A
CRÔNICA
por
Rodrigo Faber
Vinte e dois jogadores, um árbitro, dois auxiliares... E a chuva. A
tempestade que castigou o gramado da Ilha do Retiro era a protagonista
do jogo entre Sport e Palmeiras, e tudo levava a crer que o placar
terminaria inalterado. Até que apareceu Nunes. Aos 47 minutos do segundo
tempo, o atacante aproveitou um escanteio (muito contestado pelos
palmeirenses) e marcou o gol da vitória do Leão.
Nunes é um velho conhecido da torcida do Palmeiras. Carrasco do time alviverde desde a época em que defendia as categorias de base do Santo André, o atacante ficou conhecido por provocar os palmeirenses na final da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2003. Na ocasião, o Ramalhão ficou com o título, e Nunes comemorou um dos gols imitando o porco, em frente ao setor destinado aos alviverdes, fato que gerou revolta e grande confusão na arquibancada do Pacaembu. Desde então, marcou diversas vezes contra o Palmeiras - principalmente por Santo André e Bragantino. Daí a comemoração no estilo "o que eu posso fazer?", logo após o gol pelo Leão pernambucano na Ilha do Retiro.
Com a vitória, o Sport chega à terceira colocação e passa o próprio Palmeiras (quarto) na tabela da Série B do Brasileiro. Os dois times têm nove pontos, mas o Leão leva vantagem nos critérios de desempate. Outras duas equipes (Figueirense e América-MG) também têm nove e vêm logo a seguir. Chapecoense (13 pontos) e Joinville (12) lideram com folga.
Substituído no intervalo, Leandro, um dos principais jogadores do esquema tático de Gilson Kleina, recebeu o terceiro cartão amarelo e será desfalque contra o América-RN, terça-feira, às 21h50 (de Brasília), em Natal. No mesmo dia, o Sport recebe o Bragantino, às 19h70, mais uma vez na Ilha do Retiro.
Pouco futebol
A chuva que caiu sobre o Recife na noite de sexta-feira e também horas antes do jogo castigou o campo da Ilha do Retiro. Quando a tempestade voltou a dar as caras, depois de pouco tempo de partida, os jogadores sentiram. E a qualidade do futebol apresentado também.
As melhores chances nos minutos iniciais foram do Sport. Embalados por sua torcida (21.726 pessoas foram ao estádio e fizeram uma bonita festa), os donos da casa protagonizaram as oportunidades mais claras de gol. Logo no segundo minuto, Felipe Azevedo recebeu cara a cara com Bruno, completamente livre de marcação – falha do lateral Juninho –, mas chutou por cima do travessão.
O Sport anulou as duas laterais do Palmeiras. Pela esquerda, Marcelo
Cordeiro se mostrava um dos melhores em campo, fazendo a transição entre
defesa e ataque com agilidade. Pela direita, o palmeirense Juninho
deixava brecha para que o Sport criasse jogadas e tocasse a bola. Porém,
as poças d’água quebraram o ritmo. tanto dos donos da casa como dos
visitantes. Não havia como conduzir a bola.
Atrapalhado no ataque, o Verdão esbarrava nos erros de Vinícius e Caio. Nas poucas vezes em que receberam a bola, os atacantes alviverdes não conseguiram dominar. A eficiência ofensiva apresentada na outra vez em que jogou como visitante – quando marcou três gols em 45 minutos, contra o ASA, em Arapiraca, – não se repetiu.
Sob gritos de Marcelo Martelotte, que não se importou com a forte chuva e permaneceu à beira do gramado tentando corrigir os erros do Sport, o time pernambucano insistiu, e só não abriu o placar porque parou primeiro em Márcio Araújo – que salvou cabeçada de Tobi em cima da linha – e Bruno, que defendeu bom chute de Marcos Aurélio. Gramado igualmente ruim para os dois, placar igualmente inalterado.
Sport pressiona e marca no final
O primeiro ato do árbitro Wagner Reway ao voltar para o segundo tempo foi conversar com seus auxiliares e com o delegado da partida para decidir se havia condições para mais 45 minutos de futebol. A chuva deu uma trégua, mas as poças permaneceram grandes. Com o aval concedido, Palmeiras e Sport retornaram em busca de um lance para definir a partida.
Cauteloso e aparentemente satisfeito com um ponto no Recife, o técnico Gilson Kleina sacou o atacante Leandro - que havia recebido o cartão amarelo, o terceiro na competição – e escalou o Verdão com três zagueiros: o substituto André Luiz, ao lado de Maurício Ramos e Henrique. Sem mudanças, os pernambucanos partiram para cima. Era tudo ou nada.
O problema era passar pela água. E nos poucos bons contra-ataques criados pelo Palmeiras, Tobi e Gabriel Santos rasgaram para a lateral sem pensar duas vezes. Resguardado, o Verdão ainda trocou Vinícius por Serginho, deixando Caio sozinho e isolado à frente da linha de meio-campo.
