domingo, 6 de abril de 2014

Marcelo: time usou regulamento, mas sem abrir mão de atacar o Atlético-MG

Técnico destaca o equilíbrio do clássico e inteligência do Cruzeiro: 'Foi um resultado ótimo diante das circunstâncias do campeonato', avalia


Por Belo Horizonte

 
O Cruzeiro entrou em campo neste domingo, no Independência, ciente de que pode ser campeão mineiro com dois empates com o Atlético-MG. E, diferentemente do ano passado, quando viveu a mesma situação e levou 3 a 0 no primeiro jogo da decisão estadual, desta vez soube controlar a pressão atleticana. Jogou, como se diz, 'com o regulamento debaixo do braço', mas sem deixar de atacar e buscar a vitória. E esta foi a análise do técnico Marcelo Oliveira após o empate em 0 a 0.

- Foi um clássico equilibrado, de muita competição, muita marcação. O Cruzeiro jogou com inteligência, pois, se não levarmos gol até o final, somos campeões. Mesmo assim, tivemos duas belas chances, com Goulart e Willian, no primeiro tempo. E o Atlético-MG teve uma ótima com o Marion e outra com o Tardelli. É um clássico: duas equipes que estão bem, com boa marcação.

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Para o treinador, se por um lado o retrospecto do Cruzeiro contra o maior rival no Independência sob o seu comando não seja positivo, ele aposta no excelente histórico da Raposa contra o Galo no Mineirão para conquistar o título mineiro.

Marcelo Oliveira Atlético-MG x Cruzeiro (Foto: Douglas Magno)Marcelo Oliveira observa que é difícil vencer o rival no Independência (Foto: Douglas 
Magno)

- O Atlético-MG é muito difícil aqui dentro (do Independência). Fizemos quatro jogos aqui, perdemos dois e empatamos dois. Fizemos três jogos contra eles no Mineirão e ganhamos os três. Esperamos que a gente possa garantir e ratificar o título no domingo, coisa que não vai ser muito fácil também não.
Marcelo Oliveira concorda que o time cruzeirense aprendeu a enfrentar o Atlético-MG no Horto, onde o Galo dificilmente é batido.

- Acho que nos primeiros jogos que fizemos aqui, nós perdemos sem conseguir jogar, a não ser naquele jogo da expulsão do Bruno Rodrigo, que modificou todo o jogo para a gente. Ele foi expulso aos oito minutos do segundo tempo, sem um jogador a menos aqui, fica mais complicado.  Mas viemos com um jogo equilibrado, firme, o Cruzeiro marcando bem e atacando também. E hoje foi assim. Tivemos possibilidades de chegar ao gol. Achei que foi um ótimo resultado diante das circunstâncias do campeonato.


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Para Paulo Autuori, vencer o segundo jogo da decisão será 'um desafio'

Técnico do Galo lamenta desfalques, exalta atuação dos novatos no primeiro jogo da decisão do título mineiro e não fala sobre o novo reforço, o francês Anelka


Por Belo Horizonte

 
A ausência de R10, Dátolo e Fernandinho foram a tônica da coletiva do técnico Paulo Autuori, após o empate por 0 a 0 com o Cruzeiro, no primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro, neste domingo, no Independência.
Em quase todas as respostas, o treinador lembrou a falta dos titulares. Mas evitou responsabilizar o fato pela igualdade no Horto. Optou por elogiar aqueles que entraram em campo que, mesmo com a falta de experiência, deram conta do recado. 

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Para Autuori, apesar de a falta dos titulares ter prejudicado a equipe, não pode ser justificativa para o empate que obriga o Galo a vencer o segundo jogo da decisão.  

- Não vou querer criar justificativa para isso. Logicamente são jogadores importantes, são fundamentais, mas prefiro ter outra ótica. Mesmo com outra equipe, sem ser completa, com a entrada dos nossos jogadores mais novos, o time se comportou bem. Lógico que os jogadores com experiência são importantes, mas foi o que conseguimos trabalhar. E tivemos um bom desempenho. 
  
Paulo Autuori Atlético-MG x Cruzeiro (Foto: Douglas Magno)Paulo Autuori, sobre o segundo duelo: 'Vamos fazer um jogo inteligente' (Foto: Douglas Magno)

Apesar dos desfalques, Paulo Autuori avaliou que o time alvinegro teve condições de sair vencer do Independência. E admitiu que conseguir um bom resultado no Mineirão, na segunda partida, será um desafio.

- Vamos fazer um jogo inteligente, clássicos são sempre jogos parelhos iguais, quando se consegue vantagem larga, as coisas são menos difíceis. Mas não foi possível. Será um grande desafio agora para nós de conseguir a vitória na casa deles e vamos com esse espírito.  

Anelka: nada a declarar
Sobre o novo reforço do Atlético-MG, o atacante Anelka, o treinador preferiu o silêncio e disse que só irá comentar quando o jogador for apresentado.  

- Depois que se concretizar, estarei disponível, mesmo quando não for no meu dia de falar, estarei disponível para fazer comentários.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2014/04/para-paulo-autuori-vencer-o-segundo-jogo-da-decisao-sera-um-desafio.html

Tardelli pede desculpas pelo gol perdido na final: ‘Um pecado’

Atacante lamenta chute para fora aos 17 minutos do segundo tempo com gol vazio


Por Belo Horizonte

 
O atacante Diego Tardelli lamentou bastante e pediu desculpas à torcida e aos companheiros pela oportunidade clara de gol que perdeu aos 17 minutos do segundo tempo (veja o vídeo) no empate por 0 a 0 no clássico contra o Cruzeiro, no Independência, válido pela primeira partida da final do Campeonato Mineiro.

Na jogada, Marion disparou com a bola dominada pelo lado esquerdo do ataque, invadiu a área cruzeirense e cruzou para o meio. Tardelli, de frente para o gol, finalizou para fora.

- Um pecado. Eu perdi uma chance, fico triste. Peço desculpas aos torcedores, aos meus companheiros. Mas só erra quem está aqui dentro. A bola veio quicando, cheia de curva, e eu estava muito confiante. Fiquei triste na hora, mas acontece.

O jogador não concorda que o empate tenha distanciado o Galo do título mineiro, já que o time alvinegro agora precisará vencer no Mineirão, domingo que vem para levar o troféu.


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 - Acho que não. É clássico, tem mais um jogo pegado, no Mineirão. Campo neutro, com a torcida deles. Mas podemos ir lá e conseguir a vitória, como já conseguimos outras vezes. Não podemos desistir. Mais um jogo bom. A gente sempre espera um bom jogo, com gols. Vamos nos preparar bem durante a semana, e temos que nos impor contra o Cruzeiro no Mineirão.

Diego Tardelli avaliou que o Galo foi bem e criou chances para vencer.
- A gente tentou, fez de tudo, teve posse de bola maior nos 90 minutos. Infelizmente o gol não saiu. O time trabalhou a bola, teve paciência, teve chances, mas não aproveitamos.

Por fim, o atacante atleticano foi perguntado se, sem a presença de Ronaldinho Gaúcho, que foi vetado, teve que se movimentar mais pelos lados do campo, e disse que já tem feito isso com ou sem a presença de R10 na equipe.

- Foi do jeito que venho jogando com o Ronaldo, movimentar bastante é a minha função. Claro que com o Ronaldo é bem melhor. É outra facilidade em campo, mas acho que fui bem.


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Clássico mineiro termina empatado, e Cruzeiro leva vantagem para final

Rivais fazem muito bom jogo, movimentado e técnico, mas não saem do 0 a 0 no Independência. Diego Tardelli perde gol feito pelo Atlético



 A CRÔNICA


por GloboEsporte.com


O resultado do primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro não combinou com o futebol apresentado por Atlético-MG e Cruzeiro neste domingo no Independência. A magreza do 0 a 0 foi incompatível com a fartura de boas jogadas, vibração e velocidade apresentada pelas duas equipes. O placar foi melhor para a Raposa, que agora joga pelo empate na finalíssima, domingo que vem, no Mineirão, para ser campeã estadual. O Galo precisa vencer.



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Foi um clássico equilibrado. Empurrado pela torcida em um jogo apenas com torcedores atleticanos, mas desfalcado de Ronaldinho Gaúcho, com dores no pé esquerdo, o time de Paulo Autuori teve um pouco mais de posse (53% a 47%) e presença ofensiva levemente superior. Perdeu uma chance incrível com Marion no primeiro tempo e outra com Diego Tardelli no segundo. Mas o Cruzeiro também soube ser agressivo. Os dois times estiveram em vias de vencer a partida, que teve público de 22.342 pagantes e renda de R$ 697.225,00.


Diego Tardelli e Dedé Atlético-mG x Cruzeiro (Foto: Bruno Cantini / Flickr do Atlético-MG)
Diego Tardelli perde gol feito no 
segundo tempo (Foto: Bruno 
Cantini / Flickr do Atlético-MG)

O encontro dos rivais ocorreu em meio à preocupação paralela com a Libertadores da América. Na quarta-feira, no Mineirão, o Cruzeiro busca vitória por três gols de diferença sobre o Real Garcilaso para ir às oitavas de final para não depender de outros resultados. Um dia depois, no Independência, o Atlético, já garantido na próxima fase, precisa apenas de um empate com o Zamora, da Venezuela, para ser o primeiro de seu grupo.

Só faltou o gol
É uma pequena injustiça do futebol não terem saído gols no primeiro tempo do clássico. Atlético e Cruzeiro fizeram uma etapa vibrante, combativa e, acima de tudo, de exuberância técnica. Destaque para Diego Tardelli, que emulou a plasticidade de Ronaldinho Gaúcho e esparramou seu talento pelo gramado do Independência - especialmente em duas sequências de dribles pelo lado direito, com bola entre as pernas do adversário e chapéus. A Raposa respondeu com jogadas envolventes de seus protagonistas ofensivos - Everton Ribeiro, Willian e Júlio Baptista.

O Galo começou melhor. Bem melhor. Foi mais agudo, soube usar melhor os lados, esteve mais vivo, mais presente. Mas faltou encaixar uma jogada que assustasse o Cruzeiro. Chute de Guilherme foi bem defendido por Fábio aos 17 minutos, mas a maior oportunidade atleticana surgiu depois, aos 28, quando Marion recebeu livre na área e perdeu gol feito. Ele tentou tocar por cima do goleiro rival, só que errou feio: deu um chute insignificante na bola.

E o Atlético quase pagou caro por isso. A partir desse lance, o Cruzeiro cresceu na parada. Willian esteve em vias de marcar. Tabelou bonito com Júlio Baptista e buscou o canto do gol defendido por Victor, mas errou por centímetros. A bola morreu no lado externo da rede. Depois, foi a vez de Ricardo Goulart desperdiçar um gol. Ele pegou a sobra de dividida pelo alto entre Júlio Baptista e Victor e mandou para fora.

O outro lado de Tardelli
Diego Tardelli, de lances brilhantes no primeiro tempo, viu o outro lado de sua própria moeda no período final. Perdeu um dos gols mais feitos de sua longa carreira. Foi em grande jogada de Marion, que invadiu a área pela esquerda e acionou o colega. O camisa 9, livre, de frente para o gol, pegou de canela na bola. E ela saiu.

Antes disso, o Cruzeiro chegara forte com Ceará, obrigando Victor a defender e depois dar um chute na bola, que rebateu em Ricardo Goulart e passou sobre o gol. A exemplo do primeiro tempo, a segunda etapa teve o predomínio oscilando entre as duas equipes, ora com uma, ora com outra - mas com o Atlético superior na maior parte do tempo. As chances de gol, porém, se tornaram mais escassas, e as movimentações dos treinadores (com a entrada de jogadores como Marcelo Moreno no Cruzeiro e Carlos no Galo) não foram suficientes para mexer no placar. Fábio ainda teve que evitar duas boas oportunidades do Atlético, com Alex Silva e Guilherme, para assegurar a vantagem do empate no segundo duelo da final.




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Ituano completa 475 minutos sem tomar gol no Campeonato Paulista

Após derrotar o Santos na primeira partida da final do torneio, por 1 a 0, o setor defensivo do Galo de Itu comemora cinco jogos sem ser vazado


Por São Paulo, SP


O Ituano mostrou, mais uma vez, que o favoritismo não entra em campo e, principalmente, por que tem a defesa menos vazada do Campeonato Paulista. Após mais uma vitória, agora sobre o Santos, na primeira partida da final do torneio, por 1 a 0, o Galo de Itu completou 475 minutos sem tomar um gol.

Vagner Goleiro Ituano (Foto: Marcos Ribolli/GloboEsporte.com)
Vagner está há cinco partidas,. e mais 
alguns minutos, sem tomar gols 
(Foto: Marcos Ribolli)

– Conseguimos segurar forte o time do Santos. Agora temos mais 90 minutos pra gente tentar conquistar esse título. A equipe está de parabéns – disse o goleiro , que teve papel fundamental na partida ao fazer boas defesas, logo após o término da partida.

O último jogo em que o Ituano levou um gol foi na 13ª rodada do torneio, na fase classificatória, em partida contra o Atlético Sorocaba, dentro de casa. Na oportunidade, o Galo de Itu estava ganhando a partida por 1 a 0, depois de gol de pênalti de Anderson Salles, mas acabou cedendo o empate no segundo tempo quando, aos 24 minutos, Alex William deixou tudo igual.

Antes disso, o Ituano teve a sua última derrota na competição. Fora de casa, contra o Comercial, o Galo acabou perdendo por 2 a 0 e, na oportunidade, acabou ficando em alerta com relação a sua vaga nas finais.


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Cícero analisa derrota: ‘Mais por erros nossos do que por mérito deles’

Meia assume responsabilidade por erro na cobrança de pênalti na primeira etapa do duelo, mas não acredita que a derrota santista tenha sido por méritos do Ituano


Por São Paulo


O meia Cícero perdeu um pênalti na derrota por 1 a 0 do Santos contra o Ituano, neste domingo, no primeiro jogo da decisão do Campeonato Paulista. Depois da partida, o camisa 8 e capitão do Peixe expôs sua insatisfação com a atuação do time comandado pelo técnico Oswaldo de Oliveira no Pacaembu.
Para ele, o resultado, que obriga o Alvinegro a vencer o jogo de volta por dois gols de diferença para levantar o troféu sem disputa por pênaltis, não ocorreu por mérito do Ituano. 

Cicero Ituano  x Santos (Foto: Marcos Ribolli)
Cícero lamenta erro em cobrança de 
pênalti no primeiro tempo da decisão 
contra o Ituano (Foto: Marcos Ribolli)

- Pode ter certeza que a derrota foi mais por erros nossos do que por méritos deles - disse o jogador.

Quando a partida já estava 1 a 0 para o time do interior, Cícero desperdiçou a chance de igualar o placar. Na cobrança da penalidade, chutou a bola muito por cima do gol defendido por Vagner. O meia explicou o lance, lamentou o erro e assumiu a responsabilidade pelo resultado do jogo.


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- Eu estava bem tranquilo para bater o pênalti, com pensamento positivo. Mas a bola acabou subindo. Podia até mudar o jogo, mas acontece. Já assumi a minha responsabilidade. O time não pode se abalar quando alguém perde um pênalti - completou.

A partida de volta da decisão do Campeonato Paulista será disputada no próximo domingo, também no Pacaembu, às 16h (de Brasília). O técnico Oswaldo de Oliveira terá as voltas de Cicinho e Mena, que estavam suspensos pelo terceiro 

cartão amarelo e não entraram em campo neste domingo.


*Colaborou sob supervisão de Alexandre Lopes


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/santos/noticia/2014/04/cicero-analisa-derrota-mais-por-erros-nossos-do-que-por-merito-deles.html

Oswaldo admite má atuação, mas diz: 'Não jogaremos duas vezes assim'

Técnico reconhece que Peixe esteve desorganizado em campo e enaltece jornada do Ituano, mas aposta em semana cheia para virar a decisão e conquistar o título


Por São Paulo

 
O técnico Oswaldo de Oliveira admitiu que o Santos jogou mal na derrota por 1 a 0 para o Ituano, no Pacaembu, neste domingo, primeiro jogo da final do Campeonato Paulista. Ele reconheceu que o Alvinegro não esteve organizado e enalteceu a apresentação do rival, que passa a ter a vantagem do empate na partida de volta, no próximo domingo, às 16h (horário de Brasília), no Pacaembu. O treinador, porém, não acredita que o Peixe repetirá a fraca exibição na volta.

- Acho que não jogaremos mal duas vezes seguidas. Reconheço os méritos do Ituano. Já os tinha visto jogar, não foi novidade. Sabíamos que seria difícil. É uma equipe bem organizada e muito bem treinada. Agora temos de trabalhar, primeiro para corrigir o que deixamos a desejar hoje (domingo) e, principalmente, nos organizar para furar o bloqueio deles, que certamente será maior na volta - disse.

Oswaldo minimizou o impacto do pênalti perdido pelo meia Cícero no primeiro tempo (o placar já marcava 1 a 0). Para o técnico, a constante perda da posse de bola no meio de campo e a atuação pouco inspirada da equipe explicam a má jornada dos santistas no Pacaembu.


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- Já aconteceu em outras partidas de termos essa oscilação, com a equipe desequilibrada, sem conseguir se organizar em campo e permitindo que o adversário se antecipasse sempre na segunda bola. E acho que as bolas perdidas foram mais determinantes, mais até que o pênalti. Considero um dos pontos fortes do Santos as bolas que ganhamos no meio, e hoje não tivemos sucesso - declarou.

Por fim, apesar dos elogios à postura do Ituano, que justificou ter a melhor defesa do Paulistão (apenas 10 gols sofridos) ao anular as ações do ataque do Santos, o treinador alvinegro não esconde o otimismo para o jogo de volta da decisão.

- O Ituano é uma dificuldade. Faz bem sua parte em campo. O Santos deixou a desejar, mas, com os treinos da semana, vamos nos reabilitar e vencer a próxima partida - concluiu.

Para ser campeão, o Santos precisa de uma vitória por, no mínimo, dois gols. Se a vitória santista for por um gol, o confronto será decidido nos pênaltis.

* Com supervisão de Alexandre Lopes

Oswaldo de Oliveira Ituano x Santos (Foto: Marcos Ribolli)
Oswaldo reconhece time desorganizado 
contra o Ituano (Foto: Marcos Ribolli)


FONTE:

Vitória gigante! Ituano domina o Santos e fica em vantagem na final

Time do interior leva a melhor no jogo de ida, vence por 1 a 0, com gol de Cristian, e agora joga pelo empate na decisão do próximo domingo


 A CRÔNICA


por Leandro Canônico

Velocidade, toque de bola envolvente, golaço... Quantas vitórias do Santos foram descritas dessa maneira ao longo do Paulistão? Algumas, certamente. Mas neste domingo quem venceu assim foi o Ituano. Pequeno, mas com mania de grandeza, tradição da cidade, o time do interior fez 1 a 0 no Pacaembu, na primeira final, calando os santistas, em maioria no estádio (o público total foi de 29.203 pessoas, para uma renda de R$ 1.459.355,00).


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O experiente Cristian, que aos 34 anos disse antes do jogo saber o caminho para o Ituano ser campeão, foi o autor do golaço que deu a vitória ao time rubro-negro. Mas todos os outros jogadores do Galo foram igualmente importantes no triunfo. Foram bem na defesa, no meio e no ataque. Bem diferente do Santos.

Frágil atrás, confuso no meio e sem ímpeto ofensivo, o Peixe assistiu ao adversário jogar. Poderia até ter empatado se Cícero tivesse acertado cobrança de pênalti. Mas é muito difícil marcar gols contra o time de Itu, que chegou ao seu quinto jogo consecutivo sem ser vazado. No próximo domingo, às 16h, também no Pacaembu, Ituano joga pelo empate. O Santos precisa de dois gols de diferença. Vencendo por um gol, o Peixe força a disputa por penalidades.

Cristian marca o primeiro gol do Ituano em partida válida pela final do Campeonato Paulista (Foto: Marcos Ribolli)
Cristian, autor do gol, é cercado pelos 
companheiros na comemoração 
(Foto: Marcos Ribolli)

Sem essa de zebra
Não é à toa que o Ituano está na final do Paulistão. Não cabe, portanto, dizer que a presença do time do interior na decisão é uma zebra. Quem teve a chance de ver o duelo deste domingo rapidamente percebeu isso. Com forte marcação e ótimo toque de bola, a equipe do técnico Doriva dominou os primeiros minutos. Foi assim contra o Palmeiras, na semifinal.

Dominou mesmo. Tocou daqui, tocou dali. Desarmou, criou, chutou. Fez tudo o que um finalista deveria fazer, obrigando o Santos, favorito ao título, resumir-se às jogadas de contra-ataque. Melhor em campo, o time rubro-negro saiu na frente.

Aos 20 minutos, Rafael Silva tocou para Esquerdinha. De calcanhar, ele deixou Cristian na cara do gol. Chute preciso. Um golaço! Na base da pressão, o Santos tentou a reação. Chegou com perigo em quatro cobranças de falta em menos de dez minutos, mas teve mesmo sua melhor chance em pênalti.
A mão de Josa na bola poderia ter sido fatal contra o Ituano. Mas não foi. Cícero chutou mal e mandou por cima do gol a cobrança de pênalti, aos 35. O Peixe, porém, não desistiu e ficou na pressão até o final. Sem sucesso. E ainda teve de contornar desentendimento de David Braz com os rivais – o zagueiro chutou a bola em um deles.

