Campeã em São Paulo, lenda americana mostra força após dar à luz terceiro filho e busca nova conquista nas Olimpíadas para aumentar a prole
Tricampeã olímpica, Walsh exibe boa forma após
dar à luz terceiro filho (Foto: Divulgação/FIVB)
dar à luz terceiro filho (Foto: Divulgação/FIVB)
- Eu estava enorme. Vocês deveriam me ver alguns meses atrás (risos). Mas assim é legal estar enorme. Eu tenho uma linda menina e dois garotos, e eu tenho muito apoio, especialmente do meu marido. Eu gosto desse roteiro perfeito de ganhar uma medalha, e ter um filho depois. Quero manter a média (risos). Eu adoraria ter mais filhos. Não sei se vou parar, vamos ver. Depende do Cara. Meu marido (Casey Jennings) costuma dizer que eu ganho um bebê por ouro olímpico. Espero que o quarto bebê esteja a caminho (risos). Vamos ver - brincou Walsh.
Como o marido também estava em São Paulo e foi prata ao lado de Phil Dalhausser, Walsh deixou Scout sob os cuidados da mãe e os garotos com a cunhada. O coração do casal, porém, ficou apertado. Não viam a hora de voltar aos Estados Unidos, apesar de terem uma relação estreita com os brasileiros, especialmente com os irmãos Pedro Solberg, Maria Clara e Carol, todos jogadores de vôlei de praia também. O clã Salgado ajuda Walsh a aprender o português para cativar a torcida em 2016.
Walsh e o marido Casey chegaram às finais em
São Paulo (Foto: Reprodução/Facebook)
São Paulo (Foto: Reprodução/Facebook)
Lenda do vôlei de praia e tratada como ídolo até pelas adversárias, a americana iniciou sua trajetória olímpica na quadra, nos Jogos de Sydney, em 2000. Na época, ela não pôde participar dos primeiros jogos por causa de um erro no exame antidoping, mas logo foi provado que ela estava limpa. No entanto, foi na praia que Walsh ganhou destaque. Sempre ao lado de Misty May-Treanor, ela foi campeã nos Jogos de Atenas, em 2004, e Pequim, em 2008. Foi então que a americana interrompeu a carreira para ter seus dois primeiros filhos, Joseph Michael e Sundance Thomas.
Walsh retomou a parceria com May e conquistou seu terceiro ouro em Londres, no ano passado. Àquela altura, ela ainda não sabia, mas já estava grávida novamente. May decidiu se aposentar, mas Walsh ainda não queria largar as praias. Aos 35 anos, ela se juntou à vice-campeã olímpica April Ross e consegue lidar bem com a rotina de jogadora e a de mãe.
Ross e Walsh conquistaram o primeiro ouro da
dupla no Circuito Mundial (Foto: Divulgação/FIVB)
dupla no Circuito Mundial (Foto: Divulgação/FIVB)
Depois de um precoce retorno no Grand Slam de Gstaad, no início de julho, as americanas mostraram que estão se entrosando. Walsh e Ross levaram o ouro em São Paulo de forma invicta. A tricampeã olímpica sabe que ainda é cedo para a parceria ser a número 1 do mundo, elas têm muita estrada a percorrer até o Rio 2016, mas a largada já foi dada.
- Temos muito a crescer juntas ainda, mas estamos muito melhores agora, mais entrosadas. Nós amamos desafios. Meu sonho é me classificar e fazer o meu melhor no Rio de Janeiro. O Brasil e os Estados Unidos são os dois polos mundiais do vôlei de praia, então as Olimpíadas de 2016 serão muito especiais para a modalidade e muito difíceis também. A Ross é minha parceira para o Rio, então trabalharemos a cada torneio para melhorar nossa dupla. Temos um longo caminho, mas estamos na estrada. Temos pequenas metas diárias até o objetivo maior.
Nos Jogos de Londres, Walsh foi ouro, Ross foi prata, e o bronze ficou com o Brasil
(Foto: Getty Images)
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