segunda-feira, 25 de abril de 2016

Senado aprova Comissão que vai impeachar Dilma



Renan rejeita moção de Capiberibe

FONTE:


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Capiberibe: eleição já!
No Globo:

Senadores elegem comissão especial do processo de impeachment

Primeira reunião será realizada nesta terça, quando serão eleitos o presidente e o relator
   

Os 21 membros da comissão especial do impeachment no Senado foram eleitos de forma simbólica, sem nenhum voto divergente. A primeira reunião só ocorrerá nesta terça-feira, quando devem ser eleitos como presidente e relator os senadores Raimundo Lira (PMDB-PB) e Antonio Anastasia (PSDB-MG).

O senador João Capiberibe (PSB-AP) apresentou antes da votação uma questão de ordem defendendo que, como o Código de Processo Penal prevê que temas conexos tramitem em uma única ação, o impeachment do vice Michel Temer deveria tramitar junto com o de Dilma. Ele observou que não pede a suspensão do processo agora, mas que a Casa só tome alguma decisão quando a Câmara tiver decidido sobre a situação do vice.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou provimento à questão. Ele argumentou que a Constituição e as demais leis não sustentam a necessidade de julgamento conjunto, porque os decretos assinados por Temer são diferente dos que Dilma assinou. Por isso, na visão de Renan, devem ser analisados de forma isolada.

(...)

Em tempo: em seu discurso, o senador Capiberibe defendeu a realização de novas eleições. Ele citou a pesquisa que aponta que 62% dos brasileiros são favoráveis.

"O que estamos protelando é a solução da crise do nosso País. Impeachment é a solução do confronto, não interessa à sociedade. O que interessa é eleição", afirmou.

Guardian dá outra sova em Marinho




Respeitado jornal inglês trata a Globo como é: Golpista !



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/pig/guardian-da-outra-sova-em-marinho



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David a João Roberto: história da Globo e da família Marinho no Brasil é infame
A partir do The intercept:

JOÃO ROBERTO MARINHO ME ATACOU NO GUARDIAN E TENTOU ENGANAR O MUNDO. EIS MINHA RESPOSTA

David Miranda


O que o mais poderoso homem do Brasil, o herdeiro bilionário do império das organizações Globo, João Roberto Marinho, estava fazendo nos comentários do Guardian? É verdade, seu comentário recebeu um cobiçado tag de ‘recomendado’ pelos editores do Guardian – parabéns, João! – mas ainda assim, não é o lugar onde se espera encontrar o multi-bilionário plutocrata hereditário brasileiro. 

Na dia 21 de Abril, publiquei um artigo no The Guardian, no qual abordava questões sobre o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e o papel da mídia dominante do Brasil, protagonizado pela Globo. João respondeu com raiva – e com óbvias mentiras. Os editores do Guardian puseram seu texto na seção de comentários. Vejam só, João critica meu artigo e me chama de mentiroso em alguns trechos de sua resposta.

Olha, João, como quase todos os brasileiros, eu tive que lutar bastante para ganhar meu espaço. Não herdei uma grande empresa  e alguns bilhões dos meus pais. As coisas que tive que superar na minha vida foram muito mais duras do que seu esforço para me desqualificar com condescendência, e não é difícil demonstrar que sua resposta está cheia de falsidades.

De fato, a resposta de João merece mais atenção do que um mero comentário porque ela está recheada de propaganda enganosa e de falsidades pró-impeachment – exatamente o que ele tenta negar que a Globo esteja fazendo – e portanto revela uma grande coisa (Hoje, o comentário dele foi atualizado para uma carta).

Antes de entrar naquilo que João realmente fala, vamos começar com algo que ele não menciona: o histórico papel da Globo no Brasil. Sob o comando de seu pai, a Globo saudou e glorificou o golpe civil militar que removeu um governo de esquerda e democraticamente eleito no país. Ainda pior, passaram os 20 anos seguintes como o grande meio de propaganda da brutal ditadura militar que torturou e matou dissidentes e suprimiu toda e qualquer opinião divergente. Em 1984, a Globo simplesmente mentiu para o país quando descreveu um enorme protesto pró-democracia em São Paulo como uma festa pelo aniversário da cidade. A riqueza e o poder da família Marinho cresceram como resultado direto de sua servidão aos militares ditadores do Brasil.

No momento em que os protestos anti-governo explodiram, em 2013, já havia um amplo consenso entre os brasileiros a respeito do golpe militar, e a história da Globo se tornou um enorme constrangimento corporativo. Então, fizeram o que toda corporação faz uma vez que sua má conduta se volta contra sua marca: finalmente reconheceram o que fizeram e – quase meio século depois – pediram desculpas. Mas tentaram diluir sua responsabilidade dizendo – acertadamente – que outras organizações de mídia que ainda dominam o Brasil e que têm sido tão apoiadoras do Impeachment quanto a Globo (como Estadão e Folha) também apoiaram o golpe. Tentavam diminuir o apoio da Globo não só ao golpe mas também aos 20 anos de ditadura que se seguiram.

Essa é a infame história da Globo e da família Marinho no Brasil, uma de suas principais fontes de riqueza e poder, e um reflexo do papel que continuam a desempenhar – eles e suas bem pagas personalidades de TV. Essa não é a conduta de uma organização de mídia genuína. É a conduta de uma família oligárquica usando seus meios de comunicação para moldar e manipular a opinião pública em favor de seus interesses. Passemos agora ao comentário de João:

O artigo do Sr. David Miranda (“A verdadeira razão dos inimigos de Dilma Rousseff quererem cassá-la”, de 21 de abril, publicado pelo The Guardian) pinta uma falsa imagem do que está acontecendo no Brasil hoje. Ele não menciona que tudo começou com uma investigação (chamada Operação Lava-Jato), que por sua vez revelou o maior esquema de suborno e corrupção na história do país, envolvendo os principais membros do Partido dos Trabalhadores (PT), assim como líderes de outros partidos da coalizão do governo, funcionários públicos e magnatas dos negócios.

O que é completamente “falso” é a tentative de João de levar os leitores a acreditarem que a Lava Jato é o que está por trás do impeachment de Dilma. É verdade que o PT, como a maioria dos grandes partidos, se mostrou repleto de enormes problemas de corrupção, e que muitas de suas figuras estão implicadas na Lava Jato. O caso jurídico para o impeachment não está, no entanto, baseado em nada daquilo, mas em argumentos de que ela manipulou o orçamento público para fazê-lo parecer mais forte do que realmente era.

A enganosa tentativa de João de confundir o público estrangeiro misturando a operação Lava Jato com o impeachment de Dilma exemplifica perfeitamente o tipo de fraude e o viés pró-impeachment que a Globo vem disseminando institucionalmente por mais de um ano.

Além disso, as figuras políticas que a Globo vem cortejando, e que serão aqueles implantados pelo impeachment – incluindo o Vice Presidente Michel Temer e o Presidente da Câmara Eduardo Cunha, ambos do PMBD – são, ao contrário de Dilma, acusados de graves atos de corrupção pessoal, provando que, quando pessoas como João citam a corrupção para justificar o impeachment, esse é um mero pretexto para remover, antidemocraticamente, a líder que eles repudiam e instalar aqueles de sua predileção.

A imprensa brasileira em geral, e o Grupo Globo, em particular, cumpriram o seu dever de informar sobretudo, como teria sido o caso em qualquer outra democracia no mundo. Vamos continuar a fazer o nosso trabalho, não importa quem possa ser afetado pela investigação.

A sugestão de que a Globo é uma organização de notícias neutra e imparcial – ao invés de principal braço de propaganda da oligarquia brasileira – é cômica para qualquer um que já tenha assistido a seus programas. A rigor, a parcialidade da Globo, e em particular de seu principal show noturno de notícias, o Jornal Nacional, tem sido tão escancarada que se tornou uma fonte inesgotável de piadas. Essa é uma razão pela qual os manifestantes pró-democracia escolheram os edifícios das organizações Globo como alvos.

Quase três décadas depois, foram forçados a se desculpar publicamente por seu papel no apoio ao golpe e à ditadura que protegeram os ricos do país às custas de todos os outros. Mas as organizações continuam sob o comando da mesma família, com as mesmas táticas e os mesmos objetivos.

Precisamente para evitar qualquer acusação de incitar manifestações de massa – como o Sr. Miranda agora nos acusa – o Grupo Globo cobriu os protestos sem nunca anunciar ou dar parecer sobre eles em seus canais de notícias antes de acontecerem. Globo tomou medidas iguais sobre comícios para a presidente Dilma Rousseff e contra o impeachment: ela cobriu todos, sem mencioná-los antes deles realmente ocorrem, concedendo-lhes o mesmo espaço que foi dado aos protestos anti-Dilma. Quando o processo de impeachment começou na Câmara “Baixa” do Congresso, alocamos igual tempo e espaço para a defesa e acusação.

Que as corporações de mídia dominantes no Brasil são braços de propaganda de direita dos ricos não está em discussão. O universalmente respeitado grupo Repórteres sem Fronteiras acabaram de mostrar o Brasil em 104° lugar no ranking de liberdade de imprensa, explicando que isso se deve, em grande parte, ao fato de que a mídia no país é dominada e controlada por um pequeno número de famílias muito ricas:

De maneira pouco velada, o principal grupo de mídia nacional exortou o público a ajudar na derrubada da Presidenta Dilma Roussef. Os jornalistas que trabalham para esses grupos de mídia estão claramente sujeitos à influência dos interesses privados e partidários, e esse permanente conflito de interesses ocorre em claro detrimento da qualidade de seu jornalismo.

Jornalistas estrangeiros residentes no Brasil frequentemente apontam para o fato de que as principais organizações de mídia brasileiras são o oposto de neutras e imparciais. Stephanie Nolan, repórter do Canadense Globe and Mail baseada no Rio, escreveu no mês passado sobre uma coluna da revista Veja, que classificou como uma ”revista distribuída nacionalmente e que se inclina, como a maioria da mídia brasileira, para a direita.” Alex Cuadros, jornalista americano há muito tempo residente no Brasil, observou: “os principais meios de comunicação se inclinam politicamente para a direita, e sua cobertura frequentemente reflete isso.” Disse ainda: “Há muito pouca crítica da mídia no Brasil que não seja descaradamente partidária, então as grandes revistas podem distorcer os fatos sem grande medo de censura.”

O colunista da Folha, Celso Rocha de Barros, documentou como a mídia dominante no Brasil tem obsessão por notícias de corrupção relacionadas ao PT enquanto minimizam ou ignoram notícias igualmente chocantes sobre líderes da oposição de sua predileção. A Globo, por exemplo, visivelmente enterrou as notícias sobre a lista da Odebrecht. Um de seus comentaristas, Arnaldo Jabor, chegou a insinuar que se tratava de uma conspiração do governo.

Compare, por exemplo, os 14 minutos melodramaticamente gastos pelo Jornal Nacional reencenando as ligações de Lula como se fossem uma novela aos 2 minutos e 23 segundos que dedicou à lista da Odebrecht. Nem nenhum dos dois casos a ilegalidade estava expressa, como foi a justificativa para a não divulgação da lista da Odebrecht. Em ambos os casos, portanto,  a investigação da PF deveria ter sido aguardada – dois pesos, duas medidas.

Por mais de um ano, uma capa atrás da outra, a revista Época usou imagens manipuladoras e detratoras para incitar o público a apoiar o impeachment. O Twitter das estrelas da Globo – do jornalismo e do entretenimento – estão cheios de propaganda cotidiana a favor do impeachment. Mesmo quando o Jornal Nacional tenta negar que está colocando grande peso a favor dos protestos pelo impeachment, não funciona: glorificam esses protestos e dão a eles muito mais tempo do que os protestos opostos:



Não há nada inerentemente errado com uma mídia partidária e ativista. Todas estas organizações têm jornalistas competentes trabalhando para elas, e fazem boas reportagens, mesmo sobre este sério escândalo de corrupção. Mas o que está errado é enganar o público dizendo a ele o que todos sabem ser falso: que a Globo e outras grandes organizações são neutras e livres de opinião, que são meros observadores dos eventos políticos ao invés de seus privilegiados agentes.

O Grupo Globo não apoiou o impeachment em editoriais. Ele simplesmente declarou que, independentemente do resultado, tudo tinha de ser conduzido de acordo com a Constituição, que na verdade tem sido o caso até agora.

João insiste que a Globo não tem posição editorial a respeito do impeachment, e então – na mesma sentença! – passa a justificar o impeachment como perfeitamente legal e constitucional, um debate que está em acirrada disputa entre juristas.

O Supremo Tribunal Federal – onde oito dos onze juízes foram nomeados pelas administrações do PT presidentes Lula e Dilma – aprovou todo o processo.

De fato, a Suprema Corte ainda não julgou se as acusações contra Dilma justificam ou não o impeachment perante a Constituição, e há muitos peritos que acreditam – contra o que pensa o João – que não. Um ex-membro desse tribunal, que supervisionou a acusação de autoridades do PT pelo escândalo do mensalão, o juiz Joaquim Barbosa, disse na semana passada que “sente um ‘mal estar’ com a fundamentação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e que a alegação ‘é fraca e causa desconforto.’”

Claro, é permitido que João discorde do ex-Ministro Barbosa, mas ele tem que parar de fingir que não está apoiando vigorosamente o impeachment. Tudo o que João escreveu mostra isso.