Cicero Ituano  x Santos (Foto: Marcos Ribolli)
Cícero lamenta o pênalti desperdiçado 
ainda no primeiro tempo da decisão 
(Foto: Marcos Ribolli)

Sem reação
Oswaldo de Oliveira olhava no relógio, observava o campo, conversava com alguns jogadores à beira do gramado... O técnico do Santos procurava uma solução para a atuação abaixo da média do forte Santos. Era muito pouco para quem chegou à decisão como o melhor time do Campeonato Paulista.
O Peixe só não ficou em situação ainda pior na partida porque Aranha fez grande defesa aos 14 minutos. Rafael Silva recebeu ótimo passe na grande área. Ao optar por chutar em vez de tocar para Esquerdinha, ele parou no goleiro do Peixe, que, assim como no primeiro tempo, tinha nas bolas paradas suas melhores chances.

Com o passar dos minutos, o Santos parecia mais nervoso com o insucesso de uma reação. E o Ituano, em vantagem, valorizava cada parada do jogo. Em nenhum momento, porém, o time do interior abriu mão do seu estilo. Seguiu até o fim com forte marcação e toque de bola consciente.

A vitória merecida do Ituano até poderia ter sido melhor, mas não foi. De qualquer maneira, o Santos precisa melhorar muito para a grande final se quiser o título.
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Thiago Ribeiro Ituano  x Santos (Foto: Marcos Ribolli)
Thiago Ribeiro reclama de algo não 
marcado pelo árbitro em favor do 
Santos (Foto: Marcos Ribolli)

 


FONTE:

Após bronca em campo, Adilson critica arbitragem: 'Acabou prejudicando'

Treinador lamenta atuação de Rodrigo Nunes de Sá, e reconhece que poderia ter evitado expulsão de Everton Costa. 'Pensei em tirar, mas não deu tempo', conta


Por Rio de Janeiro

 
O técnico Adilson Batista deixou claro o descontentamento, não apenas com o empate, mas com a arbitragem do empate em 1 a 1 entre Vasco e Flamengo, neste domingo (veja lances ao lado). Segundo o treinador cruz-maltino, uma série de elementos foi determinante para o resultado final do clássico.

- No lance, até concordo que não teve falta, mas antes, teve gente que colocou a mão na bola e poderia ter sido expulso. Não sei se o árbitro compensou, mas o Leo deveria ter sido expulso, o Samir tirou a camisa e jogou no chão, e não aconteceu nada e já tinha cartão. A gente lamenta quando a nossa diretoria pede arbitragem de fora com isenção, sem pressão, e não é atendida. Uma série de coisas que a gente sabe que acontece. Acabou prejudicando - cita em entrevista coletiva.


Se, por um lado, a arbitragem acabou se tornando para-raios das críticas de Adilson, o time saiu ileso das broncas do comandante cruz-maltino.

- Vi um Vasco muito bem no primeiro tempo, criando chances, mas depois a expulsão... Na hora de chamar Fellipe e Thalles, tinha pensando em tirar o Everton Costa, mas não deu tempo. Eu teria dois meias em campo. Acabou atrapalhando o jogo. A gente depois marcou com duas linhas de quatro, e eles tiveram a situação de contra-ataque com o Everton, depois cruzamento do Negueba e mais nada. Tivemos algumas faltas, tentamos marcar, mas é claro que a expulsão atrapalha e muito. - destaca.


Na segunda partida da decisão, o Vasco volta a enfrentar o Flamengo no dia 13 de abril, no Maracanã.


FONTE;
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2014/04/apos-bronca-em-campo-adilson-critica-arbitragem-acabou-prejudicando.html

Jayme admite má atuação no primeiro tempo, mas exalta empate: 'Foi ótimo'

Treinador do Flamengo fica satisfeito com resultado diante do Vasco, resultado que lhe permite atuar por nova igualdade para ser campeão do Carioca


Por Rio de Janeiro

 
Ruim no primeiro tempo, melhor no segundo. Foi assim que Jayme de Almeida analisou o Flamengo na primeira partida da final do Carioca, neste domingo, no Maracanã, contra o Vasco (veja melhores lances ao lado). E, entre altos e baixos, definiu o 1 a 1 como ‘ótimo’. Placar que mantém o Rubro-Negro com a vantagem de atuar por nova igualdade no próximo domingo para ser campeão. E dá tranquilidade para enfrentar o León, quarta-feira, em nova decisão, no Rio, porém, pela Libertadores.  

- O resultado foi ótimo. Temos uma sequência de jogos com responsabilidade. O Flamengo foi muito abaixo no primeiro tempo, pela postura de decisão. 
Flamengo e Vasco é sempre jogo pegado, difícil. O Vasco entrou para decidir e o Flamengo devagar. No segundo tempo, empatamos o jogo, teve expulsão, tivemos um a mais, mas o Vasco se defendeu bem e dificultou. O empate não é ruim, não podíamos sair desesperadamente. Não foi um jogo bonito. Foi com muitas faltas. Não acho que se deve jogar feio em final. Toda hora a partida parava. Encostou, é falta. O jogo passou e se jogou muito pouco futebol – disse o treinador na sala de entrevistas do Maracanã.

Confira a entrevista na íntegra:

O jogo  

O resultado foi ótimo. Temos uma sequência de jogos com responsabilidade. O Flamengo foi muito abaixo no primeiro tempo, pela postura de decisão. Flamengo e Vasco é sempre jogo pegado, difícil. O Vasco entrou para decidir e o Flamengo devagar. No segundo tempo, empatamos o jogo, teve expulsão, tivemos um a mais, mas o Vasco se defendeu bem e dificultou. O empate não é ruim, não podíamos sair desesperadamente. Não foi um jogo bonito. Foi com muitas faltas. Não acho que se deve jogar feio em final. Toda hora a partida parava. Encostou, é falta. O jogo passou e se jogou muito pouco futebol. 
  
Arbitragem  
Acho que ele apitou muita falta. Toda hora que encostava e caia, dava falta. O futebol tem contato, não é só encostar. Ficou feio, com o jogo toda hora parando. Na primeira bola do segundo tempo, o rapaz devia ter sido expulso, quando o garoto tabelou e ele agarrou. Depois, teve a mão na bola. Na terceira, quando foi dar o Vasco achou que não podia. Acho que ele achou que foi culpado e tudo passou a ser falta. O jogo ficou amarrado, feio. Mas seguimos na luta e semana que vem vamos decidir de novo. 
  
Semana decisiva  
Vou ser bem honesto e que me entendam bem. Nem parei para pensar no León. Primeiro, foi o Emelec com minha cabeça toda. Depois, Vasco. E a partir de amanhã vamos pensar em uma estratégia. Temos uma ideia, é um time que sai bem para o ataque. Se nos jogarmos para cima, corremos riscos. É preciso ter cuidado. Temos que montar o time, ver quem vai poder jogar, porque vai ser uma pedreira.  

Flamengo criou pouco?  
O Vasco se defendeu bem. Não é fácil. O Vasco ficou atrás, é forte fisicamente, e temos que dar os méritos. Eles se posicionaram com duas linhas de quatro e não deram espaços. Tentamos, podíamos ter jogado um pouco mais pelos flancos, mas não posso deixar de enaltecer os meninos que correram e lutaram. O jogo estava complicado, nervoso. Podíamos ter trabalhado um pouco mais a bola para entrar na defesa.  

Foi certo poupar jogadores?  
Acho que fizemos um esforço enorme no Equador. Além do jogo e da viagem, alguns jogadores sentiram cansaço. Hoje não decidia. Quarta tem jogo e domingo também. Colocamos um time para encarar o Vasco forte, equilibrado. Quarta-feira vamos tentar entrar com o que temos de melhor, por ser um jogo que decide.  