Na chegada da delegação palmeirense ao Recife, o goleiro Bruno disse que o Palmeiras buscaria os três pontos a todo custo na Ilha do Retiro. Somente em teoria. Na prática, o Sport foi quem buscou mais a vitória, mesmo em condições tão adversas. Acabou sendo premiado no fim. Num escanteio - muito contestado pelos palmeirenses -, a bola sobrou para Nunes, que, aos 47 minutos do segundo tempo, deu a vitória ao Leão.
Nunes é um velho conhecido da torcida do Palmeiras. Carrasco do time alviverde desde a época em que defendia as categorias de base do Santo André, o atacante ficou conhecido por provocar os palmeirenses na final da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2003. Na ocasião, o Ramalhão ficou com o título, e Nunes comemorou um dos gols imitando o porco, em frente ao setor destinado aos alviverdes, fato que gerou revolta e grande confusão na arquibancada do Pacaembu. Desde então, marcou diversas vezes contra o Palmeiras - principalmente por Santo André e Bragantino. Daí a comemoração no estilo "o que eu posso fazer?", logo após o gol pelo Leão pernambucano na Ilha do Retiro.
Com a vitória, o Sport chega à terceira colocação e passa o próprio Palmeiras (quarto) na tabela da Série B do Brasileiro. Os dois times têm nove pontos, mas o Leão leva vantagem nos critérios de desempate. Outras duas equipes (Figueirense e América-MG) também têm nove e vêm logo a seguir. Chapecoense (13 pontos) e Joinville (12) lideram com folga.
Substituído no intervalo, Leandro, um dos principais jogadores do esquema tático de Gilson Kleina, recebeu o terceiro cartão amarelo e será desfalque contra o América-RN, terça-feira, às 21h50 (de Brasília), em Natal. No mesmo dia, o Sport recebe o Bragantino, às 19h70, mais uma vez na Ilha do Retiro.
Sport e Palmeiras jogaram sob forte chuva no Recife (Foto: Aldo Carneiro/ Pernambuco Press)
A chuva que caiu sobre o Recife na noite de sexta-feira e também horas antes do jogo castigou o campo da Ilha do Retiro. Quando a tempestade voltou a dar as caras, depois de pouco tempo de partida, os jogadores sentiram. E a qualidade do futebol apresentado também.
As melhores chances nos minutos iniciais foram do Sport. Embalados por sua torcida (21.726 pessoas foram ao estádio e fizeram uma bonita festa), os donos da casa protagonizaram as oportunidades mais claras de gol. Logo no segundo minuto, Felipe Azevedo recebeu cara a cara com Bruno, completamente livre de marcação – falha do lateral Juninho –, mas chutou por cima do travessão.
Gramado encharcado atrapalhou Sport e Palmeiras
(Foto: Aldo Carneiro/ Pernambuco Press)
(Foto: Aldo Carneiro/ Pernambuco Press)
Atrapalhado no ataque, o Verdão esbarrava nos erros de Vinícius e Caio. Nas poucas vezes em que receberam a bola, os atacantes alviverdes não conseguiram dominar. A eficiência ofensiva apresentada na outra vez em que jogou como visitante – quando marcou três gols em 45 minutos, contra o ASA, em Arapiraca, – não se repetiu.
Sob gritos de Marcelo Martelotte, que não se importou com a forte chuva e permaneceu à beira do gramado tentando corrigir os erros do Sport, o time pernambucano insistiu, e só não abriu o placar porque parou primeiro em Márcio Araújo – que salvou cabeçada de Tobi em cima da linha – e Bruno, que defendeu bom chute de Marcos Aurélio. Gramado igualmente ruim para os dois, placar igualmente inalterado.
Sport pressiona e marca no final
O primeiro ato do árbitro Wagner Reway ao voltar para o segundo tempo foi conversar com seus auxiliares e com o delegado da partida para decidir se havia condições para mais 45 minutos de futebol. A chuva deu uma trégua, mas as poças permaneceram grandes. Com o aval concedido, Palmeiras e Sport retornaram em busca de um lance para definir a partida.
Cauteloso e aparentemente satisfeito com um ponto no Recife, o técnico Gilson Kleina sacou o atacante Leandro - que havia recebido o cartão amarelo, o terceiro na competição – e escalou o Verdão com três zagueiros: o substituto André Luiz, ao lado de Maurício Ramos e Henrique. Sem mudanças, os pernambucanos partiram para cima. Era tudo ou nada.
O problema era passar pela água. E nos poucos bons contra-ataques criados pelo Palmeiras, Tobi e Gabriel Santos rasgaram para a lateral sem pensar duas vezes. Resguardado, o Verdão ainda trocou Vinícius por Serginho, deixando Caio sozinho e isolado à frente da linha de meio-campo.
Na chegada da delegação palmeirense ao Recife, o goleiro Bruno disse que o Palmeiras buscaria os três pontos a todo custo na Ilha do Retiro. Somente em teoria. Na prática, o Sport foi quem buscou mais a vitória, mesmo em condições tão adversas. Acabou sendo premiado no fim. Num escanteio - muito contestado pelos palmeirenses -, a bola sobrou para Nunes, que, aos 47 minutos do segundo tempo, deu a vitória ao Leão.
FONTE: