A CRÔNICA
por
Diego Ribeiro
Nas tribunas do Pacaembu, um tranquilo Alexandre Pato. Ao mesmo tempo,
no banco de reservas, um ainda mais sossegado Guerrero. Em campo, os
atacantes reservas do Corinthians precisavam provar valor e conseguiram
com louvor: Pato e Guerrero assistiram a uma atuação segura do Timão na
vitória por 3 a 0 sobre o União Barbarense, em noite chuvosa neste
sábado, no Pacaembu. Em baixa no elenco, Emerson Sheik e Douglas
conseguiram mostrar na bola que não são cartas fora do baralho no elenco
alvinegro. Jorge Henrique também brilhou.
Após um primeiro tempo apagado, os atacantes encontraram mais espaços na parte final. Sheik arrancou pela direita e cruzou rasteiro para Douglas finalizar e comemorar seu primeiro tento em 2013. No fim, Jorge Henrique deixou o seu gol. E Renato Augusto, nos acréscimos e em posição legal, marcou seu primeiro com a camisa do Corinthians.
Sem pensar em Taça Libertadores, o Corinthians volta a campo na próxima quarta-feira, às 22h (horário de Brasília), contra o XV de Piracicaba. O União Barbarense recebe a Ponte Preta quinta-feira, às 19h30m, na Toca do Leão.
Mistão morno
A formação alternativa do Corinthians está longe de ser desentrosada. No ataque, Douglas, Jorge Henrique, Emerson Sheik e Romarinho já jogaram juntos em várias oportunidades, e um sabe como o outro se movimenta. O início do duelo mostrou isso, com um União Barbarense fechado, só esperando o time da casa atacar. O Timão chegou a ter mais de 70% do tempo de posse de bola.
A troca de passes ficou bonita, mas não chegou a ser efetiva. Para o Corinthians, faltou caprichar quando os atacantes chegaram perto da área. Não estava difícil penetrar no meio da zaga do Barbarense, tanto que Romarinho recebeu a bola sozinho três vezes no setor. Na melhor delas, saiu driblando todo mundo e, em vez de chutar a gol, preferiu cavar o pênalti. Levou um justo cartão amarelo.
Com alguns passes errados, Douglas também foi alvo de reclamações. O melhor do Timão foi Fábio Santos, incisivo pelo lado esquerdo, mais do que o normal. Com muitos avanços, teve até chances de chutar a gol. A falta de costume o fez hesitar.
Sem recursos técnicos, o rival do Timão congestionou o meio-campo com seis jogadores e deixou apenas Caihame isolado no ataque. Desnecessário dizer que ele mal tocou na bola, e que o goleiro Julio Cesar foi um mero espectador do primeiro tempo. Em má fase, Sheik foi quem mais tentou.
Jogando como um centroavante, pressionou os zagueiros e, em uma roubada de bola, quase abriu o placar. Caçado pela zaga do Barbarense, ele conseguiu boas faltas laterais e cavou dois cartões amarelos para os defensores rivais, que exageraram nas pancadas.
A profecia de Sheik- Estamos com três jogadores na frente, vamos tentar abrir mais o campo. Uma bola enfiada pelo meio, entre os laterais, certamente vai nos fazer chegar na cara do gol.
Com essa frase, Emerson Sheik deixou o primeiro tempo pedindo mais jogadas pelos lados. Em campo, logo na saída de bola da segunda etapa, uma mudança de posicionamento: o atacante deixou o centro da área e foi para a direita trocar passes com Jorge Henrique. Lá no meio, o “vazio” foi preparado para a entrada de um elemento surpresa.
Aos 7 minutos, o discurso virou realidade. Bem aberto, Sheik recebeu linda bola de Jorge Henrique entre um zagueiro e um lateral e cruzou rasteiro para o tal “vazio”. Lá, Douglas apareceu como um raio e só empurrou para a rede: 1 a 0 Corinthians, e primeiro gol do contestado meia nesta temporada. Mudança crucial no rumo da partida.
Com a vantagem, o Timão conseguiu impor seu ritmo diante de um rival sem reação. Moisés Egert, técnico do Barbarense, trocou Caihame por Dairo, sem obter sucesso. Paulinho e Renato Augusto entraram no Corinthians e mantiveram a intensidade dos demais – principalmente Sheik.
Obstinado, o atacante driblou, pedalou, fez graça, deixou companheiro na cara do gol, mas não conseguiu fazer o seu. A melhor chance foi de cabeça, em arremate bem defendido por Walter.
Mesmo assim, a sensação é de que dois dos medalhões do mistão corintiano conseguiram retomar parte da confiança perdida com a torcida. Douglas e Sheik tiveram a atuação segura de que tanto precisavam e foram aplaudidos. Bom começo para quem está em baixa e quer, aos poucos, retomar uma melhor condição dentro do Corinthians.
No fim, só deu Timão. Gil sofreu pênalti, e Chicão perdeu – o novo cobrador oficial de penalidades não conseguiu acabar com a maldição da marca da cal. Antigo cobrador, Sheik havia perdido seus dois últimos. Logo depois, porém, o atacante deu a resposta. Aos 42, ele carregou a bola na área e, após dividida, Jorge Henrique finalizou livre e contou com um desvio para fechar o placar no Pacaembu.