Por último, a afirmação de que o Grupo Globo pauta a mídia nacional, especialmente vindo de um cidadão brasileiro, só pode ser feita de má fé. A imprensa brasileira é uma paisagem vasta e plural de várias organizações independentes, 784 jornais diários impressos, 4.626 estações de rádio, 5 redes nacionais de transmissão de televisão, 216 canais a cabo pagos e outra infinidade de sites de notícias. Todo mundo compete com grande zelo pelo o público brasileiro, que por sua vez é livre para fazer suas escolhas. Entre os concorrentes fortes, o que se encontra é a independência, sem qualquer tolerância para ser conduzido.

A única “ma fé” é a tentativa de João de negar o domínio de seus próprios meios de comunicação. Em junho de 2014, The Economist publicou um artigo sobre a Globo. A manchete? “Domínio da Globo.” A reportagem mostrava que “não menos de 91 milhões de pessoas, quase a metade da população, sintonizam a TV todos os dias: o tipo de audiência que, nos Estados Unidos, acontece uma vez por ano” – no Super Bowl. Em suma, “a Globo é certamente a empresa mais poderosa do Brasil, dado seu alcance de tantos lares.”

Muitos dos meios citados por João são de propriedade da Globo e sua irmã plutocrática, a Abril. The Economist explicou: “A Globo têm estações de TV paga, revistas, rádios, produção de filmes e jornais como parte de seu império.” Como resultado, “críticas são afastadas pela fatia de publicidade e audiência da empresa. Ela controla tudo, desde o acesso dos brasileiros às notícias até as taxas de mercado para os salários dos jornalistas.”

Como a colunista Vanessa Barbara apontou, no ano passado, no The New York Times: “Em todo lugar que vou há uma televisão ligada, em geral na Globo, e todos estão olhando hipnoticamente para ela.” Disse também: “sendo a maior empresa de mídia da América Latina, a Globo pode exercer considerável influência em nossa política.”

Que a Globo desempenha um papel dominante na opinião pública está provado pelos dados, mas também pelas ações governamentais. Sob Lula e Dilma, o governo brasileiro despejou bilhões de dólares em dinheiro dos contribuintes para a gigante de mídia.

É verdade que a Globo não detém todos os meios de comunicação influentes. Há uma pequena quantidade de outras famílias bilionárias que são donas de quase todo o resto.

Quando os Repórteres sem Fronteiras publicaram semana passada seu Ranking de Liberdade de Imprensa de 2016, e o Brasil apareceu em 103°lugar, eles destacavam a violência contra jornalistas e também outro fato importante: “A propriedade dos meios de comunicação continua muito concentrada, especialmente nas mãos de grandes famílias ligadas à indústria que são, muitas vezes, próximas da classe política.”

Não é só a propriedade da mídia que carece de diversidade, mas também aqueles que eles contratam para trabalhar. Como a Folha documentou no ano passado, “de 555 colunistas e blogueiros de 8 veículos da imprensa (Folha, O Estadao de S. Paulo, O Globo, Epoca, Veja, G1, UOL e R7), 6 são negros. Também por isso o debate sobre racismo ocorre longe da maioria da população a quem, no dia a dia, ele não afeta ou interesse.” É claro que essa enorme disparidade molda a cobertura da mídia de maneira geral.

É verdade que a internet está ameaçando o domínio da Globo. As mídias sociais pormitiram aos brasileiros compartilhar informação por fora do império global, e agora podemos ler artigos e jornais estrangeiros (como o The Guardian) que fornecem informação que ultrapassa muito os estreitos limites de opinião permitidos pela Globo, Abril/Veja e Estadão.

É precisamente por isso que João está combatendo artigos como os meus em jornais estrangeiros: porque ele tem medo do que acontecerá se ele perder o controle do fluxo de informação que os brasileiros recebem. Como a família Marinho sabe desde a década de 90, quando Roberto Marinho conseguiu fazer um tribunal brasileiro barrar a transmissão de um filme extremamente crítico à Globo (“Além do Cidadão Kane”: disponível abaixo) e o tornou viral, a internet ameaça o monopólio da Globo sobre as notícias e a opinião pública. É por isso que estão furiosos. É também por isso – como explico nesse vídeo – que é tão vital proteger e salvaguardar o livre acesso à internet.

Brito: Lula lidera. Por isso querem prendê-lo





Será por isso o medo das eleições já, já?



publicado 25/04/2016
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No Tijolaço, de Fernando Brito:

Vox mostra Lula liderando e Aécio caindo. É por isso que querem prendê-lo

Se, caro leitor, vão mesmo derrubar a Dilma, vão por fim ao maior escândalo de corrupção já assistiu, se vão recuperar a economia brasileira arrasada pelo populismo petista e tudo o mais que a gente ouviu dizer ali, incluindo Deus, minha noiva, meus filhinhos, meus netinhos, o cachorro e o papagaio, porque estão tão preocupados em, como fez hoje o Noblat, em atropelar o STF e prender Lula, arriscando-se a um clima de convulsão?

Ele não está acabado, destruído, rejeitado?

Bem, você viu o Datafolha, o “Ibope-Fantasma” e agora, aí em cima, vê a pesquisa Vox Populi, encomendada pela CUT.

Lula segue na faixa dos 30%; Aécio, como nos outros institutos, despenca para 17%. Marina fica entre 18 e 23%.

Foram duas mil entrevistas em 118 municípios, estratificados conforme o perfil econômico, social e regional.

E antes do “Domingão do Cunhão”, que abriu os olhos de muita gente.

Inclusive sobre o fato de Marina Silva não ter aberto a boca contra o rompimento da barragem de dejetos parlamentares, como não o fez contra os rejeitos da Samarco.

Afinal de contas, não é demais dizer que o esgoto a céu aberto que inundou o país domingo retrasado não é uma questão ambiental.

Escrachos: Cunha, te cuida!


FONTE::

É uma resposta ao Golpe

Nesta segunda-feira (25), o Conversa Afiada entrevistou Thiago Pará, um dos coordenadores do Levante Popular da Juventude, movimento que realiza uma série de escrachos contra políticos que pregam e votam pelo Golpe contra a Presidente Dilma Rousseff.

Paulo Henrique Amorim, Thiago afirmou que um dos próximos alvos deve ser o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha [PMDB-RJ].


Leia a entrevista:

PHA: Thiago, qual é a sua função no Levante Popular?

Thiago: Eu sou um dos coordenadores nacionais do movimento.

PHA: O que é o Levante Popular?

Thiago: O Levante Popular da Juventude é um movimento nacional de jovens, que surgiu em 2006 e se nacionalizou em 2012, e que, desde lá, organiza jovens em escolas de bairros de periferia e em universidades e procura atuar nas questões centrais da política.

PHA: Vocês são os que organizam os escrachos?

Thiago: Isso. Nós estamos organizando uma série de escrachos pelo Brasil sobre o tema do impeachment.

PHA: E vocês realizaram, se não me engano, um em frente ao Palácio do Jaburu e outro em frente ao apartamento do [deputado] Jair Bolsonaro [PSC-RJ], no Rio, e também um em Sergipe. Não é isso?

Thiago: Isso, nós temos uma campanha lançada no feriado de 21 de abril para dar uma resposta ao Congresso Nacional que votou a abertura do processo de impeachment da Presidenta Dilma. Então, na quinta-feira, fizemos um escracho em São Paulo na residência do vice-presidente Michel Temer. No mesmo dia, ele decidiu sair de São Paulo em resposta ao nosso escracho, que dizia que ali era o Quartel General do Golpe.

Na sexta, fizemos o escracho do Benjamim Maranhão da Paraíba. No sábado, realizamos um escracho em Brasília no Palácio do Jaburu. E no domingo, escrachamos o Bolsonaro e o André Moura [PSC], de Sergipe, que é tido como braço direito de Eduardo Cunha.

PHA: Vocês teriam como anunciar quais são os próximos escrachos ou isso seria uma surpresa?

Thiago: O escracho tem como um dos princípios a realização relâmpago, então não tem como anunciar. Mas certamente teremos vários outros ainda nessa semana.

PHA: Vocês têm alguma ideia de, digamos, homenagear o presidente da Câmara, Eduardo Cunha?

Thiago: Claro. Fomos nós que realizamos, no fim do ano passado, aquela chuva de dólares dentro do Congresso Nacional. Ele é uma das figuras centrais e é um dos nossos alvos, assim como o alto escalão do PMDB.

PHA: Vocês são subordinados a algum partido político?

Thiago: Não, o Levante é um movimento autônomo. A gente surgiu de uma iniciativa com os movimentos sociais. Apesar disso, temos boas relações com os partidos de esquerda como o PT, PSOL, PCdoB.

PHA: Vocês estão preparados para sofrer algum tipo de resposta como agressões físicas como houve ontem em frente a FIESP?

Thiago: Nós não realizamos atos com a intenção de produzir agressão física ou violência. E recomendamos à nossa militância de não aceitar provocações, pois elas vêm. No domingo mesmo, no Rio, tiveram três moradores em frente à casa do Bolsonaro que tentaram nos agredir, mas nós cuidamos ali, temos uma equipe de segurança para evitar esse tipo de situação.

Sabemos que a nossa juventude também não abaixa a cabeça para ninguém, mas a nossa orientação é não produzirmos esse tipo de cena.

Campello: Bolsa deles exclui 40 milhões de brasileiros



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/economia/campello-bolsa-deles-exclui-40-milhoes-de-brasileiros



Temer, Moreira e Barros vão fazer uma eugenia social




Em março, 600 mil famílias voluntariamente disseram que renda tinha aumentado (Foto: Antonio Cruz/ABr)
A Ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, refutou entrevista do economista Ricardo Paes de Barros, pai da Ponte "Social" para o Futuro.

Fui um trabalho para o traidor Michel Temer, a convite de Wellington Moreira Franco, aquele,que segundo o José de Abreu, não podia sair à rua, no Rio, porque quebrou o Estado duas vezes.

Numa entrevista ao Estadão de comatoso Estado, Paes de Barros, que, no Governo Lula e Dilma não se cansou de elogiar o Bolsa Família, agora diz que o programa "está inchado", porque tem muita gente que não é pobre e fica lá, "na maior cara de pau".

Campello disse, em entrevista por telefone a Paulo Henrique Amorim, nessa segunda-feira 25/abril, que o Paes de Barros propõe outra coisa: não é um Bolsa Família.

Tem que chamar de outro nome.

Porque o Bolsa Família é um programa para incluir, e o dele é para excluir.

Segundo ela, o Bolsa Família atinge 25% da população.

O Temer já disse que quer atingir os 10% da população mais pobre.

Como isso, 30 milhões de brasileiros seriam excluídos dos benefícios do Bolsa Família, como redução da mortalidade infantil, aumento da altura das crianças, educação e vacina, redução do número de mortes por diarreia.

O Moreira Franco, que ainda pode sair à rua, propõe atingir 5% da população mais pobre.

Com isso, 40 milhões de brasileiros seriam devolvidos à miséria, no que o ansioso blogueiro chamou de "genocídio social".

É um programa, portanto, de eugenia social - diz o ansioso blogueiro.

A ministra lembrou que esse negócio de dizer que pobre fica lá "na maior cara de pau" é apenas mais uma manifestação de preconceito.

(Como se rico não ficasse lá, na FIE P, por exemplo, "na maior cara de pau", ou de pato - PHA)

Tanto assim, que só no mês de março, 600 mil famílias, VOLUNTARIAMENTE, procuraram os prefeitos para dizer que sua renda tinha aumentado e que elas não precisavam mais do Bolsa.

A seguir a íntegra da entrevista:

Paulo Henrique Amorim - Eu vou conversar com a ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e do Combate à Fome, e o tema da conversa é uma entrevista do economista Ricardo Paes de Barros dada hoje ao Estadão. Eu vou ler aqui um trecho da entrevista:

"O cadastro único do Bolsa Família é um livrinho com páginas que não acabam mais. Tem mais de 100 perguntas. E o que você usa para dar o benefício? A renda declarada. Você descarta todas as outras informações. Com 15% de dinheiro a menos, eu poderia ter o mesmo 100% de impacto na redução da pobreza se usasse as outras informações." 

O que a senhora tem a dizer sobre essa declaração do economista Ricardo Paes de Barros, que trabalha no programa Ponte para o Futuro, do PMDB, que se prepara para assumir o Governo?
Ministra Tereza Campello - Primeiro, eu acho que a gente está num momento tão difícil da conjuntura, que ficar vendendo facilidades, simplificando coisas em cima da população pobre, só reforça o preconceito e estigmatiza mais ainda essa ideia de que os programas sociais, que se gasta muito com a população pobre. Eu vou chegando a conclusão de que nós temos duas opiniões. Nós, Governo, temos um conceito, que é o Bolsa Família, e está se partindo de outro conceito.

Mas o que eu acho que é vender facilidades, tentar simplificar o assunto? Ao longo da entrevista, o Ricardo Paes de Barros trata como se tudo fosse muito fácil, inclusive ele usa esses termos. "Melhorar a renda dos pobres é muito fácil", "foi essa aritmética boba que levou ao Bolsa Família". Bom, se foi muito fácil, por que demoraram 500 anos para fazer? Segundo, se é tão fácil assim, por que vem gente do mundo todo conhecer o Bolsa Família, conhecer o Cadastro Único? Se ele fosse assim tão ineficiente, por que ele virou uma referência no mundo? Hoje nós temos curso aqui no Brasil, o MDS (Ministério do Desenvolvimento Social) reorganizou sua agenda e faz curso três vezes ao ano porque a gente não dá conta de atender técnicos de outras partes do mundo.