Paulinho decidiu o jogo?  
O Paulo é um menino que desde o ano passado nos ajudou muito. Fez uma Copa do Brasil e final do Brasileiro muito bom. Infelizmente, sentiu um problema no último jogo com o Cruzeiro. Tentou treinar na volta, trabalhar, mas estava abaixo do que poderia. Tivemos que tirá-lo, recuperamos e está voltando a ser o jogador do ano passado. Nos ajuda muito na parte ofensiva e está nos brindando com gols de todos os lugares. Gostamos muito de trabalhar com ele por se dedicar muito e correr atrás. Tem velocidade e tem finalizado bem.  

Como foi a conversa com o time no intervalo?  
O Flamengo do primeiro tempo não estava jogando uma decisão. Flamengo e Vasco é guerra no bom sentindo, tem que ter luta. Fiz uma cobrança dura no sentido de sermos o Flamengo que jogou com o Emelec. Acho que entenderam e melhoraram a postura.  

Saída do Léo foi por qual motivo?  
Ele estava mancando. Na metade do primeiro tempo, deu uma dividida que sentiu o tornozelo. Já estava pensando em trocar. O Vasco queria tirar alguém com cartão amarelo, começou a pressionar e tirei para o juiz não compensar a expulsão por uma falta boba.
  
Carlos Eduardo está fora dos planos?  
Não está fora dos planos. Todo jogador do Flamengo... O Welinton não jogava desde janeiro, foi bem para caramba. Então, todos estão nos planos.  

E os lesionados?  
Vamos ver os treinos de segunda e terça para definir a equipe, quem vai concentrar. Não podemos abrir mão de colocar quem esteja bem por ser um jogo que vale muito. Temos que botar os melhores e tenho tentado fazer desta maneira, preservando todos. Todo mundo tem sua importância. Jogamos com várias equipes e nunca deixamos de buscar a vitória.  

O estilo calmo dá certo?  
Não consigo ficar gritando. Gritar para ninguém ouvir é coisa de maluco. Não tem como melhorar alguma coisa, passar uma instrução. Se parar, dá para chamar, mas no meio do jogo? Com a gritaria da torcida, nem quem está do meu lado escuta. Não quer dizer que acho que tudo está ótimo. Prefiro acertar no intervalo.  

Qual o motivo para a ausência de João Paulo?  
O João Paulo está com um problema na coxa, recebeu uma pancada fortíssima, ia marcar um jogador que busca o jogo o tempo inteiro. O jogador do Vasco ali é chato no bom sentido. Deu trabalho, mas ficamos satisfeitos por usar o Frauches, que não é da posição, mas deu o seu melhor. 
  
Os desfalques prejudicaram?  
Foram problemas onde tivemos que improvisar nas duas laterais, perdemos os quatro jogadores de origem. Não podia botar o menino do juniores em uma decisão dessas. O Frauches foi bem ali em um jogo com o Atlético-MG, marcando o Neto Berola, depois contra o Grêmio também.


FONTE:

Autor do gol, Paulinho revela pedido para arriscar mais e cita garra do Fla

Meia-atacante garante empate no primeiro clássico decisivo com belo chute após ouvir cobrança do treinador na semana. Negueba enaltece manutenção da vantagem


Por Rio de Janeiro


O chute potente de Paulinho, que já ajudou o Flamengo em outras ocasiões, voltou a entrar em ação na final do Campeonato Carioca. Contente com a pontaria afiada, o meia-atacante festejou ter garantido o empate em 1 a 1 (veja os melhores momentos) com o Vasco, neste domingo, no Maracanã, e fez questão de citar três detalhes na saída de campo: o passe de Alecsandro, a cobrança do técnico Jayme de Almeida para arriscar mais e a determinação rubro-negra para melhorar.

- Jayme vinha me cobrando para eu bater mais ao gol. Não posso deixar de agradecer ao Alecsandro pelo passe de peito. Começamos mal o jogo, desatentos, acertamos no intervalo e voltamos com mais garra. Entramos com o espírito de quarta-feira (da Libertadores). Jayme conversou com a gente, lembrando que não podíamos deixar passar essa oportunidade. No segundo tempo, botamos a cabeça no lugar e empatamos o jogo - afirmou.

Na hora de comemorar, a humildade do discurso deu lugar a um estilo cheio de confiança. Paulinho olhou para a torcida e usou a frase criada por Cristiano Ronaldo: "eu estou aqui".

Segundo o meia Everton, que lamentou o cruzamento errado que desperdiçou lance importante em contra-ataque, também definiu o Flamengo bem diferente nas duas etapas. 

Paulinho Vasco x Flamengo (Foto: Alexandre Vidal)
Paulinho comemora o gol de empate 
cheio de confiança com a frase "eu 
estou aqui" (Foto: Alexandre Vidal)

Mais uma vez, Negueba teve chance de incendiar o jogo. Se não obteve o mesmo efeito da vitória na Libertadores, da última quarta-feira, ao menos criou perigo. Para ele, não há o que reclamar, já que a vantagem de empatar segue com sua equipe na finalíssima de domingo.

- O mais importante é o empate para decidir no outro domingo. A gente não gosta, mas é melhor que a derrota. Temos a vantagem de dois empates e agora é decidir na próxima partida.

Como foi campeão da Taça Guanabara, o Rubro-Negro atuará pelo empate no próximo domingo para voltar a ser campeão depois de 2011. Antes, tem o compromisso derradeiro na primeira fase da Libertadores, contra o Leon-MEX, quarta-feira, no Maracanã. Se perder ou empatar, está fora.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2014/04/autor-do-gol-paulinho-revela-pedido-para-arriscar-mais-e-cita-garra-do-fla.html

Um tempo do Vasco, outro tempo do Fla: 1ª decisão do Carioca fica no 1 a 1

Rodrigo e Paulinho marcam no Maracanã, em partida marcada pela expulsão de Everton Costa, e Rubro-Negro mantém a vantagem do empate no próximo domingo para ser campeão


 A CRÔNICA


por GloboEsporte.com


Nem Edmílson, tampouco Alecsandro. A tarde não era dos artilheiros. Não houve superioridade da melhor defesa e muito menos do ataque mais positivo da competição. E, ao dominar um tempo cada um, Vasco e Flamengo fizeram um confronto equilibrado, neste domingo, no Maracanã, na primeira final do Carioca. Resultado: 1 a 1.

Sem se enfrentar em final do estadual há dez anos, as equipes levaram o maior público do campeonato no estádio: 26.242 (20.844 pagantes, com renda de R$ 1.324.300,00). Superou a segunda semifinal entre Fluminense e Vasco, com 15.925 pagantes. Melhor ao Flamengo que manteve a vantagem de atuar por dois empates.

Como foi campeão da Taça Guanabara, o Rubro-Negro atuará pelo empate no próximo domingo para voltar a ser campeão depois de 2011. O Vasco precisa ganhar para encerrar o jejum de 2003. Terá a semana livre enquanto o Flamengo encara, quarta-feira, às 19h45m (de Brasília), no Maracanã, o León pela Libertadores.

Gabriel e Pedro Ken Vasco x Flamengo (Foto: André Durão) 
Pedro Ken (E) divide lance com Gabriel 
em clássico equilibrado no Maracanã 
(Foto: André Durão)
 
Vasco a mil, Flamengo devagar
Um lance, aos 33 minutos, resumiu o primeiro tempo. Correndo feito loucos, Pedro Ken e Everton Costa não só desarmaram como deixaram Paulinho atônito. Sem reação tamanha a disposição. Foi assim que o Vasco, a mil, comandou a partida contra um Flamengo devagar quase parando.


