.

O jogo continuou acirrado, com a torcida empurrando as brasileiras, que fizeram 4 a 2 com uma pancada de Ágatha. A paranaense atacou por cima do bloqueio e acertou no fundo da quadra, abrindo, inspirando a parceria a repetir a dose em seguida, acertando na linha: 6 a 3. As espanholas imprimiram força no ataque, porém, as brasileiras se mantinham firmes na defesa. Depois de ficar na cola das adversárias com uma cortada, Elsa sacou em cima da rede e deu um ponto de graça: 8 a 6.
Na sequência, a espanhola se redimiu do erro, empatou e virou o placar: 9 a 8. Na categoria de Babi, o Brasil arrancou outro empate (10 a 10). A igualdade se manteve até a metade da parcial, quando a carioca acertou na diagonal em cima de Liliana, sem chances de defesa, e no lance seguinte, um ace para deixar o Brasil com dois pontos de vantagem: 15 a 13.  A carioca e a paranaense lutavam para não deixar a liderança escapar. Toda a vez que as rivais deixaram tudo igual, as donas da casa trataram de abrir ao menos um ponto na frente.

Em um momento decisivo, as espanholas assumiram a dianteira, a torcida entrou em campo. Elsa sentiu a pressão e atacou para fora: 19 a 19. A disputa estava complicadíssima. Quando Baquerizo marcou no ataque e ficou perto de fechar a partida, Babi acertou na diagonal e evitou. As espanholas, juntas desde 2007, quando ainda jogavam pelas categorias de base, e primeira dupla feminina do país nos Jogos, em Londres 2012, fizeram valer o entrosamento no fim. Inspirada, Elsa soltou o braço e fez 22 a 20 para selar a vitória por 2 a 0.

Agatha/Barbara Seixas (Foto: Paul Gilham/GettyImages)
Ágatha e Bárbara Seixas, em segundo lugar do 
grupo B, estão garantidas nas oitavas 
(Foto: Paul Gilham/GettyImages)



FONTE:

Robenilson bate argelino por decisão dividida e avança às oitavas de final




OLIMPÍADAS RIO 2016


BOX


Confronto é pautado pelo equilíbrio, mas brasileiro consegue a vitória e agora enfrenta o perigoso americano Shakur Stevenson, domingo, 12h15 (de Brasília)




Por
Rio de Janeiro



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Após bater na trave em Londres 2012, Robenilson de Jesus teve que suar para manter vivo o sonho de conseguir sua medalha olímpica. O baiano venceu Fahem Hammachi por decisão dividida com o placar de 2 a 1 (29-28, 30-27 e 28-29), conquistando a vaga nas oitavas de final do peso-galo (até 56kg) na Olimpíada Rio 2016. Com o resultado, ele agora enfrenta o americano Shakur Stevenson, promessa americana de 19 anos, nove a menos que o brasileiro. O confronto será domingo, 12h15 (de Brasília).

- A vitória veio. Eu pensava na minha estratégia: de golpear os três assaltos. Mas eu achei a decisão dividida estranha. Eu estudei bastante ele. Esperei ele para aplicar meus golpes, mas ele acabou não vindo. Tive que ter paciência - afirmou Robenilson, após o triunfo.

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A LUTA

Robenilson boxe brasil rio 2016 (Foto: Adrees Latif / Reuters)Robenilson boxe brasil rio 2016 (Foto: Adrees Latif / Reuters)


Com a experiência de duas Olimpíadas nas costas, Robenilson iniciou o duelo com tranquilidade. Batendo e saindo, variando cabeça e linha de cintura e com boa esquiva. Hammachi caminhava mais para a frente, mas tinha dificuldade de entrar no raio de ação do brasileiro. Utilizando a boa envergadura, Robenilson trabalhou bem os jabs e ganchos, enquanto o argelino disparava cruzados. Alguns na guarda do brasileiro, outros no vazio. Nos segundos finais, Hammachi conectou boa direita.

Hammachi começou o segundo assalto da mesma forma que terminou o primeiro. Colocando pressão e tentando ditar o ritmo da luta. Ele acertou o primeiro golpe contundente da parcial, mas Robenilson respondeu e passou a ficar mais ativo. Uma combinação de jab e direto no contragolpe entrou certeira no rosto do argelino, que respondeu após esquivar de um uppercut. Hammachi seguia caminhando para a frente, mas o brasileiro já estava mais ligado para contragolpear e voltou a mostrar boa postura defensiva no fim do round.