Ainda saiu o terceiro, aos 46: Giovanni bateu para o gol, a bola explodiu na defesa e sobrou para Renato Augusto, livre, colocar de cavadinha no gol: 3 a 0!
Após um primeiro tempo apagado, os atacantes encontraram mais espaços na parte final. Sheik arrancou pela direita e cruzou rasteiro para Douglas finalizar e comemorar seu primeiro tento em 2013. No fim, Jorge Henrique deixou o seu gol. E Renato Augusto, nos acréscimos e em posição legal, marcou seu primeiro com a camisa do Corinthians.
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A atuação e a vitória levaram o Timão aos 21 pontos, mais tranquilo na
busca pela classificação à segunda fase do Paulista. Enquanto isso, o
União Barbarense permanece na zona de rebaixamento, com míseros sete
pontos.Sem pensar em Taça Libertadores, o Corinthians volta a campo na próxima quarta-feira, às 22h (horário de Brasília), contra o XV de Piracicaba. O União Barbarense recebe a Ponte Preta quinta-feira, às 19h30m, na Toca do Leão.
Mistão morno
A formação alternativa do Corinthians está longe de ser desentrosada. No ataque, Douglas, Jorge Henrique, Emerson Sheik e Romarinho já jogaram juntos em várias oportunidades, e um sabe como o outro se movimenta. O início do duelo mostrou isso, com um União Barbarense fechado, só esperando o time da casa atacar. O Timão chegou a ter mais de 70% do tempo de posse de bola.
A troca de passes ficou bonita, mas não chegou a ser efetiva. Para o Corinthians, faltou caprichar quando os atacantes chegaram perto da área. Não estava difícil penetrar no meio da zaga do Barbarense, tanto que Romarinho recebeu a bola sozinho três vezes no setor. Na melhor delas, saiu driblando todo mundo e, em vez de chutar a gol, preferiu cavar o pênalti. Levou um justo cartão amarelo.
Com alguns passes errados, Douglas também foi alvo de reclamações. O melhor do Timão foi Fábio Santos, incisivo pelo lado esquerdo, mais do que o normal. Com muitos avanços, teve até chances de chutar a gol. A falta de costume o fez hesitar.
Sem recursos técnicos, o rival do Timão congestionou o meio-campo com seis jogadores e deixou apenas Caihame isolado no ataque. Desnecessário dizer que ele mal tocou na bola, e que o goleiro Julio Cesar foi um mero espectador do primeiro tempo. Em má fase, Sheik foi quem mais tentou.
Jogando como um centroavante, pressionou os zagueiros e, em uma roubada de bola, quase abriu o placar. Caçado pela zaga do Barbarense, ele conseguiu boas faltas laterais e cavou dois cartões amarelos para os defensores rivais, que exageraram nas pancadas.
A profecia de Sheik- Estamos com três jogadores na frente, vamos tentar abrir mais o campo. Uma bola enfiada pelo meio, entre os laterais, certamente vai nos fazer chegar na cara do gol.
Com essa frase, Emerson Sheik deixou o primeiro tempo pedindo mais jogadas pelos lados. Em campo, logo na saída de bola da segunda etapa, uma mudança de posicionamento: o atacante deixou o centro da área e foi para a direita trocar passes com Jorge Henrique. Lá no meio, o “vazio” foi preparado para a entrada de um elemento surpresa.
Aos 7 minutos, o discurso virou realidade. Bem aberto, Sheik recebeu linda bola de Jorge Henrique entre um zagueiro e um lateral e cruzou rasteiro para o tal “vazio”. Lá, Douglas apareceu como um raio e só empurrou para a rede: 1 a 0 Corinthians, e primeiro gol do contestado meia nesta temporada. Mudança crucial no rumo da partida.
Com a vantagem, o Timão conseguiu impor seu ritmo diante de um rival sem reação. Moisés Egert, técnico do Barbarense, trocou Caihame por Dairo, sem obter sucesso. Paulinho e Renato Augusto entraram no Corinthians e mantiveram a intensidade dos demais – principalmente Sheik.
Obstinado, o atacante driblou, pedalou, fez graça, deixou companheiro na cara do gol, mas não conseguiu fazer o seu. A melhor chance foi de cabeça, em arremate bem defendido por Walter.
Mesmo assim, a sensação é de que dois dos medalhões do mistão corintiano conseguiram retomar parte da confiança perdida com a torcida. Douglas e Sheik tiveram a atuação segura de que tanto precisavam e foram aplaudidos. Bom começo para quem está em baixa e quer, aos poucos, retomar uma melhor condição dentro do Corinthians.
No fim, só deu Timão. Gil sofreu pênalti, e Chicão perdeu – o novo cobrador oficial de penalidades não conseguiu acabar com a maldição da marca da cal. Antigo cobrador, Sheik havia perdido seus dois últimos. Logo depois, porém, o atacante deu a resposta. Aos 42, ele carregou a bola na área e, após dividida, Jorge Henrique finalizou livre e contou com um desvio para fechar o placar no Pacaembu.
Ainda saiu o terceiro, aos 46: Giovanni bateu para o gol, a bola explodiu na defesa e sobrou para Renato Augusto, livre, colocar de cavadinha no gol: 3 a 0!
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