domingo, 6 de abril de 2014

Clássico mineiro termina empatado, e Cruzeiro leva vantagem para final

Rivais fazem muito bom jogo, movimentado e técnico, mas não saem do 0 a 0 no Independência. Diego Tardelli perde gol feito pelo Atlético



 A CRÔNICA


por GloboEsporte.com


O resultado do primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro não combinou com o futebol apresentado por Atlético-MG e Cruzeiro neste domingo no Independência. A magreza do 0 a 0 foi incompatível com a fartura de boas jogadas, vibração e velocidade apresentada pelas duas equipes. O placar foi melhor para a Raposa, que agora joga pelo empate na finalíssima, domingo que vem, no Mineirão, para ser campeã estadual. O Galo precisa vencer.



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Foi um clássico equilibrado. Empurrado pela torcida em um jogo apenas com torcedores atleticanos, mas desfalcado de Ronaldinho Gaúcho, com dores no pé esquerdo, o time de Paulo Autuori teve um pouco mais de posse (53% a 47%) e presença ofensiva levemente superior. Perdeu uma chance incrível com Marion no primeiro tempo e outra com Diego Tardelli no segundo. Mas o Cruzeiro também soube ser agressivo. Os dois times estiveram em vias de vencer a partida, que teve público de 22.342 pagantes e renda de R$ 697.225,00.


Diego Tardelli e Dedé Atlético-mG x Cruzeiro (Foto: Bruno Cantini / Flickr do Atlético-MG)
Diego Tardelli perde gol feito no 
segundo tempo (Foto: Bruno 
Cantini / Flickr do Atlético-MG)

O encontro dos rivais ocorreu em meio à preocupação paralela com a Libertadores da América. Na quarta-feira, no Mineirão, o Cruzeiro busca vitória por três gols de diferença sobre o Real Garcilaso para ir às oitavas de final para não depender de outros resultados. Um dia depois, no Independência, o Atlético, já garantido na próxima fase, precisa apenas de um empate com o Zamora, da Venezuela, para ser o primeiro de seu grupo.

Só faltou o gol
É uma pequena injustiça do futebol não terem saído gols no primeiro tempo do clássico. Atlético e Cruzeiro fizeram uma etapa vibrante, combativa e, acima de tudo, de exuberância técnica. Destaque para Diego Tardelli, que emulou a plasticidade de Ronaldinho Gaúcho e esparramou seu talento pelo gramado do Independência - especialmente em duas sequências de dribles pelo lado direito, com bola entre as pernas do adversário e chapéus. A Raposa respondeu com jogadas envolventes de seus protagonistas ofensivos - Everton Ribeiro, Willian e Júlio Baptista.

O Galo começou melhor. Bem melhor. Foi mais agudo, soube usar melhor os lados, esteve mais vivo, mais presente. Mas faltou encaixar uma jogada que assustasse o Cruzeiro. Chute de Guilherme foi bem defendido por Fábio aos 17 minutos, mas a maior oportunidade atleticana surgiu depois, aos 28, quando Marion recebeu livre na área e perdeu gol feito. Ele tentou tocar por cima do goleiro rival, só que errou feio: deu um chute insignificante na bola.

E o Atlético quase pagou caro por isso. A partir desse lance, o Cruzeiro cresceu na parada. Willian esteve em vias de marcar. Tabelou bonito com Júlio Baptista e buscou o canto do gol defendido por Victor, mas errou por centímetros. A bola morreu no lado externo da rede. Depois, foi a vez de Ricardo Goulart desperdiçar um gol. Ele pegou a sobra de dividida pelo alto entre Júlio Baptista e Victor e mandou para fora.

O outro lado de Tardelli
Diego Tardelli, de lances brilhantes no primeiro tempo, viu o outro lado de sua própria moeda no período final. Perdeu um dos gols mais feitos de sua longa carreira. Foi em grande jogada de Marion, que invadiu a área pela esquerda e acionou o colega. O camisa 9, livre, de frente para o gol, pegou de canela na bola. E ela saiu.

Antes disso, o Cruzeiro chegara forte com Ceará, obrigando Victor a defender e depois dar um chute na bola, que rebateu em Ricardo Goulart e passou sobre o gol. A exemplo do primeiro tempo, a segunda etapa teve o predomínio oscilando entre as duas equipes, ora com uma, ora com outra - mas com o Atlético superior na maior parte do tempo. As chances de gol, porém, se tornaram mais escassas, e as movimentações dos treinadores (com a entrada de jogadores como Marcelo Moreno no Cruzeiro e Carlos no Galo) não foram suficientes para mexer no placar. Fábio ainda teve que evitar duas boas oportunidades do Atlético, com Alex Silva e Guilherme, para assegurar a vantagem do empate no segundo duelo da final.




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