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As duas equipes, porém, foram iguais em um quesito: reclamação à arbitragem. Tudo era motivo de polêmica: lateral, falta, cera técnica... O Vasco, ao menos, conseguiu jogar. Sem desfalques e com a próxima semana livre, levou à estratégia de eliminar a vantagem rival de atuar por dois empates à risca. Sufocou: chegou a ter 68% de posse de vola contra 32% do Fla, que atuava sem quatro titulares e um reserva imediato e com a necessidade e entrar em campo quarta-feira para outra decisão, mas na Libertadores.

Não demorou, então, para o Vasco sair na frente. Douglas cobrou escanteio na direita, Everton Costa bloqueou a saída de Felipe, com falta, e Rodrigo subiu mais do que Samir para cabecear: 1 a 0 aos 11 minutos. Além do gol, Edmílson obrigou Felipe a fazer boa defesa em chute cruzado. Everton Costa cruzou e Reginaldo não alcançou. E o Rubro-Negro? Nada. Lucas Mugni fracassou em abastecer o ataque. Paulinho foi bem marcado. Martín Silva, então, foi um mero espectador.

- Fizemos o certo: atacamos para reverter a vantagem deles. Temos de manter - disse Rodrigo.

- Estamos recuados! Estamos mal! Tem de mudar – reclamou Alecsandro no intervalo.

Expulsão muda o jogo
E mudou mesmo. Na escalação: Gabriel substituiu Lucas Mugni. E na atitude: o Fla passou a jogar melhor, com movimentação e intensa troca de passes. O Vasco sentiu. Exemplo: antes do primeiro minuto, Everton Costa perdeu na corrida para Léo. Deveria receber o amarelo, o segundo, e ser expulso, mas... o árbitro Rodrigo Nunes de Sá nada assinalou. O fez, de forma incorreta, ao expulsar o atacante, após dividida com Frauches. Eram 10 minutos. Antes, um lance curioso: André Rocha, ao segurar Samir, tirou a camisa do zagueiro do Fla.

Frauches sairia para entrada de Everton. E, com mais velocidade, o Fla mudou o jogo. O mesmo Everton, ao passar por Guiñazu como uma Ferrarri ultrapassaria um Fusca, apareceu livre na frente de Martín Silva, mas, ao invés de chutar, cruzou sem direção. Quem acertou foi Paulinho: um lindo chute de fora da área e empatou a partida. Na comemoração, imitou Cristiano Ronaldo em gestos e palavras.

- Calma, eu estou aqui – disse olhando à torcida e apontando ao chão aos 15 minutos.

Só com a entrada de Fellipe Bastos que o Vasco conseguiu voltar a acertar a marcação. Em bola parada, quase voltou a comandar o placar em cabeçada de Pedro Ken. Fellipe Bastos, de falta, levou perigo a Felipe. O Flamengo até tentou, mas também administrou a partida. Deixou tudo para o próximo final de semana.




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Sesi-SP passa sufoco, mas bate o Campinas e está na final da Superliga

Com atuação inspirada de Renan, equipe da capital faz 2 a 0, permite a virada e reage no tie-break; decisão será contra o Cruzeiro, dia 13 de abril, no Mineirinho


Por Campinas, SP

A pressão era grande. O jogo que parecia nas mãos começou a ficar complicado. A vantagem de dois sets se perdeu. O Campinas reagiu, mostrou força e provocou o tie-break. O Sesi-SP não queria desperdiçar a chance de fechar a série e garantir logo sua vaga na final. Colocou a cabeça no lugar, tratou de diminuir o número de erros e pôde, enfim, respirar aliviado. Neste sábado, num ginásio Taquaral lotado, venceu o jogo 2 por 3 sets a 2, parciais de 21/15, 21/19, 17/21, 17/21 e 15/9.
E no duelo dos jogadores mais altos da Superliga, melhor para Renan. O jogador de 2,17m do Sesi-SP foi o maior pontuador do confronto, com 16 acertos, um a mais que o rival Gustavão, do Campinas, de 2,15m.

A partida marcou a despedida das quadras do campeão olímpico André Heller. Do banco, se recuperando de uma lesão, o central de 38 anos fez o que pôde para ajudar seus companheiros. Apesar da luta deles, acabou vendo os rivais triunfarem e ganharem o direito de brigar pelo título com o Cruzeiro, no dia 13 de abril, no Mineirinho. Na temporada 2010/2011, os times também se enfrentaram na decisão e o troféu foi parar na galeria do representante paulista.

- Essa torcida é incrível e única. Sempre digo que nunca joguei em nenhum lugar onde sentisse essa energia tão especial. Só tenho a agradecer por terminar minha carreira como jogador diante deles - declarou André ao término do jogo.

Renan vôlei Sesi e Campinas (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
Renan encara o bloqueio triplo do 
Campinas (Foto: Alexandre 
Arruda / CBV)

O jogo


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Campinas iniciou a partida mostrando o motivo de ter perdido apenas duas partidas dentro de seus domínios (Sesi-SP e Cruzeiro) durante toda a temporada. Atento na defesa e contando com a boa presença de Gustavão na rede, os anfitriões equilibraram as ações. Mesmo quando o Sesi-SP conseguiu fugir dois pontos, a equipe teve calma para correr atrás do prejuízo e virar (8/7). Na reta final, a boa passagem de Lucão pelo saque e os erros em sequência do Campinas foram cruciais para que os visitantes fizessem 1 a 0: 21/15.

Sesi comemoração jogo vôlei Campinas (Foto: Alexandre Arruda / CBV)Sesi comemora ponto durante jogo partida contra o Campinas (Foto: Alexandre Arruda / CBV)

Os comandados do técnico Alexandre Rivetti forçavam o saque, tentavam quebrar o passe dos visitantes. Mas parte deles parava na rede. Melhor para o Sesi-SP (7/4). Campinas subiu o bloqueio, passou a criar mais dificuldades e levantou a arquibancada ao tomar o comando do marcador (9/8). Lucarelli encontrava o triplo bem montado à sua frente. As falhas mudavam de lado, e os donos da casa fugiam (13/10). Lucão insistia. Atacava pelo meio, na saída de rede e foi a peça-chave para a virada (19/18). Campinas sentiu e não conseguiu evitar a derrota na parcial: 21/19.

Na retomada veio a reação. Era tudo ou nada. Diogo & Cia fizeram 8/5. O Sesi-SP voltou a se acertar e encostar (11/10). Num levantamento errado de Rodriguinho, chegou ao empate (14/14). Um ataque de João Paulo Tavares e um ace de Vini fizeram os anfitriões respirar. Dali em diante, o sufoco passou a ser do time da capital. Salvou o primeiro set point, mas não teve a mesma sorte logo em seguida. Erro de saque, set para a conta do Campinas: 21/17.
Com o sinal de alerta ligado, o Sesi-SP tratou de dar uma resposta, abrindo 4/1. Só que encontrou resistência para sustentar a vantagem. A preocupação aumentou quando o oposto Renan se queixou de dores no dedo mínimo da mão esquerda. O Campinas apresentava um melhor volume de jogo (13/10), e Marcos Pacheco entendeu que era hora de parar a partida. Apesar das orientações, a situação não mudou: 21/17 e tie-break.  

