sábado, 10 de setembro de 2016

Luis Enrique reclama dos erros defensivos do Barça contra o Alavé




FUTEBOL ESPANHOL 20162017



Técnico lamenta derrota em casa, mas cita dificuldades do Campeonato Espanhol




Por
Barcelona, Espanha




O técnico Luis Enrique elogiou a atuação do Alavés neste sábado na vitória por 2 a 1 sobre o Barcelona no Camp Nou, pelo Campeonato Espanhol. Porém, reconheceu que sua equipe cometeu erros no sistema defensivo que custaram caro ao fim da partida. E lembrou que é difícil ganhar os jogos contra equipes de menor investimento, apesar do favoritismo que é passado para o time catalão. O time visitante venceu a Série B da Espanha na temporada passada, enquanto os culés são os atuais campeões da Série A.

Luis Enrique Barcelona x Alavés (Foto: EFE)
Luis Enrique lamenta tropeço do Barcelona 
para o Alavés no Camp Nou, pelo 
Campeonato Espanhol (Foto: EFE)


- O tropeço serve para valorizarmos a dificuldade que é ganhar. Fomos frágeis na defesa e são coisas que temos que melhorar. Não foi um bom dia desde o início, não fomos precisos. Fizeram dois gols em praticamente três finalizações - afirmou o treinador ao diário "El Mundo Deportivo".


+ Confira a tabela completa do Campeonato Espanhol
+ Veja como foi a vitória do Alavés sobre o Barcelona no Camp Nou


Luis Enrique também foi questionado por deixar Messi, Suárez, Iniesta e Jordi Alba no banco de reservas. A escalação do goleiro Cillessen aconteceu porque o titular Ter Stegen sofreu uma lesão muscular. O treinador alegou que muitos jogadores estavam cansados, pois disputaram jogos por suas seleções na data Fifa. Por isso, optou por uma equipe mista:

- Tentamos fazer mudanças porque alguns jogadores chegaram cansados, e colocamos os que estavam mais descansados. Nos consideram favoritos, mas ganhar custa muito e hoje (neste sábado) isso ficou claro.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-espanhol/noticia/2016/09/luis-enrique-reclama-dos-erros-defensivos-do-barca-contra-o-alaves.html

Após derrota para o Flamengo, Vagner Mancini não é mais o técnico do Vitória


Diretor de futebol rubro-negro, Anderson Barros, anuncia demissão do treinador na noite deste sábado. Wesley Carvalho assume comando da equipe interinamente




Por
Salvador





Corinthians x Vitória Vagner Mancini (Foto: Marcos Ribolli)
Vagner Mancini não é mais treinador do 
Vitória (Foto: Marcos Ribolli)


Chegou ao fim, na noite deste sábado, a terceira passagem de Vagner Mancini pelo Vitória. Após a derrota para o Flamengo, no Barradão, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, o técnico teve a demissão anunciada pelo diretor de futebol rubro-negro, Anderson Barros. A má fase do time, que ocupa a 18ª colocação da Série A, e as atuações instáveis foram fundamentais para a saída do treinador, que tinha contrato até o fim desta temporada.

- Pedi à nossa assessoria para falar com vocês, em razão da decisão que foi tomada agora pela diretoria do Vitória. O profissional Vagner Mancini, que está conosco desde o ano passado, que tem todo meu respeito e consideração pelo que realizou no Vitória, não é mais o técnico do clube. A diretoria vai comunicar os próximos passos em razão das reuniões que temos programadas para definir o futebol do Vitória - explicou o diretor de futebol, Anderson Barros, após a partida deste sábado.

Mancini deixa o comando do Rubro-Negro após 76 partidas: foram 33 triunfos, 19 empates e 24 derrotas. No total, foram 113 gols marcados e 86 sofridos. O aproveitamento é de 51,75%. Até que um novo treinador seja anunciado, Wesley Carvalho assume o papel de interino e comanda a equipe baiana na disputa do Brasileirão.

Desde que assumimos, o Wesley [Carvalho], como foi o Amadeu, é o responsável pela parte técnica do departamento de futebol. Na ausência de um treinador, ele assume.  
Anderson Barros, diretor de futebol do Vitória

- Desde que assumimos, o Wesley [Carvalho], como foi o Amadeu, é o responsável pela parte técnica do departamento de futebol. Na ausência de um treinador, ele assume. Estamos comunicando que o Vagner Mancini não é mais o treinador do Vitória. As decisões futuras serão tomadas nos próximos dias, com discussão com a direção do Vitória - afirmou Barros

Vagner Mancini foi contratado pelo Vitória em junho do ano passado com a missão de encerrar a instabilidade do time e garantir o acesso para a Série A. No fim da temporada, o Rubro-Negro assegurou a vaga para a elite do futebol nacional, e o técnico teve o vínculo renovado. Em 2016, sob o comando de Mancini, o clube conquistou o título baiano, foi eliminado da Copa do Brasil pelo Cruzeiro na terceira fase e também da Sul-Americana na primeira fase, pelo Coritiba. No Brasileiro, os problemas defensivos atormentaram o time. O Vitória é uma das equipes mais vazadas da competição, com 37 gols sofridos.

Mancini trabalhou pela primeira vez no Vitória em 2008. Em substituição a Vadão, ele conquistou o título baiano e teve um bom início de Brasileiro. O treinador chegou até a falar em conquistar vaga na Libertadores, mas o time caiu de rendimento na segunda metade da competição. Durante o Campeonato Baiano de 2009, Mancini aceitou uma proposta do Santos e mudou de clube. No mesmo ano, foi demitido da equipe paulista - após uma derrota por 6 a 2 para o Vitória - e pouco tempo depois retornou à Toca do Leão para substituir Paulo César Carpegiani. No fim daquela temporada, o treinador acertou com o Vasco, mas ficou na Colina apenas até o fim de março do ano seguinte. Desde então, passou por Guarani, Ceará, Cruzeiro, Sport, Náutico, Atlético-PR e Botafogo.


SAIBA MAIS:
Gabriel e Fernandinho marcam de novo, Fla bate o Vitória e cola no líderFique por dentro das notícias do esporte baiano
Clique aqui e assista a vídeos do Vitória


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/ba/futebol/times/vitoria/noticia/2016/09/apos-derrota-para-o-flamengo-vagner-mancini-nao-e-mais-o-tecnico-do-vitoria.html

Zé explica opção por Fernandinho, ignora "cheiro" e mantém pés no chão



Técnico evita falar sobre empolgação da torcida e revela estratégia de poupar o cansado Everton no triunfo por 2 a 1 sobre o Vitória, no Barradão




Por
Salvador


O triunfo de virada sobre o Vitória por 2 a 1 no Barradão (veja os melhores momentos no vídeo clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo), neste sábado, colou o Flamengo de vez no líder Palmeiras, agora com a mesma pontuação - o time paulista leva grande vantagem no saldo de gols: 19 a 8. Mas o discurso, e dificilmente seria diferente, segue o de manter a tranquilidade para poder alcançar o título no fim do Campeonato Brasileiro. Depois da partida, o técnico Zé Ricardo foi perguntado sobre o já famoso "cheirinho de hepta", mas preferiu elogiar sua equipe pelo resultado na 24ª rodada da competição.

Zé Ricardo coletiva Fla (Foto: Raphael Zarko/ Globoesporte.com)
Zé Ricardo em coletiva após vitória 
(Foto: Raphael Zarko)


- Não ouvi (músicas sobre o "cheirinho de hepta"). Estamos com os pés no chão, faltam muitos jogos, sempre difíceis. Hoje tivemos a dificuldade de começar atrás no placar, mas mantivemos a cabeça no lugar, tivemos oportunidade no primeiro tempo e merecemos a virada. O goleiro do Vitória fez excelente partida. A semana foi difícil, mas conseguimos esses seis pontos que eram nosso objetivo. Vitória difícil, para tentar fazer frente contra o Palmeiras.

Sobre a mudança realizada na equipe em relação ao último jogo, contra a Ponte Preta, Zé explicou a estratégia de poupar Everton para lançar Fernandinho na equipe titular.

- Temos um plantel grande, nível técnico parecido. Optei por deixar o Everton fora, vinha de nove jogos seguidos começando o jogo, se expõe muito, fazendo quilometragem muito alta. Saiu muito cansado contra a Ponte e os números indicavam que tinha ritmo de lesão. O Fernandinho vem entrando bem, fiz a troca simples. No primeiro tempo teve algumas ações, conseguimos acertar a saída de bola pelo lado direito e numa dessas conseguimos o gol de empate.



Confira outros trechos da entrevista:

Torcida
- Onde quer que joguemos a torcida está presente, vai criando empatia grande, sintonia com os atletas. Nós da direção também, da comissão, importante ter apoio externo, acaba dando algo mais para os atletas, o que não foi diferente.

Troca de lado Fernandinho e Gabriel
- Essa permuta de posições pode ser constante na partida. Eles podem atuar tanto com pé trocado, quanto do lado de preferência. A gente sabia que o Vitória ia marcar a gente sob pressão. Depois do primeiro do jogo, conseguimos achar espaço entre a primeira e a segunda linha deles, tivemos toque de bola para aproximar os laterais e os homens de trás. Numa dessas triangulações, que não foram muitas, conseguimos o gol de empate. Acabou saindo no jogo da forma como nós treinamos.

Pressão inicial do Vitória
- A gente imaginou depois do jogo contra o Atlético-MG, quando eles fizeram bom primeiro tempo, que viriam marcando por pressão e causaram dificuldades demais no início. Mancini me surpreendeu ao sair com time mais leve, com Cárdenas e Serginho. No primeiro momento funcionou, faltou apoio ao Diego para jogar, mas com a inversão do Fernandinho e do Gabriel começamos a consertar. Antes, o Serginho estava fazendo boas infiltrações, finalizou duas ou três vezes de fora, mas depois com o Márcio fechando mais em cima dele, ele conversando com Arão e acertaram a marcação. Dou parabéns aos atletas, pois eles mesmo conseguiram se acertar.

Maturidade da equipe
- Cada jogo tem uma história, em comum de todas as partidas é que elas são todas difíceis. Hoje vi uma equipe bem consciente, que se não se doasse ao máximo não sairia com os três pontos. O time está maduro, aprendeu a jogar sob pressão, e no momento certo vai crescendo na competição e mostrando toda força que tem.



Gabriel e Fernandinho marcam de novo, Fla bate o Vitória e cola no líder




BRASILEIRÃO SÉRIE A 2016

24ª RODADA



Antes contestados, jogadores repetem o que fizeram na quarta-feira e comandam virada no Barradão. Baianos estacionam no 18º lugar e podem ver rivais distanciarem




Por
Salvador



A história dos "patinhos feios" está ficando para trás no Flamengo. Pelo segundo jogo consecutivo, os antes contestados e agora titulares Fernandinho e Gabriel marcaram os gols do triunfo por 2 a 1 do Rubro-Negro carioca, desta vez em cima do Vitória, fora de casa, e colaram a equipe de vez no líder Palmeiras na classificação do Campeonato Brasileiro. O estreante Zé Love abriu o placar, mas os visitantes foram mais eficientes para conseguirem a virada e administrarem o resultado após ficarem com um a mais em campo no Barradão. Foi a quarta vitória seguida do Flamengo, que segue com 100% de aproveitamento sob o comando de Diego, autor de uma das assistências.

Leandro Damião e Fernandinho Vitória x Flamengo (Foto: JESSICA SANTANA/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO)
Leandro Damião e Fernandinho Vitória x 
Flamengo (Foto: JESSICA SANTANA/
FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO)



O jogo

Os donos da casa controlaram o início do jogo, principalmente com Serginho. O meia finalizou duas vezes com perigo e o primeiro gol não saiu por pouco em um dos rebotes, com Kieza. O Flamengo respondeu com chute de Leandro Damião e cruzamento perigoso de Gabriel, mas aos 21 minutos uma finalização ruim de Diego Renan virou assistência e encontrou Zé Love, marcado de longe por Jorge, em ótima posição para abrir o placar. Depois do gol, o Vitória seguiu pressionando a saída de bola adversária, mas perto do fim acabou cedendo espaços e permitiu que os laterais rivais avançassem. As chances se equilibraram e, aos 43, Pará fez bonita tabela com Willian Arão pela direita, foi até a linha de fundo e colocou na cabeça de Fernandinho. Jogo nivelado e placar igualado no fim da etapa inicial.

As equipes voltaram do intervalo sem substituições, e o início do segundo tempo foi bem menos movimentado, apesar dos espaços maiores cedidos por ambas. Aos 12, Zé Ricardo usou sua primeira alteração para tentar ganhar o meio-campo e ficar mais com a bola, colocando Alan Patrick na vaga de Fernandinho. Dois minutos depois, na primeira chance real de gol da etapa final, a virada veio: Gabriel tabelou com Diego, invadiu a área e colocou no canto aberto pelo goleiro Caique. Com o Vitória abatido e pouco criativo, e após bola no travessão de Damião, foi a vez de Vagner Mancini mexer em sua equipe. Mas as entradas de Vander e Flávio não surtiram efeito. O Flamengo se postou bem e apostou nos contra-ataques. Aos 27, Diego Renan parou jogada de Gabriel com falta, recebeu o segundo cartão amarelo e complicou ainda mais o time baiano, que praticamente não teve chances depois disso e viu o adversário se aproximar bem mais do terceiro gol, que por pouco não veio.


Panorama

O Flamengo chegou aos 46 pontos, mesmo número do líder Palmeiras, que ainda entra em campo pela 24ª rodada diante do Grêmio, em Porto Alegre, e é o próximo adversário dos cariocas na competição. O confronto, que pode valer a liderança, acontece na próxima quarta, às 21h45, na Arena Palmeiras. Pelo lado baiano, mais uma rodada garantida no Z-4. Com apenas 26 pontos e quatro derrotas nos últimos seis jogos, o Vitória estaciona na 18ª posição e pode ver os concorrentes se distanciarem ainda mais com os jogos de domingo. O próximo adversário, inclusive, é um deles: o Internacional, na quinta-feira, às 21h, no Beira-Rio.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2016/09/gabriel-e-fernandinho-marcam-de-novo-fla-bate-o-vitoria-e-cola-no-lider.html

Jorginho elogia jogadores e minimiza atuação: "O importante era a vitória"



Técnico exalta espírito de luta dos jogadores, mostra alívio com fim de sequência
de tropeços e se diz otimista até com disputa do título da Copa do Brasil




Uma vitória da raça, da superação, mais do que da qualidade técnica. Assim Jorginho comemorou o triunfo do Vasco por 3 a 2 sobre o Oeste, neste sábado, em São Januário. O treinador elogiou o espírito de luta da equipe e minimizou a atuação abaixo da expectativa: para ele, o momento era de vencer, após cinco tropeços na Série B (veja os melhores momentos do jogo no vídeo clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo).

 - O mais importante é a vitória. Isso (atuação) está em segundo plano. A equipe estava muito bem organizada, mas é normal que quando haja pressão muito grande o jogador se abata. Tenho certeza que todo o crédito é para os atletas. Eles realmente entenderam o momento. Fizemos uma semana de trabalho espetacular. O resultado do jogo premia a semana de trabalho deles, o compromisso deles – disse o treinador.

A vitória devolveu o Vasco à primeira colocação da Série B, com 44 pontos, contra 42 do Atlético-GO. E também fez Jorginho dar vazão a seu otimismo. O treinador contou que, na preleção, mostrou aos jogadores imagens da conquista invicta do Carioca e mostrou confiança em adicionar à coleção outros dois títulos: da segunda divisão e da Copa do Brasil.

- Mostrei para eles um minuto da nossa conquista invicta e falei: “É isso que teremos no fim do ano. E, quem sabe, surpreenderemos muita gente comemorando um título no dia 30 de novembro (data da final da Copa do Brasil).

jorginho coletiva (Foto: Felipe Schmidt / GloboEsporte.com)
Jorginho em entrevista coletiva (Foto: 
Felipe Schmidt / GloboEsporte.com)



Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Jorginho:

Discussão no fim entre Luan e Julio Cesar
- Fiquei sabendo da discussão. É uma equipe não está satisfeita nunca. Brigam porque querem melhorar. Estão se cobrando o tempo todo nos treinos.

Oeste
- Joga, mas deixa jogar. Dá oportunidades de penetração e se expõe muito pela forma de jogar. Contra essa equipe, tem que matar logo o jogo. Continuaram com o mesmo padrão, infelizmente tomamos o gol de empate. Mas o Vasco luto até o final, está de parabéns. Essa é a equipe do Vasco quando as coisas não acontecem na organização tática, na parte técnica.

Estratégia
- O que a gente pretendia era ter velocidade. Eles estavam jogando com três zagueiros, e queríamos colocar três homens e aproximar o Nenê para ter a oportunidade de pressionar o goleiro. As coisas aconteceram bem no primeiro tempo. Dutra e Ederson cansaram. Fomos muito feliz, porque ganhamos velocidade pela direita quando entrou o Madson (no lugar de Dutra).

Percalços no jogo
- O grande problema é que tomamos o primeiro gol muito rápido (logo após fazer 2 a 0). Isso atrapalhou nossas pretensões. A gente não sairia para pegar lá em cima, pegaria na intermediária, esperando o momento certo, porque só damos pressão quando tem momento de domínio ruim ou lateralizam a bola. Aí conseguimos colocar o jogador em cima do goleiro. Se você faz o terceiro, quarto gol, aí, jogando com o placar a seu favor, as coisas acontecem muito mais.

Problemas físicos
- Era natural que o Dutra cansasse, foi a primeira partida em que jogou o tempo todo. Ederson vinha sentindo dores, deixamos ele de fora dos treinos por dois dias. Jorge Henrique, infelizmente, foi surpresa (sentiu dor no músculo posterior da coxa).


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2016/09/jorginho-elogia-postura-da-equipe-entenderam-realmente-o-momento.html

Vasco vence Oeste e quebra jejum de cinco jogos sem vencer na Série B



BRASILEIRÃO SÉRIE B 2016

24ª RODADA




Cruz-Maltino conquista vitória suada com gol de Pikachu aos 46 minutos do
segundo tempo, e volta à primeira posição da Segunda Divisão do Brasileiro




Por
Rio de Janeiro




A vitória foi suada, mas veio. Com gol de Yago Pikachu aos 46 do segundo tempo, o Vasco venceu o Oeste por 3 a 2, neste sábado em São Januário, e voltou a ocupar a primeira posição da Série B do Campeonato Brasileiro. Para deixar a partida ainda mais dramática, antes do triunfo se concretizar, o Gigante da Colina teve um gol anulado após falta de Rodrigo no ataque. Com o resultado, o Vasco quebra o jejum de cinco jogos sem vencer na Segunda Divisão.