A gente não deveria tratar um programa, que é orgulho do Brasil. Não é um orgulho do PT, nem deste Governo, é um orgulho para o país, o Brasil, que era historicamente reconhecido pela fome e pela pobreza, se transformar num país que exporta programas sociais. Então vamos valorizar esse programa. Nós sempre temos o que melhorar...

Cai a ligação, e a ministra Tereza Campello prossegue:

Eu me surpreendo com esse tom simplificador do Ricardo Paes de Barros porque até pouco tempo atrás ele escrevia sobre o Bolsa Família, dizendo exatamente o oposto. Dizia que o programa era eficiente, que era o programa mais eficiente do Governo. Ele sempre valorizou muito o Bolsa Família. Eu realmente não consigo entender o que mudou tanto para ele dizer essas coisas. Lamento! 

A outra coisa é que ele está usando como base, para fazer todas essas contas, o cadastro do Rio de Janeiro. É difícil usar o cadastro do Rio de Janeiro, porque todo mundo sabe que é um dos cadastros com mais problemas que nós temos. 

Sempre tem o que melhorar, não é, Paulo Henrique? Sempre tem o que fazer, e a gente vem fazendo muita coisa para melhorar. Todo ano a gente tem uma novidade. Agora, não dá para pegar um estudo que eles fizeram, numa pequena amostra no Rio de Janeiro, e extrapolar para o Brasil. É melhor usar o cadastro do Piauí do que o do Rio de Janeiro. Essas contas são muito frágeis. Mas ele mesmo disse que não está muito conectado, com níveis de comunicação baixo. Talvez se deva a essa desconexão sobre o que acontece hoje com o Bolsa Família.

Agora, tem uma coisa que eu acho muito importante e que esse ponto, para mim, é o mais estratégico. Quando queremos discutir Bolsa Família, qual número nós devemos discutir? Está todo mundo obcecado em discutir o curto prazo, como cortar, como fazer economia, como excluir. Falam "é possível excluir e fazer uma economia de 15%". Nós estamos olhando os impactos do Bolsa Família no país no média prazo. 

Qual foi o impacto do Bolsa Família? Não quero discutir o curtíssimo prazo, quero discutir que a gente conseguiu reduzir o déficit de altura das crianças no Brasil. Não a fome e a desnutrição aguda, mas a desnutrição crônica. O que aconteceu com crianças que acompanhamos do zero aos cinco anos de idade, e a gente diminuiu em 50% o déficit de altura dessas crianças. O que aconteceu com a mortalidade infantil causada pela desnutrição, que caiu mais de 60%. O que aconteceu com a morte de crianças causada pela diarreia, que caiu mais de 50%. Qual é o impacto do Bolsa Família no PIB? Hoje é comprovado, cada R$ 1 gasto com o Bolsa Família, retorna para o PIB R$ 1,78. Vamos fazer uma discussão do gasto líquido, senão a gente faz uma discussão muito rasteira.

Essa discussão é de quantos eu excluo. E eu estou preocupada com quanto eu incluo para continuar reduzindo a mortalidade infantil. E eu acho que, nessa lógica, nós devemos fazer uma coisa que a maioria dos economistas não faz no Brasil: discutir o custo de não fazer, o custo de excluir. O custo de excluir não é quanto eu economizo na despesa do mês que vem, é o custo de eu ter perdido essas crianças que deveriam estar na escola, é o custo dessas crianças voltarem para o trabalho infantil. É o custo de voltarmos a ter aumento na mortalidade infantil. É o custo dessas crianças crescerem baixinhas e, portanto, a perda de potencial nessas crianças como futuros adultos. O custo de excluir e de não fazer... esse debate não pode ser pautado por quanto eu economizo no mês que vem. Ninguém discute impacto de políticas sociais no Brasil. Vamos discutir o impacto real na vida das pessoas e das crianças. 

E aí é o debate que eles estão propondo: olha não só a renda, olha se ela tem uma televisão. Mas gente, se a pessoa não tem renda... "eu estava bem de vida, eu tenho uma televisão, eu até tenho uma moto, e aí eu perdi o emprego, eu estou mal". Isso justifica eu tirar essa pessoa do Bolsa Família e levar o filho dessa família a voltar ao trabalho? Então eu acho que o debate deve ser mais largo. 

Eu não acho que o cadastro do Bolsa Família esteja inchado. Ao contrário. Nós temos dois conceitos diferentes. O conceito do Bolsa Família é, renda, sim. Porque a renda é a maior prova que a pessoa é pobre. Se a pessoa é pobre de renda, então provavelmente ela é pobre de todas as outras coisas. Então fazer um vasto diagnóstico, detalhado, para saber se essa pessoa é pobre ou não. Vamos partir do princípio que ela é pobre, e vamos entrar com políticas para tirar essa pessoa da pobreza. Nós estamos trabalhando com dois conceitos diferentes. No Bolsa Família, a gente não olha a renda no mês, no curtíssimo prazo. Porque a pessoa, as vezes, arranja emprego, está a três meses no emprego, e aí sai do Bolsa Família, perde o emprego e volta para o Bolsa Família. Isso tudo gera um custo operacional para a sociedade muito grande. Nós temos outro conceito. Eles estão discutindo uma coisa, nós estamos discutindo outra. 

O Bolsa Família é um conceito de programa de transferência de renda, que parte do princípio que é a renda, que não é a renda no curto prazo, e que nós queremos incluir essa família nas políticas sociais. Eles estão discutindo outro programa. Quando dizem "vamos mudar, vamos discutir agora outros critérios, vamos tirar uma parte dessas pessoas, vamos mudar o conceito". Isso não é mais o Bolsa Família, isso é outra coisa. Pode até ser que a sociedade queira discutir, mas não vamos chamar de Bolsa Família. Isso é outra coisa.


Ele faz uma acusação muito séria, quando diz que o Bolsa Família está inchado. Ele diz que tem um monte de gente que não é tão pobre e na maior cara de pau declara ter renda zero. Isso é verdade?
Não é verdade. Só para ter uma ideia - talvez o Ricardo não esteja muito atualizado sobre as coisas que nós temos feito - mas a gente tem uma agenda de controle muito eficiente, tem dado muito certo. Sempre tem o que melhorar. Mas esse ano, em março, 600 mil famílias ao atualizar o seu cadastro, declararam que aumentaram de renda. Então as pessoas foram, voluntariamente, à Prefeitura declarar que aumentaram de renda. Então nós temos toda uma agenda de controle, que envolve batimento de cadastro com INSS, que vem sendo reconhecida, que vem melhorando muito. E o comportamento da população pobre não é oportunista. Por que o pobre é cara de pau e o rico não é? Eu acho que a gente não deveria estigmatizar a população pobre e aumentar ainda mais o preconceito. Quantas frações de pessoas nós temos no Brasil que, tendo acesso a um benefício, vão declarar voluntariamente que melhoraram de renda? E isso aconteceu no Bolsa Família. Agora, em março. Esse tipo de informação é importante para que a gente possa discutir a realidade, não vender esses conceitos muito complexos que podem transformar o Bolsa Família numa outra coisa, que pode levar a exclusão de milhões de família.

