Zagueiro Brinner treina com o grupo em SaquaremaFoto: Thales Soares / Globoesporte.com)
Desde que
acertou sua volta ao Botafogo no fim de novembro,
Jobson tem sido tratado com carinho por todos os setores do clube. Da
diretoria aos torcedores, há um cuidado para que o jogador fique na
linha e não desperdice seu talento mais uma vez. Recém-chegado ao clube e
companheiro de quarto do atacante, Brinner também se mostra solidário e
aposta em sua redenção quando puder voltar a jogar, em março, quando
termina a sua punição por doping.
Entre os acessos ao mundo virtual dentro do centro de treinamento da
Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e programas de televisão da moda,
como o Big Brother Brasil 12, Jobson não se intimida ao falar sobre os
problemas que viveu com Brinner. Apesar do pouco tempo de contato,
estabeleceu uma relação de confiança com o zagueiro durante a
pré-temporada e apresenta sinais de melhoras a cada dia.
- A gente sempre está junto. O Jobson tem um coração de um tamanho que
nem sei explicar. No dia a dia, a relação com ele é a melhor possível.
Falamos sobre essa questão humana e vejo como está querendo voltar a
jogar. Não fico perguntando, mas o assunto aparece algumas vezes,
comentamos um pouco. A torcida pode esperar muito dele - avisou Brinner.
Jobson conversa com o auxiliar Thiago Larghi durante o treino (Foto: Thales Soares/GLOBOESPORTE.COM)
Jobson passa pouco tempo no quarto. O sinal de conexão com a internet
funciona melhor na recepção do CT. No horário marcado, às 22h30, volta
para o alojamento, onde assiste aos programas de televisão preferidos ou
ouve música para passar o tempo. Por telefone, costuma conversar com a
mãe, Maria de Lourdes.
- Ela dá muito apoio a ele - comentou Brinner, que brincou com a busca
de Jobson pelo sinal de conexão. - Quer fugir do Joson, vai para o
quarto. Ele é ligado no 420 volts. Não sai da internet, fica para lá e
para cá. Fizemos uma amizade muito boa nesse pouco tempo em que estou
aqui.
Ausente do jogo-treino com o Boavista por precaução da comissão
técnica, que temia a validade da suspensão para o confronto com o
Boavista, Jobson ficou triste quando voltou para o centro de
treinamento, apesar de ter deixado o estádio sorridente no domingo.
Brinner percebeu e procurou ajudá-lo.
- O que ele mais fala hoje em dia é sobre jogar e não vê a hora de
março chegar. O Jobson ficou bem triste por não poder entrar em campo no
jogo-treino, mas agora já está tudo bem - disse Brinner, que assim como
Jobson, revelado pelo Brasiliense, saiu de um clube de menor expressão
(Paraná) para um grande centro. - Já havia sido uma troca importante
quando fui do Cianorte para o Paraná. Tem que manter a cabeça no lugar.
Jobson tem se saído bem nos treinamentos, participando dos coletivos e
táticos no ataque do time reserva. Ele só deve voltar a jogar contra o
Bangu, dia 11 de março, já pela Taça Rio, ou no confronto com o
Treze-PB, no dia 14 de março, pela primeira fase da Copa do Brasil, em
Campina Grande-PB. Jogador mais próximo dele no momento, Brinner aposta
no seu sucesso. A torcida espera que ele esteja certo.
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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/01/companheiro-de-quarto-de-jobson-brinner-aposta-na-sua-redencao.html