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O argelino prosseguiu tentando pressionar no terceiro assalto, mas Robenilson esquivava bem e encontrou o tempo certo para contragolpear. O brasileiro ganhou confiança no decorrer do round e combinou bons golpes. Hammachi respondeu com uma dura direita, mas quase foi levado a knockdown em um contra-ataque impecável de Robenilson. Com a vantagem assegurada no round final, o brasileiro apenas administrou os últimos segundos.

Robenilson de Jesus (Foto: AP Photo/Frank Franklin II)
Robenilson de Jesus vai enfrentar Shakur 
Stevenson nas oitavas de final (Foto: 
AP Photo/Frank Franklin II)


FONTE:

STJD pune Fagner com um jogo e suspende Heber por 20 dias



Lateral-direito do Corinthians leva gancho pelo carrinho aplicado em Ederson, do Flamengo, em 3 de julho. Árbitro, que não marcou falta, pega pena mais longa




Por
São Paulo


(OBS. DO BLOG:
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DA MATÉRIA ABAIXO)



Por uma jogada ocorrida em 3 de julho durante Corinthians 4 x 0 Flamengo, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) puniu Fagner, lateral-direito do Corinthians, com um jogo e suspendeu o árbitro Heber Roberto Lopes por 20 dias.
Na ocasião, Fagner deu um carrinho por trás no atacante Ederson, do Flamengo, na partida disputada na arena corintiana – Heber não marcou falta (veja vídeo acima). Os dois foram denunciados no fim do mês passado pelo tribunal esportivo.

VEJA A TABELA DO BRASILEIRÃO

Os dois punidos devem entrar logo com pedidos de efeitos suspensivos.
No julgamento, realizado em São Paulo por causa da realização da Olimpíada no Rio de Janeiro, Fagner estava incurso no artigo 254 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (praticar jogada violenta), com pena entre um e seis jogos de suspensão.

Fagner Corinthians (Foto: Marcelo Braga)Fagner acompanha o julgamento em São Paulo (Foto: Marcelo Braga)


Heber estava enquadrado em dois artigos: 259 (deixar de observar as regras da modalidade) e 266 (deixar de relatar as ocorrências disciplinares da partida, prova ou equivalente, ou fazê-lo de modo a impossibilitar ou dificultar punição de infratores, deturpar os fatos ocorridos ou fazer constar fato que não tenha presenciado), cujas penas variam de 15 a 360 dias de gancho, além de multas.

Em entrevista ao GloboEsporte.com, o árbitro admitiu ter errado ao não marcar falta.

Fagner sentou-se no banco dos réus e foi questionado sobre o lance em questão. Muito seguro no discurso, o lateral considerou o lance normal e disse não entender a grande repercussão da jogada, já que não foi advertido nem com cartão amarelo. O jogador disse acreditar ainda que não foi responsável pela lesão de Ederson – o atacante não joga desde então, com uma lesão óssea no joelho esquerdo.

– Vai muito da interpretação do árbitro. Tem muitos lances em que faço a mesma jogada e só pego a bola. Tem um contato, mas não é esse contato que ocasiona a lesão do atleta. As coisas acontecem rápido: viso somente a bola, acerto a bola e depois tem contato. Não pensei que poderia acertá-lo, queria acertar a bola. Não foi uma jogada ríspida –  afirmou Fagner, que continuou:

– Teve um jogo com o América-MG em que tomei um carrinho e seguiu o jogo. Teve outros em que não teve essa repercussão tão grande. No meu ponto de vista, foi um lance normal de jogo. Se for olhar, toquei no joelho esquerdo e, no atendimento, ele está com a mão no direito. Teve o lance, ele esfriou os 15 minutos do intervalo e voltou. A lesão não foi pela jogada


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2016/08/stjd-pune-fagner-com-um-jogo-e-suspende-heber-por-20-dias.html

Teo Gutiérrez volta a marcar, Colômbia supera Nigéria e pode enfrentar Brasil



OLIMPÍADAS RIO 2016


FUTEBOL  MASCULINO


Seleção sul-americana faz 2 a 0 e se classifica como segunda colocada do Grupo B




Por
São Paulo



A Colômbia só dependia dela – e não decepcionou. Após dois empates, com Suécia e Japão, venceu o jogo derradeiro pelo Grupo B para confirmar a classificação como segunda colocada: 2 a 0 sobre a Nigéria, já garantida como primeira, nesta quarta-feira, na Arena Corinthians.

