No que pode ser o último ano da
carreira, meia do New York RB valoriza o lazer e deixa de lado o assédio
sofrido nos tempos de Vasco
Por Gustavo Rotstein
Nova York
Juninho brinca com a bola oval no Central Park: vida nova nos EUA (Foto: Gustavo Rotstein)
No filme “Um Príncipe em Nova York”, clássico de Hollywood dos anos 80,
o ator Eddie Murphy interpreta o herdeiro do trono de um fictício país
da África que decide dar um tempo na vida de luxo e ser um cidadão comum
na “capital do mundo”. Juninho Pernambucano
não é astro de cinema, mas passa por uma situação que, em analogia, é
semelhante. No fim do ano passado ele deixou de lado a condição de
Reizinho e ídolo do Vasco para ser mais um a caminhar pelas ruas de
Manhattan. Aos 38 anos, encarou o desafio de fazer parte de um esporte
que ainda busca seu espaço junto ao público dos Estados Unidos,
defendendo o New York RB. Uma opção que, além da questão profissional,
foi motivada pela qualidade de vida.
Em pouco mais de dois meses, Juninho sentiu o que é ser mais um morador
de Nova York. Sem o assédio do público, é pouco reconhecido nas ruas e
caminha quase que anônimo ao lado da mulher Renata e das filhas
Giovanna, Maria Clara e Rafaela. Em seu clube, apesar da condição de
astro, não conta com o mesmo status salarial do atacante francês Thierry
Henry e do meia australiano Tim Cahill. Mas para ele, após 20 anos de
dedicação quase que exclusiva ao trabalho, aquela que pode ser sua
última temporada como jogador profissional é também o momento de dividir
a obrigação com a diversão.
O GLOBOESPORTE.COM esteve com Juninho em Nova York e acompanhou sua
nova rotina. Ele divide o tempo entre treinos e jogos com as tarefas
paternas – como levar as filhas ao colégio a pé – e a diversão – como
passear no Central Park e assistir a musicais na Broadway. O idioma não é
problema. Sempre ajudado pelas filhas, ele se vira com o que aprendeu
em poucas aulas quando jogava no Catar.
- No inglês eu me defendo - brinca.
Mesmo de longe, não deixa de acompanhar o Vasco, mas prefere sempre
pensar muito e escolher bem as palavras quando se refere ao clube.
Vibrou com a contratação de Paulo Autuori e mostra confiança em dias
melhores. Até porque prefere nunca descartar um retorno, embora pense
não ser o momento de falar sobre o assunto. Ao analisar o clube, lembra
que o conturbado ambiente que contribuiu para sua saída é algo mínimo se
comparado ao prazer por ser um dos principais nomes da história de São
Januário.
O New York RB começou a temporada ainda sem vencer. Em quatro partidas
(sendo que três fora de casa), foram duas derrotas e dois empates.
Juninho ficou fora do compromisso pela segunda rodada por causa de dores
na panturrilha e, por conta disso, entrou no segundo tempo do único
jogo disputado no Red Bull Arena.
GLOBOESPORTE.COM - Após dois meses, qual a análise que faz da liga americana de futebol? É algo diferente do que você esperava?
JUNINHO - Não coloquei muita expectativa. Acompanhava
algumas coisas e sabia que havia muito investimento, principalmente
desde a chegada do Beckham e depois com outros jogadores de nome. Mas
sabia que não era uma liga considerada superimportante. Achei uma
competição com jogadores muito bem preparados fisicamente, pois o
americano é muito voltado para isso. Muita gente dizia que aqui as
pessoas não frequentavam os jogos, mas até agora vi os estádios quase
completos, com um público bem participativo e uma festa bonita. A parte
técnica não é brilhante como a nossa, mas tem coisas boas. Mesmo assim,
também não foi por ser um grande liga ou não que escolhi vir.
Então por que decidiu defender o New York RB?