O jogo começou equilibrado. Com chances para os dois lados, o Vasco encontrava um pouco mais de dificuldade para marcar a saída de bola do Oeste. Além disso, não era tão efetivo nas tentativas ao gol. A primeira oportunidade real veio somente aos 24 minutos e Nenê soube aproveitá-la. Após sofrer falta na entrada da área, o camisa 10 cobrou com perfeição e abriu o placar em São Januário.

Quatro minutos depois, foi a vez de Éderson ampliar. Após troca de passes de Nenê e Jorge Henrique, o atacante chutou cruzado e marcou mais um para o Cruz-Maltino.

Nenê gol Vasco Oeste (Foto: Jorge Rodrigues / Agência Estado)
Vascaínos comemoram primeiro gol da partida 
marcado por Nenê (Foto: Jorge Rodrigues 
/ Agência Estado)


A resposta do Rubro-Negro veio rápida. Depois de cruzamento pela esquerda, a bola sobrou com Ricardo Bueno que, do meio da área, diminuiu. Na frente no placar, o Vasco acertou a marcação e terminou a etapa inicial melhor. Junior Dutra, novidade na equipe neste sábado, ainda levou perigo aos 38 ao soltar uma bomba.

O Oeste voltou a campo para o segundo tempo um pouco mais organizado que o Vasco. A primeira grande chance, no entanto, foi do zagueiro Rodrigo. Após longo lançamento de Andrezinho, Rodrigo cabeceou e a bola passou com perigo à esquerda de Felipe Alves. Aos 16, tudo igual. Crysan recebeu fora da área e bateu colocado para empatar a partida. Já no fim, aos 38, o Oeste chegou com perigo com Marquinho, que mandou por cima do gol. O Vasco ainda teve chance de ampliar quando Thalles colocou para dentro do gol, mas o árbitro anulou após marcar falta de Rodrigo. A vitória veio somente aos 46, com Yago Pikachu, que recebeu de Thalles e fez o dele.

Com a vitória, o Vasco voltou à primeira posição da Série B do Brasileiro e agora soma 44 pontos. Já o Oeste, fica com a 14ª colocação. Na próxima rodada, o Gigante da Colina enfrenta o Goiás, fora de casa, enquanto o Rubro-Negro pega o Criciúma no Heriberto Hülse. 

FONTE:

Kerber coroa liderança do ranking com título do US Open sobre Pliskova




US OPEN 2016



Alemã será número 1 do mundo a partir de segunda-feira e, neste sábado, vence a rival tcheca na decisão para conquistar seu segundo título de Grand Slam na carreira




Por
Nova York, EUA



Confirmada como número 1 do mundo desde a derrota de Serena Williams na semifinal, na última quinta-feira, Angelique Kerber coroou a liderança do ranking neste sábado com o título do US Open.

A alemã teve uma atuação de raros erros e soube conter a agressividade da tcheca Karolina Pliskova (11ª) para vencer por 2 sets a 1, parciais de 6/3, 4/6 e 6/4, em 2h08, chegando à sua segunda conquista de Grand Slam na carreira - também havia vencido o Aberto da Austrália no início da temporada e foi vice de Wimbledon em julho.

Angelique Kerber US Open 2016 final (Foto: Reuters)
Angelique Kerber vibra: a alemã será número 1 
do mundo a partir da próxima segunda-feira 
(Foto: Reuters)


A liderança do ranking de Kerber será confirmada na próxima segunda-feira e impede que Serena Williams supere o recorde da alemã Steffi Graf, com 186 semanas consecutivas como número 1 do mundo. O título do US Open também significou a quebra de um tabu: desde 1996, justamente o último título de Graf, uma tenista alemã não conquistava o tradicional Grand Slam americano. Outro dado curioso é que, desde 2006, quando a francesa Amélie Mauresmo venceu na Austrália e em Wimbledon, apenas Serena Williams conseguiu conquistar dois títulos de Grand Slam em um mesmo ano.


O jogo


Karolina Pliskova US Open tênis final (Foto: Reuters)Karolina Pliskova teve boa reação no segundo set, mas não conseguiu a virada (Foto: Reuters)


Era a primeira decisão de Grand Slam na carreira de Karolina Pliskova e ela pareceu um pouco ansiosa no princípio do confronto. Errando algumas bolas fáceis, ela acabou levando a quebra de Kerber no game inicial. A alemã, por outro lado, praticamente não errava mesmo com a tcheca se mostrando bem agressiva e buscando winners a todo momento. Com apenas três erros não forçados ao longo do primeiro set contra 17 de Pliskova, Kerber se manteve impecável, salvou três break points e chegou à segunda quebra no nono game ao definir o ponto na paralela e fechou em 6/3.

Pliskova não alterou sua tática agressiva. Seguiu imprimindo um ritmo forte e buscou variar um pouco mais. Continuou errando, é verdade, mas as bolas vencedoras começaram a fazer a diferença e, num game em que Kerber não encontrou bons saques, a tcheca aproveitou para quebrar e fazer 4/3. Na sequência, confirmou bem e ficou próximo de vencer o set. A alemã já não demonstrava a mesma confiança e suou para diminuir a diferença após alguns erros. E Pliskova não vacilou, sacou bem e contou com uma bola fora de Kerber para fazer 6/4 e empatar o jogo.

A vitória deu ainda mais moral a Pliskova, que seguiu agressiva e buscando winners. Kerber tentava o backhand da adversária, mas via a tcheca conseguir se livrar bem com bons e profundos golpes. A alemã foi se perdendo e mostrou muito nervosismo no terceiro game, jogando a bola para fora no break point e levou a quebra. Pliskova abriu 3/1, mas a possibilidade da vitória pareceu jogar a ansiedade para seu lado. Errando muito, mesmo com Kerber seguindo a mesma tática, levou a quebra e ficou tudo igual em 3/3. A partida ficou parelha e dramática, com as tenistas confirmando os saques. Até que, no 5/4 de Kerber, o braço de Pliskova pareceu pesar: foram quatro erros não forçados, com uma última bola longe da quadra, que decidiu o campeonato para a alemã.



FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/US-Open/noticia/2016/09/kerber-coroa-lideranca-do-ranking-com-titulo-do-us-open-sobre-pliskova.html

Soares e Murray dominam espanhóis e conquistam 2º Grand Slam no ano




US OPEN 2016



Brasileiro e britânico fazem estratégia perfeita diante de Pablo Carreno Busta e Guillermo Garcia López para vencerem em sets diretos e garantirem título do US Open





Por
Nova York, EUA




A decepção pela queda nas quartas de final da Olimpíada no Rio ficou para trás. Primeiro foi Marcelo Melo, que venceu o Masters 1000 Cincinnati logo na semana seguinte aos Jogos. Neste sábado, foi a vez de Bruno Soares mostrar que o Brasil continua em alto nível nas duplas do tênis mundial. Ao lado de Jamie Murray, o mineiro venceu os espanhóis Pablo Carreno Busta e Guillermo Garcia López por 2 sets 0, parciais de 6/2 e 6/3, e garantiu o título do US Open. Foi a segunda conquista em Grand Slams da parceria entre o brasileiro e o britânico, que já haviam sido campeões do Aberto da Austrália, no início desta temporada.

Bruno Soares e Jamie Murray US Open 2016 (Foto: Reuters)
Britânico e brasileiro beijam a taça de campeões 
de duplas do US Open de 2016 (Foto: Reuters)


- É difícil imaginar um ano como esse, principalmente a gente que não tinha conquistado nenhum título juntos e estava começando a parceria. Ganhar dois Grand Slams é muito especial. Em função do trabalho que a gente vem fazendo e de toda a dedicação que a gente colocou veio o resultado. A gente sabia que estava preparado para conquistar coisas grandes. Estamos colhendo os frutos - comemorou Bruno Soares.

Bruno Soares entra para a história do tênis brasileiro como o segundo jogador a conquistar dois títulos em diferentes Grand Slams no mesmo ano. Apenas Maria Esther Bueno havia conseguido este feito anteriormente. Em 1960, a brasileira venceu Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open nas duplas e ainda levou o título de simples no tradicional torneio inglês, na grama.

Bruno Soares e Jamie Murray US Open 2016 final (Foto: AFP)Bruno Soares e Jamie Murray se abraçam após a vitória e o título deste sábado (Foto: AFP)


Vale lembrar que além dos troféus em duplas masculinas, o mineiro ainda soma três conquistas de duplas mistas - US Open em 2012 e 2014, e Aberto da Austrália em 2016.

- É difícil de acreditar. Quando você fala pra mim que eu ganhei cinco títulos de Grand Slam é inacreditável. A gente sonha com esses torneios desde pequeno. Mas não sonhamos nem em ganhar.

É tão grande, tão fora da realidade, que a gente sonha em primeiro participar. Depois o sonho vai ficando mais próximo, se tornando realidade, virando uma coisa palpável e hoje aqui estou eu, campeão de cinco Grand Slams. Só tenho que sorrir e agradecer. Sou um privilegiado de ter a oportunidade de conquistar isso tudo - celebrou o mineiro.

O resultado coloca a dupla de Bruno Soares e Jamie Murray em segundo lugar na corrida de duplas da temporada. No ranking de duplistas, o britânico mantém a quarta posição, enquanto o brasileiro sobe do oitavo para o quinto lugar. Marcelo Melo ainda é o terceiro, com Nicolás Mahut e Pierre-Hughes Herbert em primeiro e segundo, respectivamente.

- Com certeza dá pra gente pensar no número um. Eles estavam bem na frente mas a gente se aproximou. Agora demos uma encostada boa e vamos deixar a corrida interessante para o fim do ano - projetou.

Bruno Soares e Jamie Murray US Open 2016 final (Foto: Anthony Gruppuso / Reuters)
Bruno Soares e Jamie Murray fizeram partida 
taticamente perfeita contra espanhóis 
(Foto: Anthony Gruppuso / Reuters)



O jogo

Logo no primeiro game, os espanhóis assustaram ao conseguir uma quebra com boas devoluções, encurtando bem os pontos no saque de Jamie Murray. Em seguida, o brasileiro e o britânico se reencontraram e devolveram a quebra. A partir daí, eles controlaram bem o confronto, buscando jogar sempre na direita dos rivais e contaram com um mau dia de Pablo Carreno Busta, que errava mais que os outros tenistas em quadra. Bruno e Jamie dominaram o jogo avançando à rede e somaram mais dois breaks para fecharem o primeiro set em 6/2.

Os espanhóis voltaram a ter oportunidades de quebra no primeiro game, mas desta vez Jamie Murray foi tático, abriu bem o saque e conseguiu confirmar o serviço. Em seguida, o britânico cruzou bem na rede para o voleio que garantiu a quebra de saque, e Bruno Soares sacou bem para abrir 3/0 no segundo set. A partir daí, a consistência do brasileiro e do britânico fez a diferença. Sem baixar o nível, eles mantiveram os games de saque e, com um serviço impecável de Jamie Murray, Bruno fechou o confronto no voleio para fazer 6/3 e garantir o título.


FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/US-Open/noticia/2016/09/soares-e-murray-dominam-espanhois-e-conquistam-2-grand-slam-no-ano.html

ALGUÉM TINHA DÚVIDA DE QUE A LAVA JATO SERIA ABAFADA DEPOIS DO GOLPE?



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/alguem-tinha-duvida-de-que-a-lava-jato-seria-abafada-depois-do-golpe-por-paulo-nogueira/


O objetivo jamais foi atacar a corrupção




Moro e a turma da Globo
Moro e a turma da Globo


Alguém tinha dúvida de que a Lava Jato seria abafada?
O único propósito dela era acabar com Dilma, o PT e Lula.
Era o que a plutocracia queria. Particularmente, a mídia plutocrata, liderada pela Globo.
Moro era o homem perfeito para o papel, um justiceiro de direita fantasiado de juiz.
E aí foi o circo que jamais esqueceremos. Incontáveis operações com uma cobertura grotesca da mídia, previamente informada por vazamentos. E os brasileiros sendo submetidos a uma brutal lavagem cerebral ao fim da qual os petistas eram ladrões e Moro um quase santo.
As manifestações pró-impeachment de legiões de midiotas simplesmente não teriam acontecido sem o teatro da Lava Jato e da mídia. As pessoas como que foram empurradas para as ruas pela imprensa, e usadas para o processo do golpe.
Que Dilma e seu ministro da Justiça nada tenham feito para coibir os abusos da Lava Jato é um mistério que caberá aos historiadores tentar desvendar.
Miopia? Inépcia. A hipótese mais provável, para mim, é que Dilma já estava tão enfraquecida que não viu chance nenhuma de reagir.
E os abutres, sabemos, atacam tanto mais quanto percebem fraqueza nas vítimas.
Apenas como comparativo, é impossível imaginar situação semelhante com Cháves e a plutocracia venezuelana. Cháves reagiria no mesmo tom dos agressores.
Temer, Jucá, Aécio, Serra apareceram com constância em delações na etapa final do afastamento. E em circunstâncias dramáticas, envoltos em denúncias pesadas de ladroagem.
Estão todos no poder.
A imprensa escondeu tudo. Moro não deu a menor importância às acusações.
Ali já estava claro que a Lava Jato fora abafada. Morrera. Você jamais voltaria a vê-la minutos incessantes no Jornal Nacional, nas capas de revistas e nas manchetes de jornais.
O inimigo fora abatido.
A plutocracia cuida de seus corruptos, como Aécio, Serra, FHC e tantos outros. Estes têm licença para roubar porque, de alguma forma, os lucros são repartidos.
FHC pegou dinheiro público em doses copiosas e transferiu para a conta privada da Globo em troca da proteção no caso Mírian Dutra e de uma cobertura jornalística que fazia o Brasil parecer a Suíça.
Ter gente que manipula à vontade no Planalto permite à Globo, e não só ela, sonegar à vontade sem medo de enfrentar consequências. E saber que todos os meses chegarão à empresas descargas multimilionárias de dinheiro público na forma de anúncios.
Tudo isso considerado, era óbvio que a Lava Jato seria abafada depois do golpe. Já não havia propósito nenhum para ela.
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Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