Campinas x Sesi semifinal Superliga masculina de vôlei (Foto: Cinara Piccolo / Brasil Kirin)
Gustavão é parado pelo bloqueio do 
Sesi-SP (Foto: Cinara Piccolo / 
Brasil Kirin)

No set desempate, o Sesi-SP começou melhor. Do outro lado, a ansiedade era aparente, e os erros bobos comprometiam. Sidão fez o sorriso voltar ao rosto dos companheiros com o bloqueio que deu quatro pontos de frente para seu time (10/6). O Campinas estava sob pressão e não teve como evitar a eliminação: 15/9, em bloqueio de Renan. 
 
- Foi uma série muito equilibrada. Tudo nessa temporada está sendo novo para mim. Essa foi minha primeira semifinal e, agora, a primeira final. Tenho que agradecer a toda a comissão técnica e aos jogadores que sempre me deram muita força - comentou Renan, que substituiu o oposto titular Evandro, que fraturou o dedo mínimo da mão direita em um bloqueio no primeiro jogo das quartas de final.

escalações
Campinas
Paulo Renan, Rivaldo, Diogo, João Paulo Tavares, Vini, Gustavão e Alan (líbero).
Técnico – Alexandre Rivetti
Entraram: Bérgamo, Rodriguinho e Mineiro

Sesi-SP
Sandro, Renan, Murilo, Lucarelli, Sidão, Lucão e Serginho (líbero).
Técnico – Marcos Pacheco
Entraram: Manius,Thiaguinho e Rogério



FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2014/04/sesi-sp-passa-sufoco-mas-bate-o-campinas-e-avanca-final-da-superliga.html

Unhas e cabeça feitas: atletas ignoram piadas para cuidar da saúde dos pés

Com 2,10m e 100kg, Evandro leva brincadeiras na esportiva quando vai à manicure. Relembre os sustos que fizeram outros jogadores passarem a frequentar podólogos


Por Rio de Janeiro


São anos de exposição ao sol, várias horas por dia de contato direto com a areia. Mas, na lista de prioridades, muitas vezes os cuidados com os pés são deixados de lado pelos atletas em prol de necessidades mais latentes. A nova geração do vôlei de praia, no entanto, já encara os tratamentos para a pele e as unhas como uma questão que vai muito além da estética. De olho na saúde e em um melhor desempenho em quadra, os jogadores ignoram as piadas dos colegas e produzem cenas curiosas ao frequentarem podólogos e salões de beleza. Tudo pelo trabalho.

Evandro e Bruno Schmidt (Foto: Divulgação)
Evandro e Bruno Schmidt: pés tamanho 
48 e 44, respectivamente (Foto: Helena
 Rebello)

Com 2,10m e cerca de 100kg, Evandro vai à manicure sempre que tem folga nos finais de semana. O hábito foi iniciado há pouco mais de um ano e, em companhia da mãe, o bloqueador faz as unhas dos pés e das mãos. No dia a dia, tem o cuidado de sempre lavar bem os cantinhos, evitando qualquer depósito de sujeira no local, e ainda completa o ritual com hidratante.
- O pessoal acha meio esquisito um negão de 2,10m fazendo unha, e alguns sempre falam gracinha. Mas levo tudo na esportiva. Mal sabem eles o quanto isso é bom pra ter uma vida saudável. É também um pouco de vaidade minha, não gosto de ficar com a unha preta por causa da areia. É importante manter bonitinha, limpinha, porque a gente trabalha com o corpo e a imagem – disse.

Capixaba Alison recebe alta após cirurgia no pé esquerdo (Foto: Reprodução/TV Gazeta)Alison deixa o hospital em 2012: infecção, cirurgia e susto (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

Finalista do “Rei da Praia” neste domingo, Alison precisou de um episódio traumático para passar a frequentar um podólogo. Em setembro de 2012, o Mamute sofreu um corte no pé esquerdo enquanto treinava no Espírito Santo. Fez um curativo por conta própria e viajou para Cuiabá, onde disputaria a etapa de abertura da temporada 2012/2013 do Circuito Brasileiro. 

O local ficou muito inchado, e o jogador disputou a final com febre. De volta à capital capixaba, saiu do aeroporto direto para procurar auxílio médico. Só então soube que teve uma infecção bacteriana e que precisaria passar por uma cirurgia. O processo todo de recuperação o tirou das quadras por um mês.

- Eu sempre cuidei bem dos meus pés, mas tive esse problema logo depois de Londres. Foi muito sério, uma coisa horrorosa. Normalmente a gente só dá valor às coisas quando perde, mas ainda bem que não perdi meu pé. Foi muito difícil para mim, passei dias internado. Depois disso passei a ir ao podólogo. 
Não é vaidade, é necessidade mesmo. Sempre lavei, limpei bem as unhas, mas precisei desse susto para realmente levar mais a sério - disse Alison, que calça 46.

Bruno Schmidt passou por um choque semelhante, porém menos grave, em março deste ano. Durante a disputa dos Jogos Sul-Americanos, em Santiago, no Chile, o defensor se machucou no ferro que prende as faixas demarcadoras da quadra. Apesar da ferida aberta, o pronto atendimento evitou que um mal maior acontecesse.

Montagem - Pés Vôlei de Praia (Foto: Editoria de Arte)
Adivinhe quais participantes do Rei da 
Praia são os donos dos pés acima. Veja 
as respostas no fim
 (Foto: Editoria de Arte)

- A pancada levantou o canto da minha unha. A situação foi chata, sangrou muito, doeu muito. A sorte é que o COB deu suporte com um podólogo, que fez a limpeza necessária e me orientou, me alertou sobre como dependemos da saúde dos pés. Esse episódio me prejudicou nesta matéria, porque normalmente minha unha fica mais bonita (risos). Mas meu pé mesmo assim ainda está melhor do que o do Pedro Solberg. Meu ex-parceiro e amigo é um rapaz boa pinta, mas o pé dele passa longe – brincou Bruno.

Emanuel, no Grand Slam de Long Beach (Foto: Divulgação / FIVB)Emanuel vê a areia como um esfoliante natural para a pele (Foto: Divulgação / FIVB)

Irmão mais novo de uma dermatologista, Emanuel admite que cuida pouco dos pés em comparação a outros atletas. Além da limpeza bem feita, ele só passa hidratante em etapas específicas, quando a areia utilizada nas quadras é muito áspera e resseca demais a pele. Prestes a completar 41 anos, o campeão olímpico conta que é recorrente as pessoas se surpreenderem quando ele revela que seus pés e mãos são mais delicados do que se supõe.

- Muitas pessoas me perguntam se tenho o pé grosso pelo contato com a areia quente, mas é o contrário. Nosso pés são mais finos, e as mãos também. Quase não tenho calo, e acredito que seja porque a areia serve como um esfoliante natural. Eu acho gostoso. Não tenho nenhum cuidado extra com os pés, mas cuido bem deles porque são eles que me levam a jogar mundo afora.