Quando acabou meu contrato no Qatar, em 2011, tinha oferta para renovar
por dois anos. Mas quis voltar para o Vasco fazendo um contrato de seis
meses e depois veria o que eu faria. Acabei ficando um ano e meio. Em
outubro do ano passado houve o primeiro contato do clube americano, que
me ofereceu um contrato de dois anos, mas sem os ganhos acima do teto
estabelecido pela liga. Eu viria com um contrato de jogador local, um
pouco maior. Conversei com muita gente e vim aqui em dezembro. Aos 38
anos, achei que seria uma oportunidade familiar que eu não poderia
deixar passar. Já estou apaixonado pela cidade, morar aqui é muito
fácil. Com essa qualidade de vida é mais fácil adaptar. Minhas filhas
estão felizes, e sei que essa escolha vai contar para o resto da vida
delas.
O que encontrou de especial em Nova York? Tem conseguido aproveitar o que a cidade oferece?
Juninho com as filhas na Times Square, centro
turístico de Nova York (Foto: Gustavo Rotstein)
Já levei minhas filhas para assistir ao musical “O Rei Leão”, na
Broadway. Também passeamos no Central Park e saímos muito para jantar,
pois tem tudo aqui perto de casa. Está sendo bom começar uma vida nova.
Morei oito anos na França e joguei em todos os países da Europa pelo
Lyon. Foram dois anos no Qatar, um país com cultura completamente
diferente. Nasci em Recife e passei sete anos no Rio, disputei todos os
campeonatos que se possa imaginar no futebol profissional. Como poderia
deixar passar a oportunidade de viver nos Estados Unidos como jogador
profissional por um ano? Seria um risco muito grande da minha parte.
Nunca dei muito valor a algumas coisas. Morei todo aquele tempo na
França e nunca subi na Torre Eiffel, por exemplo. Sempre me concentrei
no meu trabalho, em treinar, jogar e descansar. Então nunca dei muito
valor a outras coisas. Mas não poderia deixar passar essa oportunidade.
Vejo como um prêmio viver em cidade como Nova York jogando futebol e
aproveitando tudo o que ela oferece de bom. Aqui minhas filhas vão à
escola a pé e eu também não preciso de carro para buscá-las. Eu me sinto
na obrigação de aproveitar a cidade, mais do que nos tempos de Lyon,
por exemplo. Estou sofrendo pressão da minha família para isso.
Você é anônimo em Nova York?
Só me pararam nas ruas no máximo umas cinco vezes. Foram dois
franceses, um grego e um argentino. O argentino me desejou boa sorte e
eu cruzei os dedos, porque sorte de hermano... sei lá (risos). Mas aqui
eu sou totalmente anônimo.
Sentia falta dessa privacidade?
O que sempre me incomodou é que eu nunca fui um jogador fora de campo. Não é o assédio que me incomoda. Falta de privacidade é um termo muito
forte. Sei lá... Viver 24 horas como um personagem, um jogador, isso me
incomoda. Acabou o jogo ou o treino, quero ir para casa. Sou um ser
humano com direitos e deveres, então essa relação sempre foi muito
difícil para mim. Sempre guardei uma distância. Mas é claro que gosto de
ter uma relação com o torcedor, quando existe respeito. Não me incomoda
fazer uma foto, mas às vezes existem alguns que passam do limite, então
não aceito. Mas não tenho o que reclamar da torcida do Vasco. Em um ano
e meio foi só agradecimento.
Então, com esse bom ambiente, pensa em estender sua permanência
nos Estados Unidos, ou voltar para o Brasil está nos seus planos?
Juninho joga com neve pelo New York RB: novo desafio profissional (Foto: Gustavo Rotstein)
Fico pensando se vale a pena ficar mais um tempo aqui, já que
inicialmente me ofereceram um contrato de dois anos. Mas também ano que
vem vai ter Copa do Mundo no Brasil e eu gostaria de estar mais próximo.
Se eu ficar aqui não vou ver a competição, mesmo se tiver uma folga.
Provavelmente não serei mais atleta ano que vem, mas gostaria estar
perto para participar da Copa e da Olimpíada. Existem contatos para que
faça comentários. Não estudei jornalismo, mas me sinto em condição de
falar de futebol porque para mim é facil e eu gosto. Talvez seja esse o
caminho, mesmo ainda não decidindo onde, nem como, nem se vai ser isso.
Mas depois de 20 anos de carreira, acho que seria o ideal para começar
uma nova vida. Teria pressão, mas não aquela por resultados. Seria
bacana talvez voltar para o Brasil e viver a Copa de perto.
E jogar novamente no Brasil? Existe a possibilidade?
Muitas pessoas me falaram para jogar o estadual no ano que vem. Mas se
eu digo para você que vou fazer, já se cria uma expectativa. Então
prefiro não dizer nem que sim, nem que não. Vamos deixar o tempo passar.
Se no fim deste ano eu estiver me sentindo bem, jogo mais um pouco. Se
não estiver bem, eu fecho a temporada da melhor maneira aqui e volto
para o Brasil.
Você voltaria a trabalhar no Vasco, mesmo fora de campo?
Não sei. Só vou se... (pausa). Hoje eu digo que conheço o Vasco. Na minha primeira passagem eu era muito novo.
É possível dizer que você conheceu mais o Vasco em um ano e meio do que nos cinco anos e meio da sua primeira passagem?
Sim. Lógico que em 1995 cheguei ainda buscando meu lugar. Agora tenho outra vivência de futebol.
Quando você deixou o New York RB, falou sobre sua insatisfação
no Vasco.
Quando veio conhecer o clube, em dezembro, já voltou ao Brasil
decidido a não permanecer em São Januário?
Juninho em disputa de bola: liga na qual a questão física é importante (Foto: Getty Images)
Havia a possibilidade de continuar no Vasco e possibilidade de jogar e
morar aqui. Então fiquei na dúvida se era melhor encerrar a carreira no
Vasco correndo o risco de ter um time não tão forte como eu imaginava,
disputando a temporada correndo o risco de não jogar o que joguei
durante um ano e meio. Sabia que o Vasco faria um esforço para me
contratar, mas a briga política no clube é muito grande. Se fosse uma
briga em que os jogadores fossem protegidos de alguma forma, tudo bem.
Mas se os principais atletas não se envolviam, as pessoas buscavam um
jeito para atingir. Eu não me envolvo em política, e como eu não dava
brecha porque rendia em campo, era muito disse me disse. Havia muitos
conselheiros que estavam lá todos os dias e entravam no vestiário. Não
sabia o nome de algumas pessoas e nem o que faziam lá. Passei dez anos
fora. Às vezes eu cumprimentava pessoas que nem sabia quem eram e qual a
função que exerciam. Não era por maldade. Não acreditava que essas
coisas ainda aconteciam no Brasil e especificamente no Vasco. Mas não
foi só isso ou a saída de jogadores importantes no ano passado que me
fizeram sair. De repente se estivesse tudo bem eu diria que recebi uma
proposta para morar um ano nos Estados Unidos e também viria. Mas não
posso negar que esse ambiente político de São Januário é muito chato.
Vocês não viam, mas o ambiente do dia a dia era muito carregado, não era
uma coisa positiva. Eu não via as pessoas felizes. De qualquer maneira,
não tenho como não gostar do Vasco. Lamento não ter sido campeão de
novo, nem que fosse da Taça Guanabara ou da Taça Rio. Mas fiz o melhor
que podia no campo.
E fora de campo?
A única coisa que lamento é que poderia ter ajudado mais os
treinadores. Mas o pouco que fizesse, criariam um disse me disse em
cima. Minha liderança foi única e exclusivamente técnica. Não foi muito
de vestiário porque não fluiu naturalmente. Como já tinha reconhecimento
grande e tinha certo ambiente político que entrava no vestiário, então
evitava ao máximo. Cobrava da diretoria, mas poderia estar mais próximo
da comissão técnica. O Henry faz isso aqui. Eu fiz o mínimo possível,
poderia ter ajudado mais, mas o ambiente não deixava.
Mesmo com toda essa vivência, você pode dizer que essa nova etapa da sua carreira é um aprendizado?
Claro. Ainda estou aprendendo coisas novas. Somente assim vou poder
passar alguma coisa quando parar. A turma dos velhinhos tem eu, Rogério
Ceni, Zé Roberto, Marcos Assunção, Deco, Gilberto Silva, Cris... Quem
estiver nos 35 anos está no nosso grupo (risos). Temos uma
característica de possuir algo mais de dentro. Não se pode só confiar no
talento. Não dá para chegar numa liga como essa dos Estados Unidos, que
dizem que é fraca, e não estar em forma. Porque vai ser atropelado.
Mas você já tem planos sobre o que pretende fazer quando se aposentar?
Quero estar próximo do futebol. Estar mais perto do futebol é mais gostoso. Gostaria de sentir o cheiro da grama...
Mas aguentaria novamente essa pressão do futebol, mesmo como dirigente ou técnico?
Eu aguento, mas não em seguida. Pressão tem que sentir sempre, mas a
pressão sadia, normal. Essa não me incomoda. Mas logo em seguida talvez
eu não terei esse algo mais que tenho como jogador. Talvez eu precise de
um pouco de tempo para aproveitar a aposentadoria. Mas quero estar
perto do futebol. Gosto de falar sobre futebol, passar alguma coisa.
Pensou exatamente onde você poderia se inserir nesse contexto?
No Brasil, desde criança a gente aprende que cavar falta é ser
malandro. Quando cheguei à França eu cavava falta também, só que eu
levei vaia e os adversários vinham para cima de mim. Mas me policiei e
parei. No Brasil a gente aprende que ser malandro é legal, mas não é.
Cavar pênalti é antijogo. Esse estilo de parar muito os jogos faz o
Brasil não atrair tantos olhares como poderia. É lindo o nosso jogo, mas
para tanto que às vezes é chato"
Juninho
A grande mudança no futebol brasileiro tem que ser na base. É igual à
educação em casa. Quando você ensina o melhor para os filhos, maior a
probabilidade é de eles fazerem as melhores escolhas. Por exemplo, no
Brasil, desde criança a gente aprende que cavar falta é ser malandro.
Quando cheguei à França eu cavava falta também, só que eu levei vaia e
os adversários vinham para cima de mim. Mas me policiei e parei. No
Brasil a gente aprende que ser malandro é legal, mas não é. Cavar
pênalti é antijogo. Esse estilo de parar muito os jogos faz o Brasil não
atrair tantos olhares como poderia. É lindo o nosso jogo, mas para
tanto que às vezes é chato. Então isso tem que começar de baixo para
cima. Acho que a base tem que ser unificada, e a CBF tem precisa ter um
controle maior e formar ligas mais fortes. Talvez pudesse haver um
acompanhamento maior. Mas desde cedo existe uma pressão por resultados.
Acha que poderia, então, fazer um bom trabalho nas categorias de base?
Se eu tivesse tempo para passar o que aprendi de bom, implementar uma
filosofia, eu gostaria de trabalhar na base, sim. Acho que faria um bom
trabalho. Desde que tivesse tempo. Mas, olha, não estou cavando. Um
jogador de 18, 19 anos precisa saber se posicionar em campo. Por
exemplo, os garotos que subiram no Vasco no ano passado têm muito
talento, mas taticamente eram fracos. E eu os ajudei muito. Infelizmente
a diferença cultural em relação ao jogador estrangeiro é muito grande.
Aqui no meu time tem dois jogadores que acabaram de se formar na
universidade. Um recebeu uma proposta da Samsung e pensou em aceitar,
mas acabou ficando no futebol. Então, se a formação dos nossos jogadores
puder ser comandada como é o futebol profissional, será melhor. Mas
claro que nós temos grandes jogadores. Poucos apostam que o Brasil vai
ser campeão em 2014, mas em 94 e 2002 a Seleção saiu sem confiança e
conquistou o título. Em 2006 o Brasil era favorito e jogou bem.
Já que falou de Vasco novamente, tem acompanhado a equipe? Está preocupado com a temporada?
Não tenho acompanhado muito, só assisti aos jogos contra Duque de
Caxias e Botafogo. Não posso fazer uma análise. Mas pelo que vi, se foi
da euforia ao fundo do poço muito rapidamente. Era o melhor time do Rio e
depois da final da Taça Guanabara disseram que era mesmo a quarta
força. Vi coisas boas. A melhor característica foi o coração. O Vasco
venceu alguns jogos na raça. Sobre estar preocupado... (pausa). Quero
jogar aqui... Mandei mensagem para o René Simões no início do ano
desejando sorte. Se o Vasco precisar de alguma ajuda de alguma forma,
de repente referências sobre um jogador... faço sem problema algum. O
clube está se reestruturando para ser do tamanho do Vasco. Por isso é
preciso paciência.
Mas a contratação de Paulo Autuori é uma esperança?
Não tinha ninguém melhor neste momento para assumir o Vasco. Nunca ouvi
ninguém falar mal do Autuori. Espero que ele consiga fazer um trabalho a
longo prazo. É um grande treinador e líder.
Ao relembrar sua carreira, acha que faltou alguma coisa ou sente-se totalmente realizado?
Em qualquer história do Vasco eu vou estar dentro, mesma coisa no Lyon. Isso me conforta"
Juninho
Faltou atingir na Seleção o que fiz nos clubes. Fui bem em alguns
jogos, fui titular durante um ano, mas faltou conquistar um título de
expressão, ter sido campeão mundial. Mas minha história era essa, era o
meu destino. Ninguém pode ter tudo. Se perguntassem se eu preferia ter
sido campeão do mundo e não ter essa história no Vasco e Lyon? Não sei
se escolhia a primeira opção, com toda honestadidade. Não é vaidade. Mas
minha trajetória foi muito forte para marcar a história de um clube,
não importa qual. Há muitos jogadores que foram campeões do mundo e que
infelizmente vão passar no clube onde jogaram e, de repente, ninguém vai
lembrar que estiveram lá. E graças a Deus, em qualquer história do
Vasco eu vou estar dentro, mesma coisa no Lyon. Isso me conforta, mas no
fundo reconheço que minha personalidade, em algum sentido ou outro,
minha timidez me atrapalhou na Seleção. No sentido de vivência do grupo.
Eu preciso de tempo. Tanto é que quase fui devolvido pelo Vasco depois
de seis meses (risos). Preciso de tempo, é minha característica. Tem que
vir de dentro. Na Seleção você vai e volta, algumas vezes não joga...
Foi difícil eu me instalar naquela geração.
Existiu a chance de você disputar a Copa do Mundo de 2002, da qual o Brasil foi campeão...
Eu ia para a Copa de 2002, mas aquela parada me prejudicou porque
entrei na Justiça. Saí do Vasco em janeiro e só fui estrear pelo Lyon em
27 de julho de 2001. Naquele meio tempo houve as eliminatórias, e o
Felipão definiu o grupo. Quando fui à Copa América eu estava há seis
meses sem jogar e fui muito mal. Então o Felipão fechou o grupo ali. Era
para eu ir. Mas, novamente, quando vejo, era a minha história. Também
nunca imaginei chegar no Lyon e ser campeão nacional sete vezes
seguidas. Não posso reclamar em relação a títulos. Na minha carreira
profissional, somente em 1996 e 2012 não ganhei nada. Espero que neste
ano, aqui nos Estados Unidos, eu volte a viver esses grandes momentos.