O Brasil é o possível adversário nas quartas de final de sábado, novamente em São Paulo, às 22h (de Brasília) – para isso, a seleção de Neymar precisa vencer a Dinamarca e torcer por no máximo um triunfo menor do Iraque sobre a África do Sul. Os nigerianos enfrentarão o segundo da chave às 16h, na Fonte Nova, em Salvador.

Teo Gutiérrez Colômbia Nigéria (Foto: Marcos Ribolli / GloboEsporte.com)
Teo Gutiérrez abriu a contagem para a 
Colômbia contra Nigéria (Foto: Marcos 
Ribolli / GloboEsporte.com)


Autor de gol nos primeiros dois jogos, Teo Gutiérrez abriu o placar logo aos quatro minutos de jogo. O atacante recém contratado pelo Rosario Central recebeu em boas condições e colocou no canto esquerdo. Pabón, em pênalti duvidoso, fechou a conta aos 17 minutos do segundo tempo.

No outro jogo do grupo, o Japão derrotou a Suécia por 1 a 0, gol de Yajima. Os dois estão eliminados.

 
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Teófilo Gutiérrez Colômbia x Nigéria (Foto: AFP)
Atacante é o artilheiro da Colômbia e tem 
três gols, um em cada jogo (Foto: AFP)



FONTE:

‘O que o senhor tem a dizer dos 23 milhões da Odebrecht?’: carta aberta a Serra


FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-que-o-senhor-tem-a-dizer-dos-23-milhoes-da-odebrecht-carta-aberta-a-serra/





http://www.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2016/08/download-600x400.jpg
Corrupto e inepto

Esta é mais uma das Cartas aos Golpistas. No futuro, elas poderão ser reunidas num livro para recapitular o golpe de 2016. O destinatário da presente carta é o chanceler José “23 milhões” Serra.

Caro Serra: imagino que você tenha passado este domingo no telefone. Não para tratar de assuntos nacionais, mas para resolver problemas pessoais.

Se conheço você, você telefonou para todos os donos de empresas jornalísticas para uma operação abafa. Você sempre fez isso na vida: procurar os barões da imprensa para garantir um noticiário amigo, fraternal, positivo.

Não foi fácil, para quem sempre foi protegido, acordar com a notícia de que Marcelo Odebrecht lhe deu 23 milhões de reais em caixa 2 nas eleições de 2010.

Quer dizer: 23 milhões em dinheiro da época. Hoje, são quase 35 milhões.
Você batizou sites independentes como “blogs sujos”. Sujo mesmo é este dinheiro, chanceler, que é apenas parte de um todo colossal.

É um dinheiro viajado. Ele percorreu rotas no exterior para não ser detectado e não pagar imposto, um expediente tão comum entre os plutocratas brasileiros e seus fâmulos, como você.
Sim, você é um fâmulo da plutocracia, a exemplo de seus companheiros de partido Aécio, FHC e Alckmin.

E é também a pior espécie de corrupto. O demagogo, o cínico, o hipócrita, aquele que à luz do sol brada contra a corrupção e na escuridão faz horrores.

Penso em seu caso e lembro o de Feliciano, o pastor. O moralista inflamado que pregou castração química para estupradores está no centro de um escândalo de tentativa de estupro. O mesmo homem tão intolerante em relação à vida sexual alheia escreveu, segundo um print gravado pela acusadora, que a “carne é fraca”.

Sim, a carne é fraca, chanceler. Nos faz desejar não apenas corpos, como aparentemente foi o caso do pastor, mas também cargos acima de nosso talento e de nossas possibilidades.
É seu caso.

Há muitos anos você trava um duelo de vontades com os brasileiros em torno da presidência da República. Você acha que nasceu para ser presidente não se sabe com base em que: votos não. Você não tem votos para tanta ambição, e nem competência. Você não foi capaz de conter sequer os pernilongos quando prefeito de São Paulo.

Em sua louca cavalgada presidencial, você chegou até a simular ter sido vítima de um atentado. Foi o infame Atentado da Bolinha de Papel. Nem a Globo, que contratou um especialista para confirmar a mentira, conseguiu evitar que o episódio passasse para a história como uma das maiores trapaças de uma campanha presidencial.

E agora, para culminar uma carreira sórdida, você é um dos baluartes do golpe.
Volto à expressão que você usou para designar os sites independentes. Não apenas um golpista — mas um golpista sujo.