"O sonho de vocês não era ser preso pela ditadura?", disse um dos policiais


FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/o-sonho-de-voces-nao-era-ser-preso-pela-ditadura-disse-um-dos-policiais





Reportagem de El País Brasil 



reconstitui a cena do último domingo, 



da prisão 



ilegal de 21 manifestantes







Jornal GGN - Reportagem de El País Brasil reconstitui a cena do último domingo, que dominou o noticiário desta semana, da prisão ilegal de 21 manifestantes que participavam do protesto contra o governo de Michel Temer, na capital paulista. "o sonho de vocês não era ser preso pela ditadura? Vocês não queriam ser presos pela ditadura? Tá aí, agora estão sendo presos pela ditadura", disse um dos policiais durante a revista.
 
"O Brasil como Estado Democrático de Direito não pode legitimar a atuação policial de praticar verdadeira ‘prisão para averiguação’ sob o pretexto de que estudantes reunidos poderiam, eventualmente, praticar atos de violência e vandalismo em manifestação ideológica. Esse tempo, felizmente, já passou", disse o juiz Paulo Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo, em sua decisão, na audiência de custódia no Fórum Criminal da Barra Funda.
 
Por Marina Rossi
 
EL PAÍS reconstitui a detenção de 21 manifestantes antes de protesto 'Fora Temer' em SP no dia 4
Juiz considerou a detenção ilegal 24 horas depois e mandou soltar o grupo
 
Do El País
 
O encontro estava marcado para ocorrer na estação do metrô Consolação a uma da tarde do último domingo. Ali, cerca de dez pessoas se reuniriam para, juntas, seguirem para a manifestação que ocorreria em poucas horas na avenida Paulista pedindo pelo fora Temer. "As pessoas estavam com medo de ir a manifestações, principalmente as mulheres", relatou uma das pessoas do grupo. "Por isso combinamos de irmos juntos". Eles não se conheciam pessoalmente. Haviam se encontrado em um grupo de discussão no Facebook, formado a partir de um evento convocando para outra manifestação que ocorrera dias antes.
 
Embora o protesto do domingo estivesse marcado para acontecer ali na mesma avenida onde fica a estação Consolação, o grupo seguiu para o centro Cultural São Paulo, que fica na estação Vergueiro do metrô, a três quilômetros de distância, para encontrar os demais. O trajeto, feito a pé, foi acompanhado por um helicóptero da Polícia Militar ao menos da metade do caminho até o final.
Chegando ao Centro Cultural São Paulo, um prédio amplo, de pé direito alto, alguém do grupo levantou a suspeita de que eles estavam sendo vigiados por "dois senhores, que estavam ali tirando fotos". Os manifestantes saíram do centro e sentaram-se no chão, em frente à entrada, para esperar pelos outros. Foi quando, por volta das 15h30, cerca de 30 policiais militares portando "armamento pesado" chegaram. "Mandaram a gente levantar e encostar na grade". Sobre as cabeças, o helicóptero da PM seguia sobrevoando.
Os policiais começaram então o interrogatório. "Perguntaram onde a gente ia e por que a gente se manifestava", disse outro membro do grupo. "As meninas foram então levadas para uma revista íntima dentro do banheiro do metrô Vergueiro", disse uma delas. "Tive que tirar toda a roupa diante das policiais femininas". Os ouvidos pela reportagem não relataram episódios de violência física.
À essa altura, as mochilas de todos eles já haviam sido revistadas e estavam sob domínio dos policiais. "Eu perguntava o que a gente tinha feito e eles só diziam que era 'ordem de cima'", relata. Os celulares também foram confiscados pela polícia que, em seguida, devolveu o aparelho para apenas um deles: Willian Pina Botelho, ou Balta Nunes como se apresentava, apontado como infiltrado pelos participantes do grupo. "Ele dizia que precisava ficar com o celular na mão porque a mulher dele ia telefonar", contam. Botelho, que é capitão do Exército, se dizia preocupado porque estava com "um documento de identidade falso".
Um garoto que estava ali fazendo uma pesquisa para seu Trabalho de Conclusão de Curso foi colocado no mesmo grupo dos manifestantes que neste momento era de 22 pessoas. Durante a revista, os policiais não diziam muita coisa. "Um dos policiais disse: 'o sonho de vocês não era ser preso pela ditadura? Vocês não queriam ser presos pela ditadura? Tá aí, agora estão sendo presos pela ditadura".
Do centro Cultural Vergueiro, o grupo foi levado em um ônibus da PM em direção ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), a nove quilômetros dali. No trajeto, os policiais não informaram onde e nem por que estavam levando os manifestantes que naquele momento eram 21. "Percebemos que o Balta não estava lá no ônibus", disse um deles. Foi quando suspeitaram que o amigo era, na verdade, um infiltrado. Dentro do ônibus os celulares foram devolvidos aos seus donos, que puderam avisar amigos e parentes sobre a detenção, embora não puderam dizer para onde estavam sendo levados, já que não sabiam.
No estacionamento do Deic, os manifestantes ficaram novamente enfileirados. Os policiais tiraram fotos e filmaram os rostos e os pertences de cada um deles. Uma barra de ferro azul, do tamanho de um pé de um banquinho, foi atribuída a um deles que dizia o tempo todo que queria "deixar claro" que aquela barra de ferro não era dele. Dentro das mochilas, os policiais encontraram um extintor de incêndio pequeno de automóvel de uma garota que afirmou pertencer a ela, medicamentos de primeiros socorros e máscaras.

