A CRÔNICA
O resultado do primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro não
combinou com o futebol apresentado por Atlético-MG e Cruzeiro neste
domingo no Independência. A magreza do 0 a 0 foi incompatível com a
fartura de boas jogadas, vibração e velocidade apresentada pelas duas
equipes. O placar foi melhor para a Raposa, que agora joga pelo empate
na finalíssima, domingo que vem, no Mineirão, para ser campeã estadual. O
Galo precisa vencer.
Foi um clássico equilibrado. Empurrado pela torcida em um jogo apenas com torcedores atleticanos, mas desfalcado de Ronaldinho Gaúcho, com dores no pé esquerdo, o time de Paulo Autuori teve um pouco mais de posse (53% a 47%) e presença ofensiva levemente superior. Perdeu uma chance incrível com Marion no primeiro tempo e outra com Diego Tardelli no segundo. Mas o Cruzeiro também soube ser agressivo. Os dois times estiveram em vias de vencer a partida, que teve público de 22.342 pagantes e renda de R$ 697.225,00.
O encontro dos rivais ocorreu em meio à preocupação paralela com a
Libertadores da América. Na quarta-feira, no Mineirão, o Cruzeiro busca
vitória por três gols de diferença sobre o Real Garcilaso para ir às
oitavas de final para não depender de outros resultados. Um dia depois,
no Independência, o Atlético, já garantido na próxima fase, precisa
apenas de um empate com o Zamora, da Venezuela, para ser o primeiro de
seu grupo.
Só faltou o gol
É uma pequena injustiça do futebol não terem saído gols no primeiro tempo do clássico. Atlético e Cruzeiro fizeram uma etapa vibrante, combativa e, acima de tudo, de exuberância técnica. Destaque para Diego Tardelli, que emulou a plasticidade de Ronaldinho Gaúcho e esparramou seu talento pelo gramado do Independência - especialmente em duas sequências de dribles pelo lado direito, com bola entre as pernas do adversário e chapéus. A Raposa respondeu com jogadas envolventes de seus protagonistas ofensivos - Everton Ribeiro, Willian e Júlio Baptista.
O Galo começou melhor. Bem melhor. Foi mais agudo, soube usar melhor os lados, esteve mais vivo, mais presente. Mas faltou encaixar uma jogada que assustasse o Cruzeiro. Chute de Guilherme foi bem defendido por Fábio aos 17 minutos, mas a maior oportunidade atleticana surgiu depois, aos 28, quando Marion recebeu livre na área e perdeu gol feito. Ele tentou tocar por cima do goleiro rival, só que errou feio: deu um chute insignificante na bola.
E o Atlético quase pagou caro por isso. A partir desse lance, o Cruzeiro cresceu na parada. Willian esteve em vias de marcar. Tabelou bonito com Júlio Baptista e buscou o canto do gol defendido por Victor, mas errou por centímetros. A bola morreu no lado externo da rede. Depois, foi a vez de Ricardo Goulart desperdiçar um gol. Ele pegou a sobra de dividida pelo alto entre Júlio Baptista e Victor e mandou para fora.
O outro lado de Tardelli
Diego Tardelli, de lances brilhantes no primeiro tempo, viu o outro lado de sua própria moeda no período final. Perdeu um dos gols mais feitos de sua longa carreira. Foi em grande jogada de Marion, que invadiu a área pela esquerda e acionou o colega. O camisa 9, livre, de frente para o gol, pegou de canela na bola. E ela saiu.
Antes disso, o Cruzeiro chegara forte com Ceará, obrigando Victor a defender e depois dar um chute na bola, que rebateu em Ricardo Goulart e passou sobre o gol. A exemplo do primeiro tempo, a segunda etapa teve o predomínio oscilando entre as duas equipes, ora com uma, ora com outra - mas com o Atlético superior na maior parte do tempo. As chances de gol, porém, se tornaram mais escassas, e as movimentações dos treinadores (com a entrada de jogadores como Marcelo Moreno no Cruzeiro e Carlos no Galo) não foram suficientes para mexer no placar. Fábio ainda teve que evitar duas boas oportunidades do Atlético, com Alex Silva e Guilherme, para assegurar a vantagem do empate no segundo duelo da final.
saiba mais
Foi um clássico equilibrado. Empurrado pela torcida em um jogo apenas com torcedores atleticanos, mas desfalcado de Ronaldinho Gaúcho, com dores no pé esquerdo, o time de Paulo Autuori teve um pouco mais de posse (53% a 47%) e presença ofensiva levemente superior. Perdeu uma chance incrível com Marion no primeiro tempo e outra com Diego Tardelli no segundo. Mas o Cruzeiro também soube ser agressivo. Os dois times estiveram em vias de vencer a partida, que teve público de 22.342 pagantes e renda de R$ 697.225,00.
Diego Tardelli perde gol feito no
segundo tempo (Foto: Bruno
Cantini / Flickr do Atlético-MG)
Só faltou o gol
É uma pequena injustiça do futebol não terem saído gols no primeiro tempo do clássico. Atlético e Cruzeiro fizeram uma etapa vibrante, combativa e, acima de tudo, de exuberância técnica. Destaque para Diego Tardelli, que emulou a plasticidade de Ronaldinho Gaúcho e esparramou seu talento pelo gramado do Independência - especialmente em duas sequências de dribles pelo lado direito, com bola entre as pernas do adversário e chapéus. A Raposa respondeu com jogadas envolventes de seus protagonistas ofensivos - Everton Ribeiro, Willian e Júlio Baptista.
O Galo começou melhor. Bem melhor. Foi mais agudo, soube usar melhor os lados, esteve mais vivo, mais presente. Mas faltou encaixar uma jogada que assustasse o Cruzeiro. Chute de Guilherme foi bem defendido por Fábio aos 17 minutos, mas a maior oportunidade atleticana surgiu depois, aos 28, quando Marion recebeu livre na área e perdeu gol feito. Ele tentou tocar por cima do goleiro rival, só que errou feio: deu um chute insignificante na bola.
E o Atlético quase pagou caro por isso. A partir desse lance, o Cruzeiro cresceu na parada. Willian esteve em vias de marcar. Tabelou bonito com Júlio Baptista e buscou o canto do gol defendido por Victor, mas errou por centímetros. A bola morreu no lado externo da rede. Depois, foi a vez de Ricardo Goulart desperdiçar um gol. Ele pegou a sobra de dividida pelo alto entre Júlio Baptista e Victor e mandou para fora.
O outro lado de Tardelli
Diego Tardelli, de lances brilhantes no primeiro tempo, viu o outro lado de sua própria moeda no período final. Perdeu um dos gols mais feitos de sua longa carreira. Foi em grande jogada de Marion, que invadiu a área pela esquerda e acionou o colega. O camisa 9, livre, de frente para o gol, pegou de canela na bola. E ela saiu.
Antes disso, o Cruzeiro chegara forte com Ceará, obrigando Victor a defender e depois dar um chute na bola, que rebateu em Ricardo Goulart e passou sobre o gol. A exemplo do primeiro tempo, a segunda etapa teve o predomínio oscilando entre as duas equipes, ora com uma, ora com outra - mas com o Atlético superior na maior parte do tempo. As chances de gol, porém, se tornaram mais escassas, e as movimentações dos treinadores (com a entrada de jogadores como Marcelo Moreno no Cruzeiro e Carlos no Galo) não foram suficientes para mexer no placar. Fábio ainda teve que evitar duas boas oportunidades do Atlético, com Alex Silva e Guilherme, para assegurar a vantagem do empate no segundo duelo da final.
FONTE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário