PARAOLIMPÍADA RIO 2016
Nadadora de 48 anos, que luta contra doença degenerativa grave, se emociona com a prata no revezamento 4x50m livre misto até 20 pontos. Joana completa quarteto
- A gente conquistou a tão sonhada medalha, todo mundo deu o seu melhor. Foi um orgulho para mim nadar com Clodoaldo e com o Daniel. Esse dia vai ser inesquecível para mim com certeza - disse Susana, emocionada.
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Descrição da imagem: Joaninha, Daniel,
Clodaldo e Susana exibem suas medalhas
de prata (Foto: Reuters)
Clodoaldo abriu para os brasileiros, abriu boa vantagem e entregou em primeiro Joaninha, que perdeu uma posição ao enfrentar uma chinesa S8. Susana Schnarndorf caiu na piscina na sequência, manteve o mesmo ritmo e segurou o segundo lugar. Principal astro da seleção brasileira, Daniel Dias acelerou nos seus 50m, mas não foi o suficiente para alcançar rival da China, que garantiu o ouro para os asiáticos com o tempo de 2m18s03 (novo recorde mundial). O Brasil fez 2m25s45, também abaixo do antigo recorde, que pertencia aos próprios brasileiros (2m29s80). O quarteto ucraniano completou o pódio com 2m30s66.
- Baixamos a marca, fizemos o nosso melhor. Eu saio feliz, mas um pouco emocionado, não por causa da medalha, mas porque fizemos algo positivo. Toda uma arquibancada gritando o meu nome. É uma emoção que vai ficar para sempre. Lá atrás, quando eu comecei, ninguém conhecia o esporte paralímpico. Quase demos uma volta olímpica. Parabéns para a China. Saio de alma lavada, principalmente por essa torcida maravilhosa. Eu que falo pra caramba fiquei sem palavras - comemorou Clodoaldo, em entrevista ao SporTV.
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Descrição da imagem: Clodoaldo e Susana
festejam a medalha de prata (Foto:
FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO)
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Maior
medalhista em Paralimpíadas da história do Brasil,
Daniel Dias chegou a 17 pódios com a prata desta sexta. Além dos 200m
livre S5 (ouro, na quinta) e do 4x50m livre misto 20 pontos, ele disputa
outras cinco provas individuais na Rio 2016 e é candidato a subir ao
pódio em
todas elas: 50m livre, 100m livre, 50m borboleta e 50m costas da classe
S5,
além dos 100m peito SB4. O brasileiro, que nasceu com má formação
congênita dos
membros superiores e da perna direita, ainda deve disputar os
revezamentos 4x100m
livre masculino 34 pontos e 4x100m medley masculino 34 pontos.
Se
seguir subindo ao pódio em todas as sete provas ainda previstas para
nadar na Rio 2016, o fenômeno de 28 anos alcançará a incrível marca de
24 medalhas paralímpicas, ultrapassando o atual recordista da natação
masculina, o australiano Matthew Cowdrey, que tem 23 e não disputa os
Jogos do Rio.
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