Sinceramente.
Paulo


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Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

E se Dilma não tivesse participado da farsa de um julgamento corrompido?


FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/e-se-dilma-nao-tivesse-participado-da-farsa-de-um-julgamento-corrompido-por-paulo-nogueira/


A alternativa era deslegitimizar radicalmente o embuste



Condenada a priori
Condenada a priori

Que você deve fazer diante de uma farsa? Diante de um julgamento em que será inapelavelmente condenado, não importa se culpado ou inocente?

Há duas alternativas. Uma é legitimar a farsa. Participar dela. Constituir um advogado que defenderá você como se houvesse qualquer chance de salvá-lo. Apresentar a defesa diante de seus carrascos, como se o julgamento não fosse de mentirinha. E saber que o veredito será culpado.

A alternativa é denunciar o embuste. Aproveitar os microfones e dizer o que está acontecendo. Tirar toda chance de legimitização da trapaça dusfarçada de julgamento.

Enfrentar os falsos juízes, em suma. Sem metáforas, sem meias palavras, sem hesitação. Com a verdade, com a sinceridade, com a coragem cívica de quem se bate por uma causa da naciolidade, muito mais que por um interesse pessoal e localizado.
Combater o bom combate. E tombar de pé, se perder.

Dilma optou pela primeira saída. Legitimou o circo. Fez parte dele.

O que teria acontecido se ela tomasse o outro caminho?
Me ocorre, como resposta, Sócrates diante de seus discípulos ao tomar a cicuta que o forçaram a tomar. Suas palavras foram registradas por um deles, o maior aliás, Platão, no livro Fédon.

Sócrates os consolava diante da morte iminente. E disse mais ou menos o seguinte:

“Aqui nos despedimos. Qual destino é o melhor, o de vocês ou o meu, jamais saberemos.”

O mesmo se aplica à atitude de Dilma. Se teria sido melhor participar da encenação da plutocracia corrupta ou repudiá-la energicamente, jamais saberemos.

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Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

O fio de esperança para Dilma e o tapa na cara do Supremo


FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/o-fio-de-esperanca-para-dilma-e-o-tapa-na-cara-do-supremo


"O Judiciário brasileiro, por omissão, se recusa a coibir o golpe e fazer respeitar a Constituição do próprio pais", diz Wadih Damous. Deputados esperam que OEA restabeleça direitos de Dilma como fez com o prefeito de Bogotá, na Colômbia