Pizza e Suplicy

Já era noite quando os manifestantes adentraram o Deic, onde permaneceram até o dia seguinte. Eles contam que podiam tomar água, usar o banheiro e sair para fumar, acompanhados de um policial. Mas que não tinham mais acesso aos celulares. Em dado momento, os policiais levaram um frango para que eles comessem e, ao perceber que o frango não daria para todos os 21 detidos, pediram uma pizza.
Enquanto milhares desciam a avenida Rebouças pedindo pelo fora Temer, a notícia dos detidos corria. Passava da meia noite quando Eduardo Suplicy (PT), ex-senador e ex-secretrário dos Direitos Humanos da gestão Haddad, foi até a delegacia, acompanhado pelo deputado federal Paulo Teixeira (PT) e o vereador Nabil Bonduki (PT). O delegado Fabiano Fonseca Barbeiro informou que os manifestantes estavam "detidos para averiguação". Os políticos foram embora. Os detidos permaneceram ali. Os familiares e advogados iam chegando.
Foi somente depois das duas da tarde do dia seguinte que os detidos foram encaminhados para o Fórum Criminal da Barra Funda, onde seria realizada uma audiência de custódia. Lá, a decisão do juiz Paulo Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo determinou que a prisão fora ilegal. "O Brasil como Estado Democrático de Direito não pode legitimar a atuação policial de praticar verdadeira ‘prisão para averiguação’ sob o pretexto de que estudantes reunidos poderiam, eventualmente, praticar atos de violência e vandalismo em manifestação ideológica. Esse tempo, felizmente, já passou", dizia a decisão. Os detidos foram soltos no início da noite de segunda-feira.
Na mesma segunda-feira, o coronel Dimitrios Fyskatoris disse, em uma entrevista coletiva, que ele acompanhou as detenções em sobrevoo, o que confirma que o helicóptero pairou sobre o grupo. Também disse que os manifestantes foram detidos baseado em uma entrevista que os policiais fizeram com eles previamente. "Com base no que declararam e nas evidências, foram encaminhadas ao Deic", disse o coronel. No Boletim de Ocorrência, um policial afirma que foi acionado por um civil que não quis se identificar.
Todos os 21 manifestantes que foram detidos estão soltos. Nenhum tinha passagem pela polícia. Quase todos estão bastante assustados. Os que conversaram com a reportagem afirmaram que estão com medo de ir a outras manifestações agora. "Suspeito que fizeram isso para dar um susto em quem tá saindo de casa para se manifestar", disse um dos detidos, três dias depois do episódio. "Tinha gente ali que nunca tinha ido a uma manifestação. Não eram black blocs. A gente estava se encontrado apenas para não irmos sozinhos ao ato".

Xadrez do acordão da Lava Jato e da hipocrisia nacional



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-do-acordao-da-lava-jato-e-da-hipocrisia-nacional








Conforme previsto, caminha-se para um acordão em torno da Lava Jato que lança a crise política em uma nova etapa com desdobramentos imprevisíveis.

Movimento 1 – os ajustes na Lava Jato

Trata-se de um movimento radical do Procurador Geral da República (PGR) Rodrigo Janot, que praticamente fecha a linha de raciocínio que vimos desenvolvendo sobre sua estratégia política.
Peça 1 – monta-se o jogo de cena entre Gilmar Mendes e Janot. Janot chuta para o Supremo a denúncia do senador Aécio Neves. Gilmar mata no peito e devolve para Janot que se enfurece e chuta de novo de volta ao Supremo. Terminado o jogo para a plateia, Janot guarda a bola e não se ouve mais falar nas denúncias contra Aécio. Nem contra Serra. Nem contra Temer. Nem contra Geddel. Nem contra Padilha.
Peça 2 – duas megadelações entram na linha de montagem da Lava Jato: a de Marcelo Odebrecht e de Léo Pinheiro, da OAS. Pelas informações que circulam, Marcelo só entregaria o caixa 2; Léo entregaria as propinas de corrupção, em dinheiro vivo ou em pagamento em off-shores no exterior.
Peça 3 – advogados de José Serra declaram à colunista Mônica Bergamo estarem aliviados, porque a delação de Marcelo Odebrecht só versaria sobre caixa 2. Ficavam duas questões pairando no ar. Se Caixa 2 é crime, qual a razão do alívio? E se ainda haveria a delação de Léo Pinheiro, qual o motivo da celebração?
Peça 4 – em um dos Xadrez matamos a primeira charada e antecipamos que a Câmara estava estudando uma saída, com a assessoria luxuosa de Gilmar Mendes, visando anistiar o caixa 2 e criminalizar apenas o que fosse considerado dinheiro de corrupção, para enriquecimento pessoal.
Peça 5 – a segunda questão – de Léo Pinheiro delatando corrupção - foi trabalhada em seguida, quando monta-se o jogo de cena, de Veja publicando uma não-denúncia contra Dias Toffoli e, imediatamente, Janot acusando os advogados da OAS pelo vazamento e interrompendo o acordo de delação, ao mesmo tempo em que Gilmar investia contra a Lava Jato, anunciando que o Supremo definiria as regras das delações futuras. Há movimentos do lado da Lava Jato, do lado da PGR, Gilmar se acalma, diz apoiar a Lava Jato. A chacoalhada, sutil como um caminhão de abóboras que passa em um buraco, permitiu ajustar todas as peças, como se verá a seguir+.
Peça 6 – Avança-se na tal Lei da Anistia do caixa 2 e o caso passa a ser analisado também pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), presidido por Gilmar.
Peça 7 – Ontem Janot abriu mão das sutilezas, dos rapapés, das manobras florentinas, dos disfarces para sustentar a presunção de isenção e rasgou a fantasia, nomeando o subprocurador Bonifácio de Andrada para o lugar de Ela Wieko, na vice-Procuradoria Geral. Não se trata apenas de um procurador conservador, mas de alguém unha e carne com Aécio Neves e com Gilmar Mendes. Janot sempre foi próximo a Aécio, inclusive através do ex-PGR Aristides Junqueira, com quem trabalhou e que é primo de Aécio. Com Bonifácio, estreita ainda mais os laços.
Fecho – tudo indica que se resolve o imbróglio da Lava Jato da seguinte maneira:
1.     Avança-se na nova Lei da Anistia, com controle de Gilmar através do TSE.
2.     Bonifácio de Andrada faz o meio-campo de Janot com Gilmar e Aécio, ajudando na blindagem e evitando qualquer surpresa, que poderia acontecer com Ela na vice-PGR.
3.     Monta-se um acordo com a Lava Jato prorrogando por um ano seus trabalhos e definindo um pacto tácito de, tanto ela quanto a PGR, continuar focando exclusivamente em Lula e no PT, exigência que em nada irá descontentar os membros da força-tarefa.
4.     Agora há um cabo de guerra entre a Lava Jato e Léo Pinheiro. Léo já informou que não aceitaria delatar apenas o PT. Janot interrompeu as negociações sobre a delação afim de que Léo e seus advogados “mudem a estratégia”, como admitiram procuradores à velha mídia. Sérgio Moro prendeu-o novamente, invadiram de novo sua casa, no movimento recorrente de tortura psicológica até que aceite os termos propostos por Janot e a Lava Jato.

