André Heller encerra a carreira profissional após eliminação do Campinas para o Sesi, na semifinal da Superliga. Aos 38 anos, ex-jogador agradece apoio irrestrito da torcida
André Heller leva taça para casa (Foto: Divulgação Brasil Kirin)
O respeito de todos, da arquibancada à quadra, era nítido. Festejado pelos torcedores, Heller ficou no banco de reservas e acompanhou com sofrimento o desempenho dos colegas. Com o resultado sacramentado, recebeu cumprimentos de todos no Ginásio do Taquaral. O gesto mais emocionante foi de Serginho, ex-companheiro de seleção brasileira, que lhe deu um carinho na rede.
O gaúcho, então, se entregou às lágrimas. Ao fim da partida, recebeu um troféu por toda a contribuição ao vôlei brasileiro e, em especial, ao Campinas. Foi na cidade que chegou em 2010 e virou o "eterno capitão", posto que não perderá mesmo aposentado.
– Foi algo incrível. Eu sempre digo que me preparo para parar desde o dia em que iniciei minha carreira e posso dizer que essa despedida, com casa cheia e homenagens de tantos amigos, foi ótima. Essa torcida é incrível e única.
Sempre digo que nunca joguei em nenhum lugar onde sentisse essa energia tão especial. Só tenho a agradecer por terminar minha carreira como jogador diante deles – disse o dono do dia.
Andre Heller e Serginho se encontram
na rede, após a partida entre Campinas
e Sesi, no Taquaral (Foto: Divulgação)
Levar mais um troféu para casa é um encerramento digno para quem se acostumou com vitórias. Desde o início na trajetória do vôlei profissional, em 1993, André Heller conquistou cinco vezes a Superliga (94 com Novo Hamburgo, 98 e 99 com a Ulbra, 2000 com o Minas e 2004 com o Unisul). A sequência positiva nos clubes lhe deu espaço na seleção, em que o central foi um dos expoentes da geração vencedora dirigida por Bernardinho.
Com a camisa amarela, venceu quatro vezes o Campeonato Sul-Americano (94, 99, 2003 e 2007), duas Copas do Mundo (2003 e 2007), duas Copas América (98 e 99), uma Copa dos Campeões (2005), um Pan-Americano (2007) e seis edições da Liga Mundial (2001, 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007). O auge foi em 2004, com a medalha de ouro olímpica em Pequim.
Agora aposentado, André Heller promete não se distanciar do vôlei. O gaúcho, com residência fixa em Campinas, pretende colaborar com o esporte nos bastidores, se possível até pelo clube que lhe vestiu pela última vez.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/sp/campinas-e-regiao/noticia/2014/04/campeao-olimpico-deixa-o-volei-com-choro-ovacao-de-rivais-e-ultimo-trofeu.html
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