Jornal GGN - Parlamentares contrários ao impeachment de Dilma Rousseff (PT) protocolaram, em Washington, um pedido de liminar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH-OEA) para restabelecer imediatamente o mandato da presidente eleita antes que o processo de afastamento seja concluído pelo Senado. De acordo com os deputados, pedir socorro no exterior foi necessário porque o Judiciário brasileiro "lavou as mãos diante do golpe".
"O Poder Judiciário, através do Supremo Tribunal Federal, entende que não deve se meter no impeachment. O Supremo se meteu apenas para ditar regras regimentais, mas tem dito que esse processo é político e que, em nome da separação dos poderes, não pode interferir na decisão do Senado", disse o deputado Wadih Damous (PT).
Para ele, essa postura do Supremo significa que "nega-se o acesso da presidente Dilma a um tribunal superior. Nega-se a proteçao judicial à presidenta. O Supremo nega-se a exercer o controle de convencionalidade, ou seja, [averiguar] se o parlamento brasileiro obedece à normatividade do Pacto de San José da Costa Rica, da Convenção Interamericana de Direitos Humanos [ que protege direitos políticos]. O Supremo, por omissão, se recusa a coibir o golpe e fazer respeitar a Constituição do próprio pais."
Dilma foi transformada em ré por crime de responsabilidade fiscal no Senado na madrugada desta quarta (10). A expectativa é de que no dia 29 de agosto, os senadores procedam à votação final, ou seja, decidam se as pedaladas fiscais e a edição de decretos suplementares são suficientes para derrubar Dilma e consolidar Michel Temer (PMDB) na presidência até o final de 2018. 
QUEM DIZ QUE É CRIME?
A acusação contra Dilma guarda uma série de controvérsias no mérito. A começar pela polêmica: quem define que as pedaladas e os decretos são criminosos? O Congresso sequer chegou a rejeitar o exercício fiscal assinado pela petista em 2014 e 2015. O que há são apontamentos do Tribunal de Contas da União, que fez vista grossa para as mesmas ações quando foram tomadas por outros presidentes.
Além disso, lembrou o deputado federal Paulo Teixeira (PT), o Ministério Público Federal foi provocado a analisar seis tipos de pedaladas de Dilma e concluiu que elas não representam crime fiscal, dolo ou desrespeito ao Congresso por parte da petista. Mas a absolvição de Dilma, nesse sentido, foi simplesmente ignorada pelo relator do impeachment no Senado, o tucano Antonio Anastasia.
O Supremo, segundo os parlamentares, piora a situação ao deixar nas entrelinhas que não irá entrar no mérito da acusação contra Dilma.
GOLPE DE ESTADO
"Não tem lei prevendo que conduta adotada por Dilma é ilegal, portanto o afastamento é ilegal", disse Teixeira. Ele ainda lembrou que o processo foi irregular por se tratar de uma retaliação de Eduardo Cunha e PMDB. "Ela está sendo retirada [da presidência] sem a comprovação de crime. Pela Constituição, isso é golpe", endossou.
Wadih Damous foi na mesma linha de pensamento ao anunciar o recurso a OEA: "Vivenciamos um golpe de Estado que conta com partipação do Senado, da Câmara e, infelizmente, com a omissão do Judiciário brasileiro. Por isso, resolvemos, como prevê tratados internacionais, mais particularmente o Pacto de San Jose da Costa Rica, buscar socorro institucional da OEA."
Damous explicou que o pedido de urgência foi feito a OEA porque "se o processo de impeachment for até o fim e o Senado decidir no mérito, vai tornar o afastamento de Dilma um dano irreparável."
"Aguardamos a decisão da Comissão Interamericana, esperando que a ela decida antes que o Senado vote o impeachment, o que deve ocorrer no final de agosto."
VIOLAÇÃO DE DIREITOS
Uma das exigências para que se a CIDH-OEA possa interferir em casos que ocorrem nos países signatários é que tenha ocorrido o "esgotamento das possibilidade de garantias dos direitos no país", disse Paulo Pimenta (PT). "Nós identificamos conjuntos de violações na Câmara, no Senado e no âmbito do Supremo", acrescentou.
Segundo ele, há entendimento na Corte Interamericana de que a lesão a direitos políticos é uma lesão a direitos humanos. "Nós queremos que a Constituição e a democracia sejam garantidas, e Dilma sofre diretamente a lesão ao ser afastada do mandato lhe conferido pela maioria nas urnas." A presidente assina o termo de conformidade, que é a ciência de que o requerimento foi protocolado na OEA.
ESPERANÇA
Segundo os deputados, há esperança de que a decisão da OEA possa favorecer Dilma como ocorreu no caso do prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, que foi afastado do cargo por decisão de um procurador que investigava improbidade administrativa. Em abril de 2014, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos obrigou o Tribunal Superior de Bogotá a restabelecer o mandato.
Segundo Paulo Teixeira, se a OEA decidir pela restituição de Dilma, o Brasil, como signatário, terá de cumprir a ordem sob pena de deixar de participar do sistema interamericano e outros de nível internacional. "A própria Corte pode estabelecer sanções, mas o Brasil está obrigado a cumprir qualquer decisão", reafirmou Damous.
Os parlamentares ainda lembraram do caráter político da derrubada de Dilma, citando que o processo foi deflagrado por Eduardo Cunha (PMDB) num contexto de ameaça de retaliação do então presidente da Câmara caso o PT não o ajudasse a fugir da cassação. Além disso, Romero Jucá (PMDB) foi flagrado em grampos da Lava Jato traçando um plano para "trocar o governo" antes que a operação derrubasse a cúpula do partido.
IMUNIDADE
Se o impeachment se consolidar, Michel Temer ganhará imunidade processual. Isto significa que todas as denúncias que surgiram contra ele na Lava Jato não poderão ser investigadas enquanto ele ocupar a presidência da República.
GAME OVER
A decisão de recorrer a OEA surgiu no mesmo dia em que a grande mídia publicou que o ex-presidente Lula desembarcou em Brasília para discutir com Dilma o "pós-impeachment". Jornais noticiaram que para Lula e o PT, o jogo do impeachment está perdido e a preocupação, agora, é reduzir os danos à imagem de Dilma e da própria legenda.
Lula também precisou recorrer a um órgão internacional para ter direitos preservados. Ele denunciou abusos da Lava Jato à Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (CDH-ONU), mas deve aguardar dois anos até uma decisão.

Sérgio Moro: a caixa de Pandora, mídia e caso Watergate da Lava Jato


FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/sergio-moro-a-caixa-de-pandora-midia-e-caso-watergate-da-lava-jato









Jornal GGN - Antes de passar a fala ao juiz da Lava Jato, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, introduziu afirmando que se as instituições do poder estivessem funcionando adequadamente, o Brasil não precisaria de heróis. "Só se precisa de 'heróis' quando as instituições não funcionam e, parafraseando [Bertolt] Brecht, 'triste é o país que precisa de heróis', nós precisamos mesmo é de instituições", completou.
 
Em seguida, teve a palavra Sérgio Moro, em evento realizado pelo Instituto de Diálogos Constitucionais, nesta terça-feira (09). Com uma apresentação marcada por demonstrações de vaidades, iniciou falando que descobriu que sempre que é convidado para um evento e não aborda a Operação Lava Jato "há uma frustração". 
 
Em mais de uma hora de palestra no Centro Universitário UniCEUB, em Brasília, Moro fez um resumo e balanço dos casos investigados e julgados até agora pela Vara Federal de Curitiba, relacionados à Petrobras, deixando escapar detalhes sobre a forma controversa de conduzir esses trabalhos.
 
Lembrou, por exemplo, que em 17 de março de 2014, ele não teria ideia da oportunidade que viria pela frente, no andamento das investigações. "Como todo caso criminal, começou pequeno. Inicialmente se investigavam quatro indivíduos. A Polícia federal no curso dessa investigação literalmente tropeçou na prova de que um desses indivíduos, suposto lavador profissional, teria conexões e relações com um ex-diretor da Petrobras", disse.
 
Foi nesse momento que, segundo Moro, "o caso foi crescendo e as provas foram se avolumando". 
 
Se já pela metade da explanação o magistrado do Paraná afirma que as delações premiadas, que a seu ver o termo correto seria de "colaboração premiada", são muito importantes para aprofundar a investigação e que não se sustenta a teoria de que elas foram usadas como facilidade para os investigadores alcançarem provas - uma vez que, nas estratégias de procuradores, ainda na fase de acordo com o investigado, são solicitados documentos e provas materiais que corroborem os depoimentos -, Moro ressalta que muitos dos fatos foram descobertos antes do início das delações, no início o juiz deixa escapar outra versão para as colaborações, contraditória à essa visão:
 
Ao resumir brevemente os trabalhos na introdução da palestra, Sergio Moro ressalta que a Lava Jato só tomou a proporção que tem hoje, quando "algumas pessoas foram resolvendo, também, colaborar com a Justiça". "E foi como se tivessem aberto a caixa de Pandora", mostrou Moro, aí, a importância das delações como instrumento de prova para as investigações.
 
Em seguida, lembrou que as prisões cautelares existem no Brasil para casos extremos e excepcionais, conforme a crítica às suas conduções revelam, mas que elas podem ser usadas quando existe risco ao processo ou à aplicação da lei penal.
 
Para ele, os casos em que foram usadas as prisões preventivas nas investigações do esquema de corrupção da Petrobras, foram atendidas essas condições. Citou, para justificar a validade do uso excessivo da medida, um caso de um investigado que foi preso com dinheiro dentro de uma mala quando participava de outro esquema de corrupção no norte do país, e de uma envolvida que viajava para o exterior com dinheiro em espécie. 
 
Argumentou que "dentro de um quadro de corrupção sistêmica", as prisões são necessárias. E que esse cenário "não é algo isolado, é serial", disse.
 
Durante toda a palestra, o magistrado também enfatizou a importância da colaboração da imprensa, e da publicidade, do caso Lava Jato para os seus processos. Na abertura da fala, por exemplo, recontou o caso Watergate, ao explicar que os delegados da polícia federal, em um primeiro momento da Lava Jato, usaram o rastreamento financeiro, quebras de sigilos bancários e fiscais para "literalmente seguir a recomendação daquele filme famoso sobre o Watergate, que é 'siga o dinheiro'".
 
Apesar de não mencionar a parte do filme e do livro que trazem o papel de jornalistas para o desvendamento do escândalo político dos anos 70, nos Estados Unidos, gerando a renúncia do presidente americano Richard Nixon, Moro mostrou-se bastante entusiasmado ao comparar o caso histórico com a Lava Jato no Brasil.
 
Ainda nesse sentido, em uma mistura de excitação, vaidade e o peso da imprensa para o magistrado, Moro mencionou como uma das grandes conquistas da Operação, além das condenações, prisões e ressarcimentos de recursos, o fato de a empreiteira Andrade Gutierrez pedir desculpas ao país por meio de um anúncio nos jornais, em maio deste ano.
 
"Algumas dessas empreiteiras, apesar de toda a dificuldade e toda a resistência, passaram paulativamente a reconhecer as suas faltas", disse Moro, ao narrar o caso, como um êxito da Lava Jato.
 
"Dois grandes acordos de leniência foram celebrados entre duas dessas empreiteiras e o Ministério Público Federal, uma delas inclusive concordou com uma indenização que não tem parâmetro histórico anterior comparativo no Brasil, uma indenização de R$ 1 bilhão, por envolvimento em crimes de corrupção, além de se comprometer a abandonar práticas corruptas e de revelar os ilícitos", continuou.
 
"E essa empreiteira, em particular, fez algo que me pareceu muito positivo, concordou em também publicar como um anúncio nos jornais brasileiros um pedido de desculpas. Claro que isto comparativamente a R$ 1 bilhão é pouco, mas há um simbolismo nesse tipo de comportamento e não temos isso como regra nos nossos processos no Brasil", concluiu o juiz.
 
Seguindo essa linha de êxitos sentidos pelo magistrado da primeira instância, Moro orgulhou-se ao dizer que, antes da Lava Jato, a "Petrobras tinha uma política de não reconhecer qualquer problema em seus contratos" e, ignorando o impacto da Operação para a imagem da empreiteira, agravando a sua crise econômica e o provocando o rebaixamento da notas da Petrobras por agências de risco, ressaltou que o balanço de 2015 da estatal admitiu R$ 6 bilhões provenientes de corrupção. "Seis bilhões de reais", repetiu duas vezes. "Talvez alguns já tenham se acostumado a ouvir e as pessoas perdem a capacidade de se assustar", completou.
 
Também nesses "méritos", apontou "cerca de 8 ou 11 sentenças contra dirigentes de empreiteiras responsáveis pelo pagamento de propina", frisando que a força-tarefa venceu a resistência inicial apresentada pelas grandes empresas em "colaborar com a Justiça". 
 
Como forma de desviar as críticas sobre os vazamentos ilegais e, ao contrário, não se posicionar a respeito, Sérgio Moro disse que a Constituição traz "em letras garrafais" a publicidade. "Em letras garrafais não, pois a letra tem o mesmo tamanho, mas tá lá escrito", corrigiu. E ainda retrucou que fica "impressionando" quando vê jornalistas criticarem a publicidade da Lava Jato: "até de jornalista", enfatizou.
 
Futuro
 
Como se não bastasse as críticas à forma de condução da Lava Jato, apontada por não garantir o amplo direito de defesa da Constituição e a presunção da inocência, além dos instrumentos considerados coercitivos de prisão e delação para colaborar com a Justiça, Moro elogiou a recente decisão do STF de considerar a prisão a partir da segunda instância, e foi além:
 
"Há países, como os Estados Unidos e a França, que permitem casos de prisão a partir do primeiro julgamento, e dizer que esses países não respeitam a presunção de inocência seria um disparate", disse.
 
Auto-elogiando o seu trabalho e o feito pela força-tarefa por ele comandada, Moro também disse que o problema da corrupção não será resolvido por "super juízes, super procuradores ou uma super polícia", mas por meio de um trabalho institucional.
 
Uma das formas para isso, defendeu, são as 10 medidas contra a corrupção propostas pelo MPF e que agora tramitam em projetos de lei no Congresso Nacional. 
 
Acompanhe a íntegra da palestra (a fala de Sérgio Moro tem início a partir do tempo 2h15): NO VÍDEO CLICANDO NO LINK DA FONTE ACIMA


Janot pede que Supremo desconsidere pedido da defesa de Lula



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/janot-pede-que-supremo-desconsidere-pedido-da-defesa-de-lula






Jornal GGN - O procurador-geral da República Rodrigo Janot enviou um ofício ao Supremo Tribunal Federal pedindo que desconsidere uma ação da defesa do ex-presidente Lula para levar o processo contra o petista, no âmbito da Lava Jato, para a Corte. O argumento é que conversas grampeadas de Lula envolvem figuras que detêm foro privilegiado. Janot sugere que os advogados de Lula erram ao dizer que o STF deveria ser a corte para o julgamento do petista e que, por isso, o juiz Sergio Moro, de primeira instância, estaria usurpando função do Supremo.
Da Agência Brasil
O procurador-Geral da República (PGR), Rodrigo Janot, entregou um documento ao Supremo Tribunal Federal (STF) no qual pede que uma ação levada à Corte pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não seja aceita. O procurador pede ainda que uma decisão liminar (provisória) concedida pelo presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, na mesma ação, seja anulada.
Em julho, a defesa do ex-presidente levou um recurso ao STF, onde os advogados pediram liminarmente que toda a investigação sobre Lula volte a tramitar no Supremo. Os advogados alegam que os parlamentares citados em diálogos com o ex-presidente têm foro privilegiado e, por isso, só podem ser julgados pela Corte.
Durante o recesso do judiciário no mês passado, o presidente do Supremo decidiu que a parte em que Lula aparece em conversas grampeadas com políticos deveria ser separada para que o relator do processo, ministro Teori Zavascki, analisasse a legalidade da investigação. Durante o recesso, o presidente da Corte julga as ações consideradas urgentes.
No mês de junho, uma decisão do ministro Teori Zavascki remeteu as investigações sobre o ex-presidente para o juiz Sérgio Moro. Teori anulou uma gravação feita durante a Operação Lava Jato em que Lula aparece conversando com a então presidenta Dilma Rousseff.
Na manifestação entregue ontem (9), Janot alega que, na liminar concedida por  Lewandowsk, durante o recesso, não foi tratado de maneira suficiente se caberia ou não o tipo de ação usado pela defesa para apresentar os fatos ao Supremo. Janot disse que Moro não está descumprindo a decisão de Teori, que remeteu o processo à primeira instância e que o juiz, segundo as informações que foram prestadas no processo, “está adotando as cautelas necessárias para dar efetividade à referida decisão”. Antes de conceder a liminar, Lewandowski pediu que Moro envie informações à Corte.
No documento, Janot lembra ainda que, apesar do ministro Teori Zavascki ter anulado a gravação da conversa entre Dilma e Lula, as demais foram preservadas. “ (...) houve reconhecimento da nulidade do conteúdo de conversas colhidas após a determinação judicial de interrupção das interceptações telefônicas, não daquelas outras colhidas antes da decisão de interrupção, que permanecem válidas e podem ser utilizadas se tiverem relevância probatória em futura ação penal”, diz o texto.
“Posto isso, não há desrespeito à decisão dessa Corte Suprema, tampouco usurpação de sua competência, devendo ser cassada a liminar concedida, julgando improcedente a reclamação”, pede Janot na manifestação. O pedido será analisado pelo ministro Teori Zavascki, que é o relator do caso.

Sergio Moro desabafa sobre os insucessos do caso Banestado



FONTE:
http://jornalggn.com.br/autor/patricia-faermann



SEG, 01/08/2016 - 12:39
ATUALIZADO EM 01/08/2016 - 14:25









Jornal GGN - Decidindo sobre últimos recursos do caso Banestado, entre os anos de 1996 e 1997, de remessa de mais de R$ 2 bilhões ao exterior, com a condenação carimbada pela primeira instância há quase 12 anos, o magistrado do Paraná, Sergio Moro, revela toda a insatisfação e críticas ao sistema penal, que permite recursos e instrumentos de defesa.
 
O caso de evasão de divisas e um dos maiores crimes financeiros da história atual do Brasil, que pelo caminho natural dos processos saiu das mãos e controle do juiz do Paraná, após as sentenças de 2004, expõe as razões que levaram Sergio Moro a hoje enfrentar garantias de defesa asseguradas pelo Código Penal.
 
"Há algo de errado em um sistema criminal que leva tanto tempo para produzir uma condenação definitiva", manifestou o magistrado, ao receber autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para executar a pena de prisão de Aldo de Almeida Júnior, ex-funcionário do Banco do Estado do Paraná e um dos principais condenados entre agentes públicos no grande esquema criminoso.
 
Moro foi o responsável na primeira instância por julgar o processo do Banestado, que apurou fraude de, pelo menos, R$ 2.446.609.179,56, entre 1996 e 1997, via recursos para fora do país, por meio de contas de residentes no exterior. A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) foi recebida no dia 6 de agosto de 2003. Moro levou menos de um ano para condenar 14 ex-funcionários do banco por evasão de divisas e quadrilha.