Em
uma semana de disputas decisivas nos Jogos Pan-Americanos de Toronto,
499 medalhas já foram distribuídas a 20 países. Gafes, polêmicas,
curiosidades e boas histórias já foram contadas até aqui. O surgimento e
a consolidação de novos ídolos do esporte brasileiro e fatos inusitados
agitaram os primeiros dias de competições no Canadá. Grande personagem
da primeira semana, a saltadora Ingrid Oliveira chamou a atenção pela beleza, caiu de costas e tirou nota zero, mas deu a volta por cima e conquistou a prata na plataforma de 10m sincronizado. Já a equipe de ciclismo do Brasil teve que ser escoltada pela polícia depois que escolheu uma rodovia de alto fluxo como palco de treinamento.
Veja como está o quadro de medalhas do Pan
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O GloboEsporte.com relembra algumas dessas histórias. Tem atleta que quer conhecer a mãe, o único ouro que faltava para o campeão olímpico e mundial Arthur Zanetti, medalhas para Thiago Pereira na corrida pelo recorde, as duas conquistas do "maluco-beleza" Isaquias Queiroz. Hino Brasileiro tocado errado durante a recepção
da delegação na Vila Pan-Americana. Judocas, canoístas, tenistas,
triatletas e halterofilistas já deram adeus aos Jogos, que vão até o dia
26 de junho. Até lá, muitas histórias ainda virão com outros
esportistas.
A BUSCA PELA MÃE: O jogador de hóquei sobre a grama Stéphane Vehrlé-Smith não conhece a mãe biológica. Seu nome é
francês, o sobrenome, britânico, mas o menino, que cresceu em South
East England, na Inglaterra, é pernambucano. Tem sangue brasileiro. A grande conquista não seria o ouro em Toronto, mas sim conhecer a mãe.
Stéphane Vehrlé-Smith, brasileiro/britânico,
jogador da seleção brasileira de hóquei sobre
a grama (Foto: Thierry Gozzer)
PAN DO ARCO-ÍRIS:
Semanas após
representar seu país na Copa do Mundo de futebol feminino, em casa,
a goleira canadense Erin McLeod se tornou embaixadora de um pavilhão da
comunidade LGBT
durante os Jogos. Embaixadora do espaço LGBT
no Pan, a jogadora luta para
derrubar o tabu entre os atletas.
CAMPEÃO POR UM DIA:
Mesmo sem ser um atleta e ter conquistado uma medalha em Toronto, o
repórter do
GloboEsporte.com Gabriel Fricke teve seu dia de medalhista do Pan. Vestido com o
uniforme emprestado pelo Time Brasil e com a medalha dourada do judoca David Moura, o
jornalista viveu um dia de campeão no Canadá.
Fernando Reis e Flávia Saraiva: levantamento de peso e ginástica artística no Pan (Foto: Reprodução/Twitter)
A FERA E A BELA:
Já Fernando Reis é um verdadeiro campeão. Com itens no cardápio como
ovos mexidos, bacon e batatas, o recordista do levantamento de
peso entre os super-pesados
consome diariamente cerca de
11 mil calorias e quer bater a casa dos 150kg. Flávia Saraiva é o oposto. Com 15 anos e apenas 1,33m, a ginasta é tida como uma das
promessas do país na modalidade. O
Pan foi um grande teste para as próximas competições, como o Mundial,
em outubro. Entre os acertos e as falhas, Flávia se diz mais pronta.
EXEMPLOS DE SUPERAÇÃO:
Com uma
comovente história,
as irmãs brasileiras Luana e Lohaynny Vicente conquistaram um
importante resultado no badminton. A medalha de prata foi o melhor resultado do esporte do país na história dos Jogos
Pan-Americanos. Outro conto de superação é a do
ex-flanelinha Davi Albino, que ficou em terceiro na categoria até 98kg na luta olímpica estilo greco-romana, conquistando a medalha de bronze.
GERAÇÃO DOS JOGOS ESCOLARES:
Evento que completa dez anos em 2015 revelou
13% dos atletas para a delegação do Brasil nos Jogos Pan-Americanos. Lista tem nomes como Matheus Santana, Chibana e Etiene.
HINO ERRADO:
Os Jogos também proporcionaram episódios curiosos e até
engraçados. Um erro da organização do Pan fez com que a
delegação brasileira fosse recebida oficialmente na
Vila Pan-Americana com uma gafe. Durante a
cerimônia de hasteamento da bandeira, o Hino tocado não foi o do Brasil. O erro acabou abafado pelas
vozes da delegação brasileira, que à capela, cantaram corretamente o Hino.
hasteamento bandeira do Brasil (Foto:
Washington Alves/Exemplus/COB)
CASO DE POLÍCIA:
Um
fato no mínimo inusitado ocorreu com a equipe brasileira de ciclismo.
Sem saber o local correto para os treinos, os brasileiros acabaram
escoltados pela polícia canadense após treinarem em uma rodovia com alto fluxo de veículos. Nove atletas da delegação foram "salvos" pelos policiais.
UFC NAS ÁGUAS:
Pancadas no rosto tiram brasileiro da
disputa na maratona aquática no Pan.
Tonto e com o nariz doendo, Samuel de Bona não consegue completar prova
de 10km: "Esperamos que não seja na maldade. Não é uma luta".
BONITAS E COMPETENTES:
Se as competições por si só atraem olhares do público, as belas atletas encantam quem acompanha e torce. Na
vasta galeria de brasileiras,
Ingrid Oliveira foi a que mais chamou atenção até aqui. A saltadora fez bonito e
conquistou a prata na plataforma de 10m sincronizada. Personagem dos primeiros sete dias, ganhou 40 mil
seguidores nas redes sociais e foi assunto preferido dos internautas.
BOCA NO TROMBONE:
Medalhistas nas quatro últimas Olimpíadas, multicampeãs pan-americanas e
exaltadas na Argentina não apenas pelos títulos, mas também por sua
beleza.
As "Leonas" do hóquei sobre a grama roubam a cena por onde passam. Considerada uma das musas brasileiras,
Mari Paraíba desabafou e disse que não é "apenas um rostinho bonito".
A jogadora de vôlei foi capa da Playboy em 2012 e falou sobre a polêmica envolvendo Ingrid.
Ingrid Oliveira e Giovanna Pedroso: prata nos
saltos ornamentais no Pan
(Foto: Satiro Sodré/SSPress)
Érika Miranda faz coração com sua medalha de ouro no Pan (Foto: David Abramvezt)
DE OURO EM OURO:
O primeiro ouro foi
conquistado por Érika Almeida
no judô. A conquista da judoca veio em grande estilo. Mesmo com a
torcida contra - enfrentou a canadense Ecaterina Guica na decisão -,
derrubou a rival duas vezes e saiu comemorando o título. O judô também
deu ao Brasil outras quatro medalhas douradas, com
Charles Chibana, Tiago Camilo, Luciano Corrêa e
David Moura.
A surpreendente medalha de ouro de
Felipe Wu, a despedida com
chave de ouro de Marcel Stürmer, e Isaquias Queiroz,
com com dois ouros na canoagem, também foram destaques.
COLEÇÃO COMPLETA:
A confirmação de um fenômeno: Arthur Zanetti faturou o ouro nas argolas
e conquistou a medalha que faltava na sua coleção. Prata no Pan de
Guadalajara 2011, Zanetti foi campeão olímpico das
argolas nos Jogos de Londres 2012. Um ano depois, se manteve no topo do
pódio no Mundial de Ginástica da Antuérpia, na Bélgica. O
ouro no Pan fechou a tríplice coroa do ginasta nas argolas.
Ouro de Arthur Zanetti fechou tríplice coroa
do ginasta nas argolas (Foto: Divulgação)
PAÍS DAS ÁGUAS:
Dentro das piscinas, o Brasil literalmente lavou a alma até aqui. Foram
seis ouros. Os olhos arregalados de Leonardo de Deus ao conferir o
placar depois da prova dos 200m borboleta chamaram atenção de quem
assistia o
nadador conquistar o bicampeonato na categoria em Jogos Pan-Americanos.
Thiago Pereira
tinha mais três chances para ultrapassar o recorde do ex-ginasta cubano
Érick Lopez, atleta mais laureado da história dos Jogos Pan-Americanos,
com 22 medalhas. A primeira delas, nos 400m medley, acabou sendo
desperdiçada. brasileiro dominou toda a disputa e chegou a ser apontado
como
vencedor, mas foi desclassificado pelos árbitros. Com a reviravolta, o
ouro caiu nas mãos do também brasileiro Brandonn Almeida, de 18 anos,
que havia terminado em segundo.
Se individualmente os
nadadores se destacaram, o panorama não mudou quando competiram em
conjunto. Thiago Pereira aumentou a sua coleção de pódios ao vencer os 4x200m
livre e, mesmo sem cair na piscina, faturou o ouro na prova dos 4x100m livre, vencida por Bruno Fratus,
Matheus Santana, Marcelo Chierighini e João de Lucca.
FONTE:
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