Respostas: 1) Pedro Solberg; 2) Bruno Schmidt; 3) Evandro; 4) Vitor Felipe; 5) Alison; 6) Ricardo; 7) Márcio; 8) Emanuel


FONTE
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2014/04/unhas-e-cabeca-feitas-atletas-ignoram-piadas-para-cuidar-da-saude-dos-pes.html

Campeão olímpico deixa o vôlei com choro, ovação de rivais e último troféu

André Heller encerra a carreira profissional após eliminação do Campinas para o Sesi, na semifinal da Superliga. Aos 38 anos, ex-jogador agradece apoio irrestrito da torcida


Por Campinas, SP


André Heller central Campinas vôlei masculino (Foto: Divulgação Brasil Kirin)André Heller leva taça para casa (Foto: Divulgação Brasil Kirin)

A despedida de André Heller do vôlei profissional valeu cada segundo. O resultado da partida, é verdade, poderia ser diferente – o Campinas perdeu para o Sesi na semifinal da Superliga masculina –, mas o agora ex-jogador parece não se arrepender de nada. Depois de 24 anos dedicados intensamente ao esporte, o camisa 13 encerrou a trajetória nas quadras com muita emoção.

O respeito de todos, da arquibancada à quadra, era nítido. Festejado pelos torcedores, Heller ficou no banco de reservas e acompanhou com sofrimento o desempenho dos colegas. Com o resultado sacramentado, recebeu cumprimentos de todos no Ginásio do Taquaral. O gesto mais emocionante foi de Serginho, ex-companheiro de seleção brasileira, que lhe deu um carinho na rede.

O gaúcho, então, se entregou às lágrimas. Ao fim da partida, recebeu um troféu por toda a contribuição ao vôlei brasileiro e, em especial, ao Campinas. Foi na cidade que chegou em 2010 e virou o "eterno capitão", posto que não perderá mesmo aposentado.

– Foi algo incrível. Eu sempre digo que me preparo para parar desde o dia em que iniciei minha carreira e posso dizer que essa despedida, com casa cheia e homenagens de tantos amigos, foi ótima. Essa torcida é incrível e única.

Sempre digo que nunca joguei em nenhum lugar onde sentisse essa energia tão especial. Só tenho a agradecer por terminar minha carreira como jogador diante deles – disse o dono do dia.

Andre Heller e Serginho vôlei Sesi e Campinas (Foto: Divulgação)
Andre Heller e Serginho se encontram 
na rede, após a partida entre Campinas 
e Sesi, no Taquaral (Foto: Divulgação)

Essa torcida é incrível e única. Sempre digo que nunca joguei em nenhum lugar onde sentisse essa energia tão especial"
André Heller

Levar mais um troféu para casa é um encerramento digno para quem se acostumou com vitórias. Desde o início na trajetória do vôlei profissional, em 1993, André Heller conquistou cinco vezes a Superliga (94 com Novo Hamburgo, 98 e 99 com a Ulbra, 2000 com o Minas e 2004 com o Unisul). A sequência positiva nos clubes lhe deu espaço na seleção, em que o central foi um dos expoentes da geração vencedora dirigida por Bernardinho. 

Com a camisa amarela, venceu quatro vezes o Campeonato Sul-Americano (94, 99, 2003 e 2007), duas Copas do Mundo (2003 e 2007), duas Copas América (98 e 99), uma Copa dos Campeões (2005), um Pan-Americano (2007) e seis edições da Liga Mundial (2001, 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007). O auge foi em 2004, com a medalha de ouro olímpica em Pequim.

Agora aposentado, André Heller promete não se distanciar do vôlei. O gaúcho, com residência fixa em Campinas, pretende colaborar com o esporte nos bastidores, se possível até pelo clube que lhe vestiu pela última vez.


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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/sp/campinas-e-regiao/noticia/2014/04/campeao-olimpico-deixa-o-volei-com-choro-ovacao-de-rivais-e-ultimo-trofeu.html

Com Ricardo, Alison bate Emanuel e conquista o tetra do Rei da Praia

Mamute surpreende na escolha de parceiro, dribla o eficiente bloqueio de Evandro e fatura o seu quarto título seguido em Ipanema: 2 a 0, com parciais de 28/26 e 21/17


Por Rio de Janeiro


O bloqueio, principal arma nas quatro últimas edições, quase se tornou vilão desta vez. Mas, ao final de dois sets, o saldo foi positivo a favor de Alison. Após penar com Evandro junto à rede, o Mamute levou a melhor sobre Emanuel e sagrou-se o primeiro tetracampeão do “Rei da Praia”. Em improvável parceria com Ricardo, o medalhista olímpico em Londres venceu com parciais de 28/26 e 21/17 e faturou o quarto título seguido na Praia de Ipanema.

- Joguei o torneio cinco vezes, então ganhar quatro é uma média muito boa. Todos os títulos foram duros, mas a deste domingo foi mais difícil. Foi meu primeiro ano sem o Emanuel como parceiro, também não tive o Bruno na final e também joguei com um bloqueador. E jogar contra com o Emanuel é muito difícil sempre, tenho respeito demais por ele. A cada ano a competição fica mais difícil, todo mundo quer tirar de mim essa camisa dourada. Mas espero ainda disputar muitas edições e ser coroado mais vezes - disse Alison.

Alison vôlei de praia troféu Rei da Praia (Foto: Helena Rebello)
Alison posa com o troféu de Rei de Praia
 e a coroa de louros sobre o boné (Foto: 
Helena Rebello)

Antes da partida, Alison surpreendeu ao anunciar seu parceiro. O Mamute escolheu Ricardo, que além de também ser bloqueador joga na mesma posição que ele, a entrada de rede (olhando para a quadra adversária, o lado esquerdo da quadra). Sem poder jogar com Pedro Solberg, seu atual parceiro no Circuito Brasileiro, Emanuel teve Evandro como único bloqueador à disposição. Na véspera, o jovem carioca teve atuação decisiva para a classificação do campeão olímpico na final.

No início da partida, o serviço de Alison tornou o placar elástico. Com dois aces e dois erros seguidos de Evandro, o time do então “Rei da Praia” abriu quatro pontos de vantagem. Uma série impressionante de Evandro no bloqueio, no entanto, voltou a equilibrar o jogo. No rali mais espetacular, o carioca bloqueou o Mamute três vezes seguidas até cravar o ponto. Alison ainda respondeu duas vezes na mesma moeda, mas preferiu pedir tempo quando sua vantagem caiu para apenas um ponto.

Com a torcida a seu favor, Evandro conseguiu no grito mudar o rumo da partida. No ponto que encerraria o set a favor de Alison, o carioca reclamou muito com a arbitragem pedindo toque no bloqueio. O árbitro reviu sua marcação e deu o ponto para a dupla de Emanuel. O placar seguiu parelho até que uma bola na rede definiu a parcial para Alison: 28/26.

Alison vôlei de praia disputa Rei da Praia (Foto: Helena Rebello)
Dois bloqueadores natos, Alison e Ricardo 
jogaram juntos (Foto: Helena Rebello)

No segundo set, Emanuel e Evandro abriram dois pontos de frente pela primeira vez na partida. Em pelo menos duas ocasiões, Alison e Ricardo não se entenderam, indo juntos brigar pela bola junto à rede – força do hábito. Uma boa série de Alison no saque, no entanto, mudou o panorama da partida e selou a virada em 8 a 7. Quando Evandro sentiu a pressão, e a diferença chegou a dois pontos, Emanuel pediu tempo.

O refresco, porém, não impediu a arrancada rival. Dois pontos seguidos de Ricardo, um deles de bloqueio, alargaram ainda mais a margem. Com categoria e experiência, Emanuel voltou a descontar, e Evandro pediu apoio do público. Não foi o bastante. Com um bloqueio sobre Evandro, Alison selou sua quarta coroação seguida: 21/17.


* Colaborou a estagiária Renata Heilborn


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2014/04/alison-bate-emanuel-e-conquista-tetracampeonato-do-rei-da-praia.html