Agora, tudo isso nós estamos falando em cima de uma coisa que a gente não conhece, porque até agora não saiu na escrito. O Ricardo Paes de Barros está falando assim "nós queremos olhar os 40% mais pobres da população". O Moreira Franco disse que vai focar nos 5% mais pobres. Se for focar nos 40% dos mais pobres, é bem mais que o Bolsa Família, que chega a 25% da população. Isso tudo ainda é pouco conhecido. Agora, não é razoável falar em inchaço. Isso é um conceito. Se eles acham que o Bolsa Família tem que ser desidratado, então eles assumam isso como uma política. Não vem dizer que o Bolsa Família está inchado. Eles querem desidratar a política social? Eles querem ter um recorte menor? Então eles que assumam isso.


Tem que chamar de outro nome, não é isso?
Exato! Outro nome, põe outro apelido. Por que vai chamar de Bolsa Família outra coisa? Exatamente... então assume: "nós achamos que agora o Bolsa Família não deve continuar. Nós agora vamos chamar de 'bolsa alguma coisa', e ele vai chegar em 5% da população, e não em 25%". Então, 20% vai ser tirado. Ou 10%, como Moreira Franco chegou a dizer. O vice-presidente chegou a dizer, num outro momento, que era 10%, então 15% será excluído. Esses números ainda vêm mudando muito. Agora, o conceito é diferente do nosso, porque nós estamos preocupados em incluir, em garantir que essas pessoas estejam na escola, e não em ficar apurando renda dela, mês a mês, porque isso é caro. Eles vão acabar se dando conta. Foi o que aconteceu com outros países, que tentaram fazer isso e acabaram se dando conta que o Bolsa Família é muito mais eficiente e passaram a migrar para um programa como o nosso.


A senhora chegou a calcular quantas pessoas serão excluídas do Bolsa Família com esse programa deles?
Como eles não disseram ainda o que é, Paulo Henrique, fica difícil. A gente tinha feito a conta se fosse focar nos 10%. Se fosse focar nos 10% mais pobres, como o Bolsa Família chega em 25%, são 50 milhões de pessoas. Se fosse focar nos mais pobres, você chega em 20 milhões. Então sairiam 30 milhões. Fazendo uma coisa simples.


Sairiam 30 milhões de pessoas...
Se fosse a 10%. Se fosse a 5%, sairiam 40 milhões. O Moreira Franco chegou a focar nos 5% mais pobres. Agora, isso tudo ainda não veio a público, com documento. São mais entrevistas.


É uma espécie de genocídio social, digamos...
(risos)
publicado 25/04/2016
tereza campello
Em março, 600 mil famílias voluntariamente disseram que renda tinha aumentado (Foto: Antonio Cruz/ABr)
A Ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, refutou entrevista do economista Ricardo Paes de Barros, pai da Ponte "Social" para o Futuro.

Fui um trabalho para o traidor Michel Temer, a convite de Wellington Moreira Franco, aquele,que segundo o José de Abreu, não podia sair à rua, no Rio, porque quebrou o Estado duas vezes.

Numa entrevista ao Estadão de comatoso Estado, Paes de Barros, que, no Governo Lula e Dilma não se cansou de elogiar o Bolsa Família, agora diz que o programa "está inchado", porque tem muita gente que não é pobre e fica lá, "na maior cara de pau".

Campello disse, em entrevista por telefone a Paulo Henrique Amorim, nessa segunda-feira 25/abril, que o Paes de Barros propõe outra coisa: não é um Bolsa Família.

Tem que chamar de outro nome.

Porque o Bolsa Família é um programa para incluir, e o dele é para excluir.

Segundo ela, o Bolsa Família atinge 25% da população.

O Temer já disse que quer atingir os 10% da população mais pobre.

Como isso, 30 milhões de brasileiros seriam excluídos dos benefícios do Bolsa Família, como redução da mortalidade infantil, aumento da altura das crianças, educação e vacina, redução do número de mortes por diarreia.

O Moreira Franco, que ainda pode sair à rua, propõe atingir 5% da população mais pobre.

Com isso, 40 milhões de brasileiros seriam devolvidos à miséria, no que o ansioso blogueiro chamou de "genocídio social".

É um programa, portanto, de eugenia social - diz o ansioso blogueiro.

A ministra lembrou que esse negócio de dizer que pobre fica lá "na maior cara de pau" é apenas mais uma manifestação de preconceito.

(Como se rico não ficasse lá, na FIE P, por exemplo, "na maior cara de pau", ou de pato - PHA)

Tanto assim, que só no mês de março, 600 mil famílias, VOLUNTARIAMENTE, procuraram os prefeitos para dizer que sua renda tinha aumentado e que elas não precisavam mais do Bolsa.

A seguir a íntegra da entrevista:

Paulo Henrique Amorim - Eu vou conversar com a ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e do Combate à Fome, e o tema da conversa é uma entrevista do economista Ricardo Paes de Barros dada hoje ao Estadão. Eu vou ler aqui um trecho da entrevista:

"O cadastro único do Bolsa Família é um livrinho com páginas que não acabam mais. Tem mais de 100 perguntas. E o que você usa para dar o benefício? A renda declarada. Você descarta todas as outras informações. Com 15% de dinheiro a menos, eu poderia ter o mesmo 100% de impacto na redução da pobreza se usasse as outras informações." 

O que a senhora tem a dizer sobre essa declaração do economista Ricardo Paes de Barros, que trabalha no programa Ponte para o Futuro, do PMDB, que se prepara para assumir o Governo?
Ministra Tereza Campello - Primeiro, eu acho que a gente está num momento tão difícil da conjuntura, que ficar vendendo facilidades, simplificando coisas em cima da população pobre, só reforça o preconceito e estigmatiza mais ainda essa ideia de que os programas sociais, que se gasta muito com a população pobre. Eu vou chegando a conclusão de que nós temos duas opiniões. Nós, Governo, temos um conceito, que é o Bolsa Família, e está se partindo de outro conceito.

Mas o que eu acho que é vender facilidades, tentar simplificar o assunto? Ao longo da entrevista, o Ricardo Paes de Barros trata como se tudo fosse muito fácil, inclusive ele usa esses termos. "Melhorar a renda dos pobres é muito fácil", "foi essa aritmética boba que levou ao Bolsa Família". Bom, se foi muito fácil, por que demoraram 500 anos para fazer? Segundo, se é tão fácil assim, por que vem gente do mundo todo conhecer o Bolsa Família, conhecer o Cadastro Único? Se ele fosse assim tão ineficiente, por que ele virou uma referência no mundo? Hoje nós temos curso aqui no Brasil, o MDS (Ministério do Desenvolvimento Social) reorganizou sua agenda e faz curso três vezes ao ano porque a gente não dá conta de atender técnicos de outras partes do mundo.

A gente não deveria tratar um programa, que é orgulho do Brasil. Não é um orgulho do PT, nem deste Governo, é um orgulho para o país, o Brasil, que era historicamente reconhecido pela fome e pela pobreza, se transformar num país que exporta programas sociais. Então vamos valorizar esse programa. Nós sempre temos o que melhorar...

Cai a ligação, e a ministra Tereza Campello prossegue:

Eu me surpreendo com esse tom simplificador do Ricardo Paes de Barros porque até pouco tempo atrás ele escrevia sobre o Bolsa Família, dizendo exatamente o oposto. Dizia que o programa era eficiente, que era o programa mais eficiente do Governo. Ele sempre valorizou muito o Bolsa Família. Eu realmente não consigo entender o que mudou tanto para ele dizer essas coisas. Lamento! 

A outra coisa é que ele está usando como base, para fazer todas essas contas, o cadastro do Rio de Janeiro. É difícil usar o cadastro do Rio de Janeiro, porque todo mundo sabe que é um dos cadastros com mais problemas que nós temos. 

Sempre tem o que melhorar, não é, Paulo Henrique? Sempre tem o que fazer, e a gente vem fazendo muita coisa para melhorar. Todo ano a gente tem uma novidade. Agora, não dá para pegar um estudo que eles fizeram, numa pequena amostra no Rio de Janeiro, e extrapolar para o Brasil. É melhor usar o cadastro do Piauí do que o do Rio de Janeiro. Essas contas são muito frágeis. Mas ele mesmo disse que não está muito conectado, com níveis de comunicação baixo. Talvez se deva a essa desconexão sobre o que acontece hoje com o Bolsa Família.

Agora, tem uma coisa que eu acho muito importante e que esse ponto, para mim, é o mais estratégico. Quando queremos discutir Bolsa Família, qual número nós devemos discutir? Está todo mundo obcecado em discutir o curto prazo, como cortar, como fazer economia, como excluir. Falam "é possível excluir e fazer uma economia de 15%". Nós estamos olhando os impactos do Bolsa Família no país no média prazo. 

Qual foi o impacto do Bolsa Família? Não quero discutir o curtíssimo prazo, quero discutir que a gente conseguiu reduzir o déficit de altura das crianças no Brasil. Não a fome e a desnutrição aguda, mas a desnutrição crônica. O que aconteceu com crianças que acompanhamos do zero aos cinco anos de idade, e a gente diminuiu em 50% o déficit de altura dessas crianças. O que aconteceu com a mortalidade infantil causada pela desnutrição, que caiu mais de 60%. O que aconteceu com a morte de crianças causada pela diarreia, que caiu mais de 50%. Qual é o impacto do Bolsa Família no PIB? Hoje é comprovado, cada R$ 1 gasto com o Bolsa Família, retorna para o PIB R$ 1,78. Vamos fazer uma discussão do gasto líquido, senão a gente faz uma discussão muito rasteira.

Essa discussão é de quantos eu excluo. E eu estou preocupada com quanto eu incluo para continuar reduzindo a mortalidade infantil. E eu acho que, nessa lógica, nós devemos fazer uma coisa que a maioria dos economistas não faz no Brasil: discutir o custo de não fazer, o custo de excluir. O custo de excluir não é quanto eu economizo na despesa do mês que vem, é o custo de eu ter perdido essas crianças que deveriam estar na escola, é o custo dessas crianças voltarem para o trabalho infantil. É o custo de voltarmos a ter aumento na mortalidade infantil. É o custo dessas crianças crescerem baixinhas e, portanto, a perda de potencial nessas crianças como futuros adultos. O custo de excluir e de não fazer... esse debate não pode ser pautado por quanto eu economizo no mês que vem. Ninguém discute impacto de políticas sociais no Brasil. Vamos discutir o impacto real na vida das pessoas e das crianças. 

E aí é o debate que eles estão propondo: olha não só a renda, olha se ela tem uma televisão. Mas gente, se a pessoa não tem renda... "eu estava bem de vida, eu tenho uma televisão, eu até tenho uma moto, e aí eu perdi o emprego, eu estou mal". Isso justifica eu tirar essa pessoa do Bolsa Família e levar o filho dessa família a voltar ao trabalho? Então eu acho que o debate deve ser mais largo. 

Eu não acho que o cadastro do Bolsa Família esteja inchado. Ao contrário. Nós temos dois conceitos diferentes. O conceito do Bolsa Família é, renda, sim. Porque a renda é a maior prova que a pessoa é pobre. Se a pessoa é pobre de renda, então provavelmente ela é pobre de todas as outras coisas. Então fazer um vasto diagnóstico, detalhado, para saber se essa pessoa é pobre ou não. Vamos partir do princípio que ela é pobre, e vamos entrar com políticas para tirar essa pessoa da pobreza. Nós estamos trabalhando com dois conceitos diferentes. No Bolsa Família, a gente não olha a renda no mês, no curtíssimo prazo. Porque a pessoa, as vezes, arranja emprego, está a três meses no emprego, e aí sai do Bolsa Família, perde o emprego e volta para o Bolsa Família. Isso tudo gera um custo operacional para a sociedade muito grande. Nós temos outro conceito. Eles estão discutindo uma coisa, nós estamos discutindo outra. 

O Bolsa Família é um conceito de programa de transferência de renda, que parte do princípio que é a renda, que não é a renda no curto prazo, e que nós queremos incluir essa família nas políticas sociais. Eles estão discutindo outro programa. Quando dizem "vamos mudar, vamos discutir agora outros critérios, vamos tirar uma parte dessas pessoas, vamos mudar o conceito". Isso não é mais o Bolsa Família, isso é outra coisa. Pode até ser que a sociedade queira discutir, mas não vamos chamar de Bolsa Família. Isso é outra coisa.


Ele faz uma acusação muito séria, quando diz que o Bolsa Família está inchado. Ele diz que tem um monte de gente que não é tão pobre e na maior cara de pau declara ter renda zero. Isso é verdade?
Não é verdade. Só para ter uma ideia - talvez o Ricardo não esteja muito atualizado sobre as coisas que nós temos feito - mas a gente tem uma agenda de controle muito eficiente, tem dado muito certo. Sempre tem o que melhorar. Mas esse ano, em março, 600 mil famílias ao atualizar o seu cadastro, declararam que aumentaram de renda. Então as pessoas foram, voluntariamente, à Prefeitura declarar que aumentaram de renda. Então nós temos toda uma agenda de controle, que envolve batimento de cadastro com INSS, que vem sendo reconhecida, que vem melhorando muito. E o comportamento da população pobre não é oportunista. Por que o pobre é cara de pau e o rico não é? Eu acho que a gente não deveria estigmatizar a população pobre e aumentar ainda mais o preconceito. Quantas frações de pessoas nós temos no Brasil que, tendo acesso a um benefício, vão declarar voluntariamente que melhoraram de renda? E isso aconteceu no Bolsa Família. Agora, em março. Esse tipo de informação é importante para que a gente possa discutir a realidade, não vender esses conceitos muito complexos que podem transformar o Bolsa Família numa outra coisa, que pode levar a exclusão de milhões de família.

Agora, tudo isso nós estamos falando em cima de uma coisa que a gente não conhece, porque até agora não saiu na escrito. O Ricardo Paes de Barros está falando assim "nós queremos olhar os 40% mais pobres da população". O Moreira Franco disse que vai focar nos 5% mais pobres. Se for focar nos 40% dos mais pobres, é bem mais que o Bolsa Família, que chega a 25% da população. Isso tudo ainda é pouco conhecido. Agora, não é razoável falar em inchaço. Isso é um conceito. Se eles acham que o Bolsa Família tem que ser desidratado, então eles assumam isso como uma política. Não vem dizer que o Bolsa Família está inchado. Eles querem desidratar a política social? Eles querem ter um recorte menor? Então eles que assumam isso.


Tem que chamar de outro nome, não é isso?
Exato! Outro nome, põe outro apelido. Por que vai chamar de Bolsa Família outra coisa? Exatamente... então assume: "nós achamos que agora o Bolsa Família não deve continuar. Nós agora vamos chamar de 'bolsa alguma coisa', e ele vai chegar em 5% da população, e não em 25%". Então, 20% vai ser tirado. Ou 10%, como Moreira Franco chegou a dizer. O vice-presidente chegou a dizer, num outro momento, que era 10%, então 15% será excluído. Esses números ainda vêm mudando muito. Agora, o conceito é diferente do nosso, porque nós estamos preocupados em incluir, em garantir que essas pessoas estejam na escola, e não em ficar apurando renda dela, mês a mês, porque isso é caro. Eles vão acabar se dando conta. Foi o que aconteceu com outros países, que tentaram fazer isso e acabaram se dando conta que o Bolsa Família é muito mais eficiente e passaram a migrar para um programa como o nosso.


A senhora chegou a calcular quantas pessoas serão excluídas do Bolsa Família com esse programa deles?
Como eles não disseram ainda o que é, Paulo Henrique, fica difícil. A gente tinha feito a conta se fosse focar nos 10%. Se fosse focar nos 10% mais pobres, como o Bolsa Família chega em 25%, são 50 milhões de pessoas. Se fosse focar nos mais pobres, você chega em 20 milhões. Então sairiam 30 milhões. Fazendo uma coisa simples.


Sairiam 30 milhões de pessoas...
Se fosse a 10%. Se fosse a 5%, sairiam 40 milhões. O Moreira Franco chegou a focar nos 5% mais pobres. Agora, isso tudo ainda não veio a público, com documento. São mais entrevistas.


É uma espécie de genocídio social, digamos...
(risos)









FHC apoia Cerra na Fazenda dos outros





No Governo dele, o Cerra não chegou nem perto



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/economia/fhc-apoia-cerra-na-fazenda-dos-outros

cerra.jpg
Na Fel-lha:

Armínio Fraga e FHC apoiam Serra para a Fazenda; tucano sinaliza que aceita o cargo

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga apoiam o nome de José Serra (PSDB-SP) para o Ministério da Fazenda.

O senador tucano, por sua vez, sinalizou a Michel Temer que aceita ocupar o cargo, desde que a pasta do Planejamento, o BNDES e o Banco Central sejam dirigidos por pessoas indicadas por ele ou que pelo menos tenham grande afinidade com as políticas que pretende adotar.

(...)

FHC fez análise parecida à de Fraga a interlocutores. Segundo disse, Serra teria força e aliados no Congresso, condição hoje essencial para superar a crise, que seria mais política do que econômica.

(...)







José de Abreu: o melhor da Dilma na TV

jose de abreu
A ciclovia que desabou é do Secretário de Turismo do PMDB
Por trinta minutos, ao vivo, na noite de domingo, no Faustão, o excelente ator José de Abreu pode explicar por que deu a cusparada nos coxinhas que o agrediram num restaurante, em São Paulo.

A ida ao Faustão estava combinada há dois meses.

José de Abreu tinha acabado de chegar do Japão, queria testar o japonês paulista,  e estava em São Paulo para ir ao Faustão.

Deu-se o conflito da cusparada, quando a mulher do coxinha chamou a mulher do José de Abreu de “vagabunda”!

O Faustão e a Globo não tinham como desconvidar o José de Abreu, depois da gigantesca divulgação do vídeo da cusparada nas redes sociais.

E nem podia deixar de ser ao vivo, como sempre é no Faustão.

Portanto, a Globo ficou presa em sua própria lógica – e pelo talento do José de Abreu.

Nenhum, nenhum ministro ou defensor da Dilma, ou do PT teve a coragem e/ou a possibilidade de fazer – mesmo no horário eleitoral - o que o José de Abreu fez nesse domingo na Globo, quando o Faustão dava 16 pontos de audiência.

(O programa competidor, o “Domingo Espetacular”, no quadro “Bichos Curiosos”, naquela altura, deu 12.)

José de Abreu defendeu a Dilma como nem ela se defendeu.

(Especialmente na ONU.)

Disse o José de Abreu:
- o Jucá …

- o Moreira Franco quebrou o Rio duas vezes, não podia sair na rua;

- o Cunha é ladrão, não pode impeachar a Dilma;

- o Temer foi citado na Lava Jato pela quarta vez;

- só 6,8% dos deputados foram eleitos por si mesmos; os outros, pelo coeficiente eleitoral;

- o deputado votava contra a Dilma em nome de Deus e pela mulher e, depois, no whatsapp dizia à amante: mas, meu amor é você!

- essa crise é resultado de muito jornalista, como esses que usam a expressão “petralha”, como se todo petista fosse ladrão;

- se a Dilma for impeachada, vão entregar o cofre à raposa?

- essa ciclovia que caiu no Rio é da família do secretário de Turismo do PMDB!

- a Dilma foi eleita por 54 milhões de votos e o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, disse que sem crime de responsabilidade não pode ter impeachment;

- só tem empreiteiro na cadeia porque a Dilma deu liberdade à policia

Deus escreve certo… com cusparadas.

(Sobre a matéria, ver o que o Jean Willys fez com Bolsonaro).


Paulo Henrique Amorim

FONTE: