Regiane, Roberta, Gabi, Drussyla e Gabriela participam de gravação para um aplicativo, e comparam a experiência com um um jogo de vôlei
- Isso aqui lembra um jogo porque você não sabe o passo que vem depois. Na quadra você também não sabe a bola que vem. Gosto muito de dançar, sou suspeita. Normalmente é muito mais fácil dançar do que jogar, mas assim, para todo mundo ver, é mais difícil (risos). Foi puxada a aula, cansei ali no final - disse Regiane.
Roberta, sua parceira no desafio, também executou bem as coreografias propostas pelo professor Adriano, que fazia menções a alguns movimentos comuns num jogo de vôlei e dizia estar se sentindo Bernardinho por um dia. Entre um passo e outro, a levantadora brincava com a estatura do "técnico" do dia e se ria a cada pedido dele para que requebrasse mais o quadril.
Jogadoras do Rio de Janeiro posam para
fotos com o professor Adriano
(Foto: Pedro Veríssimo)
- Eu já tinha usado o aplicativo em casa, mas sem ninguém ver. Agora estou preocupada porque os meus amigos vão querer baixar e ver (risos). Aqui como em quadra você tem que ter noção de espaço e coordenação. A gente estava com medo de se perder sem ensaio, mas foi divertido. A Régis é a maior dançarina da nossa equipe, sem dúvida. O corpo dela tem vida própria. A gente fala que ela mexe o que quer, na hora que quer. O resto é tudo duranga mesmo (risos). Ela às vezes tenta me ensinar uns passinhos. Eu até me animo porque adoro dançar, mas na frente dos outros tenho um pouco de vergonha - afirmou a levantadora.
Do fundo do estúdio, Gabi, Drussyla e Gabriela se divertiam com a performance das companheiras de time. Os sorrisos só saíram dos rostos na hora em que foram convidadas a tomar os seus lugares para uma aula ao som de black music. Acostumada a ter sempre os olhos das adversárias e os holofotes voltados em sua direção, Gabi procurou o cantinho e repetia que precisaria de uma copa de água com açúcar para enfrentar o desafio. Ouvia de Roberta: "Pensa que você está dançando com a gente no treino". Mas a sempre falante ponteira viu as palavras escassearem. Não se sentia confortável na pele de "dançarina". Mais simples pra ela é encarar bloqueios altíssimos, ginásios lotados e cortadas potentes.
Roberta e Regiane e o nervosismo antes da
aula (Foto: Pedro Veríssimo)
- Para mim acho que deve ser mais fácil jogar até as Olimpíadas, com pressão, do que dançar (risos). Eu não faço isso muito bem. Mas as meninas foram muito bem e dominam esse assunto melhor do que eu - disse.
Drussyla e Gabriela são exigentes. Riam dos próprios erros durante a gravação e se deram nota 5. Na infância em Tamboara, cidade do interior do Paraná, a dança foi algo comum na rotina da ponteira Gabriela, nas festinhas no fim de semana. Agora, os passos preferidos são os dados dentro de quadra.
- Nós ficamos animadas por podermos fazer algo diferente. Gosto de sertanejo, mas aqui no Rio é bem difícil. Mas apesar do nervosismo, por causa da câmera olhando, foi divertido - disse Gabriela
Fã de forró, pagode e funk, Drussyla fazia o que era pedido e se divertia com sua primeira aula de dança.
Gabi, Drussyla e Gabriela sob o comando do
professor Markão (Foto: Pedro Veríssimo)
Nesta terça-feira, o time estará em quadra para enfrentar o Bauru pela Superliga. O adversário foi o responsável pela única derrota do Rio de Janeiro até o momento na competição. A partida será às 19h, no ginásio do Tijuca. Na sexta, em Campinas, brigará com o Osasco por um lugar na final da Copa Brasil.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2016/01/novos-passos-jogadoras-do-rio-de-janeiro-se-arriscam-em-aula-de-danca.html