Movimento 2 – o teatro burlesco no Palácio

Aí se entra em um terreno delicado.
A política move-se no terreno cediço da hipocrisia. Faz parte das normas tácitas da democracia representativa os acordos espúrios, os interesses de grupo disfarçados em interesses gerais, a presunção de isenção da Justiça.
Mas o jogo político exige a dramaturgia, a hipocrisia dourada. E como criar um enredo minimamente legitimador com um suspeitíssimo Geddel Vieira Lima, e sua postura de açougueiro suado cuspindo imprecações? Ou de Eliseu Padilha, e seu ar melífluo de o-que-vier-eu-traço? Ou de José Serra e as demonstrações diárias da mais rotunda ignorância em diplomacia e um deslumbramento tão juvenil com John Kerry que só faltou beijo na boca? Ou de Temer e suas mesquinharias, pequenas vinganças, incapaz de entender a dimensão do cargo e do poder que lhe conferiram?
O “Fora Temer” não se deve apenas à situação econômica precária, mas ao profundo sentimento de que o país foi entregue a usurpadores. Mesmo com toda a velha mídia encenando, não se conseguiu conferir nenhum verniz a esses personagens burlescos.
Ressuscitou-se até esse anacronismo da “primeira dama”, tentando recriar o mito do casal 20, de Kennedy-Jacqueline, Jango-Tereza e filhos, peças do repertório dos anos 50.  Ontem, o Estadão lançou a emocionante questão: vote no melhor “look” da primeira dama que, aparentemente, vestiu quatro “looks” durante o dia. Um gaiato votou no “tomara que caia Temer”.

Movimento 3 – a PGR rasga a fantasia

Como fica, agora, com o próprio Janot abrindo mão da cautela e expondo seu jogo?
Janot foi um dos artífices do golpe. Teve papel central para entregar o país aos projetos e negócios de Michel Temer, Geddel Vieira Lima, Eliseu Padilha, Romero Jucá, Moreira Franco e José Serra, entre outros. Sacrificou-se apenas Eduardo Cunha no altar da hipocrisia.
Sua intenção evidente é liquidar com Lula e com o PT. Mas, para fora e especialmente para dentro – para sua tropa – tem que apresentar argumentos legitimadores da sua posição, como se o golpe fosse mera decorrência de procedimentos jurídicos adotados de forma impessoal.  Era visível o alívio dos procuradores nas redes sociais, quando Janot decidiu encaminhar uma denúncia contra Aécio. Porque não tem corporação que consiga manter a disciplina e o espírito de corpo se não houver elementos legitimadores da sua atuação, o orgulho na sua atuação, na sua missão.
Ontem, em suas escaramuças retóricas, Gilmar escancarou a estratégia. Mesmo contando com toda a estrutura da PGR, Janot avançou minimamente nas denúncias contra políticos.
Para todos os efeitos, há delações contra Temer, Padilha, Geddel, Jucá, Moreira, Aécio e Serra. E, para todos os efeitos, o grupo está cada vez mais à vontade exercitando as armas do poder. Dá para entender porque o temível Janot não infunde um pingo de medo neles?
Com a nomeação de Bonifácio de Andrada abrem-se definitivamente as cortinas e o MPF entra no palco onde se encena o espetáculo da hipocrisia nacional.

Movimento 4 – as vozes da rua

O jogo torna-se sumamente interessante.
Os últimos episódios, a violência policial, os sinais cada vez mais evidentes de se tentar fechar o regime, despertaram um lado influente da opinião pública, que jamais se moveria em defesa de Dilma, mas começa a acordar em defesa da democracia.
A “teoria do choque” exigia, na ponta, um governante com carisma, um varão de Plutarco, um moralista compulsivo, que trouxesse o ingrediente final na consolidação de um projeto fascista. O enredo não previa o espetáculo dantesco da votação na Câmara, a pequena dimensão de Michel Temer, a resistência épica de Dilma Rousseff – que, de mais fraca governante da história, na queda  tornou-se um símbolo de dignidade da mulher -, a massacrante diferença de nível entre José Eduardo Cardoso e Miguel Reali Jr. e Janaina Pascoal.
O grito de “Fora Temer” torna-se cada vez mais nacional.
Por outro lado, a violência das PMs de São Paulo e outros estados mereceu  a reação do MPF, através da PFDC (Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão). Agora, a intenção implícita de Janot é o esvaziamento dos bolsões de direitos humanos da PGR, liquidando com os últimos pontos legitimadores da instituição.
O baixo nível de corrupção no MPF deve-se a um sentimento de missão que está sendo jogado pelo ralo pelo jogo político. Sem as bandeiras legitimadoras, será cada vez mais cada qual por si, com os mais oportunistas procurando exercitar a dose de poder que o MPF conquistou com o golpe. A médio prazo, dr. Janot vai promover o desmonte da tropa, não se tenha dúvida.
Qual o desfecho? Aumento da violência em uma ponta, aumento da indignação na outra. O país institucional encontrará uma saída para essa escalada de violência, ou nos conformaremos em ser uma Argentina de Macri e uma Venezuela de Maduro?
Na mídia e em alguns altos postos do Estado, não se fica a dever quase nada à Venezuela. E, em uma época que se tem os olhos do mundo sobre o Brasil.